Jason Momoa vai estrelar nova série de motoqueiros do criador de “Sons of Anarchy”
Ator protagonizará "Nomad", drama sobre o violento submundo de motociclistas fora da lei na Nova Zelândia para a Apple TV+.
Autor de “Percy Jackson” já está trabalhando na 2ª temporada da série
A estreia de “Percy Jackson e os Olimpianos” ainda nem foi marcada e a produção já está em fase de desenvolvimento da 2ª temporada. Segundo Rick Riordan, autor da saga, o segundo ano da produção já começou a se concentrar nos roteiros dos novos episódios. Entretanto, ele ressaltou que isso não é uma confirmação de renovação. “Começamos a formar a equipe de roteiristas para a segunda temporada, mas isto não significa que a renovação já está garantida. É cedo demais para afirmar isso”, escreveu. Riordan adiantou que o segundo livro da saga, “O Mar de Monstros”, será o ponto de partida para o novo roteiro. Já a 1ª temporada de “Percy Jackson e os Olimpianos” adapta o primeiro livro da série, “Percy Jackson e o Ladrão de Raios” A série acompanha o adolescente Percy Jackson, que descobre ser filho do deus grego Poseidon e é enviado ao Acampamento Meio-Sangue, retiro exclusivo para semideuses, onde conhece seus novos companheiros de aventuras: Annabeth e Grover. Filha da deusa da sabedoria Atena, Annabeth se revela uma caçadora e estrategista que acaba se envolvendo com o recém-chegado, enquanto Grover é um jovem meio-sátiro, que se torna o melhor amigo e protetor de Percy dentro e fora do Acampamento. O ator-mirim Walker Scobbell (“O Projeto Adam”) interpreta o personagem-título, Leah Sava Jeffries (“Empire”) vive Annabeth Chase e Aryan Simhadri (“Doze é Demais”) tem o papel de Grover Underwood. O elenco também conta com Megan Mullally (“Will & Grace”), Glynn Turman (“A Voz Suprema do Blues”), Jason Mantzoukas (“The Good Place”), Virginia Kull (“NOS4A2”), Timm Sharp (“Juntos Mas Separados”), Lin-Manuel Miranda (“Em um Bairro de Nova York”), Toby Stephens (“Perdidos no Espaço”) e Lance Reddick (“John Wick”) num de seus últimos trabalhos. O ator, que interpreta Zeus, morreu em 17 de março, aos 60 anos. A produção está a cargo de Jon Steinberg (“The Old Man”) e a direção é de James Bobin, que já trabalhou várias vezes com a Disney, nos filmes “Os Muppets” (2011), “Muppets 2: Procurados e Amados” (2014), “Alice Através do Espelho” (2016) e na série “A Misteriosa Sociedade Benedict”. A expectativa é que a série estreie apenas em 2024.
Keanu Reeves lamenta morte de ator de “John Wick”: “Coração partido”
Keanu Reeves e o diretor Chad Stahelski lamentaram a morte do ator Lance Reddick nesta sexta (17/3), aos 60 anos. Os três trabalharam juntos em todos os filmes da franquia “John Wick”, onde Reddick interpretou o personagem Charon, concierge do hotel Continental. Em comunicado, Keanu e Chad disseram estar “profundamente tristes e com o coração partido” pela perda de seu amado amigo. “Ele era um profissional perfeito e uma pessoa muito divertida no trabalho. Nosso amor e orações estão com sua esposa Stephanie, seus filhos, família e amigos. Dedicamos o filme carinhosamente à sua memória. Sentiremos muito a falta dele”, termina o comunicado. O estúdio Lionsgate, responsável pela franquia de ação, também lamentou a morte do ator. “O mundo de ‘John Wick’ não seria o que é sem Lance Reddick e a profundidade incomparável, carisma inabalável e humanidade que ele trouxe a Charon. Lance deixa para trás um legado inesquecível e um corpo de trabalho extremamente impressionante, mas nós vamos sempre nos lembrar dele como nosso amável e alegre amigo e Concierge. Estamos atordoados e com o coração partido, e nossas mais profundas condolências vão para sua amada família e seus fãs em todo o mundo”. A causa da morte não foi divulgada até o momento, mas fontes policiais do site TMZ apontam que ele parece ter falecido de causas naturais. O ator estava participando ativamente da divulgação do lançamento do quarto filme de “John Wick” e tinha, inclusive, uma entrevista marcada para promover o longa no programa de Kelly Clarkson nesta sexta. Além de seus trabalhos no cinema, o ator também fez participações em diversas séries de destaque, como “Oz”, “Lost”, “Fringe” e “Bosch”, e ainda será visto no papel do deus grego Zeus em “Percy Jackson e os Olimpianos”, atração inédita da Disney+. “John Wick 4: Baba Yaga” estreia na próxima quinta-feira (23/3) no Brasil.
