Canal Viva vai exibir versão clássica do Sítio do Pica-Pau Amarelo
O canal pago Viva vai resgatar a primeira versão do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, com exibição de três “temporadas” que marcaram época: “Memórias da Emília” (1978), com 18 episódios, “O Minotauro” (1978), também com 18, e “Reinações de Narizinho” (1982), com 10 capítulos. A reprise do programa, uma adaptação das obras infantis de Monteiro Lobato, irá ao ar em março, de segunda a sexta-feira, a partir das 10h45m. Uma pena que o Viva tenha decidido pular os episódios de “origem”, com a chegada de Pedrinho ao Sítio e a apresentação de cada um dos personagens. A série clássica foi originalmente exibida na rede Globo de 1977 a 1986, com direção de Geraldo Casé. Inicialmente, participaram Dirce Migliaccio (Emília), Rosana Garcia (Narizinho), Zilka Sallaberry (Dona Benta), André Valli (Visconde de Sabugosa), Júlio César Vieira (Pedrinho), Samuel Santos (Tio Barnabé), Canarinho (Garnizé), Tonico Pereira (Zé Carneiro), Dorinha Duval (Cuca), Romeu Evaristo (Saci-Pererê), mas, ao longo desse período, o elenco foi sendo modificado. A Cuca, por exemplo, ganhou nova intérprete (Stela Freitas) já no segundo ano da produção.
Gésio Amadeu (1947 – 2020)
O ator Gésio Amadeu, conhecido papel de Chico em “Chiquititas” e que participou de várias novelas da Globo, morreu nesta quarta (5/8), após passar mais de um mês internado em um hospital em São Paulo com covid-19. Ele teria se infectado com coronavírus ao ir a uma consulta médica em junho passado. Gésio atuou em inúmeras produções para a televisão desde a estreia em “Beto Rockfeller”, na antiga rede Tupi, em 1968. Ao passar para a Globo, começou a ser escalado em papéis de escravo, em novelas como “A Cabana do Pai Tomás” (1969) – estrelada pelo branco Sérgio Cardoso com “blackface” – e “A Moreninha” (1970), antes de partir para tramas mais modernas em “Sol de Verão” (1982), “Renascer” (1993), “A Viagem” (1999), “Paraíso” (2009) e a recente “Velho Chico” (2016). Também fez novelas na Band, na Manchete, na Record e no SBT, além de teatro e cinema. Ele participou tanto da montagem teatral quanto da adaptação cinematográfica de “Eles Não Usam Black-Tie” (1981), dirigida por Leon Hirszman. Outros de seus filmes incluem “Longo Caminho da Morte” (1972), “O Médium” (1983) e “As Vidas de Maria” (2005). Mas os papeis pelo qual é mais lembrado são de programas infantis: o Tio Barnabé em “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, na Globo, e o cozinheiro Chico, em “Chiquititas”, no SBT.
Ator Gésio Amadeu está internado com covid-19
O ator Gésio Amadeu, o Chico de “Chiquititas” e conhecido por várias novelas da Globo, está internado em um hospital em São Paulo com covid-19. Aos 73 anos, ele é diabético. A informação foi divulgada por colegas da classe artística que compartilharam uma campanha para doação de sangue nas redes sociais. De acordo com o comunicado, ele teria se infectado com coronavírus ao ir a uma consulta médica. Apesar da campanha, o hospital negou que ele precise de transfusão. “Gésio Amadeu está sendo atendido pela Prevent Senior, a pedido da família, desde 8 de junho. Amadeu está internado numa das unidades da rede hospitalar Sancta Maggiore recuperando-se de covid-19. Diferentemente do que foi divulgado, a Prevent Senior não solicitou doações de sangue para o paciente, embora incentive a prática respeitando-se os cuidados necessários durante a pandemia. Mais informações sobre o estado de saúde somente serão repassadas pelos familiares”, diz um comunicado. Gésio já atuou em inúmeras produções para a televisão desde “Beto Rockfeller”, na antiga Tupi, em 1968. Interpretou personagens em novelas como “A Moreninha”, “A viagem”, “Velho Chico”, “Sinhá Moça” e o “Beijo do Vampiro”. Os papeis pelo qual é mais lembrado são de programas infantis: o Tio Barnabé em “Sítio do Pica-Pau Amarelo” e o cozinheiro Chico, em “Chiquititas”.
