Weinstein obrigava atrizes a vestirem a grife de sua esposa em eventos de Hollywood
Harvey Weinstein não usou seu poder apenas para abusar sexualmente de jovens atrizes. Ele também teria pressionado-as a usar vestidos da grife de sua mulher nos tapetes vermelhos. A nova denúncia, feita por um relações públicas de Los Angeles em entrevista à revista The Hollywood Reporter, foi confirmada pela atriz Felicity Huffman e outras fontes da publicação. “Ele era o principal autor da Marchesa – orquestrando negócios e usando sua influência com celebridades em nome da marca”, denunciou o relações públicas Booth Moore. Weinstein teria ameaçado Huffman, dizendo que arruinaria sua carreira e tiraria o financiamento de seu filme “Transamérica” (2005) se ela não vestisse Marchesa, a grife de sua esposa Georgina Chapman, nos eventos de divulgação. A atriz disse que a história era verdadeira, ao ser questionada pela revista. O estilista Kevan Hall, que vestiu Huffman para muitos eventos, incluindo o Emmys de 2005, quando ela venceu como Melhor Atriz pela série “Desperate Housewives”, também confirmou o clima ruim. “Fiquei desapontado quando ela me disse que não poderia usar meu vestido para sua indicação por ‘Transamerica’ porque o ‘poderoso chefão’ disse que ela tinha que usar a coleção de sua namorada”, ele afirmou por email ao THR. Segundo outro relações públicas, que preferiu não se identificar, Sienna Miller também lidou com uma situação semelhante. A atriz tinha selecionado o vestido de um estilista diferente mas acabou tendo que usar Marchesa para o Globo de Ouro em 2007, porque ficaria sentada com Weinstein e Chapman, e “ele ficaria muito chateado se ela não estivesse usando Marchesa”. Outros relatos sobre a exigência da grife nos tapetes vermelhos apontam que tudo começou a partir do vestido de Renée Zellweger na première de “Bridget Jones: No Limite da Razão” (2004), que deu grande evidência à Marchesa no ano de lançamento da marca. O filme era uma coprodução da Miramax, estúdio de Weinstein. Após o estouro do escândalo sexual de Weinstein, Georgina anunciou que estava se divorciando do produtor. “Estou de coração partido por todas essas mulheres que passaram por uma dor enorme por causa das ações imperdoáveis dele”, ela declarou.
Quentin Tarantino se diz “com o coração partido” após acusações contra Harvey Weinstein
Hollywood estava curiosa para saber o que Quentin Tarantino, amigo de longa data de Harvey Weinstein, teria a dizer sobre o escândalo sexual do produtor. Pois ele finalmente quebrou o silêncio sobre as acusações. O cineasta comentou o caso através de uma mensagem no Twitter, postada pela atriz Amber Tamblyn. Ele não tem conta nas redes sociais. “Desde a última semana, estou atordoado e com o coração partido por conta das revelações que surgiram em relação a Harvey Weinstein, meu amigo há 25 anos. Preciso de mais alguns dias para processar minha dor, emoções, raiva e memória e então falarei publicamente sobre o assunto”, diz o comunicado. Segundo Tamblyn, ela havia jantado com Tarantino na noite anterior e o diretor pediu a ela que compartilhasse a mensagem sobre o caso. Tarantino é um dos parceiros mais antigos de Weinstein, que distribuiu todos os filmes do diretor desde “Cães de Aluguel” (1992), um dos primeiros sucessos da Miramax, o estúdio inicial dos irmãos Weinstein. Além disso, “Django Livre” é a maior bilheteria da história da Weinstein Company. Mais que colegas de trabalho, os dois era amigos de verdade, como o cineasta destaca na mensagem. A ponto de Weinstein ter feito uma festa de noivado para Tarantino em setembro – há poucos dias. From Quentin Tarantino: pic.twitter.com/jv0VQNrI91 — Amber Tamblyn (@ambertamblyn) October 13, 2017
Diretor da Amazon é suspenso após acusação de assédio da filha do autor de Blade Runner
