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    Angela Lansbury, estrela de “Assassinato por Escrito”, morre aos 96 anos

    11 de outubro de 2022 /

    A atriz Angela Lansbury, indicada três vezes ao Oscar e protagonista da série “Assassinato por Escrito”, morreu enquanto dormia nesta terça (11/10) em Los Angeles, aos 96 anos. Lansbury recebeu diversas indicações ao Emmy pelo seu papel de Jessica Fletcher na série de investigação, além de ter construído uma carreira sólida no cinema, que lhe rendeu até um Oscar honorário em 2013, pela sua contribuição para a indústria cinematográfica. Angela Brigid Lansbury nasceu em 16 de outubro de 1925 em Londres. Filha da atriz Moyna MacGill (de “O Retrato de Dorian Gray”), ela foi incentivada a participar de peças escolares na infância e estudou por um ano na escola de teatro, formando-se com honras na Royal Academy of Music. Com o início da 2ª Guerra Mundial, ela se mudou com a mãe e os dois irmãos para os EUA (o pai dela morreu quando Angela tinha 9 anos), onde continuou estudando artes dramáticas em Nova York, formando-se em 1942, aos 17 anos. Na época, começou a fazer apresentações em boates, mentindo sobre sua idade para poder participar da cena noturna artística da cidade. Decidida a investir na carreira, mudou-se para Los Angeles e assinou um contrato com a MGM, fazendo sua estreia no cinema no thriller psicológico “À Meia Luz” (1944), com Charles Boyer e Ingrid Bergman. Famosíssima, esta adaptação da peça de Patrick Hamilton deu origem à expressão “gaslighting” (derivada de seu título original, “Gaslight”) para definir relações tóxicas em que um homem tenta convencer uma mulher de que ela é louca. O filme também rendeu a primeira indicação de Lansbury ao Oscar, como Melhor Atriz Coadjuvante. No ano seguinte, ela recebeu sua segunda indicação, desta vez por “O Retrato de Dorian Gray” (1945), adaptação do livro de Oscar Wilde dirigida por Albert Lewin, em que contracenou pela primeira e única vez com sua mãe. Outros filmes que estrelou no período foram “A Mocidade é Assim Mesmo” (1944) com a adolescente Elizabeth Taylor, “As Garçonetes de Harvey” (1946) com Judy Garland, e “Ouro no Barro” (1946) com Esther Williams. Relembrando o seu tempo no estúdio, Lansbury disse certa vez que “acabei interpretando alguns dos papéis mais ridículos da MGM.” Nos anos seguintes, a atriz trocou os filmes adolescentes por aventuras, participando de “Os Três Mosqueteiros” (1948), “Sansão e Dalila” (1949) e “Motim Sangrento” (1952), que marcou sua estreia como protagonista feminina. Depois de viver uma princesa na comédia “O Bobo da Corte” (1955), ela deu uma guinada dramática, vivendo a femme fatale do noir “Mata-me por Favor” (1956), e integrando os dramas “O Mercador de Almas” (1958) e “Sombras no Fim da Escada” (1960). Mas também fez a comédia musical “Feitiço Havaiano” (1961), estrelada por Elvis Presley, entre muitos outras produções. Sua terceira indicação ao Oscar veio pelo papel da mãe manipuladora de Laurence Harvey em “Sob o Domínio do Mal” (1962), thriller de conspiração dirigido por John Frankenheimer. Paralelamente ao cinema, Lansbury