Vic Militello (1943 – 2017)
A atriz Vic Militello, que marcou época na novela clássica “Estúpido Cupido” e conquistou novas gerações em “Florbella”, morreu neste sábado (28/1), aos 73 anos. Ela estava fazendo tratamento contra um câncer. Filha de artistas circenses, a paulistana Vicência Militello Martelli aprendeu a atuar no picadeiro, com os pais, Dirce Militello e Humberto Militello, apresentando-se em viagens pelo interior do Brasil. Não por acaso, firmou rapidamente sua carreira no teatro, destacando-se em “A Celestina” (1969) e “A Menina e o Vento” (1972), ao mesmo tempo em que dava os primeiros passos no cinema. A estreia na tela grande foi com participações em chanchadas de Fauzi Mansur, mas logo enveredou pelas pornochanchadas, sendo dirigida até por José Mojica Marin, o Zé do Caixão, no terror erótico “Como Consolar Viúvas (1976). Entre “O Poderoso Machão” (1974) e “Eu Faço… Elas Sentem” (1976), acabou encaixando um clássico do cinema brasileiro, “O Rei da Noite” (1975), de Hector Babenco, como uma das três irmãs apaixonadas pelo personagem-título, vivido por Paulo José. A repercussão do filme de Babenco lhe abriu as portas da rede Globo, onde foi logo escalada para viver seu papel mais famoso, como Joana D’Arc, a Daquinha, fazendo par romântico com Tony Ferreira na novela de época “Estúpido Cupido” (1976), sobre a juventude rebelde dos anos 1950. Sua carreira televisiva seguiu curiosa, indo enfrentar o Conde Drácula (ou melhor, Vladimir, vivido por Rubens de Falco) em “Um Homem Muito Especial” (1980), novela gótica romântica da Bandeirantes. Ao retornar para a Globo, conquistou destaque em parcerias com o autor de novelas Carlos Lombardi, que explorou seu lado cômico em papéis exóticos, como a enfermeira Theda Bara de “Vereda Tropical” (1984), a Dominatrix de “Uga Uga” (2000) e Vicky em “Kubanacan” (2003). Ela também participou das minisséries “Primo Basílio” (1988) e “Memorial de Maria Moura” (1994), antes de viver a governanta Helga da novela “Florbella” (na Band, em 2005) e a Mulher Barbada do “Sítio do Pica-Pau Amarelo” (2005-2007) Paralelamente, seguiu fazendo teatro e cinema, alternando dramas importantes como “Romance da Empregada” (1987), de Bruno Barreto, e “O Homem do Ano”, de José Henrique Fonseca, com projetos mais comerciais, entre eles “Xuxa e os Duendes 2: No Caminho das Fadas” (2002), e “Mais Uma Vez Amor” (2005), em que voltou a se reunir com Lombardi. Seu último trabalho foi na comédia “Amanhã Nunca Mais” (2011), de Tadeu Jungle. Como a sogra do protagonista, vivido por Lázaro Ramos, foi responsável pelas melhores tiradas da produção.
Sítio do Picapau Amarelo vai ganhar nova versão televisiva
O sucesso da nova versão de “Escolinha do Professor Raimundo” está alimentando uma onda nostálgica na Globo. Após confirmar a produção de um novo “Os Trapalhões”, a emissora também vai resgatar no ano que vem o “Sítio do Picapau Amarelo”. Será a sétima versão da série infantil e a terceira na Globo. Segundo o site Notícias na TV, a ideia da Globo é criar uma faixa de “revivals” nas tardes de domingo, realizando versões de atrações que fizeram grande sucesso nas últimas cinco décadas. Além dos programas citados, também está em desenvolvimento uma nova versão do “Cassino do Chacrinha”. A iniciativa reflete a boa performance de “Escolinha do Professor Raimundo”, que aumentou o ibope da emissora em 50%, recebendo a encomenda de uma 2ª temporada com o dobro de capítulos (15). A estreia dos novos episódios acontece em 16 de outubro. Os projetos nostálgicos serão produzidos em parceira com o Viva, canal pago cuja programação consiste de reprises de programas da Globo. O canal se provou um sucesso inesperado e já ajudou a resgatar o humorístico “Sai de Baixo”, com a gravação de episódios inéditos. A faixa de “revival” dominical será comandada por Ricardo Waddington, que além de já ter dirigido novelas comanda os programas de variedades da Globo, como “Domingão do Faustão” e “Altas Horas”. A nova edição de “Os Trapalhões” já está sendo roteirizada por Renato Aragão e Mauro Wilson (“Os Caras de Pau em O Misterioso Roubo do Anel”) e o novo Chacrinha já definiu seu intérprete, o ator Stepan Nercessian (“O Roubo da Taça”), que viveu o apresentador, falecido em 1988, em musical nos teatros. A Globo ainda não definiu detalhes da nova versão do “Sítio do Picapau Amarelo”, que tanto pode ser uma continuação das aventuras já apresentadas como uma refilmagem completa da série, baseada na obra original de Monteiro Lobato e exibida pela primeira vez na emissora em 1977.
Daniel Lobo (1973 – 2016)
Morreu o ator Daniel Lobo, que interpretou o menino Pedrinho na série “Sitio do Pica-Pau Amarelo” entre 1985 e 1986. Ele faleceu na quinta-feira (24/3) num hospital em Tubarão, Santa Catarina, de câncer, aos 43 anos de idade. Revelado aos 13, na adaptação da obra infantil de Monteiro Lobato, Daniel foi o terceiro e último ator a interpretar Pedrinho, o protagonista da atração, durante a primeira versão da série clássica, que ficou no ar por uma década, entre 1977 e 1986, na rede Globo. Ele ainda participou da minissérie “Desejo” (1990) e da série “Confissões de Adolescente” (1994), e apareceu em algumas novelas, como “74.5 – Uma Onda no Ar” (1994), “Esperança” (2002) e “Beleza Pura” (2004), mas sua carreira acabou se voltando mais para o teatro, especialmente em Santa Catarina, onde vivia. Seu último trabalho no palco foi como ator e diretor do espetáculo “Nise da Silveira – Guerreira da Paz”, sobre história da psiquiatra alagoana discípula de Carl G.Jung. A peça estava sendo apresentada no Museu de Arte de São Paulo (MASP), mas, após seis semanas, o espetáculo precisou ser interrompido devido ao quadro de saúde de Daniel. “Após seis comoventes semanas de temporada no MASP, com o público crescendo a cada dia e a perspectiva de lá ficarmos por muito tempo, por motivos de saúde sinto-me na missão de interromper a caminhada”, escreveu Daniel em seu perfil no Facebook no dia 12 de março. Ele se despediu agradecendo ao público, deixando no ar os aplausos do fim de seu espetáculo de vida.




