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  • Música

    20 shows clássicos: Jesus and Mary Chain, Primal Scream, Stone Roses e mais

    9 de maio de 2021 /

    A nova seleção de shows clássicos apresenta o nascimento da cena indie. Era uma vez os anos 1980, quando o Reino Unido tinha quatro jornais de música (NME, Melody Maker, Music Week e Sounds), que resolveram se juntar na iniciativa de contabilizar os vários lançamentos de discos independentes – que começavam a se multiplicar em meados da década – numa parada de sucessos alternativa. O nome indie veio do diminutivo da tal parada independente. Em 1985, The Jesus and Mary Chain ganhou manchetes por músicas ensurdecedoras e shows destruidores – com tumultos generalizados – , que inspiraram tantas bandas quando os lendários desastres dos Sex Pistols, uma década antes. E no ano seguinte as publicações pareciam só falar em indie. Buscando se destacar, o NME decidiu exemplificar a mudança sonora que a nova cena representava com o lançamento de uma fita cassette, reunindo alguns dos artistas da época em seus primeiros singles. Batizada de “C86”, em homenagem à classe musical de 1986, a fitinha fez História, mostrando ao mundo o nascimento de bandas como Primal Scream, The Pastels, Shop Assistants e muitas outras. Sons de guitarras estridentes de Glasgow e vozes murmurantes do interior inglês depois ganhariam adjetivos como shoegazer e twee nos anos seguintes. Bandas de bubblegum ácido com garotas loiras virariam as guitar heroes daquela geração e um pequeno selo indie fundado pelo cantor do Biff Bang Pow! logo se tornaria a gravadora mais influente do Reino Unido – Creation Records. Essa história pode ser revivida nos 20 vídeos abaixo com as mais diferentes experiências de lives, desde breves aparições em estúdio de TV da época até shows lotados em palcos históricos. De Jesus and Mary Chain tocando seu primeiro single na BBC Two até o show dos Stone Roses no espaço vitoriano Empress Ballroom, na cidade de Blackpoool, quando uma nova classe, vinda do interior industrial – especialmente de Manchester – já começava a ensaiar os anos 1990. Fãs de flashbacks podem encontrar outras mostras nos atalhos abaixo, que cobrem diferentes gerações musicais (mas como são antigas, sujeitas à baixas do YouTube). > Shows dos 1960 (iê-iê-iê, mod, folk e psicodelia) > Shows dos 1970 – Parte 1 (hard rock e glam) > Shows dos 1970 – Parte 2 (progressivo e funk) > Shows dos 1970 – Parte 3 (disco, new wave e punk rock) > Shows dos 1980 – Parte 1 (punk, hardcore e grunge) > Shows dos 1980 – Parte 2 (reggae, ska, new wave, pós-punk) > Shows dos 1980 – Parte 3 (punk comercial e os revials mod, rockabilly, folk & blues) > Shows dos 1980 – Parte 4 (rock gótico e neopsicodélico) > Shows dos 1980 – Parte 5 (synthpop, new romantic, new wave) > Shows dos 1980 – Parte 6 (pop, funk, rap e house) > Shows dos 1980 – Parte 7 (British soul, indie, college rock)     The Jesus and Mary Chain | 1985     My Bloody Valentine | 1989     The Pastels | 1988     Biff Bang Pow! | 1987     Ride | 1989     House of Love | 1987     Primal Scream | 1987     The Church | 1988     The Go Betweens | 1987     Felt | 1985     Young Marble Giants | 1980     The Shop Assistants | 1986     Talulah Gosh | 1986     Voice of the Beehive | 1989     The Darling Buds | 1989     The Primitives | 1988     Transvision Vamp | 1989     We’ve Got A Fuzzbox and We’re Gonna Use It | 1987     Sugarcubes | 1988     Stone Roses | 1989

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    Playlist (Vapour Trail): 15 clipes que inauguraram o indie rock nos anos 1980

