Retrospectiva | Playlist Moderna: As 100 melhores músicas/clipes indies de 2023
Ao longo de 2023, a Playlist Moderna serviu 12 seleções mensais com os 50 principais lançamentos do lado B do YouTube. A retrospectiva da virada reúne 100 destaques da curadoria do underground, apresentando uma trilha variada para festas de rock, indie, punk, dance e gótica. São quase seis horas de música num repertório cheio de bandas e artistas novos, para ouvir e descobrir, além de momentos de reencontro com veteranos dos anos 1980 e 1990 que voltaram recentemente à ativa. A relação não segue ordem de preferência, mas sim de estilos, com os vídeo combinados numa playlist pronta para tocar de forma contínua – para ver na Smart TV, busque Transmitir na aba de configurações do Chrome ou Mais Ferramentas/Transmitir etc no Edge. Experimente ouvir sem saltar as faixas na versão Premium do YouTube (sem interrupções de anúncios). Aperte o play e deixe rolar. BLEACH LAB | FANCHON | TANUKICHAN | LAVEDA | GLAZYHAZE | TWIN RAINS | THE KVB | HELICON | GRIAN CHATTEN | TEKE::TEKE | THE KOBRAS | MAZEY HAZE | NIGHT BEATS | ALTIN GÜN | SCOWL | COACH PARTY | MANNEQUIN PUSSY | HOTWAX | SKATING POLLY | SNAKE EYES | LIME GARDEN | DAISY THE GREAT X ILLUMINATI HOTTIES | GIRL SCOUT | MY UGLY CLEMENTINE | BULLY | BLONDSHELL | ARLO PARKS | PALEHOUND | SOFTCULT | GRRRL GANG | CIEL | MILITARIE GUN | THE TUBS | LURK | CIVIC | THE MENZINGERS | RVG | BIG D AND THE KIDS TABLE | THE RUMJACKS | DROPKICK MURPHYS | THE 69 EYES | NEW MODEL ARMY | SHITFIRE | BLOOD COMMAND | BRUTAL YOUTH | ADVENTURE PLAYGROUND | ALEX LAHEY | FEET | DAIISTAR | SIRACUSE | PLEASURE PILL | STANLEYS | DIRTY LACES | THE COVASETTES | RATBOYS | PACKS | 7EBRA | THIS IS THE KIT | PI JA MA | FAZERDAZE | PARIS TEXAS | RAHILL | SEXTILE | EVERYTHING BUT THE GIRL | ROMY | DJANGO DJANGO | VELVET VELOUR | W.H. LUNG | DUTCH UNCLES | YARD ACT | NZCA LINES | JONATHAN BREE | JOON | CAROLINE POLACHEK | NATION OF LANGUAGE | LEATHERS | SHE PLEASURES HERSELF | SOFT SCENT | MEKONG | DUCTAPE | JE T’AIME | GIRLFRIENDS AND BOYFRIENDS | NIGHTBUS | PLATTENBAU | LOBSTERBOMB | NIGHT DRIVE | TWIN TRIBES | GHOST COP | RITES OF SIN | BESTIAL MOUTHS | POTOCHKINE | MENTHÜLL | DENUIT | GUILTY STRANGERS | NEW GERMAN CINEMA | PATRICK WOLF | THE MURDER CAPITAL | BLIND DELON | DEATH BELLS | THE CLOCKWORKS
Playlist Moderna: Confira 50 clipes novos da cena musical alternativa
A Playlist Moderna de abril atualiza a trilha sonora dos seguidores com novos sons da cena musical alternativa de 2023, A seleção reúne 50 lançamentos de clipes recentes do Lado B do YouTube, com ênfase em novidades das últimas semanas que se encaixam na continuidade da playlist. O ponto de partida é o synthpop de novos artistas, que revivem o som e a estética de bandas dos anos 1980. A viagem segue por representantes da darkwave, rock gótico e pós-punk, antes de distorcer com noise no wave, hip-hop roqueiro e punk hardcore e adentrar pelas variações do rock alternativo, finalizando com shoegazers e um reencontro com os sintetizados no dreampop. Entre os destaques, estão duas bandas nova-iorquinas: o trio synthpop Nation of Language e a dupla shoegazer Laveda. A lista também marca o retorno da banda gótica portuguesa She Pleasures Yourself e uma gravação dos veteranos da cena punk rock americana dos anos 1990, Rancid. Como sempre, os vídeos são organizados por ordem de afinidade sonora numa playlist – para ver na Smart TV, busque Transmitir na aba de configurações do Chrome ou Mais Ferramentas/Transmitir etc no Edge – , visando encaixar uma sequência que ressalte a impressão de videotecagem/mixtape. Experimente ouvir sem saltar as faixas na versão Premium do YouTube (sem interrupções de anúncios). Jonathan Bree | Omoh | Yot Club | Nation of Language | Velatine | New German Cinema | Ohne Nomen | Kill Shelter & Death Loves Veronica | Nuxx Vomica | Antipole & Paris Alexander | She Pleasures Herself | Lebanon Hanover | Je T’aime | Chain Of Flowers | Big Bliss | Elektrokohle | Water From Your Eyes | Cumgirl8 | Mandy Indiana | Nukuluk | Grouptherapy | Joey Valence & Brae | Stone | Kill | The Icon! | Snõõper | Brutal Youth | Chuck Spadina | Rancid | The Atlantic Union Project | Don’t Sleep | Die Spitz | C.O.F.F.I.N | Scowl | RVG | The Now | Megafauna | Blondshell | Island Of Love | Hotwax | Mediocre | Palehound | Indigo De Souza | Viji | Militarie Gun | Pelvis Wrestley | Flyying Colours | Laveda | Kraków Loves Adana | Twin Rains | Youth Lagoon