Lance Reddick, ator de “The Wire” e “John Wick”, morre aos 60 anos
O ator Lance Reddick, conhecido por seu papel como o tenente Cedric Daniels na série “The Wire” e como o concierge do hotel Continental na franquia de ação “John Wick”, morreu nessa sexta-feira (17/3). Ele tinha 60 anos. De acordo com o site TMZ, o corpo do ator foi encontrado na sua casa na região de Studio City, em Los Angeles. E, conforme apurado pelo site The Hollywood Reporter, a morte foi considerada natural, mas não foram oferecidos mais detalhes. Lance Reddick nasceu em 7 de junho de 1962, na cidade de Baltimore, no estado americano de Maryland. Inicialmente, ele estudou Música e só depois é que passou a se dedicar ao teatro. Sua estreia como ator aconteceu em 1996, quando apareceu em episódios das séries “New York Undercover” e “Swift Justice”. Outros papéis de destaque foram nos filmes “Grandes Esperanças” (1998), de Alfonso Cuarón, “Nova York Sitiada” (1998), estrelado por Denzel Washington e Bruce Willis, e “África dos Meus Sonhos” (2000), com Kim Basinger. Em 2001, ele iniciou uma participação de 11 episódios na série “Oz”, atração pioneira da HBO passada numa prisão, que ajudou a torná-lo mais conhecido. Porém, foi só no ano seguinte que Reddick estourou, ao interpretar um dos principais papéis da sua carreira: o tenente Cedric Daniels em “The Wire” – também conhecida pelo título nacional de “A Escuta”. Criada por David Simon, a série foi revolucionária ao mostrar a guerra das drogas tanto pela visão da polícia quando dos traficantes. Reddick apareceu em um total de 60 episódios da atração, entre 2002 e 2008. Com o final de “The Wire”, Reddick passou a ser visto em “Lost”, como um personagem ligado ao mistério da trama, e logo emendou um dos papéis principais na série sci-fi “Fringe” (2008-2013). Ele também apareceu em produções como “Law & Order”, “Numb3rs” e “CSI: Miami”, até voltar a se destacar como o do chefe de polícia de Los Angeles Irvin Irving, na série “Bosch” (2014-2021), um dos maiores sucessos da plataforma de streaming Amazon Prime Video. A série foi criada por Eric Ellis Overmyer, que trabalhou como produtor e roteirista em “The Wire”. De presença imponente, ele também passou a ser escalado em filmes de ação, como “Jonah Hex – Caçador de Recompensas” (2010), “Devorados Vivos” (2011), “O Ataque” (2013) e “O Hóspede” (2014). E foi nessa condição que começou a interpretar o concierge do hotel Continental em “De Volta ao Jogo” (2014), primeiro filme da franquia de ação “John Wick”, estrelada por Keanu Reeves. A princípio, o personagem de Reddick era um mero coadjuvante, mas aos poucos foi ganhando espaço à medida que a franquia avançou, e logo passou a ter envolvimento direto na trama, ao lado do protagonista. Por sinal, no momento de sua morte o ator estava ativamente envolvido na divulgação do novo filme da franquia, “John Wick 4: Baba Yaga”, que estreia na próxima quinta-feira (23/3). Entre outras produções de ação, ele também participou dos filmes “Invasão ao Serviço Secreto” (2019), “Godzilla vs. Kong” (2021) e da recente série “Resident Evil” (2022). Além de “John Wick 4: Baba Yaga”, ele também deixou trabalhos inéditos na série de “Percy Jackson e os Olimpianos”, na cinebiografia “Shirley” e no remake de “Homens Brancos Não Sabem Enterrar”.
