SBT, RedeTV! e Record voltam à TV paga em São Paulo e Brasília
Os canais SBT, RedeTV! e Record voltaram para os pacotes da TV paga de Brasília e São Paulo, primeiras regiões que tiveram o sinal analógico cortado no país. A Simba, empresa formada pelas três redes, fechou nesta semana um acordo com as principais operadores de TV paga, e já na sexta (8/9) o sinal foi restabelecido, encerrando uma novela que durou cinco meses e viu as audiências dos três canais desabarem. Net e Claro seguiram os moldes do acordo fechado por Sky e Vivo em agosto, concordando em pagar um valor por assinante para as três redes de TV, que até março respondiam por quase 20% de toda a audiência da TV por assinatura brasileira. O acordo encerra a disputa, que se iniciou em março, quando Silvio Santos, dono do SBT, sugeriu notificar as operadoras para fazer um acordo comercial, afirmando que não poderiam mais carregar seus sinais digitais no Distrito Federal e na Grande São Paulo. Antes disso, vale lembrar, os sinais do SBT, RedeTV! e Record eram carregadas gratuitamente pela TV por assinatura, além das outras emissoras abertas. Com a lei 11.485/11, que atualizou a legislação do setor, as emissoras passaram a ter o direito de cobrar por seus sinais digitais. Ao partir para o rompimento, Record, SBT e RedeTV! contavam que os assinantes fossem pressionar as operadoras para que aceitassem fazer um acordo. Isso não ocorreu. A partir daí, seus telejornais começaram a fazer reportagens com viés crítico sobre o serviço da TV paga brasileira, abordando reclamações de usuários e a queda no número de assinantes. O âncora Boris Casoy, no RedeTV News, chegou a dizer: “Se você, amigo telespectador, amiga telespectadora, tem muitos pecados, basta assinar a Sky. Você vai pagar por todos eles”. Em maio, Silvio Santos gravou um vídeo debochado, que ensinava a seus telespectadores a “se livrar do cabo”, adquirindo uma antena digital. No meio disso tudo, a audiência dos canais da Simba desabou, perdendo entre 20% e 30% de seu público e demonstrando que talvez fossem mais dependentes da TV paga do que imaginavam. Com isso, o preço da negociação caiu. Os detalhes do negócio não foram divulgados, mas não são os valores pedidos pela Simba, quando esta se mostrava irredutível e exigiu a retirada do ar dos canais.
Guerra declarada: Globo e Band fazem pressão contra SBT, Record e RedeTV! na TV paga
As negociações da Simba, joint-venture que representa SBT, Record e RedeTV!, com as operadoras de TV paga estariam sendo “sabotadas” pela Globo e pela Band. A coluna de Ricardo Feltrin no UOL apurou que as rivais ameaçam também exigir pagamento maior se as operadoras cederem aos argumentos das três redes. Desde o final de março, as três emissoras abertas cortaram seus sinais na Grande São Paulo das maiores operadoras, Net e Sky, querendo ser remuneradas por seus sinais digitais, que até o dia 29 de março eram distribuídos gratuitamente. Imaginavam que assim pressionariam as operadoras a ceder. Mas quem perdeu público foram os próprios canais abertos. E as negociações se provaram mais duras que a Simba imaginava. Como se não bastasse, emissários da Globo e da Band, que são remuneradas pelas operadoras por seus canais abertos e também fechados, fizeram chegar às operadoras o seguinte alerta: se elas aceitarem pagar qualquer coisa aos canais da Simba, também deverão se preparar para uma “readequação” de seus contratos atuais. A Band chegou a proclamar em editorial que os canais da Simba não têm direito a nenhuma remuneração, já que não apresentam um cardápio de canais de TV paga como ela própria, que produz o Arte 1, o BandSports e o BandNews. Já a Globo tem um argumento bem mais forte contra as operadoras. Segundo Feltrin, apesar de ser um dos canais mais bem-sucedidos dos últimos anos, o Viva (Globosat) não é remunerado pelas operadoras. O Viva tem gastos (direitos conexos e autorais, entre outros) e entrou no cardápio da TV por assinatura em 2010. Mas ele não garantiu nenhum pagamento extra em relação ao contrato que já havia em vigor entre as operadoras e a Globosat. Ou seja, se por acaso a Simba criar um novo canal pago só com antigas atrações de SBT e da Record – o que já foi proposto – e as operadoras aceitarem pagar por isso, a Globosat também vai exigir um pagamento extra pelo Viva. Ou seja, uma negociação que já estava difícil se tornou ainda mais complicada.