também construiu uma carreira sólida no teatro, estrelando peças como “Hotel Paradiso” (1957), que marcou a sua estreia nos palcos, o musical “Anyone Can Whistle” (1964), produzido por Stephen Sondheim, e “Mame” (1966), que lhe rendeu sua primeira indicação ao prêmio Tony. Depois disso, ela foi premiada por sua atuação nas peças “Dear World” (1969), “Gypsy” (1974), “Sweeney Todd” (1979) e “Blithe Spirit” (2009). Em junho passado, ela ainda recebeu um Tony honorário pela sua contribuição para o teatro. Como se estivesse se preparando para o seu grande papel na TV, Lansbury estrelou duas adaptações da obra de Agatha Christie: o primeiro “Morte Sobre o Nilo” (1978) e “A Maldição do Espelho” (1980). Neste último, viveu a detetive Miss Marple, um protótipo da Jessica Fletcher de “Assassinato por Escrito”. O mais interessante é que, com uma carreira consolidada no cinema e no teatro, Lansbury não tinha o menor interesse em estrelar uma série de TV. “Eu não poderia imaginar que algum dia iria querer fazer televisão”, disse Lansbury em uma entrevista de 1985 ao The New York Times. “Mas o ano de 1983 chegou e não tive papéis na Broadway, então eu participei de uma minissérie, como Gertrude Whitney em ‘Glória Feita de Ódio’. E vi que então [havia] uma série de papéis em minisséries, e comecei a sentir que o público da televisão era muito receptivo, e decidi que deveria parar de flertar ou fechar a porta para TV, dizendo aos meus agentes: ‘Estou pronta para pensar em séries.’” E foi assim que Lansbury aceitou o convite para estrelar “Assassinato por Escrito”, interpretando Jessica Fletcher, uma professora de literatura aposentada, escritora de mistério e detetive amadora que soluciona casos reais e ainda encontra tempo para escrever seus livros. “O que me atraiu em Jessica Fletcher é que eu poderia fazer o que faço de melhor e [interpretar alguém que tive] pouca chance de interpretar – uma mulher sincera e pé no chão”, disse ela. “Em sua maioria, eu interpretei cadelas muito espetaculares. Jessica tem extrema sinceridade, compaixão, intuição extraordinária. Eu não sou como ela. Minha imaginação corre solta. Não sou pragmática. Jéssica é.” A série foi um sucesso enorme, que durou 12 temporadas exibidas entre 1984 e 1996, além de ter continuado em quatro telefilmes até 2003. Durante esse tempo, a personagem fictícia Fletcher resolveu cerca de 300 assassinatos e escreveu mais de 30 livros. Outros trabalhos de destaque de Lansbury foram seus trabalhos para o público infantil, como “Se Minha Cama Voasse” (1971) e as animações “A Bela e a Fera” (1991) e “Anastasia” (1997). Nos últimos anos, ela também apareceu em “Os Pinguins do Papai” (2011), “O Retorno de Mary Poppins” (2018) e “A Magia de Acreditar” (2018), seu último crédito como atriz. Angela Lansbury se casou pela primeira vez em 1944, com o ator Richard Cromwell (“Glórias Roubadas”), mas o casamento deles durou menos de um ano e depois ela descobriu que ele era gay. Em 1949, Lansbury voltou a se casar, desta vez com o produtor Peter Shaw. Os dois ficaram juntos até a morte dele em 2003 e tiveram dois filhos, Anthony e Deirdre.

