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    Filme de Chantal Akerman é eleito o melhor de todos os tempos

    2 de dezembro de 2022 /

    A revista britânica Sight & Sound, publicação oficial do British Film Institute, divulgou nessa quinta (1/12) a nova versão atualizada de sua tradicional lista com os melhores filmes de todos os tempos. A lista é organizada a cada dez anos e conta com a participação de alguns dos críticos e estudiosos de cinema mais importantes do mundo, que enviam as suas listas individuais para serem contabilizadas. O resultado deste ano foi surpreendente por incluir um filme europeu à frente dos habituais favoritos da velha Hollywood, “Um Corpo Que Cai” (1958), escolhido da crítica em 2012, e “Cidadão Kane” (1941), o eleito de 2002. Eles continuam no Top 3, mas atrás de “Jeanne Dielman” (1975), da belga Chantal Akerman. Com quase três horas e meia de duração, a produção franco-belga mostra a rotina de uma dona de casa solitária (Delphine Seyrig) que faz suas tarefas diárias, cuida do apartamento e do filho adolescente. No entanto, acontece algo que muda sua rotina. Curiosamente, “Jeanne Dielman” tinha aparecido na lista de 2012 apenas em 35° lugar. Seu crescimento entre a crítica também marcou a primeira vez que um filme dirigido por uma mulher ficou em 1º lugar na lista britânica. A diversidade também se manifestou nos filmes que completam o Top 5: o japonês “Era uma vez em Tóquio” (1953), de Yasujiro Ozu, seguido pelo chinês “Amor à Flor da Pele” (2000), de Wong Kar-Wai. O Top 10 segue mesclando produções de Hollywood e do cinema europeu, com “2001, Uma Odisséia no Espaço” (1968), de Stanley Kubrick, “Bom Trabalho” (1998), de Claire Denis, “Cidade dos Sonhos” (2001), de David Lynch, “Um Homem com uma Câmera” (1929), de Dziga Vertov, e “Cantando na Chuva” (1952), de Stanley Donen e Gene Kelly. A lista completa é uma relação com todos os suspeitos esperados pelos cinéfilos, mas também guarda algumas idiossincrasias, como o curta-metragem “Tramas do Entardecer” (1943), da pioneira cineasta indie Maya Deren em 16º lugar. E entre os clássicos de Bergman, Murnau, Ford, Coppola, Renoir, Varda, Kurosawa, Dreyer, Tati, Chaplin, Lang, Wilder, Scorsese, Godard, Tarkovsky, Fellini, Visconti e Bresson, a maior surpresa é encontrar três filmes muito contemporâneos: “Retrato de Uma Jovem em Chamas” (2019), da francesa Céline Sciamma, “Parasita” (2019), do sul-coreano Bong Joon Ho, e “Corra!” (2017), do americano Jordan Peele. Confira abaixo o trailer de “Jeanne Dielman” e o Top 100 completo. 1. “Jeanne Dielman” (Chantal Akerman, 1975) 2. “Um Corpo Que Cai” (Alfred Hitchcock, 1958) 3. “Cidadão Kane” (Orson Welles, 1941) 4. “Era Uma Vez em Tóquio (Ozu Yasujiro, 1953) 5. “Amor à Flor da Pele” (Wong Kar-wai, 2001) 6. “2001: Uma Odisseia no Espaço” (Stanley Kubrick, 1968) 7. “Bom Trabalho” (Claire Denis, 1998) 8. “Cidade dos Sonhos” (David Lynch, 2001) 9. “Um Homem com uma Câmera” (Dziga Vertov, 1929) 10. “Cantando na Chuva” (Stanley Donen e Gene Kelly, 1951) 11. “Aurora” (F.W. Murnau, 1927) 12. “O Poderoso Chefão” (Francis Ford Coppola, 1972) 13. “A Regra do Jogo” (Jean Renoir, 1939) 14. “Cléo de 5 às 7” (Agnès Varda, 1962) 15. “Rastros de Ódio” (John Ford, 1956) 16. “Tramas do Entardecer” (Maya Deren e Alexander Hammid, 1943) 17. “Close-Up” (Abbas Kiarostami, 1989) 18. “Quando Duas Mulheres Pecam” (Ingmar Bergman, 1966) 19. “Apocalypse Now” (Francis Ford Coppola, 1979) 20. “Os Sete Samurais” (Akira Kurosawa, 1954) 21. (EMPATE) “A Paixão de Joana D’Arc” (Carl Theodor Dreyer, 1927) 21. (EMPATE) “Pai e Filha” (Ozu Yasujiro, 1949) 23. “Playtime – Tempo de Diversao” (Jacques Tati, 1967) 24. “Faça a Coisa Certa” (Spike Lee, 1989) 25. (EMPATE) “A Grande Testemunha” (Robert Bresson, 1966) 25. (EMPATE) “O Mensageiro do Diabo” (Charles Laughton, 1955) 27. “Shoah” (Claude Lanzmann, 1985) 28. “As Pequenas Margaridas” (Věra Chytilová, 