Record, SBT e RedeTV! já pedem metade do que queriam para voltar à TV paga
Baixou. A Simba, joint venture que negocia com as operadoras de TV paga, representando as redes Record, SBT e RedeTV!, teria baixado pela metade a sua pedida original, segundo apurou o blog Notícias da TV. As emissoras, que pediam inicialmente R$ 15 por seus sinais, agora estariam aceitando R$ 7. E com carência de três anos. Mas não é só. Tem ainda três novos canais de brinde na superpromoção de Páscoa. Desde o último dia 30, as três redes estão fora dos pacotes da Net, Sky e Claro HD na Grande São Paulo e Distrito Federal, onde já ocorreu o apagão analógico. E como consequência, suas audiências desabaram – caíram de 20% a 30%. A liquidação se deve ao pavor diante dos estragos que isso pode causar em suas receitas publicitárias. O jornalista Daniel Castro ouviu de um executivo que acompanha as conversas entre emissoras e operadoras que o status das negociações progrediu de “impossível” para “muito difícil”. É que empresas de TV por assinatura ainda consideram muito caro pagar R$ 7 por assinante. Isso significaria o desembolso de até R$ 130 milhões por mês para as emissoras, ou R$ 1,5 bilhão por ano. Mais, portanto, que os custos estimados com a perda de receitas com o cancelamento de assinaturas por parte de clientes insatisfeitos – tática usada originalmente pelas redes para negociar e que se provou inefetiva. Para fechar o negócio, a Simba estaria oferecendo um período de carência. O valor “cheio” (R$ 7) só começaria a ser cobrado quando todo o país estivesse 100% digitalizado. Isso deve levar uns três anos. Além disso, oferece de lambuja três novos canais para as grades de programação das operadoras. Eles viriam “de graça” pelos R$ 7 cobrados pelas redes. Um desses canais seria de reprises de programas das emissoras, outro traria eventos esportivos e o terceiro seria de notícias. Com o fim da TV analógica, as redes abertas passaram a ter o direito de cobrar por seus sinais digitais, antes distribuídos gratuitamente pelas operadoras de TV paga. Record, SBT e RedeTV! se juntaram e, para forçar pressão, decidiram sair da TV por assinatura – menos na Vivo, que aceitou negociar. Como não houve acordo com a maioria das operadoras, cerca de 7 milhões de telespectadores, que só veem TV por assinatura, estão sem acesso às programações dos três canais. A resposta à oferta da Simba deve vir nos próximos dias. Vale observar que qualquer receita que entrar será lucro, pois Record, SBT e RedeTV! recebiam R$ 0 até o final de março por seus canais.