Os melhores clipes indies da semana
Ano novo, coluna nova. A seleção semanal de clipes indies passou por uma mudança radical, trazendo mais detalhes e apresentando melhor os artistas relacionados. No lugar dos playlists por afinidade de gênero, agora os destaques são para lançamentos recentes de clipes, independente de estilo, destacando as melhores novidades da música alternativa. Além dos clipes da semana, cada artista passa a ter seu próprio playlist individual, trazendo outros clipes de sua videografia para saciar a curiosidade sobre suas trajetórias – além de aumentar a quantidade de conteúdo que cada leitor pode aproveitar da página. Neste começo, há lançamentos registrados desde novembro para completar um Top 10, mas a ideia é sempre priorizar as estreias da semana, o que deve acontecer conforme o ano retomar o ritmo normal de divulgação. Aproveite a seleção, que combina artistas iniciantes e veteranos, todos com clipes recém-lançados, sem esquecer que cada título traz um playlist completo com pelo menos três vídeos diferentes. QLOWSKI | INGLATERRA O quarteto londrino Qlowski revisita o pós-punk do final dos anos 1970 com uma combinação energética de sintetizadores, dissonância, microfonia e vocais falados. O clipe de “Folk Song”, lançado na sexta (7/1), busca inclusive recriar os programas musicais do período – evoca o “Old Grey Whistle Test”, com um apresentador lutando para pronunciar o nome da banda direito. Depois de uma demo selecionada numa lista de melhores do portal Bandcamp em 2016, o Qlowski finalmente lançou seu álbum de estreia no ano passado. “Folk Song” e “A Woman” são deste disco, batizado de “Quale Futuro”, que saiu acompanhado por um… fanzine! Já “Ikea Youth” foi lançado como single em 2020, trazendo no lado B um cover de “Grinding Halt”, da banda The Cure. SONDRE LERCHE | NORUEGA “Cut” é o primeiro clipe do 12º álbum (contando uma trilha sonora) de Sondre Lerche, “Avatars of Love”, anunciado para abril. A composição e o clipe foram inspirados nos thrillers sensuais de Brian De Palma dos anos 1980. Quem ainda não conhece um dos principais artistas do pop norueguês pode aproveitar e ver mais cinco clipes reunidos na sequência da playlist acima, que cobrem alguns dos hits de sua carreira. Dois vídeos identificam a direção de Mona Fastvold, ex-mulher do cantor que virou uma cineasta premiada após o divórcio em 2013 – vencedora do Leão Queer do Festival de Veneza de 2020 pelo longa “Um Fascinante Novo Mundo”. SPECTOR | INGLATERRA Lançado na sexta (7/1), “Do You Wanna Drive” introduz o terceiro álbum da banda londrina que virou dupla. “Now Or Whenever” chega sete anos depois da consagração do disco “Now Or Whenever” e após o quarteto original perder dois membros, trocar de gravadora e lançar três EPs em busca de um novo som, afastando-se lentamente da comparação com a americana The Killers. Liderada por Frederick Macpherson, que foi apresentador da MTV e é fã do synthpop dos anos 1980 – particularmente Spandau Ballet e Ultravox – , Spector ganhou vida há 12 anos com músicas criadas num teclado casio e muita ambição, assumida ao ousar se batizar com o sobrenome de um dos maiores produtores musicais de todos os tempos – Phil Spector (Beatles, Ramones, Ronettes). BLOCK PARTY | INGLATERRA Sem lançar um álbum desde 2016, Block Party retorna com “Traps”, que também traz a banda inglesa de volta à velha forma. O clipe chega a lembrar o vídeo de “Banquet”, de 2005, uma das melhores músicas de seu disco de estreia. A comparação pode ser feita na playlist acima, em que os dois vídeos aparecem em sequência. Uma das melhores bandas