A Amazon suspendeu o diretor responsável por sua unidade de filmes e séries após acusações de assédio sexual feitas por uma produtora de televisão. Um porta-voz da empresa afirmou que o diretor do Amazon Studios, Roy Price, recebeu uma “licença efetiva imediatamente”. A medida foi adotada depois que Isa Hackett, produtora da série “The Man in the High Castle”, principal sucesso da Amazon, contou à revista The Hollywood Reporter que o executivo lhe fez várias propostas sexuais, em julho de 2015. Hackett é filha do escritor Philip K. Dick, autor da história adaptada no filme “Blade Ranner” e na série “The Man in the High Castle”, além de inspirador da antologia “Philip K. Dick’s Electric Dreams”, que estreia em 2018 no serviço de streaming. Ela afirmou que Price lhe fez insinuações indecentes em um táxi a caminho da Comic-Con em San Diego, na Califórnia. Ela disse que deixou claro que não estava interessada – pois é lésbica, com mulher e filhos -, mas que Price insistiu, de acordo com a revista, e inclusive se aproximou dela durante o evento e gritou “sexo anal” em seu ouvido. Hackett disse ao Hollywood Reporter que relatou o comportamento de Price aos executivos do estúdio, que teriam iniciado uma investigação. Mas, após dois anos, ela nunca foi informada sobre o que aconteceu após isso, nem observou nenhuma punição. Price, por sinal, não foi demitido. Apenas ganhou uma “licença”. A revelação acontece horas após a atriz Rose McGowan disparar diversos tuítes para o fundador da Amazon Jeff Bezos. No primeiro, ela disse: “Jeff Bezos, eu contei ao chefe do seu estúdio que HW me estuprou. Eu disse diversas vezes. Ele me respondeu que isso não tinha sido provado. Eu disse que eu era a prova”. O chefe do estúdio era Roy Price. A nova polêmica acontece poucos dias após o estouro do escândalo sexual de Harvey Weinstein, um dos produtores mais famosos do cinema americano, que teria assediado e abusado de atrizes e funcionárias ao longo de várias décadas, aproveitando-se de estrelas em começo de carreira, entre elas Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow. Ele também foi acusado de estupro por algumas vítimas, conforme a história foi ganhando novas vozes, ao longo da semana passada. Várias mulheres alertaram que o caso de Weinstein não era único, mas um padrão de comportamento nos bastidores da indústria de entretenimento, e que outros escândalos viriam à tona após Ashley Judd ter tomado coragem para tornar-se a primeira atriz a romper o pacto de silêncio, denunciando Weinstein publicamente na reportagem do jornal The New York Times que escancarou a história sórdida. Para complicar a situação da Amazon, a plataforma estava desenvolvendo duas séries caras com a Weinstein Company, que já consumiram milhões de dólares em produção: “The Romanoffs”, de Matthew Weiner (criador de “Mad Men”), e um projeto ainda sem título de David O. Russell (diretor de “O Lado Bom da Vida”, “Trapaça” e “Joy”). “Estamos revendo as opções que temos em relação aos projetos com a Weinstein Company”, disse o porta-voz da companhia, no mesmo contato sobre o executivo licenciado.
Rose McGowan diz que foi estuprada por Weinstein e acusa Amazon de cumplicidade
Rose McGowan vem vivendo dias de infâmia e fúria desde que seu nome foi citado na reportagem do jornal The New York Times como uma das atrizes que recebeu indenizações de Harvey Weinstein após ter sofrido avanços sexuais do produtor. Nesta semana, ela chegou a ter sua conta do Twitter suspensa após disparar desabafos e denúncias – mais precisamente, após citar um caso de abuso de Ben Affleck, disponibilizando o número de telefone do ator para reclamações – , mas já voltou à rede social com novas rajadas – e elogios do próprio Twitter, “orgulhoso” por fornecer uma plataforma para quem “fala a verdade contra os poderosos”. E assim que teve a conta reativada, ela mirou poderosos poderosíssimos. Pela primeira vez, a atriz se referiu a Harvey Weinstein por nome – ou melhor, abreviatura, HW. Revelou que foi estuprada e não apenas assediada. E apontou a cumplicidade da Amazon para abafar o escândalo e ajudar Weinstein a atrapalhar sua carreira, tuitando diretamente para Jeff Bezos, dono da empresa e um dos homens mais ricos do mundo. Numa série de tuítes disparados na noite de quinta (12/10), a atriz afirmou: “Jeff Bezos, eu contei ao chefe do seu estúdio que HW me estuprou. Eu disse diversas vezes. Ele me respondeu que isso não tinha sido provado. Eu disse que eu era a prova”. Ela alegou ainda que a Amazon “venceu um Oscar sujo” enquanto “financiava estupradores”. O estúdio foi premiado por “Manchester à Beira-Mar” – Melhor Roteiro e Ator Coadjuvante. E um dos vencedores, o ator Casey