Audiências de Record e SBT desabam após saída da TV paga
As audiências das redes Record e SBT desabaram nas primeiras horas após o corte dos sinais das duas emissoras e da RedeTV nas operadoras de TV paga Net, Sky, Claro e Oi na Grande São Paulo. A madrugada desta quinta-feira (30/3) também foi a primeira após o apagão analógico na região metropolitana. A Record, que das três redes é a que tem mais público na TV paga, foi a mais afetada. O “Programa do Porchat”, que vinha registrando média de 4,4 pontos no Ibope, caiu para 3,0 na última madrugada, uma redução de 32%. Já o “Fala que Eu te Escuto”, que vinha com média de 2,3 pontos, despencou para 0,8, ou 65% a menos. No SBT, o “The Noite” teve queda de 15%. Oscilou de 4,8 pontos para 4,1. Exibido em seguida, o primeiro “SBT Notícias” perdeu um ponto, indo de 3,0 para 2,0. Na RedeTV!, curiosamente, quase não houve alteração. O “Leitura Dinâmica” perdeu apenas um décimo (foi de 0,7 para 0,6) e o programa de Amaury Jr. manteve a média regular de 0,6 ponto, mas cresceu 300% em relação à quarta-feira anterior (0,2). Desde os primeiros minutos da madrugada desta quinta, a maioria das operadoras de TV por assinatura de São Paulo não carrega mais os sinais de SBT, Record e RedeTV!. Com o fim da TV analógica, as emissoras ganharam o direito de negociar um valor por seus sinais digitais, mas não houve acordo com as empresas de TV por assinatura, que precisaram tirá-las de suas programação. Apenas a Vivo continua com os sinais das três redes. Segundo pesquisa do Ibope, realizada em março, 35% dos telespectadores da Grande São Paulo só veem televisão por meio de assinatura. Isso quer dizer que cerca de 7 milhões de pessoas estão sem acesso à Record, ao SBT e à RedeTV! no principal mercado publicitário do país. Para enfrentar o problema que elas próprias criaram, as redes têm buscado ensinar aos telespectadores como trocar de operadora ou pedir para cancelar o serviço, após o corte dos canais. Os últimos programas da noite de quarta nas três emissoras dedicaram bastante espaço para reforçar esta mensagem. A Igreja Universal, ligada à Record, também estaria mobilizando seus fiéis para reclamar junto às operadoras. Os canais também estão contando com outros revezes que podem afetar as operadoras. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já notificou as operadoras Net-Claro, Sky e outras a respeito da retirada das redes dos pacotes de seus assinantes, abrindo um Procedimento para Apuração de Descumprimento de Obrigações (Pado) “para apurar indícios de descumprimento de obrigações contidas no Regulamento Geral de Direitos dos Usuários de Serviços de Telecomunicações”. As operadoras notificadas têm agora 15 dias para se explicar, com base no art. 28 da resolução 488/2007 da Anatel, segundo o qual “qualquer alteração no Plano de Serviço deve ser informada ao Assinante no mínimo 30 (trinta) dias antes de sua implementação, e caso o Assinante não se interesse pela continuidade do serviço, poderá rescindir seu contrato sem ônus”. As operadoras dizem não ter descumprido nada e vão se defender, já que a decisão de sair foi das redes e elas não são canais pagos, portanto nunca foram cobrados dos assinantes. A briga vai longe.
Operadoras informam aos assinantes sobre a perda dos canais Record, SBT e RedeTV!
As operadoras de TV paga Net e a Claro estão informando a seus assinantes que perderão os canais Record, SBT e RedeTV! a partir desta quarta-feira (29/3). A interrupção ocorrerá agora em São Paulo, porque a cidade e mais 38 municípios da região metropolitana terão o sinal analógico cortado a partir das 23h59, em cumprimento ao cronograma estabelecido pelo Ministério das Comunicações, e as três emissoras querem cobrar pela transmissão de seus canais digitais. Brasília, que foi a primeira capital a migrar para o serviço digital, já ficou sem os três canais nesta semana. Em um comunicado exibido em seus canais de informação, a NET afirma ter acordo de distribuição com Globo, Gazeta, Rede Gospel, Ideal TV, Mega TV, Rede 21, TV Cultura e Band. A programação dessas emissoras, portanto, continuará a ser exibida. Entretanto, a operadora revela que, até o momento, não há acordo com Record, RedeTV! e SBT. “A fim de atender a uma solicitação das próprias empresas, a NET deixará de transmitir os sinais digitais destes canais a partir de 29 de março”, diz o texto. “É importante esclarecer que estes canais sempre foram distribuídos gratuitamente. A NET quer continuar a transmiti-los e segue negociando para que você volte a receber o sinal aberto na sua TV por assinatura como sempre recebeu: sem ter que pagar a mais por eles”, finaliza o texto. Em nota enviada à imprensa pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), o órgão reforça que a decisão de não permitir a transmissão dos sinais digitais das três emissoras na TV por assinatura em Brasília e São Paulo foi uma iniciativa do grupo Simba, formado por SBT, Record e RedeTV!. Segundo a ABTA, “as operadoras de TV por assinatura sempre estiveram e continuam abertas ao diálogo”. No entanto, diz a associação, “a maior parte delas informa que sequer recebeu uma proposta comercial da Simba”. Segundo apurou o blog Notícias da TV, a estratégia das três redes abertas é fazer com que os assinantes se voltem contra as operadoras de TV paga, protestando e cancelando seus contratos, para só então negociar seus sinais por um bom preço. Bispos da Igreja Universal, ligada à Record, estariam orientando fiéis a liderarem os protestos. SBT, Record e RedeTV! se espelham na Fox, que em uma tensa negociação com a Sky, chegou a cortar os sinais de seus canais da operadora. O assinante de TV paga se voltou contra a Sky e a Fox conseguiu o aumento que queria. Agora, as três redes abertas vão usar a mesma estratégia. Depois de São Paulo, Goiânia será a próxima capital a ter o sinal analógico desligado, no dia 31 de maio. As últimas serão as três capitais da Região Sul: Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, com desligamento previsto para janeiro de 2018. É cliente Vivo? Entre em contato com o número da Vivo e saiba se seu pacote se enquadra.
