Mary Alice: Oráculo de “Matrix” morre aos 85 anos
A atriz Mary Alice, que interpretou Oráculo na franquia “Matrix”, morreu na quarta-feira (27/7) em Nova York, aos 85 anos de idade, de causa não revelada. Mary Alice Smith nasceu em 3 de dezembro de 1936, em Indianola, Mississippi, e foi criada em Chicago numa família de operários. Ela trabalhou no serviço público e foi professora do ensino fundamental antes de ingressar em um grupo de teatro comunitário. Após chamar atenção de Douglas Turner Ward, co-fundador da Negro Ensemble Company, mudou-se para Nova York em 1967, onde sua carreira floresceu em várias peças do circuito off-Broadway. A estreia no cinema aconteceu em 1974, em “A Educação de Sonny Carson”, e logo em seguida ela iniciou uma longa e prolífica rotina de aparições em séries TV – só em 1975, apareceu em episódios de “Sanford & Son”, “Good Times” e “Police Woman”. Em 1976, Mary Alice teve seu primeiro papel de destaque no cinema em “Sparkle”, como a mãe de três filhas que formam um grupo musical ao estilo das Supremes. Produzido cinco anos antes de “Dreamgirls”, musical da Broadway com tema semelhante, o filme lançou as carreiras de Irene Cara (“Fama”) e Lonette McKee (“Malcom X”) e ganhou um remake em 2012, em que Whitney Houston assumiu o papel da mãe. Sua consagração acabou vindo pelo teatro e a TV. Ela venceu o Tony em 1987 por sua atuação como Rose Maxson na peça da Broadway “Fences” – cuja adaptação de cinema, batizada no Brasil como “Um Limite Entre Nós” (2016), rendeu o Oscar para Viola Davis. Em 1993, veio o Emmy de Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Drama por “I’ll Fly Away”, em sua segunda indicação pelo desempenho na atração sobre segregação racial dos anos 1950. Ela também ganhou reconhecimento pelo filme “Não Durma Nervoso” (1990), de Charles Burnett, pelo qual foi indicada ao troféu de Melhor Atriz no Spirit Awards (o Oscar do cinema independente). E essa sequência de prêmios lhe rendeu convites para muitos trabalhos, acrescentando várias séries e filmes em seu currículo. Entre os destaques, estão os longas “Tempo de Despertar” (1990), de Penny Marshall, “A Fogueira das Vaidades” (1990), de Brian De Palma, “Malcolm X” (1992), de Spike Lee, “Um Mundo Perfeito” (1993), de Clint Eastwood, “Ressurreição” (1998), de Maya Angelou, “A Terra do Sol” (2002), de John Sayles, e “Matrix Revolutions” (2003), das irmãs Wachowski. O papel de Oráculo no desfecho da trilogia original de “Matrix” foi seu último trabalho no cinema. Ela se aposentou da atuação logo após viver novamente a personagem nos videogames “Enter the Matrix” (2003) e “The Matrix Online” (2005). Em homenagem à intérprete original de Rose, a atriz Viola Davis escreveu nesta quinta: “Você foi uma das maiores atrizes de todos os tempos!! Obrigada pelo trabalho, inspiração e obrigada pela Rose. Vá com Deus, Rainha.”
Logan registra melhor estreia de cinema no Brasil em 2017
“Logan” repetiu no Brasil o fenômeno de bilheteria americano, abrindo em 1º lugar com mais de 1,6 milhão de espectadores e faturamento de R$ 25 milhões. Apesar da classificação etária elevada (para maiores de 16 anos no país), a produção da Fox tornou-se a estreia mais bem-sucedida de 2017 até agora. Curiosamente, antes de “Logan”, a melhor estreia de 2017 no Brasil tinha sido outro filme proibido para menores de 16 anos, “Cinquenta Tons Mais Escuros”, que entrou em cartaz em 13 de fevereiro com 1,3 milhão de espectadores e R$ 22 milhões de faturamento nas bilheterias. Segundo dados da empresa de monitoramento ComScore, o total arrecadado por “Logan” é cinco vezes maior que o segundo colocado e ainda supera a soma total das bilheterias dos outros filmes em cartaz entre quinta e domingo (5/3) nos cinemas brasileiros. Em todo o mundo, o filme já rendeu US$ 237,8 milhões – US$ 85,3 milhões só nos EUA. “A Grande Muralha”, com Matt Damon, faturou pouco mais de 20% do que arrecadou “Logan”, ocupando o 2º lugar com público de “apenas” 279 mil pessoas e arrecadação de R$ 4,8 milhões. O ranking também destaca o crescimento do interesse em torno de “Moonlight”. O drama indie tinha aberto em 10º em seu lançamento no fim de semana anterior, mas, após vencer o Oscar 2017, pulou para o 4º lugar, mesmo contando com uma distribuição bastante limitada. Vale lembrar que, além de “Logan”, a semana passada teve o lançamento de “Um Limite Entre Nós”, que rendeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante a Viola Davis. Único