Richard Belzer, de “Law & Order: SVU”, morre aos 78 anos
O ator e comediante Richard Belzer, conhecido por seu papel como o detetive John Munch nas séries “Homicídio” e “Law & Order: SVU”, morreu nesse domingo (19/2) na sua casa em Bozouls, no sudoeste da França, aos 78 anos. “Ele tinha muitos problemas de saúde, e suas últimas palavras foram ‘F*da-se, filho da p*ta'”, revelou Bill Scheft, um amigo de longa data do ator, ao site The Hollywood Reporter. Richard Jay Belzer nasceu em 4 de agosto de 1944 em Bridgeport, Connecticut. Ele desenvolveu seu gosto por comédia ainda na infância, como forma de proteção contra a mãe abusiva, que costumava bater nele e no seu irmão mais velho, Len. “Ela sempre tinha alguma justificativa para nos bater”, disse ele à revista People em 1993. “Minha cozinha foi o ambiente mais difícil em que já trabalhei. Eu tinha que fazer minha mãe rir ou levava porrada”. Na juventude, Belzer trabalhou em uma série de empregos, como recenseador, trabalhador portuário e vendedor de joias. Ele chegou a perseguir uma carreira no jornalismo e trabalhou por um tempo no jornal The Bridgeport Post. Porém, uma tragédia o fez repensar suas prioridades. Três anos depois que sua mãe, Frances, morreu de câncer de mama, seu pai, Charles, tentou suicídio em 1967. Belzer o encontrou e salvou sua vida, mas um ano depois, seu pai acabou se matando. A morte do pai o atingiu, e ele decidiu que era hora de correr um risco e tentar ganhar a vida com comédia. Seu primeiro trabalho foi na trupe de humor “The Groove Tube”, que eventualmente se transformou em um filme em 1974 – e que também marcou a estreia do comediante Chevy Chase. No ano seguinte, Belzer conseguiu um emprego animando a plateia do programa humorístico “Saturday Night Live”, que está no ar até hoje. Aos poucos, começou a aparecer em filmes como “Fama” (1980), “Autor em Família” (1982), “Scarface” (1983), “A Grande Comédia” (1989), “Fletch Vive” (1989) e “A Fogueira das Vaidades” (1990), além de séries como “A Gata e o Rato” (em 1985), “Miami Vice” (1986) e “The Flash” (1991). Belzer também se arriscou como apresentador do talk show “Hot Properties” da Lifetime, que durou pouco tempo mas rendeu ao menos um momento memorável. Em 1985, seus convidados eram Hulk Hogan e Mr. T, que estavam lá para promover a primeira edição do WrestleMania. Em certo momento, Hogan demonstrou um dos golpes de luta livre em Belzer, colocando-o numa gravata e depois largando-o, inconciente, no chão. Belzer caiu desmaiado e bateu a cabeça, que começou a sangrar. “Ele quase me matou”, disse Belzer numa entrevista em 1990. “Um especialista em medicina esportiva me disse que, se eu tivesse caído alguns centímetros para um lado ou para o outro, poderia ter ficado aleijado para o resto da vida, ou morto”. Ele processou Hogan e Mr. T e outros envolvidos, pedindo US$ 5 milhões em danos, mas recebeu apenas US$ 400 mil. Seu maior sucesso só veio depois disso tudo, ao virar um detetive de polícia na estreia de “Homicídio”, em 1993. Na série, Belzer deu vida a John Munch, um personagem baseado em um detetive real. Ele era um investigador inteligente, diligente e obstinado que acreditava em teorias da conspiração e desconfiava do sistema. Belzer interpretou Munch em todas as sete temporadas da série. E quando “Homicídio” chegou ao fim em 1999, o ator não estava pronto para se despedir do papel. Seu personagem havia aparecido em “Law & Order” em três crossovers, e o ator achou que poderia se encaixar naquela série. “Quando ‘Homicídio’ foi cancelada, eu estava na França com minha esposa e ela disse: ‘Vamos abrir uma garrafa de champanhe e brindar: você fez este personagem por sete anos’”, relembrou Belzer no livro “Law & Order: Special Victims Unit Unofficial Companion” de 2009. “E então eu lembrei que Benjamin Bratt estava saindo de ‘L&O’, e então eu liguei para o meu empresário