1966) 29. “Taxi Driver” (Martin Scorsese, 1976) 30. “Retrato de Uma Jovem em Chamas” (Céline Sciamma, 2019) 31. (EMPATE) “O Espelho” (Andrei Tarkovsky, 1975) 31. (EMPATE) “8½” (Federico Fellini, 1963) 31. (EMPATE) “Psicose” (Alfred Hitchcock, 1960) 34. “O Atalante” (Jean Vigo, 1934) 35. “Pather Panchali” (Satyajit Ray, 1955) 36. (EMPATE) “Luzes da Cidade” (Charlie Chaplin, 1931) 36. (EMPATE) “M – O Vampiro de Dusseldord” (Fritz Lang, 1931) 38. (EMPATE) “Acossado” (Jean-Luc Godard, 1960) 38. (EMPATE) “Quanto Mais Quente Melhor” (Billy Wilder, 1959) 38. (EMPATE) “Janela Indiscreta” (Alfred Hitchcock, 1954) 41. (EMPATE) “Ladrões de Bicicleta” (Vittorio De Sica, 1948) 41. (EMPATE) “Rashomon” (Akira Kurosawa, 1950) 43. (EMPATE) “Stalker” (Andrei Tarkovsky, 1979) 43. (EMPATE) “O Matador de Ovelhas” (Charles Burnett, 1977) 45. (EMPATE) “Intriga Internacional” (Alfred Hitchcock, 1959) 45. (EMPATE) “A Batalha de Argel” (Gillo Pontecorvo, 1966) 45. (EMPATE) “Barry Lyndon” (Stanley Kubrick, 1975) 48. (EMPATE) “Wanda” (Barbara Loden, 1970) 48. (EMPATE) “A Palavra” (Carl Theodor Dreyer, 1955) 50. (EMPATE) “Os Incompreendidos” (François Truffaut, 1959) 50. (EMPATE) “O Piano” (Jane Campion, 1992) 52. (EMPATE) “News from Home” (Chantal Akerman, 1976) 52. (EMPATE) “O Medo Consome a Alma” (Rainer Werner Fassbinder, 1974) 54. (EMPATE) “Se Meu Apartamento Falasse” (Billy Wilder, 1960) 54. (EMPATE) “O Encouraçado Potemkin” (Sergei Eisenstein, 1925) 54. (EMPATE) “Sherlock Jr.” (Buster Keaton, 1924) 54. (EMPATE) “O Desprezo” (Jean-Luc Godard 1963) 54. (EMPATE) “Blade Runner, o Caçador de Androides” (Ridley Scott 1982) 59. “Sans soleil” (Chris Marker 1982) 60. (EMPATE) “Filhas do Pó” (Julie Dash 1991) 60. (EMPATE) “A Doce Vida” (Federico Fellini 1960) 60. (EMPATE) “Moonlight – Sob a Luz do Luar” (Barry Jenkins 2016) 63. (EMPATE) “Casablanca” (Michael Curtiz 1942) 63. (EMPATE) “Os Bons Companheiros” (Martin Scorsese 1990) 63. (EMPATE) “O Terceiro Homem” (Carol Reed 1949) 66. “A Viagem da Hiana” (Djibril Diop Mambéty 1973) 67. (EMPATE) “Os Catadores e Eu” (Agnès Varda 2000) 67. (EMPATE) “Metropolis” (Fritz Lang 1927) 67. (EMPATE) “Andrei Rublev” (Andrei Tarkovsky 1966) 67. (EMPATE) “Os Sapatinhos Vermelhos” (Michael Powell & Emeric Pressburger 1948) 67. (EMPATE) “La Jetée” (Chris Marker 1962) 72. (EMPATE) “Meu Amigo Totoro” (Miyazaki Hayao 1988) 72. (EMPATE) “Romance na Itália” (Roberto Rossellini 1954) 72. (EMPATE) “A Aventura” (Michelangelo Antonioni 1960) 75. (EMPATE) “Imitação da Vida” (Douglas Sirk 1959) 75. (EMPATE) “Intendente Sansho” (Mizoguchi Kenji 1954) 75. (EMPATE) “A Viagem de Chihiro” (Miyazaki Hayao 2001) 78. (EMPATE) “Um Dia Quente de Verão” (Edward Yang 1991) 78. (EMPATE) “Satantango” (Béla Tarr 1994) 78. (EMPATE) “Céline e Julie Vão de Barco” (Jacques Rivette 1974) 78. (EMPATE) “Tempos Modernos “(Charlie Chaplin 1936) 78. (EMPATE) “Crepúsculo dos Deuses” (Billy Wilder 1950) 78. (EMPATE) “Neste Mundo e no Outro” (Michael Powell & Emeric Pressburger 1946) 84. (EMPATE) “Veludo Azul” (David Lynch 1986) 84. (EMPATE) “O Demônio das Onze Horas” (Jean-Luc Godard 1965) 84. (EMPATE) “História(s) do Cinema” (Jean-Luc Godard 1988-1998) 84. (EMPATE) “O Espírito da Colmeia” (Victor Erice, 1973) 88. (EMPATE) “O Iluminado” (Stanley Kubrick, 1980) 88. (EMPATE) “Amores Expressos” (Wong Kar Wai, 1994) 90. (EMPATE) “Madame de…” (Max Ophüls, 1953) 90. (EMPATE) “O Leopardo” (Luchino Visconti, 1962) 90. (EMPATE) “Contos da Lua Vaga” (Mizoguchi Kenji, 1953) 90. (EMPATE) “Parasita” (Bong Joon Ho, 2019) 90. (EMPATE) “Yi Yi” (Edward Yang, 1999) 95. (EMPATE) “Um Condenado à Morte Escapou” (Robert Bresson, 1956) 95. (EMPATE) “A General” (Buster Keaton, 1926) 95. (EMPATE) “Era Uma Vez no Oeste” (Sergio Leone, 1968) 95. (EMPATE) “Corra!” (Jordan Peele, 2017) 95. (EMPATE) “Black Girl” (Ousmane Sembène, 1965) 95. (EMPATE) “Mal dos Trópicos” (Apichatpong Weerasethakul, 2004)

