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    Trumbo lembra histeria anticomunista que afligiu Hollywood

    28 de janeiro de 2016 /

    Dalton Trumbo foi um dos mais bem-sucedidos roteiristas da história de Hollywood. Escritor muito talentoso, era capaz de produzir desde histórias banais, com personagens sem sentido, em função de atender às expectativas de lucro fácil dos produtores, a obras elaboradas, sofisticadas, passando por épicos, blockbusters e outros tipos de sucessos populares. Mas filiou-se ao Partido Comunista Americano num período em que, por conta da 2ª Guerra Mundial e suas consequências, muitos acreditavam que poderiam melhorar, transformar o mundo. Ocorre que, no pós-guerra, a paranoia anticomunista atingiu níveis brutais nos Estados Unidos, culminando na Guerra Fria e na política que sustentou as ditaduras da América Latina. Mas tudo começou com um movimento nacional de “caça às bruxas”. A partir de 1947, o chamado Comitê de Atividades Antiamericanas do Congresso dos Estados Unidos voltou sua atenção para Hollywood e pretendeu extirpar de seu meio os que eram denunciados como comunistas. E o fez marcando-os, publicamente, impedindo-os de trabalhar em seu ofício e, em vários casos, encarcerando-os por algum tempo. Foi precisamente o caso do roteirista, cuja história é narrada no filme “Trumbo – A Lista Negra”, dirigido por Jay Roach (“Entrando numa Fria”). O filme procura mostrar quem foi esse personagem, suas relações profissionais e familiares, suas crenças e, sobretudo, a luta que travou para poder trabalhar e viver, dando trabalho a outros talentosos escritores banidos, além de seu permanente combate pelo fim da lista negra. Por mais de uma década, ele atuou clandestinamente, sem poder assinar seus roteiros e, ironicamente, venceu o Oscar por duas vezes, com os filmes “A Princesa e o Plebeu” (1953) e “Arenas Sangrentas” (1957), impedido de aparecer para receber o prêmio, que não estava em seu nome. Só a partir de “Spartacus”, dirigido por Stanley Kubrick, e por iniciativa do ator Kirk Douglas, seu nome pôde voltar a figurar nos créditos. No mesmo ano, em 1960, ele também assinou “Êxodus”, dirigido por Otto Preminger, e a abominável lista caiu por terra. Não está no filme, que vai até 1970, mas um dos mais importantes trabalhos de Dalton Trumbo no cinema foi a adaptação de sua obra literária “Johnny Vai À Guerra”, de 1939, que ele mesmo dirigiu em 1971. Vale a pena complementar a sessão, pois se trata de um dos mais importantes filmes sobre guerra já feitos. “Trumbo – A Lista Negra” funde cenas dos filmes originais à filmagens feitas agora, tanto em preto e branco como a cores, de um modo muito eficiente. Tem atuações marcantes do trio central de atores: Bryan Cranston (série “Breaking Bad”), como Trumbo (indicado ao Oscar pelo papel), Diane Lane (“O Homem de Aço”), como sua mulher, Cleo Trumbo, e a vilã da história, representada pela personagem Hedda Hopper, ex-atriz do cinema mudo e colunista de sucesso, que combateu ferozmente os chamados traidores comunistas de Hollywood. O papel coube à grande Helen Mirren (“A Dama Dourada”), que faz a vilã em um figurino excêntrico, com um chapéu diferente a cada cena, cada um mais extravagante do que o outro. E roupas de igual teor. O figurino e a caracterização de época são outro ponto alto do filme, por sinal. E seu senso de humor, também. Trata-se, no entanto, de um filme político e muito atual. A paranoia anticomunista continua por aí, travestida de outros nomes, às vezes. Mas nada mudou, essencialmente. As práticas políticas se repetem à exaustão, incluindo o ódio e a intolerância, simplistas e grosseiros, que fizeram parte do legado do período macartista da caça às bruxas, quando Dalton Trumbo realizava seu trabalho, com muito esforço e dedicação, em Hollywood.

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    Trumbo: Novo trailer e pôster trazem Bryan Cranston contra a lista negra de Hollywood

    13 de novembro de 2015 /

    A Entertainment One divulgou um novo pôster e o trailer internacional da cinebiografia do famoso roteirista Dalton Trumbo (“Spartacus”), que traz o ator Bryan Cranston (“Breaking Bad”) caracterizado no papel-título. A prévia revela uma trama de fôlego, que cobre praticamente toda a carreira de Trumbo, contando como o aclamado roteirista, após ser indicado ao Oscar de 1941 (por “Kitty Foyle”), foi vítima da caça aos comunistas de Hollywood. Recusando-se a cooperar com o Congresso para entregar os comunistas que estariam infiltrados em Hollywood, ele entrou na lista negra dos profissionais proibidos de trabalhar nos estúdios americanos. O mais interessante, porém, é a forma como se deu sua reação e a sabotagem organizada contra as restrições impostas, com Trumbo vendendo roteiros que eram assinados por testas de ferro. Dois filmes que ele escreveu sob pseudônimo ganharam o Oscar de Melhor Roteiro, “A Princesa e o Plebeu” (1953) e “Arenas Sangrentas” (1956). Só dois anos depois é que o astro Kirk Douglas assumiu o risco de contratá-lo e creditá-lo como roteirista de “Spartacus” (1960), marcando o fim da lista negra. Tudo isso aparece no trailer, que ainda mostra o impacto da lista negra na vida de sua família, com Diane Lane (“O Homem de Aço”) no papel de sua esposa Cleo e Elle Fanning como sua filha Nikola. O elenco ainda inclui Louis C.K. (série “Louis”), Helen Mirren (“RED 2: Aposentados e Ainda Mais Perigosos”), John Goodman (“Caçadores de Obras-Primas”) e Michael Stuhlbarg (série “Boardwalk Empire”). O filme é baseado na biografia “Dalton Trumbo”, de Bruce Cook, publicada em 1977, um ano após a morte do roteirista. A adaptação foi escrita por John McNamara, escritor de séries de ação de curta duração, como o remake de “O Fugitivo” e “Fastlane”, e a direção está a cargo de Jay Roach, conhecido por assinar a franquia cômica “Entrando Numa Fria” (2000), mas também o teledrama premiado “Virada no Jogo” (2012). “Trumbo” teve première no Festival de Toronto, onde teve boa recepção crítica. A estreia comercial acontece em 6 de novembro nos EUA e apenas em 18 de fevereiro no Brasil.

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