e disse: ‘Ligue para Dick Wolf [criador da série] – talvez Munch possa se tornar o parceiro de Briscoe’ – porque havíamos trabalhado juntos no crossover. Então ele ligou e Dick disse: ‘Que ideia ótima, mas eu já escolhi Jesse Martin para ser o novo cara’”. Porém, Wolf estava desenvolvendo um spin-off de “Law & Order” que iria se concentrar na Unidade de Vítimas Especiais da polícia de Nova York. E ele queria Munch para essa série. O estilo de Munch funcionou perfeitamente com “Law & Order: SVU” e o ator permaneceu na série por 14 temporadas, até anunciar sua aposentadoria em 2014 – embora ainda tenha feito outra participação alguns anos depois. O personagem de Belzer também apareceu em outras séries, como “Arquivo X”, “The Beat”, “Law & Order: Trial by Jury”, “The Wire”, “Arrested Development”, “30 Rock”, “Unbreakable Kimmy Schmidt” e até “Vila Sésamo”. “Eu nunca pedi a ninguém para estar na série deles. Então é duplamente lisonjeiro para mim me ver retratado em um roteiro e perceber que sou tão reconhecível e adorável como o detetive sarcástico e espertinho”, disse Belzer em uma entrevista de 2008. “Ele é um ótimo personagem para eu interpretar, é divertido para mim. Então, não estou chateado por ser rotulado de forma alguma.” Ao saber da morte do ator, diversos colegas prestaram homenagens nas redes sociais. Dick Wolf escreveu que “o detetive de Richard Belzer, John Munch, é um dos personagens mais icônicos da televisão. Trabalhei pela primeira vez com Richard no crossover ‘Law & Order’/’Homicídio’ e amei tanto o personagem que disse a Tom (Fontana) que queria fazer dele um dos personagens originais de ‘SVU’. O resto é história”. O rapper e ator Ice T, que atuou ao lado de Belzer em “SVU”, também prestou a sua homenagem. “Altos e baixos… Depois de uma das semanas mais incríveis da minha vida. Acordei com a notícia de que perdi meu amigo hoje. Belz se foi.. Droga! Mas lembre-se disso… ‘Quando você estiver se divertindo de verdade e realmente feliz. APROVEITE ao máximo! Porque a dor está inevitavelmente chegando.’ Vou sentir sua falta Homie”. Diversos comediantes, como Billy Crystal, Marc Maron, Patton Oswald, Bill Burr e Natasha Lyonne também prestaram suas homenagens ao ator. Confira abaixo alguns dos principais comentários. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Wolf Entertainment (@wolfentertainment) Highs and Lows… After one of the most amazing weeks of my life. I wake up to the news I lost my friend today. Belz is gone.. Damn it! But remember this..’When you ARE having real fun and are Truly Happy. ENJOY it to the fullest! Cause Pain is inevitably coming.’ I’ll miss you… https://t.co/WmaHvj629b pic.twitter.com/Fca9qiaDLV — ICE T (@FINALLEVEL) February 19, 2023 Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Mariska Hargitay (@therealmariskahargitay) Good bye mon ami. I love you.#TheBelz pic.twitter.com/CPJIyNDxYk — Chris Meloni (@Chris_Meloni) February 19, 2023 Missing Richard Belzer today. Working with him on Homicide to SVU has been a hilarious, surprising and always joyful experience. I'm sure he's giving 'em all a lot of laughs upstairs. 💔💔 — Julie Martin (@JulieMartinNY) February 19, 2023 I'm so sad to hear of Richard Belzer's passing. I loved this guy so much. He was one of my first friends when I got to New York to do SNL. We used to go out to dinner every week at Sheepshead Bay for lobster. One of the funniest people ever. A master at crowd work. RIP dearest. pic.twitter.com/u23co0JPA2 — Laraine Newman (@larainenewman) February 19, 2023 Richard Belzer was simply hilarious. A genius at handling a crowd. So sad he’s passed away. — Billy Crystal (@BillyCrystal) February 19, 2023 Oh man, not another awesome person. I worked with Belzer back in the 90s as an actor and he was such a lovely, funny guy. We laughed the entire time. A huge talent. Thanks for sharing it with