Joaquin Phoenix viverá romance gay em novo longa do diretor de “Carol”
O ator Joaquin Phoenix (“Coringa”) vai estrelar um novo projeto do diretor Todd Haynes (“Carol”) ainda sem título divulgado. A trama será um romance gay de época ambientado na década de 1930 em Los Angeles. A informação foi revelada pelo próprio Haynes durante sua passagem pelo Festival de Cannes. “O próximo filme é um longa que é um roteiro original que desenvolvi com Joaquin Phoenix baseado em alguns pensamentos e ideias que ele me trouxe”, revelou o diretor ao IndieWire. “Nós basicamente escrevemos com ele como um escritor de histórias. Eu, Jon Raymond e Joaquin compartilhamos o crédito da história”. Ainda segundo Haynes, ele espera que o filme comece a ser rodado no início do próximo ano. Seguindo a linha conceitual dos filmes estrelados por Phoenix, o longa deve retratar temas adultos de forma crua. “Joaquin estava me pressionando ainda mais e dizendo ‘não, vamos mais longe’”, disse Haynes. “Este será um filme NC-17” (expressamente proibido para menores nos EUA). Com a previsão da classificação indicativa mais elevada, abaixo só da pornografia, a trama deve trazer cenas fortes. Narrativas LGBTQIAPN+ são comuns para o diretor, já consagrado em produções do gênero como “Veneno” (1991), “Velvet Goldmine” (1998) e “Carol” (2015), sendo esta última coprotagonizada pela atriz Rooney Mara, esposa de Joaquin Phoenix. Entretanto, a escalação de um ator heterossexual para uma história queer foi alvo de críticas negativas do público. Nas redes sociais, apontaram que o longa deveria ser estrelado por um ator gay e não por Phoenix. Além disso, os internautas pontuaram que o mesmo foi feito em “Carol”. O romance lésbico foi protagonizado por Rooney Mara ao lado de Cate Blanchett, duas atrizes também heterossexuais. Inclusive, Blanchett interpretou novamente uma personagem queer no aclamado “Tár” (2022), que rendeu uma série de indicações ao Oscar, incluindo na categoria de Melhor Atriz. O argumento na internet é que esse hábito da indústria em escalar atores heterossexuais para papéis LGBTQIAPN+ a torna menos inclusiva, impedindo a verdadeira representatividade em produções prestigiadas. “Não há mais homens gays em Hollywood para interpretar esses papéis agora?”, ironizou uma internauta”. “Por que estão escolhendo todos esses atores heterossexuais para interpretar homens gays?”, disse outra. “Joaquin é um ator incrível. Mas o último ator gay a ganhar um Oscar foi John Gielgud em 1981. Então, se mais um homem heterossexual ganhar um Oscar por interpretar um personagem gay, vou ficar um pouco irritado”, apontou outro comentário Até o momento, nem Phoenix ou Haynes se pronunciaram sobre as críticas. Recentemente, o diretor compareceu ao Festival de Cannes para a premiere de seu novo longa “May December”, que concorre à Palma de Ouro. Exibido no evento no último sábado (20/5), o filme foi aclamado pela crítica especializada. No gay men left in Hollywood to do these roles now? — sk (@generalmyth) May 21, 2023 Why are they choosing all these straight actors to play gay men?this is like the 4th gay romance movie filmupdates posted with no actual gay men. — riley (@Ripleyriley26) May 21, 2023 Joaquin is an incredible actor. But the last gay actor to win an Oscar was John Gielgud in 1981. So if one more heterosexual man wins an Oscar for playing a gay character, I'm going to be a little pissed off. — Drew (@drewlpool) May 21, 2023
Documentário sobre a banda The Velvet Underground ganha trailer
