Nova Ordem abre a Mostra de São Paulo com exibições em drive-in e online
A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo tem início neste quinta (22/10), com uma cerimônia de abertura para convidados às 19h, no Belas Artes Drive-in, no Memorial da América Latina. Mas para o público em geral, a programação só começa à meia-noite. O filme de abertura é “Nova Ordem”, de Michel Franco, vencedor do Grande Prêmio do Júri no recente Festival de Veneza. Na trama, um casamento luxuoso da elite dá errado, enquanto a Cidade do México ferve com protestos. Pelo ponto de vista de Marianne, a jovem e simpática noiva, e dos criados, o filme retrata o colapso de um sistema político e um golpe de Estado violento. O público poderá ver “Nova Ordem” pela plataforma de streaming da Mostra, a Mostra Play (https://mostraplay.mostra.org/), por 24 horas, entre esta meia-noite e a próxima. A programação, que será exibida até 4 de novembro, também estará disponível no Spcine Play e Sesc Digital, que exibirão sessões gratuitas, enquanto os filmes da Mostra Play terão ingresso a R$ 6. Já as sessões presenciais serão realizadas no Belas Artes Drive-In e no Sesc Drive-In (do Sesc Parque Dom Pedro). Além do polêmico filme do mexicano Michel Franco, a seleção ainda inclui entre seus destaques “Não Há Mal Algum”, do iraniano Mohammad Rasoulof, vencedor do último Festival de Berlim, “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, do português João Botelho, baseado no livro homônimo de José Saramago, “Berlim Alexanderplatz”, do alemão-afegão Burhan Qurbani, “Gênero, Pan”, do filipino Lav Diaz, “Mães de Verdade”, da japonesa Naomi Kawase, “Crianças do Sol” (Sun Children), do iraniano Majid Majidi, “Miss Marx”, da italiana Susanna Nicchiarelli, além dos documentários “Kubrick por Kubrick”, do francês Gregory Monro, sobre o diretor Stanley Kubrick, “Sportin’ Life”, do americano Abel Ferrara, e “Coronation”, do chinês Ai Weiwei, que mostra o começo da pandemia de covid-19 em Wuhan. O pôster do evento foi criado pelo cineasta chinês Jia Zhang-Ke, que também estará presente com seu documentário “Nadando Até o Mar Ficar Azul”. A arte de Zhang-Ke também virou a vinheta da Mostra, mostrando um acendedor de incensos de Fenyang, cidade natal do cineasta, durante um ritual para o Deus da Literatura. Já os destaques nacionais incluem as premières de “Verlust”, de Esmir Filho, que reúne Andrea Beltrão e a cantora Marina Lima no elenco, “Casa de Antiguidades”, de João Paulo Miranda Maria, exibido nos festivais de Cannes, Toronto e San Sebastian, e “Cidade Pássaro”, de Matias Mariani, que integrou a Mostra Panorama do Festival de Berlim e foi adquirido pela Netflix. Com 36 filmes, a seleção brasileira traz ainda “Ana. Sem Título”, de Lúcia Murat, “O Lodo”, de Helvécio Ratton, “Curral”, de Marcelo Brennand, e “Mulher Oceano”, estreia da atriz Djin Sganzerla na direção, entre outras produções. Apesar do número de títulos ter caído drasticamente em relação a anos anteriores, a Mostra conseguiu reunir quase 200 filmes – exatamente 198 produções de 71 países – para sua edição da pandemia. São bem menos obras que as 327 do ano passado, mas mais países que os 65 representados em 2019. Do total, 88 títulos concorrerão ao troféu Bandeira Paulista na seção Novos Diretores, que premia obras de novos cineastas – que realizam seu primeiro ou segundo longa-metragem. As condições diferenciadas deste ano também significam que a Mostra não trará convidados internacionais para acompanhar as exibições. A presença dos diretores e de profissionais dos filmes selecionados se dará por meio de vídeos enviados previamente, entrevistas especiais gravadas e também lives. Veja abaixo o trailer do filme de abertura.