Record, SBT e RedeTV já estão fora de três operadoras de TV paga em Brasília
Seguindo a iniciativa da Sky, a Net e a Claro também tiraram as redes Record, SBT e RedeTV! de suas grades de programação em Brasília. O corte aconteceu por volta da 0h30 desta terça-feira (28/3) e deve se repetir em mais uma região após o apagão analógico previsto para São Paulo, a partir das 23h59 de quarta. A decisão de cortar os sinais foi resultado de uma notificação da Simba, empresa formada pelas três emissoras, lembrando às operadoras que elas precisam de autorização das redes para transmitirem seus sinais digitais nas cidades em que não há mais TV analógica. É o caso de Brasília, onde nenhuma operadora tem essas autorização da Record, SBT e RedeTV!. Segundo levantamentos recentes, as três redes respondem por quase 20% da audiência da TV paga, o que as fez querer compensação financeira para continuar cedendo seus sinais. Elas formaram a Simba para negociar em conjunto e pretendem aproveitar a confusão potencial causada pelo fim da TV analógica para pressionar as operadoras. A iniciativa é inspirada na negociação turbulenta realizada entre o grupo Fox e a Sky, que só foi adiante após os canais do grupo saírem do ar, em janeiro. Desde sexta (24/3), as três redes estão exibindo em seus intervalos e telejornais o anúncio de que deixarão de ter seus conteúdos exibidos na TV paga a partir desta quarta-feira, acusando as operadoras de se recusarem a negociar um “valor justo” por seus sinais. Entretanto, segundo apurou o blog Notícias na TV, até a noite de segunda, nenhuma operadora havia recebido proposta comercial, com uma sugestão de preço pelos sinais. A acusação precede a negociação e é pura arma de pressão, visando mobilizar as massas para fazerem o trabalho de convencimento. A estratégia das três redes abertas é fazer com que os assinantes se voltem contra as operadoras de TV por assinatura, protestando e cancelando seus contratos, para só então negociar seus sinais por um bom preço. Bispos da Igreja Universal, ligada à Record, estariam orientando fiéis a liderarem os protestos. Com o fim da TV analógica, as emissoras de TV aberta podem cobrar por seus sinais, amparadas na lei 12.485, de 2011. A Globo cobra por sua programação desde 2014. A postura das operadoras também tem sido dura. Elas argumentam que, legalmente, não podem reajustar os pacotes de assinaturas já existentes, a não ser pela inflação. A única forma de absorver os novos custos, dizem, seria um crescimento da base de assinantes, mas o setor está em crise desde 2014. Encolheu mais de 1 milhão de assinantes nos últimos anos. Ou seja, nessa briga em que as redes querem mobilizar os telespectadores, só quem tem a perder são os próprios telespectadores, pois ou ficam sem os canais ou terão que amargar para breve uma TV mais bem paga.