Affleck, foi processado por má conduta sexual em 2010 por duas colegas que trabalharam com ele no filme “Eu Ainda Estou Aqui” (2010). A diretora de fotografia Magdalena Gorka e a produtora Amanda White alegaram que Affleck as agrediu verbalmente e sexualmente. Affleck negou, mas acertou uma indenização para as duas. Durante a cerimônia de premiação, ao lhe entregar o Oscar, a atriz Brie Larson se recusou a aplaudi-lo. McGowan aceitou uma compensação financeira de Weinstein quando tinha 23 anos, depois de “um episódio em um quarto de hotel” durante um festival de cinema, de acordo com a reportagem do New York Times. Ela não está falando com a imprensa sobre o assunto, mas, ao mesmo tempo, vem usando suas redes sociais para dar detalhes do caso. Em seus últimos tuítes, contou que estava desenvolvendo uma série com a Amazon, quando descobriu que o projeto seria comprado por Weinstein. “Imediatamente, implorei ao chefe do estúdio para fazer o que é certo. Fui ignorada”, ela escreveu. “Liguei para o meu advogado e disse que queria recuperar meu roteiro, mas, antes que eu pudesse, o Amazon Studios me ligou para dizer que meu projeto estava morto”. A atriz não está inventando a história da série. Em setembro de 2016, ela disse para o público de um festival de cinema no Brooklyn: “Acabei de vender uma série para a Amazon, que eu escrevi e sem passar por piloto”. O projeto seria baseado em sua infância, como filha de seguidores de uma seita religiosa radical. Bezos não respondeu a McGowan no Twitter e os porta-vozes da Amazon não comentaram. Em compensação, o citado “chefe de estúdio” da empresa acabou de virar assunto de outra denúncia. Roy Price foi acusado pela produtora Isa Hackett de assédio sexual, em uma entrevista à revista The Hollywood Reporter. Saiba mais aqui. 1) @jeffbezos I told the head of your studio that HW raped me. Over & over I said it. He said it hadn’t been proven. I said I was the proof. — rose mcgowan (@rosemcgowan) October 12, 2017 2) @jeffbezos I had already sold a script I wrote to your studio, it was in development. When I heard a Weinstein bailout was in the works — rose mcgowan (@rosemcgowan) October 12, 2017 3) @Jeffbezos I forcefully begged studio head to do the right thing. I was ignored. Deal was done. Amazon won a dirty Oscar. — rose mcgowan (@rosemcgowan) October 12, 2017 4) @jeffbezos I called my attorney & said I want to get my script back, but before I could, #2 @amazonstudios called to say my show was dead — rose mcgowan (@rosemcgowan) October 12, 2017 4) @jeffbezos I am calling on you to stop funding rapists, alleged pedos and sexual harassers. I love @amazon but there is rot in Hollywood — rose mcgowan (@rosemcgowan) October 12, 2017
Polícia quer que atrizes façam denúncia formal contra Harvey Weinstein
As polícias de Nova York, Los Angeles e Londres se manifestaram sobre acusações de assédio contra o produtor Harvey Weinstein, anunciando que pretendem abrir investigações sobre o escândalo. De acordo com a imprensa internacional, as autoridades estão convidando as mulheres citadas nas reportagens e que se manifestaram nas redes sociais a realizarem denúncias formais para o processo criminal ter início. O produtor de Hollywood teve sua carreira enterrada por uma reportagem devastadora do jornal The New York Times, que trouxe à tona 30 anos de abusos sexuais sistemáticos com atrizes, colaboradoras e funcionárias de suas produtoras, Miramax e The Weinstein Company. Desde então, o número de mulheres que decidiram romper o silêncio não para de aumentar, envolvendo atrizes famosas como Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow. Mas o que tem despertado mais interesse da polícia são as acusações de estupro contidas numa segunda reportagem bombástica, publicada pela revista New Yorker e escrita por Ronan Farrow (filho da atriz Mia Farrow). Além da atriz italiana Asia Argento, outras duas mulheres acusam o magnata de estupro. Em 2015, a polícia de Nova York chegou a abrir uma investigação, a partir da denúncia da modelo italiana Ambra Battilana Gutierrez, mas na ocasião, mesmo com gravações incriminadoras, a promotoria considerou não ter provas suficientes para abrir um processo. As gravações foram utilizadas na reportagem de Farrow.