dos filmes americanos que disputavam a premiação da Academia a chegar ao Brasil após a exibição da cerimônia, “Um Limite Entre Nós” não entrou no Top 10, mostrando o equívoco da estratégia de sua distribuidora. BILHETERIAS: TOP 10 Brasil 1. Logan Fim de semana: R$ 25 milhões Total: R$ 25 milhões 2. A Grande Muralha Fim de semana: R$ 4,8 milhões Total: R$ 21,2 milhões 3. Cinquenta Tons Mais Escuros Fim de semana: R$ 3,5 milhões Total: R$ 60,6 milhões 4. Moonlight Fim de semana: R$ 1,5 milhão Total: R$ R$ 2,9 milhões 5. Lego Batman – O Filme Fim de semana: R$ 1,3 milhão Total: R$ 18,3 milhões 6. Internet – O Filme Fim de semana: R$ 1 milhão Total: R$ 4,1 milhões 7. Monster Trucks Fim de semana: R$ 873 mil Total: R$ 3,8 milhões 8. La La Land Fim de semana: R$ 724 mil Total: R$ 23,1 milhões 9. Aliados Fim de semana: R$ 573 mil Total: R$ 6,3 milhões 10. John Wick – Um Novo Dia Para Matar Fim de semana: R$ R$ 546 mil Total: R$ R$ 7,4 milhão
Logan é a principal estreia de cinema da semana – e talvez do ano
Principal estreia de cinema nesta quinta (2/3), “Logan” é o segundo filme de super-heróis da Marvel/Fox lançado para maiores de 16 anos no Brasil. O primeiro foi “Deadpool”, no ano passado, completamente diferente em tom. Enquanto o filme estrelado por Ryan Reynolds era insanamente divertido, o último longa de Hugh Jackman como Wolverine aposta na seriedade. Tendo em vista como as produções da DC Comics/Warner se equivocam ao se levar a sério, o acerto de “Logan” abre um novo caminho, deixando claro o que realmente faz diferença. E é bem simples. Desde sua concepção, o longa dirigido por James Mangold evitou se limitar ao mundinho dos fanboys adolescentes. O que a Warner esqueceu, ao buscar um tom mais sombrio para seus filmes, foi que a própria DC Comics buscou o público adulto quando promoveu sua grande guinada rumo a histórias sombrias nos anos 1980. Já faz 30 anos que os quadrinhos de super-heróis se sofisticaram, com o lançamento de graphic novels e o fim do código de ética, um selinho que garantia conteúdo infantil. “Logan” é a versão de cinema dessa revolução. Um filme de super-heróis maduro, influenciado pelo western e passado num mundo tão violento quanto os quadrinhos se tornaram. Não é que “Logan” se afasta dos quadrinhos para se tornar um filme para maiores. Ao contrário. Ele é o primeiro filme que realmente compreendeu o que aconteceu nos quadrinhos nas últimas três décadas. O filme mostrou sua carta de intenções ao fazer uma première num local inusitado: um festival de cinema europeu, em Berlim, onde produções sérias e dramáticas têm prioridade. E acabou sendo a obra mais aplaudida e comentada de todo o evento. A crítica mundial caiu para trás. Nos EUA, onde “Logan” estreia na sexta, os elogios renderam 93% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Nem “Deadpool”, que chegou a ganhar indicações a prêmios dos prestigiosos sindicatos de Hollywood, agradou tanto (84%). Tendo isso em vista, “Logan” ganha sua devida perspectiva. Não é apenas a principal estreia da semana. Pode ser o mais importante lançamento do ano. Seu sucesso ou fracasso influenciará inúmeras decisões sobre o futuro das adaptações de super-heróis em Hollywood. Por via das dúvidas, chega em 1,2 mil salas, num empurrão para virar blockbuster. Apenas mais duas estreias completam o circuito. Uma delas, inclusive, já estava em cartaz em circuito de “pré-estreias pagas”. Último longa americano do Oscar 2017 a estrear no Brasil, “Um Limite entre Nós” rendeu a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante a Viola Davis, um prêmio que ela vinha ensaiando vencer desde 2009. A atriz já tinha conquistado o equivalente teatral, o Tony Awards, pelo mesmo papel, como uma mãe sofredora nos anos 1950, casada com um lixeiro orgulhoso, numa família endurecida pelo racismo da época, que tenta ensinar a vida para o filho. Denzel Washingon é seu parceiro, indicado ao Oscar e favorito de muita gente ao prêmio – venceu o troféu do Sindicato dos Atores dos EUA (SAG Award). Ele também dirigiu o longa, adaptado postumamente para o cinema pelo autor da peça, August Wilson. O menor lançamento é “Waiting for B”, que, apesar do título, é um documentário nacional sobre a vinda de Beyoncé ao Brasil. O filme se foca no público, sua obsessão pela estrela e a dedicação que leva fãs a acampar diante de uma bilheteria dias antes da data marcada para o show. Foi exibido com sucesso em vários festivais internacionais.
