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    Agnès Varda (1928 – 2019)

    29 de março de 2019 /

    A cineasta Agnès Varda, um dos maiores nomes da nouvelle vague, morreu na madrugada desta sexta (29/3), aos 90 anos, cercada por sua família e amigos, em consequência de um câncer. Feminista, diretora de cinema, artista plástica e também fotógrafa, ela assinou clássicos que ficaram conhecidos por suas ousadias, com estruturas e narrativas originais. “La Pointe-Courte” (1955), seu longa de estreia, por exemplo, tinha narração dupla, enquanto acompanhava histórias distintas de uma vila. Vários críticos citam este trabalho como precursor da nouvelle vague, já que foi lançado antes que seus colegas de geração (François Truffaut, Jean-Luc Godard, Alain Resnais, Claude Chabrol, Jacques Rivette, Éric Rohmer) filmassem suas obras mais famosas, desprendendo-se das convenções narrativas do cinema. Nascida Arlette Varda em 1928 numa região de Bruxelas, capital da Bélgica, ela estudou fotografia na Escola de Belas Artes de Paris e aos 21 anos desembarcou com a sua câmara fotográfica no Festival de Avignon, o mais antigo festival de artes da França e um dos maiores do mundo, do qual passou a ser a fotógrafa oficial em 1951. Em pouco tempo, passou das imagens estáticas para as de movimento, mas sua experiência fotográfica a acompanhou por toda a carreira. Ao fazer um filme, Varda também assumia a câmera, além do roteiro, edição e produção. Dizia que só assim conseguiria a coesão – e a autoria completa – sobre suas obras. Em 1954, criou sua produtora, a Ciné-Tamaris, por onde lançou “La Pointe-Courte”, que a tornou conhecida como “mãe” ou “madrinha” da nouvelle vague. Mas seu filme mais conhecido viria no auge do movimento, em 1962. Seu segundo longa, “Cléo das 5 às 7”, imprimiu um viés feminista ao cinema. A trama acompanhava a personagem-título por duas angustiantes horas pelas ruas de Paris, enquanto aguardava o resultado de um exame de câncer. Foi considerado o Melhor Filme do ano pelo sindicato dos críticos franceses. Seu terceiro lançamento, “As Duas Faces da Felicidade” (1965), vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Berlim, focava a hipocrisia masculina, mostrando uma família que seria perfeita, não fosse o patriarca um homem infiel, apesar de feliz no casamento. Depois de dirigir Catherine Deneuve em “As Criaturas” (1966), Varda e o marido, o também cineasta Jacques Demy, mudaram-se para Los Angeles, onde ela mergulhou “no espírito de revolta” da contracultura e se reinventou como documentarista. Querendo registrar o período, filmou diversos curtas sobre tópicos quentes, como os Panteras Negras, a revolução cubana, a guerra do Vietnã e o próprio feminismo. Só foi voltar à ficção em 1977, com “Uma Canta, a Outra Não”, história de duas amigas ao longo de uma década de reivindicações femininas. Mesmo assim, passou a se alternar-se entre registros de tudo o que lhe chamava atenção, como os murais grafitados das ruas de Los Angeles (o documentário “Mur, Murs”, 1981), e trabalhos em que se expressava por meio de atores, como