all of us, Richard. #RIPBelzer https://t.co/X9fivtaRAO — Paul Feig (@paulfeig) February 19, 2023 Richard Belzer died. He was an original. One of the greats, babe. I loved the guy. RIP — marc maron (@marcmaron) February 19, 2023 Oh man, not another awesome person. I worked with Belzer back in the 90s as an actor and he was such a lovely, funny guy. We laughed the entire time. A huge talent. Thanks for sharing it with all of us, Richard. #RIPBelzer https://t.co/X9fivtaRAO — Paul Feig (@paulfeig) February 19, 2023 Aw goddamit, RIP Richard Belzer. I just always thought he’d be around ‘cause it seemed like he always was. A true original. #TheBelzBabe — Patton Oswalt (@pattonoswalt) February 19, 2023 R.I.P. Richard Belzer. https://t.co/eEEQ9kT2Oq — Bill Burr (@billburr) February 19, 2023 Sleep well, sweet prince. ♥️ Loved #RichardBelzer. Seen here w Lou. pic.twitter.com/ULYgKDVJJi — natasha lyonne (@nlyonne) February 19, 2023
Michael K. Williams (1966-2021)
O ator Michael K. Williams, um dos protagonistas da premiada série “Lovecraft Country”, foi encontrado morto em seu apartamento em Brooklyn, Nova York, nesta segunda-feira (6/9). O jornal New York Post relatou que o corpo do ator de 54 anos foi descoberto por seu sobrinho ao visitá-lo às 14 horas desta tarde. O jornal também informou que, ao ser chamada ao local, a polícia não se deparou com sinais de arrombamento, mas teria encontrado drogas, o que faz a investigação considerar a hipótese de overdose e também de suicídio. Michael Kenneth Williams começou a carreira artística como dançarino de hip-hop e chegou a participar de turnês de Madonna e George Michael. Seu primeiro registro em vídeo explorou seu lado sexy, numa aparição sem camisa no clipe da música “Secret”, de Madonna, em 1994. Mas essa atividade não pegou bem na sua vizinhança barra pesada. “Enquanto crescia, fui alvo de muitas perseguições”, ele relatou à revista Time em 2017. “Eu não era popular com a turma, nem com as mulheres. Em uma comunidade de machos alfa, ser sensível não é considerado uma qualidade.” A reprovação culminou numa briga violenta num bar, que o deixou com uma cicatriz permanente, cortando seu rosto de ponta a ponta. O ataque visava acabar com sua carreira com uma deformidade, mas, na prática, aumentou a propensão de Hollywood para lhe dar papéis que envolviam atividades violentas. Sua transformação em ator ocorreu por intermédio de outro ídolo musical, ninguém menos que o rapper Tupac Shakur, que convenceu o diretor Julien Temple a escalá-lo como seu irmão no thriller criminal “Bullet”, de 1996, justamente por causa da cicatriz em seu rosto. Williams deu sequência ao papel com outros thrillers criminais e uma pequena participação em “Vivendo no Limite” (1999), de Martin Scorsese, antes de ser escalado como Little Omar na série “A Escuta” (The Wire), produção da HBO sobre o submundo do tráfico em Baltimore, EUA, que durou cinco temporadas e lhe deu grande visibilidade. Em 2008, o então senador Barack Obama declarou Omar seu personagem favorito da TV americana. “Omar se tornou um alter ego”, disse ele na entrevista da Time. “Um gay que não gosta de roupas chiques ou carros chiques, não usa drogas, nem pragueja e rouba a maioria dos traficantes gangster da comunidade. Ele é um pária, e me identifiquei imensamente com isso. Em vez de usá-lo como uma ferramenta para talvez me curar, me escondi atrás disso. Ninguém mais reparou em Michael nas ruas. Tudo era Omar, Omar, Omar. Eu confundi essa admiração. Estava bem. Mas as reverências não eram para mim. Eram para um personagem fictício. Quando aquela série acabou, junto com aquele personagem, eu não tinha ideia de como lidar com isso. Eu desmoronei.” Mas o ator não ficou tempo nenhum parado. O sucesso da série abriu as portas para várias outras produções importantes, desde filmes como “Medo da Verdade” (2007), “Atraídos Pelo