La La Land, ops, Moonlight vence o Oscar 2017
Mais politizado, divertido e atrapalhado de todos os tempos, o Oscar 2017 culminou sua noite, após discursos e piadas disparadas na direção de Donald Trump, premiando o filme errado. No melhor estilo Miss Universo, só após os agradecimentos dos produtores de “La La Land” veio a correção. O vencedor do Oscar de Melhor Filme não foi o anunciado por Warren Beatty e Faye Dunaway. O próprio Beatty explicou ao microfone que tinham recebido o envelope errado, que premiava Emma Stone por “La La Land”. E foi o nome do filme da Melhor Atriz que Dunaway anunciou. O que deve dar origem a uma profusão de memes e piadas foi, na verdade, quase um ato falho. Enquanto a falsa vitória de “La La Land” foi aplaudidíssima, a verdadeira vitória de “Moonlight” foi um choque. De pronto, foi um prêmio para o cinema indie. Um dia antes, “Moonlight” tinha vencido o Spirit Awards, premiação do cinema independente americano. Rodado por cerca de US$ 5 milhões, o filme fez apenas US$ 22,2 milhões nos EUA e jamais venceria um concurso de popularidade. Pelo conjunto da noite, sua vitória também representou um voto de protesto. Menos visto pelo grande público entre todos os candidatos, era o que representava mais minorias: indies, pobres, negros, imigrantes, latinos e gays. Para completar, o ator Mahershala Ali, que venceu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu micro papel de traficante cubano radicado em Miami, é muçulmano na vida real – e se tornou o primeiro ator muçulmano premiado pela Academia. Ao todo, “Moonlight” levou três Oscars. O terceiro foi de Melhor Roteiro Adaptado, dividido entre o cineasta Barry Jenkins e Tarell Alvin McCraney, autor da história e da peça original. “La La Land”, porém, venceu o dobro de prêmios: seis ao todo. Entre as conquistas do musical, a principal foi tornar Damien Chazelle o diretor mais jovem a ganhar um Oscar, aos 32 anos de idade. Além disso, Emma Stone venceu como Melhor Atriz. “Manchester à Beira-Mar” e “Até o Último Homem” se destacaram a seguir, com dois Oscar cada. Enquanto o filme de Mel Gibson levou prêmios técnicos, o segundo drama indie mais premiado da noite rendeu uma discutível vitória de Casey Affleck como Melhor Ator e a estatueta de Melhor Roteiro Original para o cineasta Kenneth Lonergan. Viola Davies confirmou seu favoritismo como Melhor Atriz Coadjuvante por “Um Limite Entre Nós”, tornando-se a primeira atriz negra a vencer o Emmy, o Tony e o Oscar. Sua vitória ainda ajudou a demonstrar como o Oscar se transformou com as mudanças realizadas por sua presidente reeleita Cheryl Boone Isaacs, que alterou o quadro de eleitores, trazendo maior diversidade para a Academia. Após um #OscarSoWhite 2016 descrito francamente como racista pelo apresentador Jimmy Kimmel, na abertura da transmissão, a Academia premiou negros como atores, roteiristas e até produtores. Mas o recado foi ainda mais forte, ao premiar os candidatos com maior potencial de dissonância, especialmente aqueles ligados aos países da lista negra de Donald Trump. O diretor inglês de “Os Capacetes Brancos”, Melhor Documentário em Curta-Metragem, sobre o trabalho humanitário em meio à guerra civil da Síria, generalizou em seu agradecimento, mesmo tendo seu cinematógrafo impedido de viajar aos EUA para participar do Oscar. Já o iraniano Asghar Farhadi, que venceu seu segundo Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira com “O Apartamento”, foi na jugular. Sua ausência já era um protesto em si contra o que ele chamou, em texto lido por seus representantes, ao “desrespeito” dos EUA. “Minha ausência se dá em respeito aos povos do meu pais e de outros seis países que foram desrespeitados pela lei inumana que bane a entrada de imigrantes nos Estados Unidos”. Foi bastante aplaudido. Interessante observar que, apesar do clima politizado manifestado por meio da seleção de vencedores, apenas os estrangeiros e Jimmy Kimmel fizeram discursos contundentes. Os americanos sorriram amarelo e agradeceram suas mães, enquanto artistas de outros países provocaram reações pontuadas por aplausos com suas declarações contrárias à política internacional americana. Até Gael Garcia Bernal, convidado a apresentar um prêmio, deixou seu texto de lado para se manifestar “como mexicano”. Menos evidente, mas igualmente subversivo, foi o fato dos serviços de streaming e a TV paga terem se infiltrado na premiação. Assim como aconteceu no Globo de Ouro, Jeff Bezos, dono da Amazon, ganhou destaque e propaganda gratuita (será?) do apresentador no discurso de abertura. A Amazon produziu um dos filmes premiados, “Manchester à Beira-Mar”, e foi a