Primeiro filme de Steven Soderbergh para a Netflix ganha fotos e trailer legendado
A Netflix divulgou o pôster, as fotos e o trailer legendado de “High Flying Bird”, primeiro filme do cineasta Steven Soderbergh (“Onze Homens e Um Segredo” e “Magic Mike”) para streaming. Como em seu filme anterior, “Distúrbio” (2018), o diretor usou câmeras de iPhone para realizar as gravações. Mas desta vez a opção não é tão evidente, apesar de permitir grande agilidade na movimentação das cenas. O filme acompanha um empresário (André Holland, de “Castle Rock”) que quer subverter o modelo de negócios perpetuado pela NBA, a associação americana de basquete, e devolver o poder para os jogadores. O roteiro é de Tarell Alvin McCraney, que venceu o Oscar por “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, também estrelado por Holland. O elenco ainda conta com Zazie Beetz (“Deadpool 2”), Zachary Quinto (“Star Trek”), Kyle MacLachlan (“Twin Peaks”) e Bill Duke (“O Predador”). A estreia está marcada para 8 de fevereiro no serviço de streaming.
Steven Soderbergh vai dirigir seu primeiro filme para a Netflix
O cineasta Steven Soderbergh (“Onze Homens e um Segredo”) acertou a sua primeira colaboração com a Netflix. Ele vai dirigir e produzir um drama sobre basquete chamado “High Flying Bird” com exclusividade para a plataforma. O título é o mesmo de uma música folk dos anos 1960, mas a trama se passa nos dias atuais e segue um prestigiado agente de atletas (André Holland, de “Moonlight”) durante uma greve geral da NBA, quando ele propõe um negócio arriscado para um de seus clientes, um jovem com futuro no esporte (Melvin Gregg, de “UnREAL”). O elenco ainda inclui Zachary Quinto (“Star Trek”), Zazie Beetz (“Deadpool 2”), Kyle MacLachlan (“Twin Peaks”), Bill Duke (“O Predador”) e Sonja John (“The Chi”). O roteiro é de Tarell Alvin McCraney, vencedor do Oscar por “Moonlight: Sob a Luz do Luar”. “Tivemos muitas propostas de distribuição para ‘High Flying Bird'”, admitiu Soderbergh em comunicado oficial. “No entanto, fechar esse negócio com a Netflix pareceu a oportunidade ideal para começar o meu relacionamento com eles”. O filme ainda não tem data de estreia definida.
David Oyelowo vai estrelar musical da Disney criado pelo roteirista de Moonlight
O ator David Oyelowo (“Selma”) vai produzir e estrelar o novo filme do roteirista de “Moonlight”, Tarell Alvin McCraney, vencedor do Oscar 2017. O mais curioso é que se trata de um musical da Disney, concebido como um mashup das tramas clássicas de “Otelo”, de William Shakespeare, e “Cyrano de Bergerac”, de Edmond Rostand. Segundo o site The Hollywood Reporter, assim como em “Cyrano”, a produção vai contar a história de um poeta que acaba ajudando um outro homem a conquistar a mulher que secretamente ama. Mas logo passa a ter surtos de ciúmes, como o mouro Otelo. Intitulada “Cyrano the Moor” (Cyrano, o Mouro), a história será ambientada na cidade de Bristol, na Inglaterra do século 19. Oyelowo já trabalhou numa produção da Disney, “Rainha de Katwe” (2016), e está atualmente filmando a sci-fi “Chaos Walking”, com Doug Liman (“Feito na América”). “Cyrano the Moor” ainda não tem diretor definido nem previsão de estreia.
Roteirista de Moonlight desenvolve série com criador de Revenge e o ator Michael B. Jordan
O roteirista de “Moonlight”, Tarell Alvin McCraney, está desenvolvendo uma série para o canal pago OWN, de Oprah Winfrey, em parceria com Mike Kelley (criador de “Revenge”) e produção do ator Michael B. Jordan (“Creed”). Ainda sem título, a série será ambientada no Sul da Flórida e tratará da vida de um adolescente de 14 anos. Logo após o término da presidência de Barack Obama, o menino prodígio se vê tendo que escolher entre o ensino superior e as ruas, onde foi criado. “Queria explorar os primeiros passos em direção à vida adulta e à identidade, aqueles que damos quando pensamos ou sentimos que não temos outra escolha”, afirmou McCraney ao site Deadline. McCraney dividiu o Oscar de Melhor Roteiro com o diretor Barry Jenkins por seu trabalho em “Moonlight”, que, por sinal, foi eleito o Melhor Filme de 2017.
