Festival Anima Mundi traz o melhor da animação mundial ao Brasil
A 24ª edição do Anima Mundi leva desde terça-feira (25/10) até domingo (30/10) uma mostra com o melhor da animação mundial ao Rio de Janeiro. A programação desta ano inclui 400 curtas e seis longas, dos quais 108 títulos são nacionais. Outros 45 países também estão representados no festival. Considerado o maior festival de animação da América Latina, o Anima Mundi teve que mudar de data e encurtar sua duração para enfrentar a crise econômica. Mas segue firme e, depois de sair de cartaz no Rio, vem a São Paulo para mais uma semana animada, de 2 a 6 de novembro. Um dos destaques da programação é o longa “The Red Turtle”, nova produção do Studio Ghibli, estúdio de animação japonês conhecido por ter realizado os trabalhos de Hayao Miyazaki (“A Viagem de Chihiro”, “Meu Amigo Totoro”). Trata-se de um filme mudo, que gira em torno de um náufrago, e curiosamente não é assinado por um animador japonês, mas pelo holandês Michael Dudok de Wit em sua estreia em longa-metragem, após ter vencido um Oscar pelo curta “Father and Daughter” (2000). Abordando questões ecológicas, o filme recebeu o Prêmio Especial do Júri na mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes 2016. A edição de 2016 conta com duas mostras especiais: a mostra Festival Animix Tel Aviv, que celebra o crescente mercado de animações de Israel, e as Sessões Petrobras, que trazem a première de “Peixonauta – O Filme”, que só estreia em 19 de janeiro de 2017, e uma sessão de “O Menino e o Mundo”, filme de Alê Abreu que venceu o Festival de Annency e foi indicado ao Oscar de Melhor Animação de 2016. Além da exibição de filmes, o evento conta com o Anima Fórum, promovendo encontros entre produtores, animadores e todos os interessados que compõe a cadeia da animação no Brasil para refletir sobre os rumos do setor. Neste ano, as mesas e palestras irão abordar temas como o stop-motion e as novas tecnologias, que agora estão acessíveis a qualquer produtor, entre diversos outros temas. Confira a programação completa no site do festival.
Cannes: Filme finlandês de boxe vence a mostra Um Certo Olhar
O drama finlandês “The Happiest Day in the Life of Olli Maki”, do estreante Juho Kuosmanen, foi o vencedor da mostra Um Certo Olhar (Un Certain Regard), a seção paralela mais prestigiosa do Festival de Cannes. Filmado em preto e branco, o longa-metragem conta a história de Olli, um jovem padeiro de uma pequena cidade, que é boxeador nas horas vagas e se prepara para disputar o título de peso pena com um campeão americano. Mas, durante os treinos, ele se apaixona e acaba perdendo o foco, tendo que fazer esforços tremendos para atingir o peso ideal. Trata-se de uma história simples, mas muito bem contada, de forma sensível. A premiação também consagrou o americano Matt Ross, ator da série “Sillicon Valley”, que assinou seu segundo longa, “Captain Fantastic”, com o prêmio de Melhor Direção. O longa traz Viggo Mortensen como um pai de seis filhos prodígios, criados no isolamento de uma floresta com a melhor educação possível – de filosofia à física quântica – , que, no entanto, não foram preparados para conviver no mundo de redes sociais e namoros fortuitos que eles vêm a conhecer durante um funeral que reúne todos os parentes distantes. A crítica internacional amou. O cinema francês ficou com o troféu de Melhor Roteiro, dado para as irmãs cineastas Delphine e Muriel Coulin (roteiristas de “Samba”) por seu filme “The Stopover” (Voir du Pays), passado durante três dias de folga de duas soldadas da Guerra do Afeganistão. “Harmonium”, do japonês Kôji Fukada (“Sayônara”), que mostra o esfacelamento de uma família após um estranho passar a morar com eles, ficou com o Prêmio do Júri. E a animação “The Red Turtle”, primeiro longa do holandês Michel Dudok de Wit, que já tem um Oscar de Melhor Curta Animado (“Father and Daughter”, de 2000), completou a lista de consagrados com o Prêmio Especial do Júri. Vencedores da Mostra Um Certo Olhar 2016 Melhor Filme The Happiest Day in the Life of Olli Maki, de Juho Kuosmanen Melhor Direção Matt Ross, por Captain Fantastic Melhor Roteiro Delphine e Muriel Coulin, por The Stopover Prêmio do Júri Harmonium, de Koji Fukada Prêmio Especial do Júri The Red Turtle, de Michel Dudok de Wit