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    Yvette Mimieux (1942-2022)

    18 de janeiro de 2022 /

    A atriz Yvette Mimieux faleceu enquanto dormia em sua casa na manhã desta terça (18/1). Ela tinha acabado de completar 80 anos em 10 de janeiro. Apesar do nome afrancesado, a atriz era natural da Califórnia, filha de pai francês e mãe mexicana. Seu nome tampouco era pseudônimo. Ela foi batizada como Yvette Carmen Mimieux. Ela é mais lembrada por seu primeiro papel no cinema, no clássico sci-fi “A Máquina do Tempo” (1960): Weena, uma jovem do futuro, que vivia uma vida idílica sem saber que não passava de gado para mutantes canibais, chamados de morlocks. A versão dirigida por George Pal e estrelada por Rod Taylor como viajante do tempo é até hoje considerada a melhor adaptação da obra do escritor HG Wells. O sucesso do filme a transformou numa das loiras platinas mais conhecidas dos anos 1960. Em dez anos, ela estrelou nada menos que 17 filmes, entre eles um punhado de clássicos, como “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse” (1962), de Vincent Minnelli, “O Mundo Maravilhoso dos Irmãos Grimm” (1962), em que voltou a trabalhar com George Pal, “Na Voragem das Paixões” (1963), de George Roy Hill, e “Os Mercenários” (1968), de Jack Cardiff, em que repetiu a parceria com Rod Taylor. Em 1970, ela chegou a estrelar a série “The Most Deadly Game”, mas não ficou muito tempo na TV. Dois anos depois, voltou aos cinemas com o thriller “Vôo 502: Em Perigo” (1972). Nesta fase, ainda participou de novas produções de ficção científica, como “O Fator Netuno” (1973) e “O Abismo Negro” (1979), a resposta da Disney a “Star Wars”. Seus últimos trabalhos foram telefilmes, alguns dos quais ela também escreveu, como “Hit Lady” (1972), em que deu vida a uma assassina profissional, e “Obsessão Fatal” (1984), em que tem uma relação obsessiva com seu ídolo de novela. Ao largar a atuação nos anos 1990, ela passou a viajar e atuar no mercado imobiliário. Mimieux foi casada três vezes, incluindo com o famoso diretor Stanley Donen (“Cantando na Chuva”), mas não teve filhos.