SBT, Record e RedeTV! anunciam a Simba Content, novo pacote de canais digitais
Após alertarem o público de que seu conteúdo não estará mais disponível nas operadoras de TV paga a partir de quarta-feira (29/3), as redes SBT, Record e RedeTV! passaram a veicular um comercial da Simba Content, joint venture que as três formaram para negociar seu conteúdo em conjunto. A propaganda reúne apresentadores de cada canal, Ratinho (SBT), Rodrigo Faro (Record) e Luciana Gimenez (RedeTV!), que destacam a programação conjunta das emissoras. Além disso, o vídeo traz mensagens de funcionários famosos das empresas, como Gugu, Xuxa, Danilo Gentilli, Marcos Mion e Eliana. Apesar de estrelado e enfático, o vídeo tem mensagem difusa, pois o que era uma entidade jurídica para fins comerciais é apresentado como um novo pacote digital, sem dar maiores explicações sobre o que isso representa ou como irá funcionar na prática. Mas chama atenção o fato do vídeo destacar a expressão “não dá pra ficar sem”, no momento em que os três canais pressionam por um acordo financeiro, visando receber pela veiculação de seus sinais na TV paga. “Dá pra ficar sem diversão e o esporte da RedeTV? E sem os programas de auditório e as novelas do SBT? Ou sem o jornalismo e a teledramaturgia da Record TV? Não dá pra ficar sem”, dizem os apresentadores. Veja abaixo.
Igreja Universal alista fiéis na guerra da Record, SBT e RedeTV contra operadores de TV paga
A disputa entre as redes Record, SBT e RedeTV! e as operadoras de TV por assinatura virou religião. Lideranças da Igreja Universal do Reino de Deus, que é ligada à Record, estão mobilizando fiéis para pressionarem Net, Sky, Claro e Vivo a pagar pela exibição dos canais na TV paga. O blog Notícias da TV apurou que os féis da Igreja Universal estão reproduzindo um banner nas redes sociais que diz que as operadoras “querem tirar nosso direito como telespectadores”. “Pagamos por todos os canais quando assinamos, não seria quebra de contrato [cortar o sinal de Record, SBT e RedeTV!]?”, questiona o anúncio, que orienta: “Denuncie: Anatel – 1331 / Procon – 151”. A mobilização dos fiéis é uma estratégia que costuma dar resultados, como se viu nas bilheterias de “Os Dez Mandamentos – O Filme”. Além do trabalho visível nas redes sociais, também estaria havendo um trabalho invisível, via Whatsapp. O bispo Alfredo Paulo Filho, ex-integrante da Universal e que se dedica a denunciar os abusos da Igreja, compartilhou em seu Facebook uma mensagem do bispo Sergio Corrêa, conclamando obreiros e fiéis a ligarem para os call centers das operadoras e perguntarem se é verdade o que as emissoras estão anunciando, que deixarão de ser distribuídas por elas a partir de quarta. “Porque se for verdade [diga que] eu quero cancelar agora a minha assinatura”, orienta Corrêa. “Veja a que ponto chegou o poder de manipulação, querer usar os fiéis para defender interesses próprios”, protestou o religioso no post em que reproduziu o apelo. Veja abaixo. A mobilização dos fiéis é mais um capítulo na briga das três redes contra as operadoras. Unidas por uma joint venture, batizada de Simba, os canais estão anunciando na televisão que deixarão de ser exibidos na TV paga no mesmo dia em que o sinal analógico será desligado em São Paulo: na próxima quarta-feira, dia 29. Para ficar, exigem receber por seu sinal. A Simba estaria se espelha na Fox, que durante uma tensa negociação com a Sky chegou a cortar os sinais de seus canais da operadora. O assinante de TV paga se voltou contra a Sky e a Fox conseguiu o aumento que queria. Agora, as três redes abertas vão usar a mesma estratégia, com a ajuda dos fiéis da Universal. Vale observar que, se os canais realmente saírem dos pacotes, pela resolução da Anatel as operadoras teriam de substituí-los por similares, que não existem. A alternativa seria reduzir os preços dos pacotes para os assinantes, o que provaria o ponto das três redes, de que agregam valor. Publicado por Bispo Alfredo Paulo Filho em Domingo, 26 de março de 2017
SBT, Record e RedeTV anunciam saída da TV paga a partir de quarta-feira
