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    Leonardo Machado (1976 – 2018)

    29 de setembro de 2018 /

    O ator Leonardo Machado, conhecido por participar de novelas da Globo e pela carreira premiada no cinema, morreu na noite de sexta-feira (28/9), aos 42 anos, em Porto Alegre. Ele lutava contra um câncer no fígado desde o ano passado e estava internado no Hospital Moinhos de Vento, na capital gaúcha. Um dos atores de maior projeção no Rio Grande do Sul, ele começou a filmar curtas em 1998, enquanto fazia teatro – estrelou 14 peças – , até se tornar conhecido nacionalmente ao aparecer na novela “O Clone” (2001), na qual figurou como Guilherme. Também teve um pequeno papel em “Senhora do Destino”, em 2005. Mas sua verdadeira projeção se deu no cinema local, a ponto de se tornar o apresentador oficial do Festival de Gramado por dez anos. “Essa função é sempre um prazer. Eu me criei nessa cidade”, ressaltou em entrevista publicada no último ano. Seu primeiro papel em longa-metragem foi uma pequena aparição em “Lara” (2002), cinebiografia de Odete Lara, musa do Cinema Novo, dirigida por Ana Maria Magalhães. Depois, iniciou sua jornada gaúcha, com “Sal de Prata” (2005), de Carlos Gerbase. Dublou a animação “Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock’n’Roll” (2006), de Otto Guerra, voltou a trabalhar com Gerbase em “3 Efes” (2007), fez “Dias e Noites” (2008), de Beto Souza. E a carreira começou a engatar com o premiado “Valsa para Bruno Stein” (2007), de Paulo Nascimento, vencedor do Festival de Gramado, já como coadjuvante. No segundo filme com Nascimento, “Em Teu Nome” (2009), foi finalmente escalado como protagonista. E conquistou o Kikito de Melhor Ator em Gramado, interpretando um estudante durante a Ditadura Militar (1964-1985). O prêmio abriu de vez as portas na Globo. Ele apareceu na novela “Viver a Vida” (2009), de Manoel Carlos, e se tornou um dos protagonistas da série “Na Forma da Lei”, no papel do juiz Célio Rocha, que trabalhava com a advogada Ana Beatriz (Ana Paula Arósio) no julgamento de crimes investigados por outros personagens. Ainda apareceu na novela “Salve Jorge” (2013) antes de voltar ao Rio Grande do Sul, onde emendou diversas produções regionais de TV – na RBS, do grupo Globo, e na TVE. E deu sequência à sua carreira cinematográfica. A dedicação ao cinema na última década viu sua filmografia se multiplicar e ganhar novos parceiros, como Tabajara Ruas, com quem filmou “Os Senhores da Guerra” (2012), a continuação “Os Senhores da Guerra 2 – Passo da Cruz” (2014) e o ainda inédito “A Cabeça de Gumercindo Saraiva” (2018). Ele esteve ainda entre os protagonistas do épico “O Tempo e o Vento” (2013), adaptação do clássico literário de Érico Veríssimo rodado por Jayme Monjardim com grande elenco (Fernanda Montenegro, Thiago Lacerda, Marjorie Estiano, etc). Fez “A Casa Elétrica” (2012), de Gustavo Fogaça, “Insônia” (2013), de Beto Souza, e o recente “Yonlu” (2018), de Hique Montanari, lançado no final de agosto. Mas não há dúvidas de que seu grande parceiro foi Paulo Nascimento, com quem continuou colaborando em mais quatro filmes: “A Casa Verde” (2010), “A Oeste do Fim do Mundo” (2013), “A Superfície da Sombra” (2017) e “Teu Mundo Não Cabe Nos Meus Olhos” (2018). Os dois ficaram amigos durante a gravação da série “Segredo”, uma coprodução da portuguesa RTP e da Globo, realizada em 2005, o que fez com que Leonardo participasse de todos os projetos do diretor desde então – e ainda fosse estimulado a passar para trás das câmeras, enquanto o diretor se viu convencido a ir para a frente, durante a produção da série gaúcha documental “Fim do Mundo” (2011). Esta experiência de explorar as fronteiras da América do Sul inspirou o filme “A Oeste do Fim do Mundo”, que inaugurou outra função na carreira de Leonardo, como produtor de cinema. Por conta disso, venceu o Kikito de Melhor Filme Latino (em coprodução com a Argentina) no Festival de Gramado, além do prêmio do público do evento. Ativo até o fim, Leonardo se jogou no trabalho no fim da vida, estrelando em 2018 nada menos que quatro longas, um curta e uma minissérie da Globo – “Se Eu Fechar Os Olhos Agora”, divulgada apenas em streaming, por enquanto. Além de “Yonlu” e “Teu Mundo Não Cabe nos Meus Olhos”, já exibidos, ele ainda poderá ser visto neste ano no mencionado “A Cabeça de Gumercindo Saraiva”, previsto para 25 de outubro, e “Legalidade”, do cineasta Zeca Britto, em que encarna o governador gaúcho Leonel Brizola durante os tumultuados anos 1960 – ainda sem previsão de estreia. Seu colega em “Teu Mundo Não Cabe nos Meus Olhos”, Edson Celulari, que também enfrentou um câncer recentemente, lamentou a morte do amigo. “Hoje descansou um amigo que fará muita falta, o querido e talentoso ator Leonardo Machado. Um homem leal, dono de um coração enorme. Companheiro no cinema e parceiro de todas as horas. Que privilégio conhecê-lo!”, escreveu no Instagram.