distribuidora oficial de “O Apartamento” nos EUA – filme que, prestem atenção, não entrou em circuito comercial nos cinemas americanos. A Netflix também faturou seu Oscar por meio de “Os Capacetes Brancos”, que – prestem mais atenção – é inédito nos cinemas. Para completar, o Oscar de Melhor Documentário foi para “O.J. Simpson: Made in America”, uma minissérie de cinco episódios do canal pago ESPN. Sinal dos tempos. E sinal de alerta para o parque exibidor. Confira abaixo a lista completa dos vencedores. Vencedores do Oscar 2017 Melhor Filme “La La Land” “Moonlight” Melhor Direção Damien Chazelle (“La La Land”) Melhor Ator Casey Affleck (“Manchester à Beira-Mar”) Melhor Atriz Emma Stone (“La La Land”) Melhor Ator Coadjuvante Mahershala Ali (“Moonlight”) Melhor Atriz Coadjuvante Viola Davis (“Um Limite entre Nós”) Melhor Roteiro Original Kenneth Lonergan (“Manchester à Beira-Mar”) Melhor Roteiro Adaptado Barry Jenkins (“Moonlight”) Melhor Fotografia Linus Sandgren (“La La Land”) Melhor Animação “Zootopia” Melhor Filme em Língua Estrangeira “O Apartamento” (Irã) Melhor Documentário “O.J. Made in America” Melhor Edição John Gilbert (“Até o Último Homem”) Melhor Edição de Som Sylvain Bellemare (“A Chegada”) Melhor Mixagem de Som Kevin O’Connell, Andy Wright, Robert Mackenzie e Peter Grace (“Até o Último Homem”) Melhor Desenho de Produção David Wasco e Sandy Reynolds-Wasco (“La La Land”) Melhores Efeitos Visuais Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R. Jones e Dan Lemmon (“Mogli, o Menino Lobo”) Melhor Canção Original “City of Stars”, de Justin Hurwitz, Benj Pasek e Justin Paul (“La La Land”) Melhor Trilha Sonora Justin Hurwitz (“La La Land”) Melhor Cabelo e Maquiagem Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Christopher Nelson (“Esquadrão Suicida”) Melhor Figurino Colleen Atwood (“Animais Fantásticos e Onde Habitam”) Melhor Curta “Sing” Melhor Curta de Animação “Piper” Melhor Curta de Documentário “Os Capacetes Brancos”
Indicado ao Oscar 2017, Um Limite Entre Nós chegará aos cinemas brasileiros apenas após a premiação
Com quatro indicações ao Oscar 2017, “Um Limite Entre Nós” só vai estrear no Brasil após os resultados da premiação. O Oscar 2017 vai acontecer em 26 de fevereiro, enquanto “Um Limite entre Nós” entrará em cartaz apenas no dia 2 de março. Será o único dos candidatos ao troféu de Melhor Filme do ano que não poderá ser assistido pelo público brasileiro antes da cerimônia da Academia. Sua distribuição não está a cargo de uma empresa pequena com dificuldades de encaixe no circuito. O filme chegará aos cinemas brasileiros por meio de uma das principais companhias de Hollywood, a Paramount Pictures. Portanto, a decisão foi “estratégica”. Para quem encontra dificuldades de ligar o título nacional ao filme original, “Um Limite Entre Nós” foi o título dado pela Paramount ao original “Fences” (Cercas). Baseado na premiada peça de August Wilson, a trama traz Denzel Washington como um pai de família na década de 1950, um lixeiro urbano assombrado por seu sonho irrealizado de se tornar um astro do beisebol, e que busca desestimular a aspiração esportiva do filho numa época marcada pela segregação. O próprio Wilson assinou postumamente o roteiro da adaptação, que tem direção de Washington. Além de Melhor Filme, “Um Limite Entre Nós” concorre ao Oscar de Melhor Ator (Wahington), Melhor Atriz Coadjuvante (Viola Davis) e Melhor Roteiro Adaptado. Por sinal, Denzel e Viola venceram os prêmios do Sindicato dos Atores (SAG Awards) em suas respectivas categorias.
La La Land vence o BAFTA, o “Oscar britânico”
O musical “La La Land”, do diretor Damien Chazelle, foi o grande vencedor do BAFTA 2017, principal premiação de cinema e televisão britânica, que aconteceu neste domingo (12) em Londres. Além da estatueta de Melhor Filme, o musical conquistou os troféus de Melhor Direção para Chazelle, Melhor Atriz para Emma Stone, Melhor Trilha Sonora e Melhor Fotografia. Os outros intérpretes premiados foram Casey Affleck, Melhor Ator por seu trabalho em “Manchester à Beira-Mar”, Viola Davis, Melhor Atriz Coadjuvante por “Um Limite entre Nós”, Dev Patel, Melhor Ator Coadjuvante por “Lion”, e Tom Holland, o novo Homem-Aranha como Revelação do ano. “Lion”, por sinal, também venceu o troféu de Melhor Roteiro Adaptado, enquanto “Manchester à Beira-Mar” levou o prêmio de Melhor Roteiro Original. Na lista de premiações britânicas, “Eu, Daniel Blake”, de Ken Loach, sagrou-se o Melhor Filme e o terror “Sob a Sombra”, de Babak Anvari, a Melhor Estreia. Confira a lista completa dos vencedores abaixo. Vencedores do BAFTA Awards 2017 MELHOR FILME “La La Land” MELHOR FILME BRITÂNICO “Eu, Daniel Blake” MELHOR ESTREIA DE ROTEIRISTA, DIRETOR OU PRODUTOR BRITÂNICO “Sob a Sombra” – Babak Anvari (roteirista/diretor), Emily Leo, Oliver Roskill, Lucan Toh (produtores) MELHOR FILME ESTRANGEIRO “O Filho de Saul” (Hungria) MELHOR DOCUMENTÁRIO “A 13a Emenda” MELHOR ANIMAÇÃO “Kubo e as Cordas Mágicas” MELHOR DIRETOR Damien Chazelle, por “La La Land” MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Kenneth Lonergan, por “Manchester à Beira-Mar” MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Luke Davies, por “Lion” MELHOR ATOR Casey Affleck, por “Manchester à Beira-Mar” MELHOR ATRIZ Emma Stone, por “La La Land” MELHOR ATOR COADJUVANTE Dev Patel, por “Lion” MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Viola Davis, por “Um Limite entre Nós” MELHOR TRILHA SONORA “La La Land” MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA “La La Land” MELHOR EDIÇÃO “Até o Último Homem” MELHOR DIREÇÃO DE ARTE “Animais Fantásticos e Onde Habitam” MELHOR FIGURINO “Jackie” MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO “Florence – Quem é Essa Mulher?” MELHOR SOM “A Chegada” MELHORES EFEITOS VISUAIS “Mogli – O Menino Lobo” MELHOR CURTA BRITÂNICO DE ANIMAÇÃO “A Love Story” MELHOR CURTA-METRAGEM BRITÂNICO “Home” REVELAÇÃO DO ANO Tom Holland
Emma Stone, Denzel Washington e Netflix vencem o SAG Awards 2017
O Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (SAG, na sigla em inglês) realizou neste domingo (29/1) a edição anual de sua premiação, e apesar de confirmar o favoritismo de “La La Land” no Oscar 2017, com a vitória de Emma Stone como Melhor Atriz, o resultado surpreendeu por algumas escolhas inesperadas. Uma espécie de onda afirmativa, de integração racial, passou como um tsunami sobre o evento, distribuindo quatro de seus cinco troféus de cinema para atores negros. Com isso, Casey Affleck, que vinha ganhando todos os prêmios de interpretação masculina por “Manchester à Beira-Mar”, e Ryan Gosling, o segundo mais premiado na mesma categoria, por “La La Land”, passaram em branco. Quem levou o SAG Award de Melhor Ator foi Denzel Washington por “Um Limite entre Nós” (Fences). Criou-se assim um contraste. Enquanto Emma Stone começou sua “carreira” de Melhor Atriz do ano lá em setembro, ao conquistar a Copa Volpi no Festival de Veneza, e veio acumulando prêmios desde então, Denzel Washington atropelou na curva final e entrou só agora na disputa para valer pelo Oscar. O que é completamente inédito em relação ao comportamento dos eleitores do SAG neste século. Até então, o tédio marcava a premiação, que não passava de uma etapa de confirmação de quem já despontava como favorito rumo ao Oscar. Mas Denzel não levou nem sequer o Globo de Ouro, a estatueta mais fácil de ganhar dentre todas as premiações de Hollywood. Os coadjuvantes, ao contrário, já vinham vencendo tudo. Viola Davis, a colega de Denzel em “Um Limite entre Nós”, é até mais favorita que Emma Stone ao Oscar, e Mahershala Ali tem sido o principal destaque do elenco de “Moonlight”. No SAG, ele demonstrou força ao derrotar seu principal concorrente, Jeff Bridges, por “A Qualquer Custo”. Mais inusitado de todos os prêmios da noite, o troféu de Melhor Elenco de Cinema acabou indo para “Estrelas Além do Tempo”, o filme sobre as engenheiras negras da NASA, estrelado por Taraji P. Henson, Octavia Spencer e Janelle Monáe. Até o SAG, esta produção só tinha vencido prêmios regionais e de entidades dedicadas à valorizar artistas negros. Na pior das hipóteses, a conquista pode servir para desmistificar a importância do SAG Award de Melhor Elenco como termômetro do Oscar. A se conferir. Nos prêmios televisivos, o tsunami foi da Netflix. O desequilíbrio foi tanto, que a plataforma de streaming venceu todos os troféus de séries dramáticas: John Lithgow e Claire Foy, ambos de “The Crown”, foram consagrados como Melhor Ator e Atriz, enquanto “Stranger Things” conquistou o troféu de Melhor Elenco – dando como brinde diversos memes das caretas de Winona Ryder. Para completar, a Netflix também ficou com o prêmio de Melhor Elenco de Série de Comédia, comemorado pelas inúmeras atrizes de “Orange Is the New Black”. Confira abaixo as fotos dos vencedores e a lista completa dos premiados. VENCEDORES DO SAG AWARDS 2017 CINEMA MELHOR ATOR Denzel Washington (“Um Limite Entre Nós”) MELHOR ATRIZ Emma Stone (“La La Land”) MELHOR ATOR COADJUVANTE Mahershala Ali (“Moonlight”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Viola Davis (“Um Limite Entre Nós”) MELHOR ELENCO “Estrelas Além do Tempo” TELEVISÃO MELHOR ATOR DE SÉRIE DE DRAMA John Lithgow (“The Crown”) MELHOR ATRIZ DE SÉRIE DE DRAMA Claire Foy (“The Crown”) MELHOR ELENCO DE SÉRIE DE DRAMA “Stranger Things” MELHOR ATOR DE SÉRIE DE COMÉDIA William H. Macy (“Shameless”) MELHOR ATRIZ DE SÉRIE DE COMÉDIA Julia Louis-Dreyfus (“Veep”) MELHOR ELENCO DE SÉRIE DE COMÉDIA “Orange Is the New Black” MELHOR ATOR DE TELEFILME OU MINISSÉRIE Bryan Cranston (“Até o Fim”) MELHOR ATRIZ DE TELEFILME OU MINISSÉRIE Sarah Paulson (“The People v O.J. Simpson: American Crime Story”)