As redes SBT, Record e a RedeTV anunciaram sua saída da TV paga. Conforme vinham ameaçando, a programação dos canais deixará de ser exibida nas operadoras Net, Claro, Embratel, Vivo, Oi e Sky no mesmo dia em que o sinal analógico será desligado em São Paulo: na próxima quarta-feira, dia 29. A notícia veio em comunicado exibido nos três canais na noite de sexta (24/3). Os sites das emissoras também já trazem o aviso. Os três canais, que se juntaram em uma joint-venture, a Simba, para negociar com as operadoras, não querem mais oferecer de graça o sinal digital, já que correspondem a quase 20% de toda a audiência da TV paga brasileira sem receber nada por isso. Para forçar a negociação, a Simba se espelha na Fox, que em uma tensa negociação com a Sky, chegou a cortar os sinais de seus canais da operadora. O assinante de TV paga se voltou contra a Sky e a Fox conseguiu o aumento que queria. Agora, as três redes abertas vão usar a mesma estratégia. Com a saída das redes dos pacotes, clientes da TV Paga só terão acesso aos canais através de antena de sinal digital ligada aos televisores. Se isso ocorrer, pela resolução da Anatel as operadoras teriam de substituir esses canais por similares, que não existem. A alternativa para a falta de conteúdo correspondente seria reduzir os preços dos pacotes para os assinantes, o que provaria o ponto das três redes, de que agregam valor. Para pressionar ainda mais as operadoras, a Simba abriu negociações com a Netflix para a venda do conteúdo dos três canais. Mas há também risco de perda de audiência para as redes sem o público da TV paga, no instante em que a TV analógica sofrerá um apagão. Aparentemente, as três emissoras minimizam o problema. Confira abaixo o vídeo do comunicado oficial transmitido pelas emissoras.
Record, SBT e RedeTV! vão à guerra contra operadoras de TV paga
A briga entre as redes Record, SBT e RedeTV! e as operadores de TV paga promete esquentar nos próximos dias, com o desligamento do sinal analógico na Grande São Paulo. Marcado para o dia 29, ele estaria sendo considerado decisivo pelos dois lados da disputa. As emissoras querem cobrar cerca de R$ 3,5 bilhões por ano pela distribuição de seus sinais em alta definição. Para isso, criaram no final do ano passado uma empresa, a Simba, uma joint venture para defender seus interesses que foi fortemente combatida por operadoras e programadoras de TV por assinatura durante a tramitação de processo no CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Com a aprovação da Simba no CADE, as três redes agora pressionam conjuntamente as TVs por assinatura, alegando que respondem por quase 20% de toda a audiência da TV paga brasileira sem receber nada por isso. A Simba estima que os sinais dos três canais valem R$ 15 mensais por assinante, o que daria, no universo dos 19 milhões de consumidores de TV paga no país, quase R$ 3,5 bilhões brutos por ano. Segundo Daniel Castro, do blog Notícias na TV, os canais já começaram a pressionar nas redes sociais e pretendem levar anúncios em seus intervalos comerciais para sensibilizar seus telespectadores, demonstrando que reivindicam apenas o que consideram legal e justo. Além disso, lembrarão que a Globo já cobra por seu sinal na TV paga, o que é sujeito a debates. Para forçar a negociação, a Simba se espelha na Fox, que em uma tensa negociação com a Sky, chegou a cortar os sinais de seus canais da operadora. O assinante de TV paga se voltou contra a Sky e a Fox conseguiu o aumento que queria. Agora, as três redes abertas devem usar a mesma estratégia. Se isso ocorrer, pela resolução da Anatel as operadoras teriam de substituir esses canais por similares, que não existem. A alternativa para a falta de conteúdo correspondente seria reduzir os preços dos pacotes para os assinantes, o que provaria o ponto das três redes, de que agregam valor. Para pressionar ainda mais as operadoras, a Simba abriu negociações com a Netflix para a venda do conteúdo dos três canais. A disputa é entre pesos-pesados, mas a queda de braços não se resume à ameça de cortes de sinais. Ela também está chegando nos telejornais e no Congresso. Ainda segundo Castro, Record, SBT e RedeTV! estão prontas para denunciar um projeto de lei complementar, identificado como PLC 79, que está em tramitação no Senado Federal, visando alterar a Lei Geral de Telecomunicações, que presenteia as empresas de telecomunicações (donas das operadoras) com anistia de multas, transferência de infraestrutura e benefícios de R$ 100 bilhões, praticamente o faturamento de um ano de todo o setor. A Record estaria disposta a envolver até seus aliados da bancada evangélica para votar contra os interesses das teles.