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    Jane Powell (1929–2021)

    16 de setembro de 2021 /

    A atriz Jane Powell, estrela de vários musicais clássicos de Hollywood, morreu nesta quinta-feira (16/9) de causas naturais em sua casa em Wilton, Connecticut, aos 92 anos. Ela começou a carreira ainda adolescente e sempre projetou uma imagem de garota inocente, desde a primeira aparição nas telas, com 15 anos de idade em “Viva a Juventude”, de 1944. Seu nome verdadeiro não era nada parecido com aquele que a tornaria famosa. Jane Powell na verdade era Suzanne Lorraine Burce. Sua trajetória foi preparada desde cedo pelos pais, que investiram para transformá-la numa nova Shirley Temple, com aulas de canto, dança e atuação desde a infância. A aposta em seu talento fez sua família se mudar de Portland, Oregon, para Los Angeles, onde ela entrou em diversos concursos de talentos, até vencer competições de canto e assinar contratos de rádio. Em entrevista para o jornal Chicago Tribune, em 2011, ela confessou que, por mais que tenha adorado sua infância artística, acabou se tornando uma jovem solitária. “Era emocionante. Conheci pessoas que nunca conheceria. Mas senti falta de amizades da minha idade e daquilo que todos os jovens sentem falta se não têm a progressão normal do ensino fundamental para o médio. Não tive festas do pijama, nem noites de garotas. Eu não conhecia ninguém. Foi uma vida solitária, realmente.” O nome artístico foi consequência de seu primeiro filme. Em “Viva a Juventude”, ela deu vida a uma estrela mirim de cinema muito famosa, que só queria ter uma vida normal e conviver com outras crianças normais. Um de seus números musicais na trama, “Too Much in Love”, recebeu uma indicação ao Oscar de melhor Canção Original. Em suma, ela fez tanto sucesso na estreia que foi instruída pelo estúdio a adotar o nome da personagem como se fosse dela mesmo. Seu papel se chamava Jane Powell. A adolescente cresceu diante das câmeras de cinema, filmada geralmente em cores vibrantes de Technicolor em produções do megaprodutor Joe Pasternak. Em uma década, ela se transformou de “Deliciosamente Perigosa” (1945) em uma das “Sete Noivas para Sete Irmãos” (1954). Entre um e outro, ainda estrelou musicais com Carmen Miranda, como “O Príncipe Encantado” (1948), que também incluía a jovem Elizabeth Taylor – futura dama de honra de seu primeiro casamento – , e “Romance Carioca” (1950), sem esquecer do clássico absoluto “Núpcias Reais” (1951), em que dançou e cantou com Fred Astaire. “Núpcias Reais” marcou a primeira vez que Powell viveu uma personagem adulta. Ironicamente, ela era apenas a terceira opção para o papel da irmã esperta de Astaire, substituindo June Allyson (que engravidou) e Judy Garland (que foi demitida após perder um ensaio). Mas o filme foi muito importante para sua carreira, pois a aproximou do diretor Stanley Donen, que logo depois a escalou em seu papel mais famoso. O auge da carreira da atriz aconteceu em “Sete Noivas para Sete Irmãos” (1954), um dos mais populares filmes da MGM de todos os tempos, em que viveu a cozinheira de pensão Milly, que se apaixona pelo fazendeiro caipira Adam (Howard Keel) e começa a ensinar a seus seis irmãos rudes uma ou duas coisas sobre boas maneiras. O detalhe é que a MGM estava apostando em outro musical naquele ano, “A Lenda dos Beijos Perdidos”, com Gene Kelly e Cyd Charisse. Só que o público e a crítica foram unânimes em preferir o romance de Powell e Kell. Além de lotar cinemas, o longa de Stanley Donen teve cinco indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme (perdeu para o clássico “Sindicato de Ladrões”). Com sua voz de soprano, Powell também teve uma carreira repleta de discos, shows e espetáculos da Broadway. Mas sua estreia nos grandes palcos de Nova York só aconteceu nos anos 1970, como substituta de sua velha amiga Debbie Reynolds em uma remontagem de “Irene”. Ela e Reynolds já tinham trabalho juntas no cinema em “Quando Canta o Coração” (1950), “Tentações de Adão” (1954) e “Marujos e Sereias” (1955). Depois de fazer “Marujos e Sereias”, Powell pediu para ser dispensada de seu contrato com a MGM e deixou o estúdio aos 26 anos, em novembro de 1955. Sua saída de cena também marcou o fim da era dos grandes musicais da MGM. Numa mudança radical, ela virou loira sexy na comédia “Uma Aventura em Balboa” (1957), estrelou um filme noir, “Naufrágio de uma Ilusão” (1958), e sua primeira aventura de ação, “O Maior Ódio de um Homem” (1958), antes de trocar o cinema pela televisão nos anos 1960. Ela chegou a fazer o piloto de uma série, “The Jane Powell Show”, que foi exibido como telefilme em 1961, e seguiu o resto da carreira fazendo participações em séries, como “O Barco do Amor”, “Ilha da Fantasia”, “Assassinato por Escrito” e “Tudo em Família”. Nesta última, teve um papel recorrente, de 1988 a 1990, como a mãe viúva do personagem de Alan Thicke. Seu último papel dramático foi na série “Law & Order: SVU”, interpretando uma mulher com demência num episódio exibido em 2002. Jane Powell teve cinco maridos. O primeiro casamento foi com Geary Steffen, o parceiro de patinação da campeã olímpica norueguesa Sonja Henie, que aconteceu em 1949 numa festa para 500 pessoas e com Elizabeth Taylor como dama de honra. Já o último casamento foi com o ex-astro infantil Dickie Moore (“Oliver Twist”). Eles ficaram juntos de 1988 até a morte de Moore, em 2015. Lembre abaixo uma famosa interpretação musical de Powell em “Sete Noivas para Sete Irmãos”.