Crime” (2009), “A Estrada” (2009) e “12 Anos de Escravidão” (2013), a inúmeras participações em séries. Na própria HBO, ele voltou a se destacar no papel de Chalky White em “Boardwalk Empire”, outra produção criminal, desta vez passada durante a era da Lei Seca, exibida de 2010 a 2014. Ele também teve pequenos papéis nos blockbusters “O Incrível Hulk” (2008) e “Uma Noite de Crime: Anarquia” (2014), além de arcos importantes nas séries “Alias” (em 2005) e “Community” (em 2011 e 2012), sem esquecer atuações em “RoboCop” (2014), “O Mensageiro” (2014), “Vício Inerente” (2014), “O Apostador” (2014), “Bessie” (2015), “Caça-Fantasmas” (2015), “Assassin’s Creed” (2016), “Brooklyn: Sem Pai Nem Mãe” (2019), etc. Entre seus últimos trabalhos, estão as séries “The Night Of” (2016) na HBO, “Hap and Leonard” (2016-2018) na Amazon, “Olhos que Condenam” (2019) na Netflix, e “Lovecraft Country” (2020), novamente na HBO. Três delas lhe renderam indicações ao Emmy de Melhor Ator Coadjuvante, categoria em que também foi reconhecido pelo telefilme “Bessie”, da HBO. Embora não tivesse vencido anteriormente, era forte a expectativa para sua primeira premiação da Academia de Televisão por “Lovecraft Country”, graças ao emocionante desempenho como Montrose Freeman, o pai do protagonista Atticus (Jonathan Majors) e um homem gay que escondia sua verdade do próprio filho. A premiação vai acontecer em duas semanas, no dia 19 de setembro.
Reg E. Cathey (1958 – 2018)
Morreu o ator Reg E. Cathey, que estrelou “Quarteto Fantástico” e a série “House of Cards”. Ele faleceu em sua casa, em Nova York, nesta sexta-feira (9/2) aos 59 anos, após uma luta contra um câncer de pulmão. A notícia de sua morte foi dada por David Simon, criador da série “The Wire”, da qual Cathey também participou. Nascido no Alabama, Reginald Eugene Cathey atuou por mais de 30 anos em filmes e séries. Conhecido por sua voz profunda de barítono, ele vinha de diversas figurações quando foi escolhido por Oliver Stone para discursar numa cena do filme “Nascido em 4 de Julho” (1989), e a partir daí passou a ter cada vez mais destaque, vivendo o vilão Freeze em “O Máskara” (1994) e o legista de “Seven: Os Sete Crimes Capitais” (1995). Cathey também teve papéis importantes em “S.W.A.T.: Comando Especial” (2003), “O Operário” (2004), “A Negociação” (2012), “Um Santo Vizinho” (2014) e em “Quarteto Fantástico” (2015), no qual viveu o Dr. Franklin Storm, pai do Tocha Humana (Michael B. Jordan) e da Mulher Invisível (Kate Mara). Mas foi na TV que chamou mais atenção, primeiro como o ex-traficante transformado em carcereiro Martin Querns, na série de prisão “Oz” (entre 2000 e 2003), depois como o político Norman Wilson em “The Wire” (entre 2006 e 2008), um advogado em “Law & Order: SVU” (em 2012 e 2013), um barão vudu em “Grimm” (2013), um detetive em “Banshee” (2014) e principalmente como Freddy, dono de uma lanchonete humilde frequentada pelo futuro presidente Francis Underwood, que mesmo assim viu seu negócio falir em “House of Cards” (entre 2013 e 2016). Ele venceu o Emmy de Melhor Ator Convidado por seu papel na série em 2015. Seus últimos trabalhos televisivos foram para a série “Outcast”, na qual encarnou, por duas temporadas (2016-2017), o xerife de uma cidade tomada por demônios, e o premiado telefilme “A Vida Imortal de Henrietta Lacks” (2017), da HBO. Ele deixou dois filmes inéditos, “Flock of Four”, no qual viveu um jazzista do final dos anos 1950, e o drama indie “Tyrel”. “Não apenas um ótimo e magistral ator, mas simplesmente um dos seres humanos mais encantadores com quem compartilhei longos dias num set”, descreveu-o David Simon, no Twitter. “Sobrava-lhe de força vital, generosidade, humor, presença e talento. Amado por todos os sortudos que o conheceram e trabalharam com ele, fará muita falta”, acrescentou Beau Willimon, criador de “House of Cards”.