    6 de abril de 2016 /

    Existem várias teorias para explicar como surgiu o rock indie. Há quem prefira apontar os primeiros discos (EPs e singles) independentes, lançados pelas próprias bandas a partir de 1977, durante o auge da estética DIY (Do It Yourself) do punk rock. Em 1980, já havia tantos compactos de gravadoras independentes circulando que o semanário britânico Record Week criou a primeira parada de sucessos voltada apenas para refletir os hits com distribuição alternativa, influenciando outras publicações a seguirem a iniciativa. Mas foi só na metade daquela década que o termo “indie” passou a ser usado como definição musical e não apenas econômica. Em novembro de 1985, o primeiro álbum radicalmente diferente do que havia surgido no pós-punk chegou às lojas: “Psychocandy”, de The Jesus and Mary Chain. Sem saber direito como lidar com a banda, a crítica a rotulou como “o novo Sex Pistols”, tecendo uma analogia entre seu som barulhento e os tumultos que marcavam seus primeiros shows. Mas havia sinais que aquele barulho não era isolado. O empresário do Jesus and Mary Chain, Alan McGee, lotava seu clube londrino, The Living Room, com bandas novas. Ele mesmo era integrante de uma delas (Biff Bang Pow) e dava os primeiros passos com sua própria gravadora, a Creation Records, por onde lançaria a banda paralela do baterista do Jesus, chamada Primal Scream. A verdade é que desde 1984 as bandas se multiplicavam, alimentando, por sua vez, o surgimento de diversas gravadoras pequenas. E foi um movimento tão súbito e intenso que deixou até a imprensa musical perdida, sem conseguir identificar para seus leitores os inúmeros artistas que pareciam surgir de uma só vez. Para cumprir essa tarefa, o semanário NME (New Musical Express) teve a ideia de lançar uma amostragem desses novatos, disponibilizando uma fita K7 junto de uma de suas edições. A iniciativa rendeu a primeira coletânea indie de todos os tempos, a “C86”, assim batizada em homenagem à “classe de 1986”. A “C86”, que completa 30 anos, acabou simbolizando o ponto de virada da música indie. Além de reunir diversos artistas diferentes, ela foi acompanhada por uma longa reportagem da publicação, contextualizando sua representatividade. O objetivo de seus idealizadores era demonstrar como a nova música britânica independente tinha evoluído nos últimos anos, afastando-se do pós-punk, de forma quase desapercebida, enquanto o pop com sintetizadores e influenciado pelo R&B americano dominava as paradas de sucesso. Em contraste, a nova geração priorizava guitarras sobre os sons eletrônicos do período, o que também rendeu a definição genérica “guitar bands” para definir aquela geração no Brasil. O impacto do lançamento do “C86” uniu a imprensa musical britânica em torno da bandeira indie. As publicações rivais da NME, como Melody Maker e Sounds, passaram a incluir novas reflexões sobre a revolução em andamento, nem que fosse para declarar que aquele K7 não era, assim, tão representativo. De fato, se lá havia Primal Scream, The Pastels, Close Lobsters e The Wedding Present, por exemplo, sobravam bandas que não foram a lugar algum, enquanto as ausências de The Jesus and Mary Chain, Spaceman 3 e The Loft, entre outros, gritavam. Aproveitando a discussão, a Creation Records passou a lançar suas próprias coletâneas, revelando My Bloody Valentine, House of Love, Jasmine Minks, The Weather Prophets (sucessor de The Loft) e a geração shoegazer. O fato é que 1986 representou uma grande virada. Ainda havia muitos artistas interessados em levar adiante a sonoridade pós-punk, influenciados por PIL e até Echo and the Bunnymen, por exemplo. Mas os talentos que passaram a monopolizar a atenção da crítica citavam influências mais antigas, incomuns até então, de artistas dos anos 1960: o jangle pop de bandas como The Byrds e outros artistas com guitarras de 12 cordas, o wall of sound dos girl groups como Shangri-Las e The Ronettes e a explosão de microfonia entronizada no clássico “Sister Ray”, do Velvet Underground, banda que também contava com os vocais “frágeis” de Lou Reed e “gélidos” de Nico. Essas sementes, que renderam as primeiras bandas da música indie, acabaram frutificando em novas ramificações musicais na década seguinte, o twee pop e o shoegazer. Em suma, foi assim que tudo começou. Relembre, abaixo, os sons mais distorcidos dessa era, responsáveis por tirar o Velvet Underground da obscuridade para transformá-la na banda mais influente do mundo – como atestam as microfonias, as melodias murmuradas e os kits minimalistas de bateria (tocada em pé) que, desde então, se tornaram indissociáveis da cena indie.

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