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  • Filme

    Filme religioso e terror adolescente marcam semana sem grandes estreias de cinema

    3 de maio de 2018 /

    O impacto de “Vingadores: Guerra Infinita” encolheu o circuito, que não tem nenhum grande lançamento, em mais de um sentido, nesta quinta (3/5). As maiores estreias são filmes que fracassaram nos Estados Unidos. Mas há opções europeias razoáveis em lançamento limitado para cinéfilos dos grandes centros urbanos. Ao todo, são apenas sete estreias e, pela primeira vez no ano, nenhuma delas é documentário. Clique nos títulos abaixo para ver os trailers de cada obra. “Paulo – Apóstolo de Cristo” segue “Ben-Hur”, “Ressurreição”, “Maria Madalena” e “Últimos Dias no Deserto” na ressurreição dos filmes sobre as origens do cristianismo. Mas esta súbita proficuidade não encontrou respaldo do público, já que todos deram prejuízo nas bilheterias. O que chega agora no Brasil é o mais barato da tendência, que busca recriar o período do império romano com apenas US$ 5 milhões de orçamento – contra os US$ 100 milhões de “Ben-Hur” – e foi considerado medíocre pela crítica americana – 41% no Rotten Tomatoes. A trama gira em torno do santo que batiza São Paulo, que foi o maior algoz dos cristãos antes de passar pela mais espetacular conversão de relações públicas de todos os tempos, virando o principal representante do cristianismo, por meio de seus próprios relatos. O filme não se detém sobre esta reflexão cínica, preferindo aderir à história oficial, a religiosa, que o próprio Paulo escreveu. Assim, ele já surge em cena cativo em Roma, prisioneiro de Nero e sofrendo punições dignas de Cristo, ao mesmo tempo em que lamenta seu passado e conspira com Lucas para escrever e contrabandear as bases do Novo Testamento. O intérprete de Paulo, James Faulkner, já foi um Papa corrupto na série “Da Vinci’s Demons”, e a interpretação de Lucas traz de volta Jim Caviezel a esse período histórico, após sofrer como o personagem-título de “A Paixão de Cristo” (2004). O terror “Verdade ou Desafio” reúne dois astros de séries adolescentes, Lucy Hale (de “Pretty Little Liars”) e Tyler Posey (“Teen Wolf”), numa história batida de terror, em que um grupo de jovens é assombrado por uma ameaça sobrenatural, determinada a matar um por um. Os clichês lembram de “Premonição” (2000) ao terror da semana passada, qualquer que tenha sido, de tão convencional que é a história. Numa época de renascimento do gênero, o longa de Jeff Wadlow (“Kick-Ass 2”) representa um grande retrocesso e foi recebido com tomates podres nos Estados Unidos – meros 15% de aprovação no Rotten Tomatoes. “Gringo – Vivo ou Morto” é uma comédia de ação com elenco famoso, violência e humor negro. O gringo do título é um funcionário azarado de uma empresa farmacêutica. Endividado, mal-amado e infeliz, é encarregado de entregar uma fórmula de pílula de cannabis para um laboratório no México e aproveita a viagem para cair na farra, quando acaba raptado por narcotraficantes. David Oyelowo (“Selma”) interpreta o protagonista, Charlize Theron (“Mad Max: Estrada da Fúria”) e Joel Edgerton (“Ao Cair da Noite”) são seus patrões gananciosos, e a história ainda tem uma turista americana vivida por Amanda Seyfried (“Ted 2”) e um mercenário humanitário incorporado por Sharlto Copley (“Elysium”), sem esquecer Thandie Newton (série “Westworld”) no papel de mulher de Oyelowo e coadjuvantes como Melonie Diaz (“Fruitvale Station”) e… Paris Jackson (a filha de Michael). Esse elenco diversificado é dirigido por Nash Edgerton (“O Quadrado”), irmão mais