A Apple TV+ divulgou o trailer do documentário de Todd Haynes (“Carol”) sobre a banda The Velvet Underground, que revolucionou o rock nos anos 1960 e influencia novos artistas até hoje. A prévia oferece um passeio pelo lado selvagem das ruas então imundas de Nova York e a cena cultural criada em torno da Factory, um misto de estúdio de arte, estúdio de cinema e club de rock de Andy Warhol, incluindo cenas de arquivo com imagens da banda de Lou Reed, John Cale, Sterling Morrison e Maureen “Mo” Tucker, além de depoimentos inéditos dos sobreviventes daquele período. O filme tem o apoio dos últimos membros sobreviventes do Velvet Underground, os músicos John Cale e Mo Tucker, e de Laurie Anderson, a artista que foi parceira de vida do cantor Lou Reed. Formada em 1966, Velvet Underground foi a antítese das bandas hippies da época. Enquanto os psicodélicos da Califórnia pregavam paz, amor e lisergia com músicas ensolaradas, a banda nova-iorquina investia em roupas pretas, óculos escuros e microfonia para exaltar o sadomasoquismo e as drogas mais pesadas, como heroína. Eram apadrinhados pelo artista plástico Andy Warhol, que fez a capa de seu primeiro disco, mas que também lhes impôs a cantora-modelo Nico como vocalista, com quem só gravaram um disco. Após cantar algumas das melhores músicas da banda, ela teve ajuda de Cale e Reed para se lançar em carreira solo. Eventualmente, os próprios Cale e Reed largaram o Velvet Underground, que acabou implodindo. A banda nunca fez sucesso em sua época. Mas sua repercussão a tornou lendária, como fomentadora do rock das décadas seguintes. Ela é citada como maior influência por David Bowie – que fez questão de produzir Lou Reed como artista solo – , Patti Smith, Joy Division, The Jesus and Mary Chain, Sonic Youth, My Bloody Valentine, Nirvana e The Strokes, para citar só alguns dos roqueiros que impactou. Intitulado “The Velvet Underground”, o documentário foi recebido com aplausos e elogios rasgados em sua première no Festival de Cannes deste ano, atingindo 100% de aprovação no site Rotten Tomatoes. O filme é a quarta obra roqueiro do diretor Todd Haynes, que começou a chamar atenção com “Velvet Goldmine” (1998), filme sobre artistas fictícios do rock glam, gênero influenciado pelo Velvet Underground, que incluía um personagem inspirado em Lou Reed. Ele também dirigiu “Não Estou Lá” (2007), baseado na vida de Bob Dylan, e, antes de tudo isso, um curta animado com bonecas sobre a cantora Karen Carpenter, “Superstar: The Karen Carpenter Story” (1988). A estreia está marcada para o dia 15 de outubro.
Todd Haynes começa a trabalhar em documentário sobre a banda Velvet Underground
O projeto do documentário do cineasta Todd Haynes (“Carol”) sobre a banda Velvet Underground foi oficializado, com a divulgação de comunicado dos produtores e o início da produção. Haynes vai escrever, dirigir e produzir o filme, em parceria com a Polygram Entertainment e as gravadoras Verve e Universal, e pretende cobrir diversos tópicos, desde a formação da banda até seu impacto na música e na cultura global. “Eu não poderia estar mais entusiasmado em embarcar no meu primeiro documentário, tendo como tema uma das bandas de rock mais radicais e influentes do mundo da música: The Velvet Underground”, ele afirmou em comunicado. Danny Bennett, presidente e CEO da Verve Label Group, deu perspectiva histórica para a produção, ao lembrar: “A Verve Records contratou o Velvet Underground nos anos 1960 para expandir sua icônica trajetória no jazz e avançar os rumos da evolução musical, e sem dúvida eles se tornaram um das bandas mais influentes de todos os tempos. Suas gravações não só desafiaram o status quo, eles criaram uma nova geração musical, que continua a ter relevância até hoje. Sempre foi meu sonho produzir o documentário definitivo do Velvet Underground e me sinto orgulhoso de fazer parte desta produção. Esta história ambiciosa, significativa e envolvente só poderia ser contada por Todd Haynes e estou entusiasmado como os fãs para experimentar a história de The Velvet Underground no contexto de sua época”. O filme tem o apoio de um dos últimos membros fundadores