Mostra de São Paulo anuncia programação com sessões virtuais e drive-in
A organização da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo revelou neste sábado (10/10), numa live no YouTube, que a 44ª edição do evento vai acontecer de forma virtual e com projeções em cines drive-in, mesmo com a liberação dos cinemas na capital paulista neste fim de semana. A programação, que será exibida entre 22 de outubro e 4 de novembro, estará disponível no Spcine Play, Sesc Digital e num novo aplicativo do evento, Mostra Play. As duas primeiras plataformas exibirão sessões gratuitas, enquanto os filmes da Mostra Play terão ingresso a R$ 6,00. Já as sessões presenciais serão realizadas no Belas Artes Drive-In e no Sesc Drive-In (do Sesc Parque Dom Pedro). Alguns títulos de filmes também foram revelados durante a transmissão online. O longa-metragem escolhido para a abertura é o polêmico mexicano “Nova Ordem” (foto acima), de Michel Franco, vencedor do Grande Prêmio do Júri no recente Festival de Veneza. A seleção ainda inclui entre seus destaques “Não Há Mal Algum”, do iraniano Mohammad Rasoulof, vencedor do último Festival de Berlim, “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, do português João Botelho, baseado no livro homônimo de José Saramago, “Berlim Alexanderplatz”, do alemão-afegão Burhan Qurbani, “Gênero, Pan”, do filipino Lav Diaz, “Mães de Verdade”, da japonesa Naomi Kawase, “Crianças do Sol” (Sun Children), do iraniano Majid Majidi, “Miss Marx”, da italiana Susanna Nicchiarelli, além dos documentários “Kubrick por Kubrick”, do francês Gregory Monro, sobre o diretor Stanley Kubrick, “Sportin’ Life”, do americano Abel Ferrara, e “Coronation”, do chinês Ai Weiwei, que mostra o começo da pandemia de covid-19 em Wuhan. O pôster do evento foi criado pelo cineasta chinês Jia Zhang-Ke, que também estará presente com seu documentário “Nadando Até o Mar Ficar Azul”. A arte de Zhang-Ke também virou a vinheta da Mostra, mostrando um acendedor de incensos de Fenyang, cidade natal do cineasta, durante um ritual para o Deus da Literatura. Já os destaques nacionais incluem as premières de “Verlust”, de Esmir Filho, que reúne Andrea Beltrão e a cantora Marina Lima no elenco, “Casa de Antiguidades”, de João Paulo Miranda Maria, exibido nos festivais de Cannes, Toronto e San Sebastian, e “Cidade Pássaro”, de Matias Mariani, que integrou a Mostra Panorama do Festival de Berlim e foi adquirido pela Netflix. Com 36 filmes, a seleção brasileira traz ainda “Ana. Sem Título”, de Lúcia Murat, “O Lodo”, de Helvécio Ratton, “Curral”, de Marcelo Brennand, e “Mulher Oceano”, estreia da atriz Djin Sganzerla na direção, entre outras produções. Apesar do número de títulos ter caído drasticamente em relação a anos anteriores, a Mostra conseguiu reunir quase 200 filmes – exatamente 198 produções de 71 países – para sua edição da pandemia. São bem menos obras que as 327 do ano passado, mas mais países que os 65 representados em 2019. Do total, 88 títulos concorrerão ao troféu Bandeira Paulista na seção Novos Diretores, que premia obras de novos cineastas – que realizam seu primeiro ou segundo longa-metragem. As condições diferenciadas deste ano também significam que a Mostra não trará convidados internacionais para acompanhar as exibições. A presença dos diretores e de profissionais dos filmes selecionados se dará por meio de vídeos enviados previamente, entrevistas especiais gravadas e também lives. Veja abaixo a vinheta oficial da 44ª edição.