Oscar 2017 será o inverso de 2016, com número recorde de artistas negros
A reação firme contra a falta de diversidade racial do Oscar nos dois últimos anos deu resultado. Depois do Oscar mais branco do século, a edição de 2017 da premiação da Academia bateu recorde de indicações a artistas negros. São 18 ao todo, entre atores, cineastas, produtores e técnicos. Só entre os atores há sete: Denzel Washington (que concorre na categoria de Melhor Ator por “Um Limite entre Nós”), Ruth Negga (Melhor Atriz por “Loving”), Mahersala Ali (Melhor Ator Coadjuvante por “Moonlight”), Viola Davis (“Melhor Atriz Coadjuvante” por “Um Limite entre Nós”), Octavia Spencer (Melhor Atriz Coadjuvante por “Estrelas Além do Tempo”), Naomie Harris (Melhor Atriz Coadjuvante por “Moonlight”) e o britânico de ascendência indiana Dav Patel (Melhor Ator Coadjuvante por “Lion”), que obviamente não é branco. Além destes, Barry Jenkins recebeu duas indicações e vai disputar o Oscar de Melhor Direção e Melhor Roteiro Original por “Moonlight” (a segunda indicação é compartilhada com o roteirista Tarell Alvin McCraney). Ele é apenas o segundo cineasta negro indicado simultaneamente nas duas categorias (o primeiro foi John Singleton por “Os Donos da Rua”, em 1992) e o quarto candidato negro ao Oscar de Melhor Direção em todos os tempos. Nunca nenhum venceu. O já falecido August Wilson também foi lembrado entre os roteiristas, na categoria de Melhor Roteiro Adaptado, pela transposição de sua própria peça no filme batizado no Brasil como “Um Limite entre Nós”. A grande concentração, porém, está na categoria de Melhor Documentário, em que quatro dos cinco indicados são filmes dirigidos por negros, sendo dois deles dedicados à questão racial, “A 13ª Emenda”, de Ava Duvernay, e “Eu Não Sou Seu Negro”, de Raoul Peck. Os outros dois diretores negros são Roger Ross Williams (por “Life, Animated”) e Ezra Edelman (por “OJ: Made in America”). Detalhe: até então, apenas três documentários selecionados pela Academia tinham sido dirigidos por negros. Além destes, também concorrem ao Oscar 2017 o músico Pharrel Williams, como produtor de “Estrelas Além do Tempo” (indicado a Melhor Filme), a também produtora Kimberly Steward (Melhor Filme por “Manchester À Beira-Mar”), o cinegrafista Bradford Young (Melhor Direção de Fotografia por “A Chegada”) e a editora Joi McMillon (Melhor Edição por “Moonlight”). Enquanto Young foi o segundo diretor de fotografia negro lembrado pela Academia em toda a sua História, McMillon fez História, como a primeira negra indicada na categoria de montagem – antes dela, apenas um homem negro foi nomeado ao Oscar de Melhor Montagem: Hugh A. Robertson em 1970, por “Perdidos na Noite”. O contraste é brutal com a situação do ano passado, quando até filmes de temática negra, como “Straight Outta Compton” e “Creed”, renderam indicações a representantes brancos de sua produção. A situação polêmica originou uma campanha espontânea nas redes sociais com a hashtag #OscarSoWhite (Oscar Muito Branco, em tradução literal). Como resposta, a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, que é negra, promoveu uma mudança radical, aposentando compulsoriamente os integrantes mais velhos e inativos há mais dez anos, visando incluir novos talentos no painel dos eleitores. Ao todo, ela convidou 683 artistas e produtores para se tornarem membros da associação em 2017, a maioria de fora dos Estados Unidos. Por conta disso, 11 brasileiros votarão pela primeira vez no Oscar, incluindo a diretora Anna Muylaert (“Que Horas Ela Volta?”) e o diretor Alê Abreu, cujo filme “O Menino e o Mundo” foi indicado ao Oscar de Melhor Animação em 2016. O último filme com temática racial a levar a estatueta de Melhor Filme foi “12 Anos de Escravidão”, em 2014, que também premiou a mexicana de ascendência queniana Lupita Nyong’o como Melhor Atriz Coadjuvante. Ela foi a última artista não branca a ser premiada em uma categoria de atuação. Este ano, o favorito ao prêmio é uma produção que evoca a Hollywood de outrora, o musical “La La Land”, que recebeu o número recorde de 14 indicações. A cerimônia do Oscar 2017 vai acontecer no dia 26 de fevereiro em Los Angeles, com transmissão ao vivo pela rede Globo e o canal pago TNT.