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    Norma Doggett (1925 – 2020)

    16 de maio de 2020 /

    Norma Doggett, a dançarina da Broadway que estrelou o célebre musical de Stanley Donen “Sete Noivas para Sete Irmãos”, em 1954, morreu em 4 de maio, em Nova York, aos 94 anos. Descoberta pelo lendário coreógrafo Jack Cole dançando num club noturno, ela se tornou dançarina profissional aos 17 anos e acabou estrelando seis musicais de sucesso da Broadway, de 1948 a 1959, trabalhando com grandes mestres do gênero, como Irving Berlin, Jerome Robbins, Moss Hart e Joshua Logan. Consagrada, foi convidada pelo coreógrafo Michael Kidd para estrelar seu único filme. Em “Sete Noivas para Sete Irmãos”, Doggett viveu o papel da adorável Martha, que se casa com Daniel (Marc Platt), um dos irmãos Pontipee que viviam nas montanhas do Oregon na década de 1850. As outras noivas do musical foram interpretadas por Jane Powell (Milly), Julie Newmar (Dorcas), Ruta Lee (Ruth), Nancy Kilgas (Alice), Virginia Gibson (Liza) e Betty Carr (Sarah). Mas Doggett quase perdeu seu papel, porque machucou o tornozelo durante os ensaios. O diretor e o coreógrafo decidiram mantê-la no elenco, mas deram seus números musicais para outra “noiva”. No entanto, durante as filmagens, sua substituta também torceu o tornozelo. “Eles me colocaram de volta no último minuto e filmaram todas as minhas danças originais”, ela contou numa entrevista antiga. “Sete Noivas para Sete Irmãos” foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, mas perdeu para “Sindicato dos Ladrões”. Décadas depois, virou série de TV, projetando a carreira do ainda pouco conhecido Richard Dean Anderson, o futuro “MacGyver”. Após a carreira no showbusiness, Doggett virou secretária na empresa de petróleo Mobil Oil e se casou, mas não se afastou totalmente do mundo do entretenimento, sendo sempre convidada a participar de documentários, especiais e homenagens aos grandes coreógrafos, compositores e diretores com quem trabalhou.

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    Stanley Donen (1924 – 2019)