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    Shirley Knight (1936 – 2020)

    22 de abril de 2020 /

    A atriz americana Shirley Knight, que viveu adolescentes e mulheres rebeldes nos anos 1960 e foi duas vezes indicada ao Oscar, morreu nesta quarta (22/4) aos 83 anos, de causas naturais. Filha de um executivo de empresa de petróleo do Kansas, ela nasceu em Mitchell, uma cidadezinha com 13 casas, uma escola e uma igreja, e ensaiava desde os 11 anos virar uma cantora de ópera. Mas então o diretor Josh Logan escolheu sua pacata vizinhança para filmar “Férias de Amor” (1955). Após sua família e vizinhos participarem como figurantes da produção, ela se encantou com a atuação, assistindo aos atores William Holden e Kim Novak em seu trabalho. Assim que completou a maioridade, Knight foi estudar teatro na Califórnia, o que lhe rendeu sua estreia na TV, um papel de mãe solteira de 15 anos, ao lado de Michael Landon num episódio do programa “Matinee Theatre”, da rede NBC, em 1957. Knight decidiu ficar em Hollywood. Ela se matriculou na UCLA e estudou teatro, tendo como colegas de classe ninguém menos que Jack Nicholson, Robert Blake, Dean Stockwell, Sally Kellerman e Millie Perkins. Durante uma de suas primeiras peças, foi vista por Ethel Winant, a famosa chefe de elenco da CBS, que decidiu colocá-la “em tudo”, como ela própria definiu, anos depois numa entrevista. “Tudo em que ela poderia me colocar na CBS, ela me colocou”. A atriz também assinou um contrato com a mesma agência que cuidava das carreiras de Elizabeth Taylor, Audrey Hepburn, Grace Kelly e Eva Marie Saint. Mas foi mesmo seu talento que lhe deu o empurrão definitivo para o estrelato no cinema. Num de seus primeiros episódios televisivos, no teleteatro ao vivo “Playhouse 90”, da CBS, a jovem atriz foi dirigido pelo cineasta Delbert Mann, que procurava por um novo rosto para viver a filha de Robert Preston no drama “Sombras no Fim da Escada” (1960). E foi com esse papel que ela recebeu a sua primeira indicação ao Oscar, como Melhor Atriz Coadjuvante. Seu próximo filme foi ainda mais marcante, o emocionante “Doce Pássaro da Juventude” (1962), de Richard Brooks, no qual interpretou Heavenly Finley, a filha do chefe corrupto da cidade (Ed Begley, que venceu o Oscar pelo papel) e namorada de infância de uma ator aspirante, vivido por Paul Newman. Baseado em uma peça de Tennessee Williams, o filme foi indicado a três Oscars, um deles para a performance de Shirley Knight, novamente como Melhor Atriz Coadjuvante. Em vez das indicações lhe subirem a cabeça, a experiência em “Doce Pássaro da Juventude” lhe deu maior humildade. “Durante as filmagens, percebi que Geraldine Page, Paul Newman e todo o elenco eram muito experientes”, disse ela em 2014. “Eu senti que havia algo que eles sabiam que eu não sabia.” E ela percebeu que tinham sido aulas no Actors Studio, em Nova York. Após estrelar como protagonista em “Prisão de Mulheres” (1962), Knight mudou-se para Nova York, matriculou-se no Actors Studio e foi trabalhar na Broadway. Ao interpretar Blanche DuBois em uma montagem de “Uma Rua Chamada Pecado”, o autor Tennessee Williams foi aos bastidores abraçá-la em êxtase. “Finalmente, eu vi a minha Blanche. A minha Blanche perfeita”, teria dito o célebre dramaturgo. Ele então escreveu a peça “Um Domingo Encantador para Creve Coeur” especialmente para ela. Ousada, Knight não atuou apenas em peças de autores consagrados. Ela também estrelou a montagem de “Holandês” (Dutchman), do dramaturgo negro e crítico de jazz Amiri Baraka (na época, ainda conhecido como LeRoi Jones). Não satisfeita, ainda resolveu produzir e estrelar a versão cinematográfica da peça, resultando num de seus papéis mais arriscados. Lançado em 1966, “Holandês” trazia a atriz como uma mulher promíscua que seduz um homem negro (Al Freeman Jr.) e o leva a loucura. Dirigido por Anthony Harvey, o filme rendeu a Knight o troféu de Melhor Atriz no festival de Veneza. Ela também participou de “Petúlia, um Demônio de Mulher” (1968), de Richard Lester, e estrelou “Caminhos Mal Traçados” (1969), num papel escrito por Francis Ford Coppola para ela, como uma dona de casa grávida que se envolve com um ex-jogador de futebol americano. A carreira cinematográfica ainda incluiu um novo filme de Lester, “Juggernaut: Inferno em Alto-Mar” (1974), e o blockbuster romântico “Amor Sem Fim” (1979), de Franco Zeffirelli, mas a partir dos anos 1970, ela se dedicou mais ao teatro, vencendo um Tony pela peça “Kennedy’s Children” (1976). Outros prêmios importantes de sua carreira foram conquistados por trabalhos televisivos, com três Emmys por participações especiais nas séries “Thirtysomething” (em 1988) e “Nova Iorque Contra o Crime” (NYPD Blu, em 1995), além do telefilme “Acusação” (1995). Sua longa filmografia ainda inclui “A Cor da Noite” (1994), com Bruce Willis, “Melhor é Impossível” (1997), com Jack Nicholson, “Olhar de Anjo” (2001) com Jennifer Lopez, “A Sombra de um Homem” (2002), com Val Kilmer, e “Divinos Segredos” (2002), com Sandra Bullock. Entre seus últimos trabalhos estão a série “Desperate Housewives” (2004–2012), na qual viveu a sogra intrometida de Bree Van De Kamp (Marcia Cross), papel que lhe valeu sua última indicação ao Emmy, e a mãe de Kevin James nos dois filmes da franquia de comédia “Segurança de Shopping”, lançados em 2009 e 2015. Em entrevista de 2012, Shirley Knight disse que ser atriz era o que sempre sonhou, e agradecia não ter ficado tão famosa. “Eu sempre digo que a fama não é algo que você deve buscar. As pessoas muito famosas são ridículas, olhe para as Kardashians. Enquanto isso, há pessoas por aí que não sabem quem foram os Beatles. Então, o que eu sempre digo é: ‘Se sua comida é a fama, você vai morrer de fome’. Sua comida precisa ser o trabalho, e fazê-lo cada vez melhor”.

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