velho do ator Joel Edgerton, que se esforça muito para passar por um Quentin Tarantino australiano. Deveria se esforçar mais para ser original, já que a obra obteve 41% de aprovação no Rotten Tomatoes. Único lançamento nacional da semana, o drama “Teu Mundo Não Cabe nos Meus Olhos” traz Edson Celulari como um cego de nascença, que vive feliz com a mulher e a filha, até que tem a chance de voltar a ver com uma cirurgia. O ator não filmava desde “Diário de um Novo Mundo” (2005) do mesmo diretor, Paulo Nascimento, e é a única motivação para se desperdiçar a visão com este melodrama moralista que prega o contentamento e outras banalidades. Circuito europeu Representante italiano a uma vaga no Oscar 2018, “Ciganos da Ciambra” é uma coprodução brasileira. Em seu time de produtores, figura o brasileiro Rodrigo Teixeira, além do americano Martin Scorsese. Escrito e dirigido por John Carpignano (“Mediterranea”), o longa é expansão de um curta homônimo, premiado no Festival de Cannes em 2014. A trama se passa em uma comunidade cigana na região da Calábria, sul da Itália, e acompanha o rito de passagem de um jovem cigano de 14 anos. O personagem é interpretado pelo ator Pio Amato (também de “Mediterranea”) com um naturalismo impressionante. Fuma, bebe e é o homem da casa, após o pai e o irmão serem presos, e não conhece outro modo de sustentar os parentes que não seja praticar roubos. A filmagem em tom documental é aflitiva, num resgate do neorrealismo italiano, reforçado pela escolha do elenco amador. É possível achar que esse filme já foi visto há 50 anos. Mas também é possível lamentar que, em meio século, o mundo tenha permanecido tão igual em sua desigualdade. Carpignano venceu o David di Donatello 2018 (o Oscar italiano) de Melhor Direção. O destaque de “Os Fantasmas de Ismael” é o elenco, que reúne Marion Cotillard (“Assassin’s Creed”) e Charlotte Gainsbourg (“Ninfomaníaca”) como rivais pelo amor de Mathieu Amalric (“O Grande Hotel Budapeste”). A trama gira em torno do Ismael do título (Amalric), cuja mulher (Cotillard) lhe abandonou há 20 anos e é dada como morta. Ao se apaixonar e iniciar uma nova relação (com Gainsbourg), ele é surpreendido pela volta de ex, supostamente do além – na verdade, da Índia. O filme francês tem roteiro e direção de Arnaud Desplechin (“Três Lembranças da Minha Juventude”), que desperdiça uma premissa misteriosa com subtramas desnecessárias, para justificar a presença do igualmente excelente elenco coadjuvante: Alba Rohrwacher (“As Maravilhas”), Hippolyte Girardot (“Amar, Beber e Cantar”) e Louis Garrel (“Saint Laurent”). Mas, em seu terço final, reduz tudo ao egocentrismo do personagem de Amalric, um diretor de cinema em crise que não consegue terminar seu filme, exatamente como parece ser aqui o caso de Desplechin. Por fim, o menos badalado e melhor dos europeus. “O Parque” já tem dois anos, lançado no Festival de Cannes 2016, e seu diretor, o francês Damien Manivel (“O Jovem Poeta”), até fez mais um longa desde então. A obra gera perplexidade por ser muito simples e, ao mesmo tempo, complexa. Sem movimentos de câmera ou trilha sonora, com atores estreantes, que batizam os personagens, e passado inteiramente no parque do título, o filme acompanha dois adolescentes em seu primeiro encontro romântico, durante uma tarde de verão. Entre conversas típicas da situação e a separação do casal ao anoitecer, acontece outro encontro, mais inusitado, entre a nouvelle vague romântica e o cinema fantástico do tailandês Apichatpong Weerasethakul. Impressionante.

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