Tom sombrio de Logan preocupou a Fox, assume presidente do estúdio
Numa rara confissão sobre a forma como os executivos de cinema tomam suas decisões, a presidente da 20th Century Fox, Stacey Snider, revelou que teve muito medo de aprovar “Logan”. Após as críticas negativas recebidas por “X-Men Origens: Wolverine” (2009) e a indiferença em torno de “Wolverine: Imortal” (2013), Snider ainda não estava convencida de que era necessário uma transformação radical na franquia e ficou com o pé atras com a ideia de filmar um longa dramático e sombrio de super-herói, com classificação etária para maiores nos EUA. Em participação na conferência Recode Media, realizada na quinta (16/2) na Califórnia, ela afirmou que os executivos estavam preocupados que o filme fosse “entediante para caramba”, porque não tinha piadas a cada minuto. “Estávamos preocupados com a intensidade e o tom do filme. É como um poema sobre a vida e a morte. O paradigma é de um western, e meus colegas estavam nervosos com relação ao que estava sendo proposto. Não é um filme divertido e sarcástico com um Wolverine furioso que fuma charutos. Isso se tornou nosso grande debate. ‘Será que não vai ficar entediante pra caramba? Não é animador imaginar o Wolverine como um cara de verdade que está cansado do mundo e que não quer mais lutar até que uma garota precise dele?!’”, afirmou. A produção vem sendo vendida como um filme diferente das típicas adaptações de quadrinhos, tanto que tem sua première mundial marcada para esta sexta (17/2) no Festival de Berlim, um feito raro para uma produção de super-heróis. Novamente dirigido por James Mangold (de “Wolverine: Imortal”), “Logan” estreia em 2 de março no Brasil.
Fox fecha parceria com o American Film Institute para incentivar mais mulheres diretoras
A 20th Century Fox Film fechou uma parceria com o American Film Institute (AFI) para incentivar que mais mulheres virem diretoras de cinema. Para capacitar novas diretoras, a Fox cedeu os direitos de seus personagens e fornecerá recursos técnicos para o AFI usar em seu programa de workshop para mulheres. Durante o curso do instituto, as alunas vão dirigir curtas-metragens baseados em filmes de franquias da Fox. “A escassez de diretores do sexo feminino não é uma questão de paixão ou talento”, disse a presidente e CEO da 20th Century Fox Film, Stacey Snider (foto acima). “Em vez disso, muitas vezes é uma questão de acesso e recursos. Estamos animados para oferecer isso a mulheres cineastas talentosas que, em seguida, poderão crescer a partir dessa experiência de trabalho prático”. Bob Gazzale, Presidente e CEO do AFI, completou afirmando que acreditar que essa colaboração com a Fox afetará profundamente o ramo da arte e entretenimento. Para o projeto, serão selecionadas entre 35 e 50 mulheres, das quais dez finalistas apresentarão filmes originais aos executivos da 20th Century Fox, e eles escolherão no mínimo uma cineasta para transformar o conceito apresentado em um curta. A expectativa é positiva, uma vez que o programa de diretoras da AFI já revelou talentos como Sarah Gertrude Shapiro, co-criadora da aclamada série televisiva “UnREAL”, e a diretora Lesli Linka Glatter, que já recebeu quatro indicações ao Emmy pelas séries “Mad Men” e Homeland”.