    23 de fevereiro de 2019 /

    Morreu Stanley Donen, o último diretor da era de ouro de Hollywood, que assinou clássicos como “Cantando na Chuva” (1952), “Cinderela em Paris” (1957) e “Charada” (1963). Ele tinha 94 anos e nenhum detalhe adicional sobre sua morte, revelada na manhã deste sábado (23/2), foi fornecido pela família. Considerado um dos diretores mais influentes dos musicais americanos, ele foi responsável – junto com Vincent Minnelli e Busby Berkeley – por estabelecer a estética dos filmes da MGM, celebrados até hoje – e homenageados recentemente por “La La Land”. Mas, inacreditavelmente, nunca recebeu uma indicação ao Oscar e nunca venceu um troféu do Sindicato dos Diretores. Não por acaso, seu filho, que tuitou a notícia de sua morte, o descreveu como “um enorme talento muitas vezes menosprezado”. Stanley Donen nasceu em 13 de abril de 1924, na cidade de Columbia, Carolina do Sul. Apaixonado pela dança, ele começou a dançar aos 10 anos em peças de teatro locais. “Vi Fred Astaire em ‘Voando para o Rio’ quando eu tinha 9 anos e isso mudou minha vida”, ele contou para a revista Vanity Fair em 2013. “Pareceu maravilhoso e minha vida não era maravilhosa. A alegria de dançar um musical! E Fred era tão incrível, e Ginger [Rogers] – meu Deus, e Ginger!” Ele foi aprovado para a Universidade da Carolina do Sul, mas em vez de seguir os estudos resolveu mudar-se para Nova York em busca de vagas no teatro musical. Sua estreia como dançarino da Broadway aconteceu em 1940, quando entrou no elenco de apoio da montagem de “Pal Joey”, estrelada por Gene Kelly. Sua dedicação chamou atenção de Kelly, que acabou se tornando seu padrinho profissional. Ao ser contratado para coreografar a comédia musical “Best Foot Forward”, Kelly escolheu Donen para ajudá-lo como coreógrafo assistente. Na época, o futuro cineasta tinha apenas 17 anos. E conseguiu impressionar até o diretor do espetáculo, George Abbott. Em 1943, a MGM adquiriu os direitos da peça para transformá-la em filme – lançado como “A Rainha dos Corações” no Brasil. Os produtores resolveram trazer um integrante da montagem da Broadway para ajudar na transposição para o cinema, e assim começou a carreira hollywoodiana do jovem Donen, praticamente junto com sua maioridade. Nos cinco anos seguintes, o jovem trabalhou na coreografia de nada menos que 14 filmes, quatro na Columbia e o restante na MGM. Dois desses filmes foram estrelados por seu velho amigo Gene Kelly, “Modelos” (1944) e “Vida à Larga” (1947). A amizade da dupla se fortaleceu ainda mais no cinema e os dois se tornaram parceiros criativos. Juntos, coreografaram e escreveram a história do clássico musical “A Bela Ditadora” (1949), estrelado por Kelly, Frank Sinatra e Esther Williams. E a experiência foi tão positiva, que a dupla resolveu dar um novo passo, assumindo pela primeira vez a direção de um filme. Os dois estrearam juntos como diretores – co-diretores, portanto – no clássico instantâneo “Um Dia em Nova York” (1949), em que Kelly e Sinatra viveram marinheiros com um dia de folga para se divertir e se apaixonar na metrópole. Donen comandou sozinho seu trabalho seguinte, quando teve a oportunidade de dirigir o dançarino que o inspirara a seguir carreira. Ele filmou Fred Astaire num dos maiores sucessos do astro, “Núpcias Reais” (1951), criando uma das sequências mais famosas da história dos musicais – quando Astaire dança nas paredes e no teto, décadas antes de existirem efeitos especiais de computador. O diretor tinha só 27 anos e já fazia mágica cinematográfica. Mas foi seu reencontro com Gene Kelly que representou sua canonização no panteão dos deuses do cinema. Os dois retomaram a parceria em 1952, naquele que viria a ser considerado o maior musical de todos os tempos: “Cantando na Chuva”. O filme marcou época porque, ao contrário de muitos outros musicais, foi concebido especificamente para o cinema e não era uma adaptação da Broadway. Tinha danças elaboradíssimas, criadas pela dupla de diretores, e com longa duração, que incluíam movimentos acrobáticos. Também representou uma síntese da história de Hollywood, referenciando vários filmes para narrar a transição da era do cinema mudo para o “cantado”. Ao mesmo tempo, explorou de forma vanguardista uma ousadia de Donen, que foi pioneiro em tirar os musicais das encenações em palcos