Léa Seydoux diz que Harvey Weinstein tentou beijá-la à força
A atriz francesa Léa Seydoux (“007 Contra Spectre”) escreveu um artigo para o jornal The Guardian em que conta sua experiência traumática com Harvey Weinstein. O relato é bastante similar ao feito por Cara Delevingne em seu Instagram, inclusive na participação de uma funcionária da The Weinstein Company na encenação, antes dos dois ficarem sozinhos e ele tentar abusá-la. “Nós nos encontramos no lobby de seu hotel”, escreveu Seydoux. “Sua assistente, uma jovem mulher, estava lá. Durante toda a noite, ele flertou e olhou para mim como se eu fosse um pedaço de carne. Ele agiu como se estivesse me considerando para um papel. Mas eu sabia que isso era uma besteira. Eu sabia disso, porque eu podia ver isso em seus olhos. Ele tinha um olhar luxurioso. Ele estava usando seu poder para fazer sexo. “Ele me convidou para entrar no quarto do hotel para tomar uma bebida. Subimos juntos. Era difícil dizer não, porque ele é tão poderoso. Todas as meninas têm medo dele. Em pouco tempo, a assistente dele saiu e ficamos só nós dois. Foi nesse momento que ele começou a perder o controle. “Nós estávamos falando no sofá quando ele de repente pulou sobre mim e tentou me beijar. Eu tive que me defender. Ele é grande e gordo, então eu tive que ser forte para resistir a ele. Saí de seu quarto, completamente desapontada. Mas não tinha medo dele. Porque eu sabia que tipo de homem ele era o tempo todo”. Seydoux também acrescentou: “Estive com jantares com ele, onde ele se gabou abertamente sobre as atrizes de Hollywood com que teve relações sexuais. Ele também me disse muitas coisas misóginas ao longo dos anos”. A atividade secreta do produtor de cinema de 65 anos como um predador sexual de jovens estrelas de cinema foi denunciada por uma reportagem do jornal The New York Times na semana passada e amplificada por novas denúncias, em particular o estupro sofrido por Asia Argento, revelado pela revista The New Yorker. Após estrelas famosas como Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Ashley Judd, Rose McGowan, Rosanna Arquette e Mira Sorvino romperem o silêncio após 20 anos de abusos, estrelas mais jovens como Cara Delevingne e agora Léa Seydoux revelam que a situação foi perpetuada até recentemente, inclusive com a utilização de funcionários da produtora The Weinstein Company. Além disso, o produtor se gabava de seus atos inapropriados publicamente.
Cara Delevingne compartilha sua experiência de abuso com Harvey Weinstein
A atriz Cara Delevingne (“Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”) se juntou ao coro das denúncias contra o assédio sexual praticado pelo produtor Harvey Weinstein. A atividade secreta do produtor de cinema de 65 anos como um predador sexual de jovens estrelas de cinema foi denunciada por uma reportagem do jornal The New York Times na semana passada e amplificada por novas denúncias, em particular o estupro sofrido por Asia Argento, revelado pela revista The New Yorker. Após estrelas famosas como Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Ashley Judd, Rose McGowan, Rosanna Arquette e Mira Sorvino romperem o silêncio após 20 anos de abusos, Cara Delevingne foi ao Instagram revelar que a prática sórdida continuava até recentemente. E mais: Weinstein se orgulhava de seus assédios. Ela publicou um longo texto na rede social nesta quarta (11/10), compartilhando sua história de terror com Weinstein. Tudo começou com uma ligação. Leia a íntegra do post traduzido abaixo: “Quando comecei a trabalhar como atriz, eu recebi uma ligação de Harvey Weinstein perguntando se eu tinha dormido com algumas das mulheres com as quais eu estava aparecendo na mídia. Foi uma ligação muito estranha e disparatada, e eu não respondi nenhuma das perguntas dele, mas, antes que eu desligasse, ele disse que se eu fosse gay ou decidisse ficar com uma mulher especialmente em público, nunca faria o papel de uma mulher heterossexual ou conseguiria me estabelecer como atriz em Hollywood. Um ou dois anos depois, fui com um diretor a uma reunião num hotel, em que falaríamos com ele sobre um filme. O diretor saiu da reunião e Harvey me pediu para ficar e conversar com ele. Assim que ficamos sozinhos, ele começou a se gabar de todas as atrizes com as quais tinha dormido, como ele ajudou suas carreiras e falou sobre outras coisas inapropriadas de natureza sexual”. Ele então me convidou para o seu quarto. Recusei rapidamente e perguntei a sua assistente se meu carro estava fora. Ela disse que não estava e demoraria um pouco e eu deveria ir ao quarto dele. Naquele momento, eu me senti muito impotente e assustada, mas não queria demonstrar, porque esperava que estivesse errada sobre a situação. Quando cheguei, fiquei aliviada por encontrar outra mulher no quarto e achei que estava segura. Ele pediu para que nos beijássemos e ela começou a avançar em minha direção. Eu rapidamente me levantei e perguntei se ele sabia que eu poderia cantei e comecei a cantar… Achei que seria a melhor forma de lidar com a situação… mais profissional… como se fosse