sobreviventes do Velvet Underground, o músico John Cale, e de Laurie Anderson, a artista que foi parceira de vida do cantor Lou Reed. Formada em 1966 por Reed, Cale, o guitarrista Sterling Morrison e a baterista Maureen “Moe” Tucker, Velvet Underground foi a antítese das bandas hippies da época. Enquanto os psicodélicos da Califórnia pregavam paz, amor e lisergia, com músicas ensolaradas, a banda nova-iorquina investia em roupas pretas, óculos escuros e microfonia para exaltar o sadomasoquismo e as drogas mais pesadas, como heroína. Eram apadrinhados pelo artista plástico Andy Warhol, que fez a capa de seu primeiro disco, mas que também lhes impôs a cantora-modelo Nico, com quem só gravaram um disco. Após cantar algumas das melhores músicas da banda, ela teve ajuda de Cale e Reed para se lançar em carreira solo. Eventualmente, os próprios Cale e Reed largaram o Velvet Underground, que acabou implodindo. A banda nunca fez sucesso em sua época. Mas sua repercussão a tornou lendária, como fomentadora das décadas seguintes do rock. Ela é citada como influência por David Bowie – que fez questão de produzir Lou Reed em sua tentativa de emplacar como artista solo – The Jesus and Mary Chain, Sonic York e Nirvana, para citar alguns dos roqueiros que impactou. Haynes falou pela primeira vez do projeto em agosto do ano passado, durante participação no Festival de Locarno, onde foi homenageado pelas realizações de sua carreira. Na época, o diretor revelou as dificuldades previstas em sua empreitada, descrevendo o documentário como “desafiador”, diante da escassez de registros visuais sobre o grupo. Ele confirmou que irá usar os filmes experimentais de Andy Warhol, que registrou performances da banda, e se disse ansioso pela “emoção da pesquisa e montagem visual”. Vale lembrar que, duas décadas atrás, o diretor chamou atenção ao lançar “Velvet Goldmine” (1998), filme sobre artistas fictícios do rock glam, gênero influenciado pelo Velvet Underground, que incluía um personagem inspirado em Lou Reed. Ele também dirigiu “Não Estou Lá” (2007), baseado na vida de Bob Dylan, e um curta animado com bonecas sobre a cantora Karen Carpenter, “Superstar: The Karen Carpenter Story” (1988). Atualmente, Haynes está em cartaz nos cinemas com o filme infantil “Sem Fôlego”.
Todd Haynes prepara documentário sobre a banda Velvet Underground
O próximo filme de Todd Haynes marcará uma progressão na carreira do cineasta, da ficção para a realidade. Duas décadas após lançar “Velvet Goldmine” (1998), filme sobre artistas fictícios do rock glam, gênero influenciado por Lou Reed, entre outros, ele vai filmar um documentário sobre a pioneira banda Velvet Underground, liderada por Lou Reed nos anos 1960. Ainda sem título, o projeto será o primeiro documentário do diretor, e marcará os 50 anos de lançamento do álbum de estreia do Velvet Underground – “The Velvet Underground and Nico”, com capa exclusiva do artista plástico Andy Warhol. O anúncio foi feito durante a participação de Haynes no Festival de Locarno, onde está sendo homenageado pelas realizações de sua carreira. Em entrevista para a revista Variety, o diretor revelou as dificuldades previstas em sua empreitada, descrendo o documentário como “desafiador”, diante da escassez de registros visuais sobre o grupo. Ele confirmou que irá usar os filmes experimentais de Andy Warhol, que registrou performances da banda, além de outros momentos de seus integrantes, e se disse ansioso pela “emoção da pesquisa e montagem visual”. Haynes também pretende incluir entrevistas dos membros sobreviventes da banda e de seus contemporâneos dos anos 1960. Ele também revelou que, paralelamente a este projeto, está preparando uma minissérie para a Amazon sobre “uma figura intensamente importante e de imensa influência histórica e cultural”, sem dar maiores detalhes.