Oscar 2017 será o inverso de 2016, com número recorde de artistas negros
A reação firme contra a falta de diversidade racial do Oscar nos dois últimos anos deu resultado. Depois do Oscar mais branco do século, a edição de 2017 da premiação da Academia bateu recorde de indicações a artistas negros. São 18 ao todo, entre atores, cineastas, produtores e técnicos. Só entre os atores há sete: Denzel Washington (que concorre na categoria de Melhor Ator por “Um Limite entre Nós”), Ruth Negga (Melhor Atriz por “Loving”), Mahersala Ali (Melhor Ator Coadjuvante por “Moonlight”), Viola Davis (“Melhor Atriz Coadjuvante” por “Um Limite entre Nós”), Octavia Spencer (Melhor Atriz Coadjuvante por “Estrelas Além do Tempo”), Naomie Harris (Melhor Atriz Coadjuvante por “Moonlight”) e o britânico de ascendência indiana Dav Patel (Melhor Ator Coadjuvante por “Lion”), que obviamente não é branco. Além destes, Barry Jenkins recebeu duas indicações e vai disputar o Oscar de Melhor Direção e Melhor Roteiro Original por “Moonlight” (a segunda indicação é compartilhada com o roteirista Tarell Alvin McCraney). Ele é apenas o segundo cineasta negro indicado simultaneamente nas duas categorias (o primeiro foi John Singleton por “Os Donos da Rua”, em 1992) e o quarto candidato negro ao Oscar de Melhor Direção em todos os tempos. Nunca nenhum venceu. O já falecido August Wilson também foi lembrado entre os roteiristas, na categoria de Melhor Roteiro Adaptado, pela transposição de sua própria peça no filme batizado no Brasil como “Um Limite entre Nós”. A grande concentração, porém, está na categoria de Melhor Documentário, em que quatro dos cinco indicados são filmes dirigidos por negros, sendo dois deles dedicados à questão racial, “A 13ª Emenda”, de Ava Duvernay, e “Eu Não Sou Seu Negro”, de Raoul Peck. Os outros dois diretores negros são Roger Ross Williams (por “Life, Animated”) e Ezra Edelman (por “OJ: Made in America”). Detalhe: até então, apenas três documentários selecionados pela Academia tinham sido dirigidos por negros. Além destes, também concorrem ao Oscar 2017 o músico Pharrel Williams, como produtor de “Estrelas Além do Tempo” (indicado a Melhor Filme), a também produtora Kimberly Steward (Melhor Filme por “Manchester À Beira-Mar”), o cinegrafista Bradford Young (Melhor Direção de Fotografia por “A Chegada”) e a editora Joi McMillon (Melhor Edição por “Moonlight”). Enquanto Young foi o segundo diretor de fotografia negro lembrado pela Academia em toda a sua História, McMillon fez História, como a primeira negra indicada na categoria de montagem – antes dela, apenas um homem negro foi nomeado ao Oscar de Melhor Montagem: Hugh A. Robertson em 1970, por “Perdidos na Noite”. O contraste é brutal com a situação do ano passado, quando até filmes de temática negra, como “Straight Outta Compton” e “Creed”, renderam indicações a representantes brancos de sua produção. A situação polêmica originou uma campanha espontânea nas redes sociais com a hashtag #OscarSoWhite (Oscar Muito Branco, em tradução literal). Como resposta, a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, que é negra, promoveu uma mudança radical, aposentando compulsoriamente os integrantes mais velhos e inativos há mais dez anos, visando incluir novos talentos no painel dos eleitores. Ao todo, ela convidou 683 artistas e produtores para se tornarem membros da associação em 2017, a maioria de fora dos Estados Unidos. Por conta disso, 11 brasileiros votarão pela primeira vez no Oscar, incluindo a diretora Anna Muylaert (“Que Horas Ela Volta?”) e o diretor Alê Abreu, cujo filme “O Menino e o Mundo” foi indicado ao Oscar de Melhor Animação em 2016. O último filme com temática racial a levar a estatueta de Melhor Filme foi “12 Anos de Escravidão”, em 2014, que também premiou a mexicana de ascendência queniana Lupita Nyong’o como Melhor Atriz Coadjuvante. Ela foi a última artista não branca a ser premiada em uma categoria de atuação. Este ano, o favorito ao prêmio é uma produção que evoca a Hollywood de outrora, o musical “La La Land”, que recebeu o número recorde de 14 indicações. A cerimônia do Oscar 2017 vai acontecer no dia 26 de fevereiro em Los Angeles, com transmissão ao vivo pela rede Globo e o canal pago TNT.