um teste… Fiquei tão nervosa. Depois de cantar, eu disse novamente que eu tinha que ir embora. Ele me conduziu até a porta e parou na minha frente, tentando me beijar nos lábios. Eu o impedi e consegui sair do quarto. Acabei ficando com o papel no filme e sempre pensei que ele me deu por causa do que aconteceu. Mas, desde então, fiquei mal por ter feito o filme. Senti que não merecia o papel. Eu fiquei muito hesitante para denunciar… Não queria machucar sua família. Senti-me culpada como se tivesse feito algo de errado. Também estava aterrorizado por isso ter acontecido com tantas mulheres que eu conhecia, mas nenhuma tinha dito nada, por causa do medo”. When I first started to work as an actress, i was working on a film and I received a call from Harvey Weinstein asking if I had slept with any of the women I was seen out with in the media. It was a very odd and uncomfortable call….i answered none of his questions and hurried off the phone but before I hung up, he said to me that If I was gay or decided to be with a woman especially in public that I'd never get the role of a straight woman or make it as an actress in Hollywood. A year or two later, I went to a meeting with him in the lobby of a hotel with a director about an upcoming film. The director left the meeting and Harvey asked me to stay and chat with him. As soon as we were alone he began to brag about all the actresses he had slept with and how he had made their careers and spoke about other inappropriate things of a sexual nature. He then invited me to his room. I quickly declined and asked his assistant if my car was outside. She said it wasn't and wouldn't be for a bit and I should go to his room. At that moment I felt very powerless and scared but didn't want to act that way hoping that I was wrong about the situation. When I arrived I was relieved to find another woman in his room and thought immediately I was safe. He asked us to kiss and she began some sort of advances upon his direction. I swiftly got up and asked him if he knew that I could sing. And I began to sing….i thought it would make the situation better….more professional….like an audition….i was so nervous. After singing I said again that I had to leave. He walked me to the door and stood in front of it and tried to kiss me on the lips. I stopped him and managed to get out of the room. I still got the part for the film and always thought that he gave it to me because of what happened. Since then I felt awful that I did the movie. I felt like I didn't deserve the part. I was so hesitant about speaking out….I didn't want to hurt his family. I felt guilty as if I did something wrong. I was also terrified that this sort of thing had happened to so many women I know but no one had said anything because of fear. Uma publicação compartilhada por Cara Delevingne (@caradelevingne) em Out 11, 2017 às 10:39 PDT
Mulher de Harvey Weinstein se solidariza com as vítimas do marido e anuncia divórcio
A mulher de Harvey Weinstein anunciou o divórcio, após a revelação de novos casos de abuso sexual cometidos pelo produtor, que vieram à tona na terça-feira (11/10). Em declaração à revista People, Georgina Chapman se solidarizou com as vítimas do marido. “Estou de coração partido por todas essas mulheres que passaram por uma dor enorme por causa das ações imperdoáveis dele”, ela declarou. Georgina é estilista da grife Marchesa e estava casada com Weinstein havia 10 anos. “Escolhi deixar o meu marido. Cuidar dos meus filhos é prioridade neste momento e peço privacidade à mídia”, completou. O produtor de cinema de 65 anos e a estilista de 41 têm um casal de filhos, a menina India Pearl e o menino Dashiell. Weinstein ainda tem outros três filhos do seu primeiro casamento com sua antiga assistente, Eve Chilton. Quando os primeiros casos vieram à tona, em uma reportagem do The New York Times publicada na semana passada, Harvey Weinstein declarou que contava com o apoio da esposa. “Ela está 100% comigo. Georgina e eu já conversamos sobre isso”, ele disse na ocasião, acrescentando que a esposa o estava ajudando a se tornar “um ser humano melhor” e a se desculpar com as pessoas pelo mau comportamento dele. Mas na terça uma nova reportagem do The New York Times revelou que o abuso sexual era sistemático, com declarações de Gwyneth Paltrow e Angelina Jolie sobre como foram assediadas pelo produtor no início da carreira, além de relatos de pessoas que teriam sido pressionadas para manter o silêncio. Um caso ainda mais pesado foram revelado pela revista The New Yorker, que trouxe o depoimento de Asia Argente e outras mulheres que disseram terem sido forçadas a fazer sexo com Harvey Weinstein. Pelo menos 13 mulheres denunciaram abusos que sofreram por parte do produtor. Em comunicado divulgado por seu porta-voz, Weinstein admitiu ter assediado as atrizes e pediu desculpas, mas negou as acusações de estupro. As repercussões do caso também o levaram a ser demitido da empresa que criou e que leva o seu nome, The Weinstein Company. A produtora está estudando, inclusive, uma troca de nome.
Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow revelam abuso e Asia Argento estupro de Harvey Weinstein
A repercussão da reportagem-denúncia do jornal The New York Times contra o poderoso produtor Harvey Weinstein continua a inspirar novas revelações de casos de assédio e abuso sexual em Hollywood ao longo das últimas três décadas. E a lista inclui atrizes muito famosas, como Angelina Jolie (“Malévola”) e Gwyneth Paltrow (“Homem de Ferro”), conforme revelou novo artigo publicado nesta terça (10/10) pelo próprio Times. Outras publicações também levantaram histórias sórdidas de Weinstein. E uma das reportagens trouxe à tona o relato chocante de um estupro sofrido por Asia Argento (“Triplo X”) aos 22 anos de idade. Na reportagem original, apenas Ashley Judd (“Divergente”) deu a cara a bater, denunciando publicamente o abuso que sofreu. Mas o artigo também revelou o caso de Rose McGowan (“Conan, o Bárbaro”), que teria recebido dinheiro para ficar quieta. Agora que Weinstein foi demitido de seu próprio estúdio, The Weinstein Company (TWC), e perdeu o poder, outras atrizes encontraram coragem para falar a respeito de suas experiências com o produtor. Gwyneth Paltrow disse que foi assediada aos 22 anos, quando foi contratada para fazer o filme “Emma” (1996). Antes das filmagens, ela foi chamada à suíte do produtor em um hotel em Beverly Hills. A atriz diz que ele colocou a mão nela e sugeriu que eles fossem ao quarto para fazer massagens. Ela recusou o assédio, mas ficou com medo de ser demitida e contou ao seu namorado na época, o ator Brad Pitt, que decidiu confrontar o produtor e ameaçá-lo para que ele nunca mais tocasse nela. Brad Pitt confirmou o relato ao jornal The New York Times. Paltrow diz que Weinstein ainda ligou e brigou com ela após ser confrontado por Pitt. “Ele gritou comigo por muito tempo. Foi brutal”, ela disse, temendo perder o papel em “Emma” e pedindo para ele que mantivesse uma atitude profissional. Angelina Jolie revelou que Harvey a assediou em um quarto de hotel durante o lançamento do filme “Playing By Heart”, no final dos anos 1990. “Eu tive uma experiência ruim com Harvey Weinstein na minha juventude e, como resultado, escolhi nunca trabalhar com ele de novo e avisar a outras pessoas disso. Esse comportamento contra mulheres em qualquer área e em qualquer país é inaceitável”, ela contou. A atriz britânica Romola Garai (“Desejo e Reparação”) relatou sua experiência ao jornal The Guardian, descrevendo como se sentiu “violentada” numa reunião com o produtor. “Eu tive que comparecer ao quarto dele no hotel Savoy e ele abriu a porta de roupão. Eu tinha apenas 18 anos. Eu me senti violentada, ficou gravado na memória”, conta. Para ela, o incidente refletia a maneira com que Weinstein lidava com as mulheres da indústria do cinema, ao colocar jovens atrizes em “situações humilhantes” para provar que “tinha o poder para fazer isto”. O pior veio à tona na entrevista de Asia Argento para a revista The New Yorker, onde ela revelou para o jornalista Ronan Farrow (filho de Woody Allen) ter sido estuprada por Weinstein em 1997, quando foi para o que acreditou ser uma festa da Miramax no Hotel Du Cap-Eden-Roc. Ela afirma que chegou lá e só havia Weinstein de roupão, que lhe falou de um projeto e pediu-lhe uma massagem antes de continuar, e de repente avançou sobre ela, levantou sua saia e passou a fazer sexo oral nela, apesar de protestos para que parasse. Ela revelou ter ficado calada por medo de ser “esmagada”. “Conheço atrizes que tiveram a carreira destruída por ele”, afirmou. Pode ser os casos de Rosanna Arquette (“Pulp Fiction”) e Mira Sorvino (“Poderosa Afrodite”), que disseram terem enfrentado dificuldades para trabalhar em Hollywood após se recusarem a aceitar os abusos de Weinstein. A diferença de tratamento em relação às duas decorreu delas não terem ficado de boca fechada, tendo denunciado o comportamento do produtor aos executivos do estúdio, que nada fizeram. Ou melhor, fizeram. Elas foram dispensadas de projetos da companhia e encontraram portas fechadas em outros lugares. Arquette disse que Weinstein a ameaçou, dizendo que ela iria se arrepender. No artigo da New Yorker, funcionárias da Weinstein Company corroboraram o conhecimento na empresa dos abusos cometidos por Harvey Weinstein. Pior que isso: as empregadas eram usadas para atrair jovens atrizes para as reuniões sórdidas do produtor. Elas geralmente faziam os convites e participavam do começo do encontros, antes de dar uma desculpa para deixar as vítimas sozinhas com o predador. Para completar, uma gravação de áudio realizada durante uma operação do Departamento de Polícia de Nova York em 2015 foi tornada pública pela primeira vez. Ela registra Weinstein admitindo ter tocado as partes íntimas da modelo Ambra Battilana Gutierrez e descrevendo o fato como algo que ele “costumava” fazer normalmente.