SBT, Record e RedeTV ameaçam tirar seus canais dos pacotes de HD da TV paga
Três das maiores redes da TV aberta brasileira, SBT, Record e RedeTV, se juntaram em uma parceria para forçar a TV paga a negociar uma compensação pela veiculação gratuita de seus sinais. A joint venture foi batizada de Simba e o primeiro ato dessa empresa foi cobrar as operadoras pelo uso de seus conteúdos em HD. Quando as operadoras vendem pacotes de TV, elas incluem as emissoras abertas, inclusive com sinal HD. Pois a Simba quer receber por isso e alega que as operadoras já pagam à Globo. As operadoras rebatem dizendo que as redes são concessões públicas gratuitas para o público e, se tiverem que pagar, o grande prejudicado será o consumidor, via aumento dos preços das assinaturas. Pois a Simba não quer saber como vai receber, desde que receba. E, se não receber, vai imitar a Fox em sua negociação com a Sky, cortando o sinal dos três canais em HD nos pacotes das operadoras. Se isso ocorrer, pela resolução da Anatel, as operadoras teriam de substituir esses canais por similares, que não existem. A alternativa para a falta de conteúdo correspondente é reduzir os preços dos pacotes para os assinantes. Para pressionar ainda mais as operadoras, a Simba abriu negociações com a Netflix para a venda do conteúdo dos três canais. O prazo dado para as operadoras se manifestaram vai até abril. A partir daí, caso não haja acordo, SBT, Record e RedeTV cortarão seus sinais nos pacotes HD da TV paga. Segundo levantamento do IBOPE, o público dos três canais nos serviços de assinatura equivale a 20% da audiência total da TV paga brasileira.
Redes de TV brasileiras negociam disponibilizar conteúdo na Netflix
A briga entre a Netflix e as operadoras de TV por assinatura ganhou um desdobramento inusitado. Segundo a coluna do jornalista Ricardo Feltrin, a Simba, empresa formada por SBT, Record e RedeTV negocia com a Netflix a distribuição de seus conteúdos originais na plataforma de streaming. O acordo seria desdobramento de outro conflito de interesses. Desta vez entre as redes e as empresas que comandam o mercado de TV paga no Brasil. As emissoras de TV aberta que formam a Simba estão insatisfeitas com o fato de as operadoras não pagarem para transmitir seu sinal HD, mesmo que eles estejam inclusos em pacotes pagos. Assim, o acordo com a Netflix surge como uma alternativa para valorizar seus conteúdos. A empresa americana tornou-se altamente popular com o público brasileiro nos últimos tempos com seu serviço de streaming de filmes e seriados. O acordo com a Simba traria mais programação brasileira para a plataforma, incluindo novelas, séries, humorísticos, reality shows e programas jornalísticos. Aliando-se à Netflix, as redes também cutucam as empresas de TV por assinatura duplamente, já que, em geral, elas são vinculadas a grandes empresas de telefonia e internet. Há tempos estas companhias pressionam o governo por uma forma de tributar a Netflix, que oferece seus serviços ocupando grandes quantidades de banda sem pagar por isso, apoiando-se justamente na infraestrutura das empresas de telefonia para competir com as empresas de TV paga. A Simba também estaria planejando negociar a distribuição do conteúdo das redes com a rival americana da Netflix, a Amazon, que recentemente também começou a operar no Brasil.