para levá-los às ruas. No caso de “Cantando na Chuva”, ruas cenográficas, mas esburacadas e cheias de poças d’água, que faziam parte da coreografia. No ano em que a Academia premiou o ultrapassado “O Maior Espetáculo da Terra” (1952), “Cantando na Chuva” foi esnobado pelo Oscar. Sua vingança foi se tornar inesquecível, presente em todas as listas importantes de Melhores Filmes da História, influenciando novas e novíssimas gerações, dos responsáveis por “Os Guarda-Chuvas do Amor” (1964) a “O Artista” (2011) e “La La Land” (2016). A dupla ainda voltou a se reunir em “Dançando nas Nuvens” (1955), mas o fato da ex-mulher de Donen (a atriz Jeanne Coyne) se envolver com Kelly acabou afastando os dois amigos. De todo modo, o diretor acabou se destacando mais na carreira solo a partir de “Sete Noivas para Sete Irmãos” (1954), que foi indicado ao Oscar de Melhor Filme. Em 1957, ele fez o fantástico “Cinderela em Paris”, reunindo-se novamente com Fred Astaire e iniciando sua parceria com a deslumbrante Audrey Hepburn. O filme teve grande impacto na moda, consagrando sua estrela como musa fashion – ela vive uma modelo existencialista, que prefere usar o pretinho básico. Mas também na dança e no cinema, graças ao passo seguinte da ousadia de Donen. Desta vez, ele organizou uma grande coreografia do casal ao ar livre – e à luz do dia – , à beira de um lago real. Os musicais nunca mais foram os mesmos. Donen ainda dividiu créditos de direção com seu antigo diretor da Broadway, George Abbott, em “Um Pijama para Dois” (1957), filme que avançou ainda mais as coreografias ao ar livre, ao transformar um piquenique numa grande dança. A dupla também assinou o bem-sucedido “O Parceiro de Satanás” (1958). Foram muitos outros musicais, até que o gênero começou a sair de moda, levando o diretor a levar sua ousadia para novas vertentes. Ao filmar “Indiscreta” (1958), chegou a desafiar os censores com uma cena em que mostrou Cary Grant na cama com Ingrid Bergman. Para burlar a proibição da época, ele editou a sequência de forma a mostrar os dois simultaneamente numa tela dividida – sua justificativa para demonstrar que eles não estavam juntos no cenário íntimo, embora aparecessem juntos na mesma cena. O cineasta ainda reinventou-se à frente de thrillers filmados em technicolor vibrante, que combinavam suspense e aventura delirante. Com filmes como “Charada” (1963), estrelado por Audrey Hepburn e Cary Grant, e “Arabesque” (1966), com Sophia Loren e Gregory Peck, Donen se tornou o mais hitchcockiano dos diretores americanos de sua época, aperfeiçoando a fórmula de “Ladrão de Casaca” (1955) e “Intriga Internacional” (1959) – clássicos de Alfred Hitchcock que, por sinal, foram estrelados por Cary Grant. Ele ainda dirigiu comédias de sucesso, como “Um Caminho para Dois” (1967), novamente com Audrey Hepburn, e “O Diabo É Meu Sócio” (1967), com Dudley Moore. Também foi responsável pela adorada adaptação do livro infantil “O Pequeno Príncipe” (1974). Mas fracassou com “Os Aventureiros do Lucky Lady” (1975) e ao se aventurar pela ficção científica em “Saturno 3” (1980), despedindo-se de Hollywood com a comédia “Feitiço do Rio” (1984), estrelada por Michael Caine. Dois anos depois, surpreendeu o mundo ao dirigir um clipe musical, no começo da era da MTV. Ele assinou o célebre vídeo de “Dancing in the Ceiling” (1986), em que o cantor Lionel Ritchie aparecia dançando no teto, de cabeça para a baixo – uma citação direta de seu clássico “Núpcias Reais”. Seus últimos trabalhos foram um episódio da série “A Gata e o Rato” (Moonlighting) em 1986 e o telefilme “Cartas de Amor” (1999). Em 1998, Donen finalmente foi homenageado pela Academia, que lhe concedeu um Oscar honorário pela carreira, “em apreciação a uma obra marcada pela graça, elegância, inteligência e inovação visual”. Ele recebeu sua estatueta das mãos de Martin Scorsese e, então, docemente cantarolou a letra da música “Cheek to Cheek”: “O céu, eu estou no céu, meu coração bate de modo que mal posso falar…” Ao longo da vida, o diretor teve seis relacionamentos amorosos importantes, casando-se cincoo vezes: com a dançarina, coreógrafa e atriz Jeanne Coyne (que o trocou por Kelly), a atriz Marion Marshall, a condessa inglesa Adelle Beatty, a atriz Yvette Mimieux e a vendedora Pamela Braden. Ele vivia, desde 1999, com a cineasta Elaine May.