Após acusações de abuso sexual, produtor Harvey Weinstein é demitido da própria empresa
O produtor cinematográfico Harvey Weinstein foi demitido neste domingo (8/10) de seu próprio estúdio de cinema, The Weinstein Company (TWC), em votação do comitê de diretores após surgirem novas denúncias de assédio e abusos sexuais cometidos contra atrizes, funcionárias e colaboradoras nas últimas três décadas. “À luz de novas informações sobre a má conduta de Harvey Weinstein que surgiram nos últimos dias, os diretores da The Weinstein Company – Robert Weinstein, Lance Maerov, Richard Koenigsberg e Tarak Ben Ammar – determinaram e informaram que o contrato de emprego de Weinstein com The Weinstein Company está encerrado imediatamente”, manifestou-se conselho da empresa em comunicado. De forma significativa, até seu irmão assinou a demissão. O empurrão para sua queda em desgraça foi uma reportagem-denúncia do jornal The New York Times, que revelou na quinta-feira (5/10) os escândalos sexuais do produtor, abafados por ameaças de represálias e por compensações financeiras. Segundo a reportagem, o magnata teria feito acordos privados com pelo menos oito mulheres para o escândalo nunca vir à tona. Entre as vozes mais incisivas do artigo, a atriz Ashley Judd (“Divergente”) contou detalhes de encontros impróprios. Mas as histórias também envolvem Rose McGowan (“Conan, o Bárbaro”), citada como vítima silenciada por um generoso pagamento. Após a publicação, vários diretores da TWC e funcionárias mulheres da empresa pediram demissão, criando um clima insustentável para a permanência de Harvey Weinstein à frente da empresa. Para piorar, novas vítimas resolveram se manifestar. A roteirista britânica Liza Campbell escreveu um relato em primeira pessoa no jornal Sunday Times, contando o seu caso, quando era estagiária na Miramax e Weinstein a convidou para uma reunião, aparecendo de roupão e lhe chamando para ensaboá-lo na banheira. Criador da produtora Miramax em 1979 e da TWC (The Weinstein Company), formada com seu irmão Bob Weinstein em 2005, o produtor é responsável por estabelecer as carreiras de Quentin Tarantino, Guillermo del Toro, irmãos Coen, Nick Cassavetes, James Mangold, Gus Van Sant, Todd Haynes, Robert Rodriguez e muitos outros cineastas hoje consagrados. Mas também é lembrado pelos desafetos por confundir produção com “bullying”, por conta de atos autoritários como cortes em filmes estrangeiros e até interferência na edição final. Entretanto, ninguém conhecia o seu lado de predador sexual. Apenas as próprias vítimas. Até a semana passada.
Poderoso produtor de Hollywood, Harvey Weinstein enfrenta escândalo de assédio sexual
Considerado um dos mais famosos e poderosos produtores vivos de Hollywood, Harvey Weinstein foi alvo de uma reportagem devastadora do jornal The York Times nesta quinta-feira (5/10), que denunciou décadas de assédio sexual à atrizes e colegas de trabalho, com depoimentos e documentação. Criador da produtora Miramax em 1979 e atual dono da TWC (The Weinstein Company), formada com seu irmão Bob Weinstein em 2005, o produtor é responsável por estabelecer as carreiras de Quentin Tarantino, Guillermo del Toro, irmãos Coen, Nick Cassavetes, James Mangold, Gus Van Sant, Todd Haynes, Robert Rodriguez e muitos outros cineastas hoje consagrados. Mas também é lembrado pelos desafetos por confundir produção com “bullying”, por conta de atos autoritários como cortes em filmes estrangeiros e até interferência na edição final. Seu estilo de gerenciamento agressivo lhe rendeu muitos dividendos, com diversas premiações no Oscar, assim como processos. Mas apesar de calejado por idas aos tribunais, o site The Hollywood Reporter reparou que ele nunca tinha se cercado de tantos advogados e tantos relações públicas especialistas em resoluções de crises quanto nos dias que antecederam a publicação do New York Times. Segundo a reportagem, o suposto comportamento inadequado de Weinstein começou há quase três décadas e o magnata teria feito acordos privados com pelo menos oito mulheres para o escândalo nunca vir à tona. Entre as vítimas de assédio, estão atrizes célebres como Rose McGowan (“Conan, o Bárbaro”) e Ashley Judd (“Divergente”). Esta última se lembra de ter sido convidada para a suíte de Weinstein em um elegante hotel de Beverly Hills há 20 anos, esperando ter um café da manhã de negócios. Mas em vez disso Weinstein apareceu de roupão e perguntando se ela queria fazer uma massagem nele ou vê-lo tomando banho. “Eu disse não, de muitas maneiras e muitas vezes, e ele sempre voltou atrás de mim com um novo