Jahmil French (1991 – 2021)
O ator canadense Jahmil French, que ficou conhecido pela série teen “Degrassi: A Próxima Geração”, morreu na segunda-feira (1/3) aos 29 anos de idade. Vários colegas de elenco da atração prestaram homenagens nas redes sociais, sem esclarecer a causa da morte do ator. French interpretou Dave Turner em 149 episódios da fase mais popular de “Degrassi”, entre 2009 e 2013. A produção é um grande sucesso no Canadá, tendo se originado ainda nos anos 1970 e atravessado décadas com novas configurações. O spin-off conhecido como “A Próxima Geração” durou 14 temporadas e ajudou a lançar a carreira de astros como Nina Dobrev, Stephen Amell e Shay Mitchell, além do rapper Drake. Depois da saída da série, French entrou em várias produções que não decolaram, como “The Divide” (2014), “Remedy” (2015) e “Let’s Get Physical” (2018). Seu último trabalho foi em “Soundtrack”, série musical da Netflix lançada em 2019, que também durou apenas uma temporada. Ele também estrelou o filme “Boost”, de 2017, pelo qual recebeu uma indicação da Academia Canadense de Cinema e TV como Melhor Ator Coadjuvante.
Soundtrack: Criador de série cancelada critica divulgação inexistente da Netflix
Inconformado com o cancelamento de “Sountrack” poucas semanas após seu lançamento, o criador e produtor executivo da série, Joshua Safran (criador de “Quantico ), desabafou suas frustrações com a Netflix nas redes sociais, reclamando da falta de atenção recebida pela atração. “E se você fizesse uma série e ninguém soubesse?”, ele escreveu, para introduzir o problema de divulgação que enfrentou. Dizendo que ele e a equipe “trabalharam incansavelmente” em “Soundtrack”, sentindo “que tínhamos feito algo único, novo, diferente e ótimo”, ele apontou que a série não teve repercussão alguma. “Ela simplesmente desapareceu. Quase não rendeu críticas. Pessoalmente, sinto que nem sequer estreou”. Safran reparou que, mesmo assim, “a série encontrou fãs. E normalmente eles indagavam: ‘Como é que ninguém conhece essa série?’, o que só aumentava nossa dor”. Apesar do cancelamento, ele ainda incentivou quem não viu a série a conhecê-la, porque os episódios não terminam em gancho para algo que nunca virá. “Embora tenha uma única temporada, ‘Sountrack’ tem começo e fim, e encerra sua jornada. É realmente como aquele termo temido: um filme de 10 horas de duração. E eu espero que você consiga vê-lo algum dia.” O desabafo de Safran revela que não é apenas dinheiro que a Netflix está queimando com sua atual prática de lançar séries sem divulgação em sua plataforma. A empresa também está comprando brigas com criadores de conteúdo e sinalizando para o mercado que trata sua programação com desaso. O romance passado em meio à indústria musical e estrelado por Callie Hernandez (“La La Land”), Paul James (“Greek”), Jenna Dewan (“Ela Dança, Eu Danço”) e Madeline Stowe (série “Revenge”) foi cancelado sem jamais ter rendido trailer para o mercado brasileiro. E, poucos dias depois, a mesma prática foi ensaiada com a série nacional “Onisciente”, gerando polêmica nas redes sociais. De modo significativo, o próximo trabalho de Safran será numa concorrente da Netflix, a vindoura plataforma HBO Max. Ele é cocriador e showrunner do revival de “Gossip Girl” para o serviço de streaming da WarnerMedia, que será inaugurado em maio nos EUA. Some thoughts on today. pic.twitter.com/wbFKpx90tg — Joshua Safran (@Anthologist) February 1, 2020
Netflix cancela Soundtrack, série sem divulgação no Brasil