Tradutores se superam e transformam Fences em Um Limite entre Nós
Os tradutores brasileiros de títulos se animaram com as indicações ao Oscar de “Fences” e resolveram “caprichar” para lançar a produção nos cinemas do país. A distribuidora nacional informa que o filme, que tem uma única palavra em seu título original, foi batizado no Brasil como “Um Limite entre Nós”. São quatro palavras inteiras e nenhuma delas é “cercas”, que é a tradução literal de “Fences”. Detalhe: “Fences” é adaptação de uma peça premiadíssima de teatro de autoria de August Wilson, que também terá seu roteiro lançado nas livrarias brasileiras em fevereiro com o mesmo título do filme nacional. A capa da publicação foi disponibilizada em sites de pré-venda e destaca o nome dos atores – que obviamente não estão no livro – com letras maiores que a do próprio escritor. Diante disso, vale a pena exercer o cinismo e pedir por um título mais esclarecedor, em homenagem ao talento dos tradutores nacionais, de modo a se criar uma distinção entre “Um Limite entre Nós – O Filme” e “Um Limite entre Nós – O Livro”, já que ambos parecem ser estrelados pelos mesmos atores. O longa-metragem que se chama originalmente “Fences” recebeu quatro indicações ao Oscar 2017: Melhor Filme, Melhor Ator (Denzel Wahington), Melhor Atriz Coadjuvante (Viola Davis) e Melhor Roteiro Adaptado (postumamente pelo próprio Wilson). Para não elogiar apenas o difícil trabalho dos tradutores brasileiros, vale observar ainda que, em Portugal, o filme vai se chamar “Vedações”.
Oscar 2017: La La Land iguala recorde de indicações de Titanic
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou na manhã desta terça (24/1) a lista dos indicados ao Oscar 2017. E teve recordes. Com 14 indicações em 13 categorias, o musical “La La Land: Cantando Estações”, de Damien Chazelle, atingiu a maior quantidade de nomeações já conquistadas por um filme, chegando à mesma marca de “Titanic” (1997) e “A Malvada” (1950). Além disso, Meryl Streep quebrou seu próprio recorde, alcançando sua 20ª indicação. Ela já venceu três vezes e vai concorrer ao Oscar de Melhor Atriz por “Florence: Quem é Essa Mulher?”. A seleção também registou outro recorde, ao refletir maior diversidade racial que em todos os anos anteriores, com intérpretes negros nas quatro categorias de atuação, inclusão de dois longas dirigidos por negros (“Moonlight” e “Um Limite entre Nós”) na disputa dos Melhores Filmes, a nomeação de quatro documentários de cineastas negros, e sem esquecer das indicações de Melhor Direção e Roteiro para Barry Jenkins (“Moonlight) e August Wilson (postumamente, por “Um Limite entre Nós”). Outra curiosidade foi o perdão tácito de Hollywood a Mel Gibson. Em desgraça desde que explodiu em surtos antissemitas e misóginos que foram parar na mídia, ele voltou à direção e reconquistou seu prestígio com “Até o Último Homem”, indicado a seis Oscars, inclusive Melhor Filme, Direção e Ator (“Andrew Garfield”). Apesar da torcida por “Deadpool”, ainda não foi desta vez que uma produção de super-herói superou o preconceito da Academia para disputar o Oscar de Melhor Filme. Para piorar, os melhores lançamentos do gênero em 2016 foram totalmente ignorados nas categorias técnicas. A única produção do gênero lembrada para prêmios foi “Esquadrão Suicida”, que disputa o Oscar de Maquiagem e Cabelos. A lista é repleta de dramas e, fora dos prêmios técnicos, apenas uma ficção científica foi considerada para a disputa das categorias principais: “A Chegada”, de Denis Villeneuve. Ao todo, o longa recebeu oito indicações. Mas teria faltado a indicação a Melhor Atriz para Amy Adams. A seleção de atrizes, por sinal, incluiu a francesa Isabelle Huppert, mesmo após seu longa, “Elle”, ter sido barrado da lista de Melhores Filmes de Língua Estrangeira. Por sinal, a relação dos estrangeiros foi a mais fraca dos últimos anos, repleta de produções de pouca projeção mundial – inclusive com a primeira indicação da Austrália com um filme (“Tanna”) não falado em inglês. Tanto que o longa estrangeiro de maior prestígio do Oscar 2017 concorre em outra categoria. Trata-se de “Fogo no Mar”, de Gianfranco Rosi, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim do ano passado, indicado ao Oscar de Melhor Documentário. Para o mercado cinematográfica, a principal novidade foi o destaque obtido por “Manchester à Beira-Mar”. Com seis