assédio”, Judd contou ao Times. Duas ex-assistentes e uma modelo italiana fizeram acusações semelhantes, e teriam chegado a um acordo financeiro. Assim como, supostamente, Rose McGowan em 1997, após um incidente em um quarto de hotel durante o Festival de Sundance. Ela teria recebido US$ 100 mil, mas o dinheiro “não deveria ser interpretado como uma admissão”, mas sim como uma forma de “evitar litígios”, de acordo com um documento oficial obtido pelo jornal. Embora McGowan tenha se recusado a comentar a história, ela sempre insinuou que foi assaltada sexualmente por um magnata de Hollywood. Uma ex-funcionária da TWC, Lauren O’Connor, resumiu a situação afirmando que Weinstein criou “um ambiente tóxico para as mulheres” em sua empresa. A repercussão do artigo foi colossal, especialmente nas redes sociais. A atriz, autora e diretora Lena Dunham tuitou: “As mulheres que escolheram falar de sua experiência de assédio por Harvey Weinstein merecem a nossa admiração. Não é divertido nem fácil. É corajoso”. Provavelmente orientado por sua equipe, Weinstein admitiu mau comportamento, pediu desculpas e afirmou que tiraria licença de sua companhia “para lidar com essa questão” junto a terapeutas, em comunicado publicado pelo jornal. “Considero que o modo como me comportei com colegas no passado causou muita dor e peço minhas sinceras desculpas por isso”, ele disse sobre o conteúdo da reportagem. “Embora esteja tentando fazer o melhor, sei que o caminho será longo. Meu caminho agora será conhecer e dominar os meus demônios. Planejo tirar um tempo livre da minha empresa e cuidar deste problema primeiro”, acrescentou, dando, em seguida, sua justificativa para seu comportamento. “Cresci nos anos 1960 e 1970, quando todas as regras sobre o comportamento e lugares de trabalho eram diferentes. Era a cultura dessa época, e aprendi desde então que não é uma desculpa, na empresa ou em outro lugar”, acrescentou. Também disse que respeitava as mulheres e gostaria de ter uma segunda chance, embora saiba que tem “que trabalhar para conquistar isso”. “Tenho metas que agora são prioridades”, assegurou. “Confiem em mim, esse não é um processo do dia para a noite. Estive tentando durante 10 anos e essa é uma chamada de atenção”, continuou. Weinstein contou que há um ano começou a organizar uma fundação de US$ 5 milhões para conceder bolsas de estudo para diretoras mulheres na Universidade do Sul da Califórnia. “Levará o nome da minha mãe e não a decepcionarei”, disse. Lisa Bloom, uma das advogadas de Weinstein, especializada em casos de assédio sexual, acrescentou, em declaração separada, que seu cliente “nega muitas das declarações, que são claramente falsas”. E, apesar do produtor considerar a reportagem de “chamada de atenção” em seu comunicado, vai processar o jornal por difamação. Por coincidência, a TWC está produzindo uma minissérie baseada num livro da advogada.
Kevin Hart e Bryan Cranston aparecem na primeira foto do remake de Intocáveis
Hollywood foi mesmo adiante com o projeto do remake de “Intocáveis”. O ator Kevin Hart (“Policial em Apuros”) divulgou a primeira foto da produção em seu Instagram, em que aparece ao lado de Bryan Cranston (série “Breaking Bad”). Um dos maiores sucessos franceses desta década, “Os Intocáveis” arrecadou US$ 416 milhões mundialmente ao contar a história da amizade entre um tetraplégico rico (François Cluzet) e seu cuidador (Omar Sy), um imigrante negro pobre. Na versão americana, Cranston é o paralítico e Hart o responsável por lhe dar uma nova perspectiva de vida. O remake tem direção de Neil Burger (“Divergente”), roteiro de Paul Feig (“A Espiã que Sabia de Menos”) e ainda inclui em seu elenco Nicole Kidman (“Lion”), Julianna Margulies (série “The Good Wife”), Genevieve Angelson (série “House of Lies”) e Aja Naomi King (série “How to get away with Murder”). Obviamente, o filme original fez tanto sucesso que todo mundo interessado na história já a conhece de cor, o que deve ser um entrave nada desprezível para a distribuição internacional do remake. Mas o estúdio TWC (The Weinstein Company) não quis levar em consideração este detalhe, nem a onda de fracassos dos últimos remakes americanos. O mais recente, “Olhos da Justiça” (remake do argentino “O Segredo dos seus Olhos”) rendeu apenas US$ 20 milhões no mercado doméstico e foi praticamente ignorado no exterior, onde somou US$ 12 milhões. Antes disso, “Oldboy” (remake do thriller sul-coreano homônimo) fez fiasco ainda maior, com US$ 2 milhões nos EUA e a mesma quantia em todos os demais países do mundo. Ainda não há previsão de estreia.