A Netflix oficializou o cancelamento de “Soundtrack”. Nunca viu? A plataforma não divulgou no Brasil. A série musical era estrelada pela atriz Jenna Dewan (“Ela Dança, Eu Danço”) e foi desenvolvida originalmente como “Mixtape” para a rede americana Fox. A Netflix entrou no negócio após o projeto ser rejeitado na TV e investiu na produção de 10 episódios. Só que não fez muita questão de divulgar, resultando no óbvio: poucos souberam de seu lançamento em dezembro. Esta prática de gastar fortunas em produções de séries e economizar na divulgação tem sido a característica mais marcante da onda de cancelamentos recentes da plataforma. Nesta semana, a Netflix jogou a série brasileira “Onisciente” em seu catálogo do mesmo jeito, gerando polêmica nas redes sociais. Contraproducente, a estratégia de lançar conteúdo demais com divulgação de menos gera desequilíbrio fiscal, uma vez que representa o que bom-senso popular chama de “queimar dinheiro”. Trata-se de um luxo que a guerra dos streamings vai cobrar caro mais adiante. O fato é que “Soundtrack” não teve muita divulgação nem nos EUA, onde ganhou apenas um trailer e nenhum vídeo de bastidores. Criação de Joshua Safran (criador de “Quantico” e produtor do similar “Smash”), a série acompanhava um grupo variado de pessoas interconectadas pela música em Los Angeles, explorando se o tempo podia curar um coração partido e se o amor podia resistir às tragédias da vida. O par central da história era formado por Callie Hernandez (“La La Land”) e Paul James (“Greek”). Jenna Dewan era coadjuvante, como Madeline Stowe (série “Revenge”), Megan Ferguson (“O Artista do Desastre”) e Jahmil French (série “Degrassi: A Próxima Geração”). A produção foi realizada pelo estúdio Annapurna, mais conhecido por produções de prestígio no cinema – como “Trapaça”, “Joy”, “Foxcatcher”, “Ela”, “Mulheres do Século 20” e “Trama Fantasma”. Veja abaixo o trailer americano da série.
Homem-Aranha: De Volta ao Lar estreia em 1,4 mil cinemas no Brasil
Maior estreia da semana, “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” ocupa quase metade dos cinemas disponíveis no Brasil, com uma distribuição em 1,4 mil salas. A estratégia é respaldada por críticas muito positivas – 93% de aprovação no site Rotten Tomatoes – que alimentam o interesse pelo primeiro filme do herói no universo compartilhado da Marvel. Diferente dos anteriores, o Homem-Aranha vivido por Tom Holland não é um personagem traumatizado – esta versão não mostra a morte do Tio Ben – , mas um adolescente que se diverte ao usar seus superpoderes, ao mesmo tempo em que sofre a condescendência dos adultos – a figura paterna de Tony Stark, em particular. Robert Downey Jr. fará falta à Marvel, quando decidir deixar de viver o Homem de Ferro. Outro destaque é o vilão Abutre, que a interpretação de Michael Keaton (“Birdman”) torna um dos melhores antagonistas da Marvel desde Loki no primeiro “Thor”. Sua presença ameaçadora oferece uma contraposição sombria às cenas ensolaradas de Peter Parker no colegial, extraídas de comédias de John Hughes e preenchidas por adolescentes completamente diferentes de suas versões nos quadrinhos. Além do blockbuster, a semana reserva mais seis lançamentos, quatro deles nacionais. A animação “As Aventuras do Pequeno Colombo” visa as crianças com uma aventura inspirada por personagens históricos: os meninos Cris (o pequeno Cristóvão Colombo) e Leo (Leonardo Da Vinci), que embarcam com a amiga Lisa (a Mona Lisa) em busca de uma terra distante. No caminho, encontram piratas, sereias e um povo disposto a tudo para permanecer perdido. A trama entretém, até esbarrar em seu único personagem negro, um menino rebelde, cuja presença alude à escravidão e revela estereótipos pouco elogiáveis. Vale destacar a participação de José Wilker num de seus