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  • Filme

    Jean-Claude Bernardet, referência da crítica de cinema, morre aos 88 anos

    12 de julho de 2025 /

    Intelectual belga naturalizado brasileiro marcou gerações como crítico, cineasta, escritor e professor, e teve legado reconhecido em obras e homenagens

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  • Filme,  Música

    Sergio Ricardo (1932 – 2020)

    23 de julho de 2020 /

    O músico, escritor, pintor e cineasta Sergio Ricardo morreu na manhã desta quinta-feira (23/7), aos 88 anos no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. A causa da morte não foi divulgada. Um dos integrantes de primeira hora da bossa nova, autor de “Zelão” e também da belíssima “Folha de Papel”, gravada por Tim Maia, Sergio ficou conhecido nacionalmente, a contragosto, por ter quebrado um violão no II Festival da Música Brasileira em 1967, quando foi vaiado ao apresentar a canção “Beto Bom de Bola”. Anos mais tarde, no princípio da década de 1990, escreveu uma autobiografia que batizou de “Quem Quebrou meu Violão”. Mas antes do banquinho e o violão, ele já era conhecido pela câmera na mão. Sergio Ricardo, que na verdade se chamava João Lutfi, seu nome de batismo, começou a filmar em 1962 sem nunca ter quebrado recordes de bilheteria. Mesmo assim criou um trio de clássicos do cinema brasileiro. Ao todo, ele assinou seis filmes, incluindo dois curtas, a maioria com participação importante de seu irmão Dib Lufti, um dos mais famosos diretores de fotografia do Brasil. O primeiro curta, “Menino da Calca Branca” (1962), ainda contou com apoio de outro mestre do Cinema Novo, o cineasta Nelson Pereira dos Santos, que realizou sua montagem. A história do menino favelado que sonhava com uma calça nova foi lançada no Festival Karlovy Vary, na então Tchecoslováquia, e acabou premiada no Festival de San Francisco, nos EUA. O primeiro longa, “Êsse Mundo É Meu”, foi um drama social estrelado por Antonio Pitanga e abordava a vida dura na favela. Além de escrever e dirigir, Sergio Ricardo compôs sua trilha sonora, lançada em disco – a música-título também foi gravada por Elis Regina. E sua qualidade chamou atenção da crítica internacional. Na época, o critico e diretor francês Luc Moullet, em artigo publicado na revista Cahiers du Cinema, condenou a ausência da obra de Sérgio Ricardo no festival de Cannes de 1965 e listou “Êsse Mundo É Meu” entre os melhores filmes de 1964. Mas pouca gente viu, inclusive no Brasil, onde foi lançado em 1 de abril de 1964, junto do golpe militar que esvaziou as ruas e os cinemas do país. Sergio Ricardo costumava brincar que tinha sido seu primeiro fracasso cinematográfico. Vieram outros. Romance engajado, “Juliana do Amor Perdido” (1970) denunciava como fanatismo religioso mantinha o povo escravizado numa comunidade de pescadores, e foi exibido no Festival de Berlim. Mais proeminente, “A Noite do Espantalho” (1974) consagrou-se como a primeira ópera “rock” brasileira ou o primeiro filme-cordel. Rodada no “palco a céu aberto” de Nova Jerusalém, onde anualmente é encenada a Paixão de Cristo, a trama registrava a luta de camponeses contra um poderoso coronel latifundiário, que agia comandado por um dragão. Em meio a surrealismo e psicodelia sertaneja, o filme ainda revelou, de uma só vez, os talentos de Alceu Valença e Geraldo Azevedo. E arrancou elogios da crítica mundial, com sessões lotadas no Festival de Cannes e de Nova York. Seus três longas formaram uma trilogia não oficial sobre a crise social brasileira. O diretor começou na favela urbana, foi para o litoral distante e acabou no sertão nordestino. E nesse trajeto evoluiu do neorealismo preto e branco para o psicodelismo colorido, criando uma obra digna de culto. Mas apesar da grande repercussão internacional, os filmes do diretor não receberam a devida valorização no Brasil. Sem incentivo, ele acabou se afastando das telas. Só foi voltar recentemente, em 2018, para seu quarto e último longa-metragem, “Bandeira de Retalhos”, que sintetizou seus temas. O filme acompanhava a luta de moradores de uma favela carioca contra a desapropriação de suas casas, que políticos poderosos tinham negociado com empresários do setor imobiliário. A história, inspirada numa tentativa da Prefeitura do Rio de transformar o Vidigal num empreendimento de luxo em 1977, foi encampada pela ONG Nós do Morro e filmada com poucos recursos. Novamente com Antonio Pitanga em papel de destaque, além de Babu Santana. Mas pela primeira vez sem Dib Lufti atrás das câmeras, falecido em 2016, o que fez toda a diferença. “Bandeira de Retalhos” foi exibida na Mostra de Tiradentes, festival de filmes independentes, e nunca estreou comercialmente. O diretor acabou lançando o filme por conta própria no YouTube, em maio passado, no começo da pandemia de covid-19. Além do trabalho como cineasta, Sergio Ricardo ainda contribuiu com outros talentos para o cinema brasileiro. São dele as trilhas de clássicos como “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), “Terra em Transe” (1967) e “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro” (1969), para citar só obras de Glauber Rocha, entre muitas outras colaborações. Ele também foi ator, embora tenha desempenhado poucos papéis, como no clássico infantil “Pluft, o Fantasminha” (1962) e como narrador de “Terra em Transe”, além de aparecer em dois de seus filmes e ter estrelado a minissérie “Parabéns pra Você” em 1983, na rede Globo.