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    Albert Finney (1936 – 2019)

    8 de fevereiro de 2019 /

    O ator britânico Albert Finney, indicado cinco vezes ao Oscar, morreu nesta sexta-feira (8/2), aos 82 anos, após enfrentar “uma breve doença” e “cercado por seus entes queridos”, segundo comunicado de sua família. Lenda do cinema e do teatro britânico, Finney nasceu em 9 de maio de 1936, estudou na tradicional escola de Royal Academy of Dramatic Art, onde iniciou sua carreira interpretando principalmente personagens de William Shakespeare, chamando atenção do diretor Tony Richardson para integrar o filme “Vida de Solteiro”, em 1960. Ele se tornou um dos novos rostos da new wave britânica, ao representar outro jovem da classe trabalhadora em “Tudo Começou num Sábado” (1960), que lhe rendeu o prêmio BAFTA (da Academia Britânica) de Revelação do ano. Mas sua trajetória sofreu uma mudança abrupta quando trocou o realismo social dos dramas em preto e branco pela exuberância de “As Aventuras de Tom Jones” (1963). Dirigido pelo mesmo Tony Richardson que o tinha revelado em “Vida de Solteiro”, Finney levou seu protótipo de jovem independente ao cinema de época, tornando-se um Tom Jones irresistível. Filho bastardo de um aristocrata e incapaz de resistir aos impulsos sexuais, lutou por seus direitos e pelo amor na tela, levando as revoluções sociais e sexuais para o século 18. O resultado encantou o mundo, lotou cinemas e rendeu a primeira indicação do ator ao Oscar. O sucesso de “As Aventuras de Tom Jones” tornou Finney tão popular quanto os Beatles. E ele foi se arriscar em novos gêneros, como o drama de guerra de “Os Vitoriosos” (1963) e até viver um vilão, o psicopata de “A Noite Tudo Encobre” (1964), ao mesmo tempo em que decidiu fazer mais teatro, criando hiatos em sua filmografia. Quando ressurgiu, após três anos, foi como par romântico de Audrey Hepburn em “Um Caminho para Dois” (1967), de Stanley Donen, que abriu uma lista de dramas sobre relacionamentos em crise, como “Charlie Bubbles” (1968), “The Picasso Summer” (1969) e “Alpha Beta” (1974), entrecortadas pelas comédias “O Adorável Avarento” (1970), que lhe rendeu o Globo de Ouro, e “Gumshoe, Detetive Particular’ (1971), primeiro longa do diretor Stephen Frears. Em 1974, ele deu vida a outro papel marcante, o detetive Hercule Poirot na versão cinematográfica original de “Assassinato no Expresso Oriente”, dirigida por Sidney Lumet, e foi novamente indicado ao Oscar. E também aproveitou a exposição da indicação para retornar aos palcos, fazendo apenas mais um filme na década: “Os Duelistas” (1977), estreia do diretor Ridley Scott. “Quando trabalhei naqueles anos no National Theatre”, disse Finney ao The New York Times em 1983, “as pessoas sempre diziam que eu poderia estar em Hollywood ganhando essa ou aquela quantia de dinheiro. Mas você deve manter a capacidade de fazer o que quer. Eu não queria ser vítima da necessidade de viver um estilo de vida que exige salários enormes para ser bancado”. Ele voltou ao cinema como coadjuvante em filmes inesperados, como o terror social “Lobos” (1981), o thriller sic-fi “O Domínio do Olhar” (1981) e o musical infantil “Annie” (1982), antes de tomar seu devido lugar no centro das atenções em “O Fiel Camareiro” (1984). O papel de Sir, um tirânico e decadente ator shakespeareano, que só tem momentos felizes no contato com seu camareiro, responsável por prepará-lo para subir no palco, rendeu a terceira indicação de Finney ao Oscar. Mas, após o novo reconhecimento, ele não sumiu das telas. Foi viver o papa João Paulo II num telefilme e emendou outro papel impactante, o cônsul alcoólico Geoffrey Firmin em “A Sombra do Vulcão”, um dos últimos filmes do diretor John Huston (que também o dirigiu em “Annie”), resultando em sua quarta indicação ao prêmio da Academia. Sua capacidade intuitiva de detectar talentos emergentes atrás das câmeras o levou a continuar trabalhando em filmes de futuros mestres, como os irmãos Coen, no excelente filme de gângster “Ajuste Final” (1990), Mike Figgis no drama “Nunca Te Amei” (1994), e principalmente Steven Soderbergh, que o escalou como o chefe de Julia Roberts em “Erin Brockovich” (2000), rendendo-lhe sua quinta e última nomeação ao Oscar, desta vez como Coadjuvante. Julia Roberts, vencedora do Oscar pelo mesmo filme, dedicou o prêmio ao britânico. E embora nunca tenha conquistado o Oscar, Finney ganhou o Emmy por sua interpretação de Winston Churchill no telefilme “O Homem que Mudou o Mundo”, de 2002, onde atuou ao lado de Vanessa Redgrave. O ator e Soderbergh repetiram a parceria em “Traffic” (2000) e “Doze Homens e Outro Segredo” (2004). Finney também trabalhou em dois filmes de Tim Burton, “Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas” (2003) e “A Noiva Cadáver” (2005), retomou a parceria com Ridley Scott em “Um Bom Ano” (2006) e fez o último longa do velho parceiro e grande mestre Sidney Lumet, “Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto” (2007), entre muitas outras produções. Nos últimos anos, curiosamente, vinha se especializando em thrillers de ação e espionagem, novidades em sua vasta carreira. Mas, como não poderia deixar de ser, filmou justamente os melhores, “O Ultimato Bourne” (2007) e “O Legado Bourne” (2011), ambos dirigidos por Paul Greengrass, e “007 – Operação Skyfall” (2012), de Sam Mendes, com o qual encerrou sua filmografia. Em maio de 2011, o agente de Finney revelou que o ator estava enfrentando um câncer no rim.

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