o drama de uma jovem encontrada morta numa vala. Este foi o tema de “Os Renegados” (1985), estrelado por Sandrine Bonnaire, que venceu o Leão de Ouro como Melhor Filme do Festival de Veneza. Essa dualidade a permitiu filmar duas vezes a atriz Jane Birkin de forma completamente diferente no mesmo ano, como personagem no polêmico “Le Petit Amour” (1988), que flertava com a pedofilia, e como pessoa real no documentário “Jane B. por Agnès V.” (1988). A morte do marido em 1990 inspirou um de filmes seus mais belos, “Jacquot de Nantes” (1991), baseado na infância e juventude de Jacques Demy, em que transbordava amor. Também fez um documentário tocante sobre a carreira do diretor, “The World of Jacques Demy” (1995). Mas não foi tão feliz ao tentar contar as memórias do próprio cinema em “As Cento e uma Noites” (1995), um híbrido de ficção e documentário que a levou a se afastar de vez dos atores. A partir daí, só filmou pessoas reais, como os trabalhadores rurais e catadores de lixo em “Os Catadores e Eu” (2000), sempre inserindo-se no contexto, como ficava explícito pelos títulos. Ao abandonar os atores, passou a dar mais atenção à fotografia. Na verdade, ao aspecto mais artístico das imagens. “Se vocês prestarem atenção, minha carreira se divide em duas partes, a do século 20 e a do 21. Na primeira sou mais cineasta; na segunda, artista plástica”, explicou, no último Festival de Berlim. Em “As Praias de Agnès” (2008), começou a cuidar de seu legado, revendo cenas e lugares de sua vida – e, de quebra, conquistando uma porção de prêmios em diversos festivais, justamente pela plasticidade com que descreveu sua jornada. Em 2017, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos lhe rendeu homenagem com um Oscar honorário pelo conjunto de sua obra. “Musa Pioneira. Ícone. Uma mulher que lançou um movimento de cinema”, assim a apresentou o presidente da Academia, John Bailey, quando Varda se tornou a primeira mulher cineasta a ter a carreira reconhecida pelo Oscar. Mas, incansável, ela ainda voltou à premiação em 2018, quando concorreu ao Oscar de Melhor Documentário por “Visages, Villages”, tornando-se, aos 89 anos, a pessoa mais velha a ser indicada em uma categoria competitiva do principal troféu da indústria cinematográfica. Seu último trabalho como diretora foi uma minissérie biográfica, “Varda par Agnès – Causerie”, que após a première no Festival de Berlim no mês passado, foi exibida há 11 dias na França. A obra se encerra com um borrão branco, em forma de névoa, que engole a cena em que Agnès Varda contempla uma praia. Ela se preocupou até em deslocar os créditos de encerramento para outro lugar, de forma a não terminar seu último filme com uma tela preta, representando a escuridão, mas sim com a mais completa claridade. “Preciso me preparar para dizer adeus e achar a paz necessária para isso”, ela disse em sua última entrevista coletiva, no Festival de Berlim, 46 dias antes de morrer. Na tarde desta sexta-feira, ela ainda inauguraria uma exposição de fotografias e instalações de arte em Chaumont-sur-Loire, que será aberta sem ela.