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  • Etc,  Filme

    Dib Lutfi (1936 – 2016)

    27 de outubro de 2016 /

    Morreu Dib Lutfi, um dos principais diretores de fotografia da história do cinema brasileiro. Ele faleceu nesta quarta-feira (27/10), aos 80 anos, informou o irmão dele, o músico Sergio Ricardo, no Facebook. Ele morava no Retiro dos Artistas desde 2011 e sofria de mal de Alzheimer. Segundo a instituição, o seu estado de saúde piorou no sábado, quando foi diagnosticada uma pneumonia. Ele foi internado no Hospital Vitória, na Barra, mas não resistiu. Responsável pelas imagens de mais de 50 filmes, Lutfi foi responsável por enquadrar grandes clássicos do Cinema Novo, sendo literalmente a mão que segurava a câmera, na famosa frase definitiva: “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”, de Glauber Rocha. Pioneiro no uso da câmera na mão no cinema brasileiro, ele chamou atenção de Glauber, que o convidou para trabalhar no clássico “Terra em Transe”, de 1967, como operador de câmera. Muito antes da invenção da steady cam, ele conduziu o espectador à vertigem sentida pelo personagem emblemático vivido por Jardel Filho apenas com a delicadeza de seus movimentos e um olhar apurado. O resultado foi uma revolução visual para os padrões do cinema nacional. “Ele era a própria steady cam. A câmera na mão já era utilizada no cinema americano e francês, mas ninguém fez melhor do que o Dib. E isso influenciou muito a estética do Cinema Novo”, disse Luiz Carlos Barreto, produtor e diretor de fotografia de “Terra em Transe”, em entrevista ao jornal O Globo. “Nenhum plano do filme foi feito com tripé, e isso facilitou muito o trabalho, porque poupava tempo. Operando a câmera, o Dib conseguia andar, subir escada e pular muro. Nunca houve alguém igual”. Lutfi nasceu em Marília, no interior de São Paulo, em 1936. No fim da adolescência se mudou para o Rio e, em 1957, começou a trabalhar como câmera da extinta TV Rio, onde o irmão, o compositor Sérgio Ricardo, trabalhava como ator. O recurso da câmera na mão foi adotado desde o primeiro filme em que trabalhou como diretor de fotografia, “Esse Mundo é Meu” (1964), dirigido pelo irmão. E aprofundou a técnica e a estética em outros filmes dos pioneiros do movimento cinemanovista. Trabalhou com Nelson Pereira dos Santos (em “Fome de Amor”, de 1968, e “Azyllo muito Louco”, de 1969, pelos quais ganhou o prêmio de Melhor Fotografia no Festival de Brasília), Arnaldo Jabor (“Opinião Pública”, de 1967, “O Casamento”, de 1975, e “Tudo Bem”, de 1978), Ruy Guerra (“Os Deuses e os Mortos”, 1970) e Cacá Diegues (“Os Herdeiros”, 1970, “Quando o Carnaval Chegar”, 1972, e “Joanna Francesa”, 1973), entre outros. “O Dib foi o maior diretor de fotografia do cinema brasileiro, ele inventou uma nova maneira de fazer isso, que permitiu a existência do nosso cinema”, resumiu Cacá Diegues. “Ele não era só um grande cameraman, função pela qual sempre é reconhecido, mas também um fotógrafo de muita imaginação, e muito capaz de fazer um grande filme com as circunstâncias pobres da produção brasileira da época”, recordou. Apesar de ter uma relação íntima com as câmeras, ele só apareceu uma única vez na frente delas, no documentário “Dib”, feito em 1997 por Marcia Derraik, sobre sua carreira. Seu último trabalho foi o filme “Profana”, de João Rocha, lançado em 2011.

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