Mostra de Cinema de São Paulo terá vencedores de Cannes, Toronto e quase 400 filmes
A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo divulgou neste sábado (7/10) a lista de filmes de sua 41ª edição. Entre os destaques estão o filme vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, “The Square”, de Ruben Östlund, o vencedor do troféu de Melhor Direção do Festival de Berlim, “O Outro Lado da Esperança”, de Aki Kaurismaki, o novo drama de Michael Haneke, “Happy End”, e muito, muito mais. Ao contrário do Festival do Rio, que diminuiu sua seleção como reflexo da crise econômica, a Mostra ampliou a quantidade de títulos exibidos em 2017, programando quase 400 filmes. Também diferente da opção carioca, o evento paulista não buscou enfatizar o cinema autoral mais óbvio – e comercial – , deixando Hollywood de lado para se focar num cinema, como diz sua denominação, internacional. Por isso, traz nada menos que 13 títulos que disputam vagas no Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira: o argentino “Zama”, o sul-coreano “O Motorista de Táxi”, “Scary Mother” da Geórgia, o iraniano “Respiro”, o irlandês “Granito”, o islandês “A Sombra da Árvore”, o neozelandês “Mil Cordas”, o tcheco “Mães no Gelo”, o russo “Loveless”, o suíço “Mulheres Divinas”, o venezuelano “El Inca”, além do sueco “The Square” e o austríaco “Happy End”, já citados. Isto não significa que o cinema americano foi ignorado. O grande vencedor do Festival de Toronto e fortíssimo candidato ao Oscar 2018, “Três Anúncios Para um Crime”, de Martin McDonagh, será exibido na programação. Mas há mais ousadia. Basta verificar a grande quantidade de filmes sem distribuição assegurada no país em sua seleção com que a lista do Festival do Rio, cuja divulgação foi acompanhada por diversos releases de distribuidoras informando que a maioria estará em breve nos cinemas. Para o cinéfilo, isto é a chave do paraíso. Em comum com o Festival do Rio, e reflexo de uma tendência mundial, há uma forte presença de cineastas femininas na seleção. Do total dos 394 títulos, 98 são dirigidos por mulheres, sendo 18 de brasileiras. Um dos filmes que tende a gerar as maiores filas, por seu perfil absolutamente cult, é sobre e de uma mulher: “Nico, 1988”, de Susanna Nicchiarelli, cinebiografia da modelo, atriz e cantora da banda Velvet Underground, que venceu a seção Horizontes do Festival de Veneza. Este ano, a Mostra será aberta com a projeção de “Human Flow” (2017), documentário do artista plástico chinês Ai Weiwei sobre a crise mundial dos refugiados. Weiwei também assina o cartaz da Mostra e estará presente ao evento, assim como os outros homenageados: a cineasta belga Agnès Varda (“As Duas Faces da Felicidade”), que vai receber o Prêmio Humanidade e ganhará uma retrospectiva de onze longas, o diretor italiano Paul Vecchiali (“O Estrangeiro”), que também ganha retrospectiva e vem ao festival para receber o Prêmio Leon Cakoff, e o ator Paulo José (“Quincas Berro d’Água”), que será homenageado com documentários sobre sua trajetória e também receberá o troféu que leva o nome do criador da Mostra. Haverá também uma retrospectiva do cinema suíço, pouquíssimo conhecido no Brasil, com destaque para a obra do diretor Alain Tanner (“Jonas Que Terá Vinte e Cinco Anos no Ano 2000”), e exibições especiais, como uma projeção da obra-prima do cinema mudo “O Homem Mosca” (1923), grande sucesso de Harold Lloyd, ao ar livre no parque do Ibirapuera, e de clássicos do cinema brasileiro no vão livre do MASP, na Avenida Paulista. A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo acontece entre os dias 19 de outubro e 1 de novembro, e a venda dos ingressos já começa no próximo dia 14. A lista completa dos filmes será disponibilizada em breve no site oficial da Mostra.