indicações em categorias de peso, inclusive Melhor Filme e favoritismo na disputa de Melhor Ator (com Casey Affleck), o longa tem produção do Amazon Studios, denotando a chegada do streaming à principal festa do cinema norte-americano. A propósito, “O Apartamento”, do iraniano Asghar Farhadi, só foi exibido por streaming nos EUA, também pela Amazon. E até a Netflix está na disputa do Oscar, com o documentário “A 13ª Emenda”, de Ava DuVernay. A 89ª edição da cerimônia acontecerá em 26 de fevereiro, em Los Angeles, com apresentação do comediante Jimmmy Kimmel e transmissão para o Brasil pela Globo e o canal pago TNT. Confira abaixo a lista completa dos indicados. Indicados ao Oscar 2017 Melhor Filme “A Chegada” “Até o Último Homem” “Estrelas Além do Tempo” “Lion: Uma Jornada para Casa” “Moonlight: Sob a Luz do Luar” “Um Limite entre Nós” “A Qualquer Custo” “La La Land” “Manchester à Beira-Mar” Melhor Direção Dennis Villeneuve (“A Chegada”) Mel Gibson (“Até o Último Homem”) Damien Chazelle (“La La Land”) Kenneth Lonergan (“Manchester à Beira-Mar”) Barry Jenkins (“Moonlight”) Melhor Ator Casey Affleck (“Manchester à Beira-Mar”) Denzel Washington (“Um Limite entre Nós”) Ryan Gosling (“La La Land”) Andrew Garfield (“Até o Último Homem”) Viggo Mortensen (“Capitão Fantástico”) Melhor Atriz Natalie Portman (“Jackie“) Emma Stone (“La La Land”) Meryl Streep (“Florence: Quem é essa mulher?”) Ruth Negga (“Loving”) Isabelle Huppert (“Elle“ ) Melhor Ator Coadjuvante Mahershala Ali (“Moonlight”) Jeff Bridges (“A Qualquer Custo”) Lucas Hedges (“Manchester à Beira-Mar”) Dev Patel (“Lion: Uma Jornada para Casa”) Michael Shannon (“Animais Noturnos”) Melhor Atriz Coadjuvante Viola Davis (“Um Limite entre Nós”) Naomi Harris (“Moonlight”) Nicole Kidman (“Lion”) Octavia Spencer (“Estrelas Além do Tempo”) Michelle Williams (“Manchester à Beira-Mar”) Melhor Roteiro Original Damien Chazelle (“La La Land”) Kenneth Lonergan (“Manchester à Beira-Mar”) Taylor Sheridan (“A Qualquer Custo”) Yorgos Lanthimos e Efthymis Filippou (“O Lagosta”) Mike Mills (“20th Century Woman”) Melhor Roteiro Adaptado Barry Jenkins (“Moonlight”) Luke Davies (“Lion”) August Wilson (“Um Limite entre Nós”) Allison Schroeder e Theodore Melfi (“Estrelas Além do Tempo”) Eric Heisserer (“A Chegada”) Melhor Fotografia Bradford Young (“A Chegada”) Linus Sandgren (“La La Land”) James Laxton (“Moonlight”) Rodrigo Prieto (“O Silêncio”) Greig Fraser (“Lion”) Melhor Animação “Kubo e as Cordas Mágicas” “Moana: Um Mar de Aventuras” “Minha Vida de Abobrinha” “A Tartaruga Vermelha” “Zootopia” Melhor Filme em Língua Estrangeira “Terra de Minas” (Dinamarca) “Um Homem Chamado Ove” (Suécia) “O Apartamento” (Irã) “Tanna” (Austrália) “Toni Erdmann” (Alemanha) Melhor Documentário “Fogo no Mar” “Eu Não Sou Seu Negro” “Life, Animated” “O.J. Made in America” “A 13ª Emenda” Melhor Edição “A Chegada” “Até o Último Homem” “A Qualquer Custo” “La La Land” “Moonlight” Melhor Edição de Som “A Chegada” “Horizonte Profundo: Desastre no Golfo” “Até o Último Homem” “La La Land” “Sully: O Herói do Rio Hudson” Melhor Mixagem de Som “A Chegada” “Até o Último Homem” “La La Land” “Rogue One: Uma história Star Wars” “13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi” Melhor Desenho de Produção “A Chegada” “Animais Fantásticos e Onde Habitam” “Ave, Cesar!” “La La Land” “Passageiros” Melhores Efeitos Visuais “Horizonte Profundo: Desastre no Golfo” “Doutor Estranho” “Mogli” “Kubo e as Cordas Mágicas” “Rogue One: Uma História Star Wars” Melhor Canção Original “Audition (The Fools Who Dream)” (“La La Land”) “Can’t Stop the Feeling” (Trolls”) “City of Stars” (“La La Land”) “The Empty Chair” (Jim: The James Foley Story”) “How far I’ll Go” (“Moana”) Melhor Trilha Sonora Micha Levi (“Jackie”) Justin Hurwitz (“La La Land”) Nicholas Britell (“Moonlight”) Thomas Newman (“Passageiros”) Melhor Cabelo e Maquiagem “Um Homem Chamado Ove” “Star Trek: Sem fronteiras” “Esquadrão Suicida” Melhor Figurino “Aliados” “Animais fantásticos e onde habitam” “Florence: Quem é essa mulher?” “Jackie” “La La Land” Melhor Curta “Ennemis Intérieurs” “La femme et le TGV” “Silent night” “Sing” “Timecode” Melhor Curta de Animação “Blind Vaysha” “Borrowed Time” “Pear Cider and Cigarettes” “Pearl” “Piper” Melhor Curta de Documentário “Extremis” “41 miles” “Joe’s Violin” “Watani: My Homeland” “The White Helmets”