britânicas do começo do século, Block Party se destacava por juntar elementos de diferentes cenas musicais do período, como o indie dance, o shoegazer e o Britpop dos anos 1990 com o nascente revival pós-punk dos 2000. Mas pouco a pouco foi se tornando mais convencional, trocando o rock pela dance music comercial, até se tornar genérica, irrelevante e perder metade da formação original. “Traps” marca uma volta ao rock sincopado, lembrando a época de “Silent Alarm”, eleito o álbum do ano de 2005 pela bíblia musical NME. A música é o primeiro single de “Alpha Games”, sexto álbum da banda, com lançamento marcado para abril. WIDOWSPEAK | EUA A dupla nova-iorquina formada pelos guitarristas Molly Hamilton e Robert Earl Thomas dá uma prévia de seu sexto álbum com o lançamento de “Everything Is Simple”, primeiro clipe do disco “The Jacket”, com lançamento marcado para março. Formada no Brooklyn em 2010, Windowspeak teve uma de suas primeiras músicas (“Harsh Realm”) incluídas na série “American Horror Story”, mas suas baladas de dreampop são mais calmantes que aterrorizantes, como pode ser conferido pela seleção (acima) que companha o single recente. CARIÑO | ESPANHA O trio feminino madrileno retorna com o primeiro clipe de seu segundo álbum (ainda sem título e previsão de estreia), dois anos após o lançamento de “Movidas”. Paola Rivero, Alicia Ros, María Talaverano e sua inseparável bateria eletrônica viraram queridinhas da cena indie em espanhol desde que surgiram em 2018 com “Canción de Pop de Amor”, música que definiu seu estilo punk pop romântico de inspiração sessentista. Um detalhe curioso é que o nome da banda foi inspirado pela forma como Paola e Maria se conheceram via Wapa, o aplicativo de namoro lésbico que antecedeu o Tinder. TWIN RAINS | CANADÁ Jay Merrow e Christine Stoesser viraram a dupla Twin Rains após a banda da qual participavam, Make Me Young, dissolver-se. O álbum de estreia foi lançado em 2016 com muitos grooves lentos (ou “música dançante da costa oeste” do Canadá, como eles gostam de chamar) e sons etéreos. O segundo disco, “Unreal City”, demorou cinco anos, trazendo mais dream pop e pelo menos uma música dançante de verdade, como mostra o clipe de “All of the Angels”, dirigido pelo cineasta Danny Alexander – responsável pelo documentário “No Tickets at the Door” (2021) sobre a cena musical de Toronto. MOMMA | EUA Formada pelas colegas de high school Etta Friedman e Allegra Weingarten, Momma faz um grunge melódico inspirada por artistas dos anos 1990 como Liz Phair e Breeders. Originalmente um trio com o baterista Zach CapittiFenton (ocupando o lugar do pai de Allegra nos primeiros ensaios), Momma virou quarteto em “Medicine”, primeiro single numa nova gravadora, a meca indie Polyvinyl. A banda californiana também mudou para Nova York, acompanhando os estudos universitários de Etta, e atualmente trabalha em seu terceiro álbum. DITZ | INGLATERRA O quinteto de Brighton expressa raiva contra a intolerância com um cantor assumidamente queer e picos de distorção capaz de derrubar metaleiros homofóbicos. Difícil de categorizar, a banda liderada por Cal Francis é adepta das mudanças súbitas de andamento, usando páginas do manual do punk, pós-punk e grunge, com influências de Flipper e Black Flag. O que mais chama atenção é sua capacidade de erguer paredes de guitarras barulhentas apenas para desabá-las em silêncio. Graças principalmente a alta rotatividade de bateristas nos primeiros dias, Ditz só lançou um punhado de singles em um ritmo esporádico desde sua formação em 2018. “The Warden” é o primeiro single do vindouro álbum de estreia, batizado de “The Great Regression”, que ainda não tem previsão de lançamento. KAPUTT | ESCÓCIA O sexteto de Glasgow faz um pós-punk epilético que deve muito a X-Ray Spex, a primeira banda punk com saxofone, ainda que visualmente não siga o modelito de quem faz este tipo de som. “Go West” é a primeira música do segundo álbum, ainda sem título e previsto só para meados de 2022, após a estreia em 2019 com o disco “Carnage Hall”.