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    Agnès Varda rouba a cena como boneco de papelão na foto anual do Oscar

    7 de fevereiro de 2018 /

    A tradicional foto oficial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, que reúne os indicados ao Oscar e normalmente passa despercebida, virou sensação neste ano. Tudo graças à veterana cineasta belga Agnès Varda. Ausente na cerimônia, a documentarista de 89 anos foi representada por uma reprodução sua em tamanho real e impressa num papelão. Varda se tornou este ano a pessoa mais velha indicada à premiação da Academia em todos os tempos. Ela disputa o Oscar 2018 na categoria de Melhor Documentário, por “Visages, Villages”, que codirigiu e coestrelou com o fotógrafo JR. O filme está em cartaz no Brasil. A foto em tamanho real foi feita justamente por seu parceiro no filme, JR, que levou para o evento da Academia diversas poses diferentes. E isto inspirou uma série de brincadeiras. Veja abaixo.

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    Maze Runner chega em mais de mil cinemas contra estreias do Oscar 2018

    25 de janeiro de 2018 /

    Lançado em mais de mil telas, “Maze Runner – A Cura Mortal” é a estreia mais ampla desta quinta (25/1). E também uma das mais fracas. As opções são três filmes indicados ao Oscar 2018 e três estreias infantis. Clique em seus títulos para ver os trailers de cada lançamento da semana. O terceiro e último filme da franquia “Maze Runner” conclui a trama iniciada com “Maze Runner: Correr ou Morrer” em 2014, quando adaptações de distopias juvenis eram a última moda em Hollywood. Desde então, a franquia “Divergente” foi abandonada sem final e outras tentativas de emplacar sagas, como “A 5ª Onda”, fracassaram. Os produtores de “Maze Runner”, ao menos, não dividiram o último livro da trilogia em dois longas – como aconteceu com “Jogos Vorazes” e o fatídico “Divergente”. Se o lançamento parece chegar de forma tardia, é porque a produção ficou interrompida por um ano, após um grave acidente sofrido pelo protagonista durante as filmagens. O acidente de Dylan O’Brien aconteceu em 18 de março de 2016, quando filmava uma cena preso no teto de um carro em movimento. Ele acabou arremessado para o alto e atingido por outro automóvel, quebrando vários ossos, foi levado às pressas para um hospital e ficou vários dias internado. Mas o ator já está bem, tanto que veio ao Brasil participar da Comic Con Experience. A conclusão da história é o grande atrativo para os fãs. Mas quem já tinha se decepcionado com o segundo filme não deve contar com uma possibilidade de redenção. O terceiro é o pior lançamento da franquia, com apenas 45% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Como nos anteriores, a direção é de Wes Ball e o elenco inclui todos os sobreviventes de “Maze Runner: Prova de Fogo” (2015), entre eles Kaya Scodelario, Thomas Brodie-Sangster, Ki Hong Lee, Rosa Salazar, Giancarlo Esposito e Patricia Clarkson. A comédia “Artista do Desastre” teve menos indicações do que o esperado no Oscar 2018. Isto porque, após vencer o Globo de Ouro 2018 e o Critics Choice, o ator James Franco enfrentou denúncias de assédio sexual, que barraram seu nome no prêmio da Academia. Mas a produção concorre com o que tem de melhor: o roteiro da dupla Scott Neustadter e Michael H. Weber (ambos de “A Culpa É das Estrelas”). A história é real e o filme recria os bastidores daquele que é conhecido como o “Cidadão Kane dos filmes ruins”, cultuado por ser ruim de morrer de rir: “The Room”, escrito, dirigido, produzido e estrelado pelo megalomaníaco Tommy Wiseau em 2005. Na trama, Franco vive Wiseau, o pior ator e diretor do mundo, incapaz de decorar um diálogo simples ou falar de forma inteligível, e que mesmo assim resolveu criar uma “obra-prima”. Franco quase repete a mesma façanha, acumulando as funções de estrela, diretor e produtor. O elenco ainda inclui seu irmão Dave Franco (“Vizinhos”), Seth Rogen (“A Entrevista”), Zac Efron (“Vizinhos”), Alison Brie (“O Durão”), Josh Hutcherson (franquia “Jogos Vorazes”), Kate Upton (“Mulheres ao Ataque”), Zoey Deutch (“Tinha que Ser Ele?”), Jacki Weaver (“O Lado Bom da Vida”), Sharon Stone (série “Agent X”), Christopher Mintz-Plasse (“Vizinhos”), além de Lizzy Caplan (“A Entrevista”), Adam Scott (série “Parks and Recreation”) e Bryan Cranston (série “Breaking Bad”), que interpretam a si mesmos. “The Post – A Guerra Secreta” é o filme que rendeu a 21ª indicação ao Oscar para a atriz Meryl Streep. O longa também concorre a Melhor Filme do ano, mas Steven Spielberg ficou fora da lista de Melhor Direção. O drama também é baseado