últimos trabalhos, dublando o líder dos Cavaleiros Templários. A melhor opção dramática é “Soundtrack”, estrelado por Selton Mello (“O Palhaço”) e passado num cenário desolado do Ártico, entre muita neve e horizontes brancos. Selton vive um fotógrafo que chega à estação polar com o objetivo de realizar um projeto artístico. Ele quer reproduzir em imagens as sensações causadas pelas músicas de uma playlist. Mas sua presença cria atrito com os cientistas, que não entendem o que ele realmente pretende fazer naquele fim de mundo. O filme inclui em seu elenco internacional Seu Jorge (“Tropa de Elite 2”), o inglês Ralph Ineson (“A Bruxa”), o dinamarquês Thomas Chaanhing (série “Marco Polo”) e o sueco Lukas Loughran (“Nina Frisk”), e marca a estreia na direção de longas da dupla Manitou Felipe e Bernardo Dutra (que assinam como “300ml”), após comandarem Selton e Seu Jorge num curta-metragem há mais de uma década: “Tarantino’s Mind” (2006). “Os Pobres Diabos” chega ao circuito comercial quatro anos após vencer o prêmio do público no Festival de Brasília de 2013. Dirigido pelo veterano Rosemberg Cariry (“Corisco e Dadá”), acompanha uma trupe circense pelo sertão, que tenta manter viva sua arte em meio à pobreza generalizada. Estão presentes todos os clichês do gênero, do palhaço ladrão de mulher ao leão falso, mas humanizados pelas dificuldades. Cansados, os personagens não demoraram a ter que decidir se continuam lutando ou se seguem caminhos separados. Último drama nacional, “Cada Vez Mais Longe” tem a história mais lenta e contemplativa de todas, mas também a maior beleza visual. A trama é mínima, basicamente uma metáfora, em que o pescador João, para sustentar a família, precisa ir cada vez mais longe no rio, estendendo sua ausência do lar ao longo dos anos, enquanto o meio ambiente se deteriora pela poluição. Estreia na direção de Oswaldo Lioi (diretor de arte de “A Família Dionti”) em parceria com Eveline Costa. A programação alternativa se completa com a comédia francesa “Perdidos em Paris”, novo trabalho da dupla de cineastas-atores Dominique Abel e Fiona Gordon (“Rumba”), exibido no Festival Varilux, e a produção chilena “Poesia sem Fim”, segundo filme em que o diretor Alejandro Jodorowsky lembra sua juventude, evocando imagens delirantes e deslumbrantes, que reforçam sua fama de mestre surreal. Clique nos títulos dos filmes para assistir aos trailers das estreias da semana.
Selton Mello vai parar no gelo ártico no trailer e nas fotos de Soundtrack
A Imagem Filmes divulgou o pôster, três fotos e o primeiro trailer de “Soundtrack”, drama estrelado por Selton Mello (“O Palhaço”) e filmado nos cenários desolados do Ártico. A prévia tem muita neve e horizontes brancos, com os atores expressando o tempo inteiro a vontade de sair dali, menos o protagonista. Na trama, Selton vive um fotógrafo que viaja para uma estação polar internacional, com o objetivo de realizar um projeto artístico. Ele quer reproduzir em imagens as sensações causadas pelas músicas de uma playlist. Mas ao chegar lá tem um bloqueio criativo. Sua presença ainda cria atrito com os cientistas, que não entendem o que ele realmente pretende fazer naquele fim de mundo. O elenco ainda inclui Seu Jorge (“Tropa de Elite 2”), o inglês Ralph Ineson (“A Bruxa”), o dinamarquês Thomas Chaanhing (série “Marco Polo”) e o sueco Lukas Loughran (“Nina Frisk”). O filme marca a estreia na direção de longas da dupla Manitou Felipe e Bernardo Dutra, que assinam como “300ml”. Os dois já tinham dirigido Selton Mello e Seu Jorge num curta-metragem há mais de uma década: “Tarantino’s Mind” (2006). A estreia está prevista para o dia 6 de julho.