em fatos reais e narra a revelação do escândalo dos “Papéis do Pentágono”, documentos ultra-secretos de 14 mil páginas do governo dos Estados Unidos sobre o envolvimento americano na Guerra Vietnã. O título original é uma referência ao jornal The Washington Post e a trama gira em torno do dilema sofrido pela dona do jornal, pressionada por seu editor a desafiar o governo federal sobre o direito de publicar os documentos secretos em 1971. Ela poderia ser acusada de traição e perder o Washington Post na justiça. Tom Hanks (“O Resgate do Soldado Ryan”), em seu quinto trabalho com Spielberg, vive o editor do jornal, Ben Bradlee, enquanto Streep, que trabalhou anteriormente com o cineasta em “A.I. – Inteligência Artificial” (2001), tem o papel da proprietária Kay Graham. Curiosamente, é a primeira vez que os dois atores, gigantes de Hollywood, atuam juntos num filme. Indicado ao Oscar de Melhor Documentário, “Visages, Villages” oferece um contraponto lúdico às produções engajadas que preencheram a categoria neste ano. A obra junta a cineasta veterana da nouvelle vague Agnès Varda (“As Duas Faces da Felecidade”) e o fotógrafo JR numa viagem pelo interior da França, fazendo artes pelo caminho. Foi premiada em inúmeros festivais de prestígio, como Cannes e Toronto, além de ter sido votada em 1º lugar nas listas de final de ano dos críticos de Los Angeles e Nova York. Também foi exibida na Mostra de São Paulo, onde venceu o prêmio do público. “Sem Fôlego” é o primeiro longa infantil de Todd Haynes (“Carol”), que adapta o livro homônimo de Brian Selznick (autor de “A Invenção de Hugo Cabret”) sobre duas crianças surdas, Ben e Rose, cujas histórias são separadas por 50 anos. Rose foge de casa em 1927, rumo a Nova York para conhecer Lillian Mayhew, estrela de cinema que idolatra. Jack também escapa para Nova York, mas em 1977, em busca de seu pai. A edição distingue a diferença de suas épocas aos ilustrar as cenas com imagens em preto e branco para o começo do século 20 e cores para a década de 1970. Até que as vidas de ambos se cruzam de maneira inesperada. O próprio Selznick assina o roteiro da adaptação, que destaca em seu elenco Julianne Moore (“Jogos Vorazes: A Esperança”), Michelle Williams (“Manchester à Beira-Mar”) e as crianças Oakes Fegley (“Meu Amigo, o Dragão”) e Millicent Simmonds (estreante). Exibido no Festival de Cannes, o longa foi bastante elogiado, mas não deixou a crítica “sem fôlego” – teve 70% de aprovação, 25% a menos que a média dos indicados ao Oscar. “Peixonauta – O Filme” traz aos cinemas a série infantil brasileira, exibida no Discovery Kids, na TV Cultura, SBT, TV Brasil e até Netflix. A atração já foi exportada para mais de 90 países e em seu novo filme visita São Paulo. Na trama, o agente secreto Peixonauta sai pela primeira vez do Parque das Árvores Felizes para resolver um grande mistério: o desaparecimento de todos os habitantes. A história lida com questões do meio ambiente, como o lixo e a contaminação dos mananciais de água. A direção é de Celia Catunda, Kiko Mistrorigo e Rodrigo Eba. Os dois primeiros também foram responsáveis por “Peixonauta: Agente Secreto da O.S.T.R.A.”, primeiro longa animado da franquia, lançado em 2012. Para completar, a trilha do filme foi musicada por Paulo Tatit (Palavra Cantada), Zezinho Mutarelli e a banda Titãs. Último da lista, “Encolhi a Professora” tem a distinção de ser o pior lançamento da semana. A produção alemã, que chega dublada em português, reflete uma especialidade do diretor Sven Unterwaldt: as paródias com mash-ups de tramas conhecidas. Neste caso, a premissa de “Querida, Encolhi as Crianças” (1989) no contexto da escola mágica da franquia “Harry Potter”. “Detetives do Prédio Azul” se sai melhor, com menos orçamento.

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    Documentário mais premiado do ano ganha primeiro trailer legendado

    9 de dezembro de 2017 /

    O documentário “Visages, Villages” (Faces, Places), que junta a cineasta veterana da nouvelle vague Agnès Varda e o fotógrafo JR numa viagem pelo interior da França, fazendo artes pelo caminho, ganhou seu primeiro trailer legendado em português. Filme mais premiado do gênero em 2017, “Visages, Villages” foi eleito Melhor Documentário em inúmeros festivais de prestígio, como Cannes e Toronto, além de ter sido votado em 1º lugar nas listas de final de ano dos críticos de Los Angeles e Nova York. Por conta disso, é favorito ao Oscar 2018. Exibido na Mostra de São Paulo, onde venceu o prêmio do público, tem estreia comercial marcada para 4 de janeiro no Brasil.

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