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    Retrospectiva: As 10 melhores séries brasileiras de 2022

    1 de janeiro de 2023 /

    As séries brasileiras penderam aos tiros e violência no ano recém-encerrado, privilegiando as tramas policiais. De policial heroína à polícia bandida, passando pelo documentário de um crime que chocou o país e uma comédia de serial killer influenciadora, o tom dominante foi o vermelho sangue, que também jorrou na série médica que há cinco temporadas é uma das melhores do Brasil. Apesar disso, em meio às chacinas, duas produções voltadas à crianças e adolescentes trouxeram ao Top 10 do ano um frescor renovado, ao ampliar as narrativas de qualidade para outros vertentes. Confira abaixo as 10 melhores séries brasileiras de 2022.   | AS SEGUIDORAS | PARAMOUNT+   A primeira série brasileira da Paramount+ é uma comédia sangrenta sobre o mundo das influencers com produção do Porta dos Fundos. Maria Bopp (a Bruna Surfistinha de “Me Chama de Bruna”) vive uma influenciadora digital que leva sua obsessão por ganhar seguidores às últimas consequências, transformando-se em uma serial killer. Só que entre suas “seguidoras” está uma podcaster de “true crime” (Gabz, de “Temporada de Verão”) que busca desmascará-la. Criada por Manuela Cantuária (“Escola de Gênios”), a atração ainda inclui no elenco Raissa Chaddad (“Chiquititas”), Victor Lamoglia (“Ninguém Tá Olhando”), Tatsu Carvalho (“Lov3”) e outros.   | ARCANJO RENEGADO 2 | GLOBOPLAY   Criada por José Junior (fundador do grupo cultural AfroReggae e autor também de “A Divisão”), “Arcanjo Renegado” gira em torno de policiais do Bope, batalhão carioca celebrizado no filme “Tropa de Elite”. Arcanjo é o nome da equipe tida como a mais bem treinada, eficaz e letal do batalhão. Porém, um atentado ao vice-governador (Gutti Fraga) do Rio de Janeiro muda a vida de seu líder, o primeiro-sargento Mikhael (vivido por Marcello Melo Jr., que por sinal participou de “Tropa de Elite”). Na 2ª temporada, ele volta à cidade para provar sua inocência do assassinato de que é acusado, depois de passar dois anos e meio no exterior como mercenário. Quem também muda radicalmente de vida é Sarah Afonso (Erika Januza), irmã de Mikhael. O desejo por vingar a morte de seu marido, o policial Rafael (Alex Nader), e a luta diária para cuidar do filho, fazem com que ela decida entrar para a carreira policial. Os novos episódios também marcam a estreia da cantora Ludmilla na trama, como a policial Diana, que cria uma forte parceria com Sarah. O papel foi um convite da produção após a cantora comentar nas redes ter adorado a primeira leva de episódios. Além dela, as novidades incluem o funkeiro Tonzão Chagas, o músico e apresentador Jimmy London,o ator costa-riquenho Leynar Gómez (que contracenou com Wagner Moura em “Narcos”), o comediante Bruno Mazzeo e até duas policiais de verdade, que se juntam a Alamo Facó, Flávio Bauraqui e outros nomes do elenco da atração.   | BOM DIA, VERÔNICA 2 | NETFLIX   A 2ª temporada da atração da Netflix troca o tema da violência doméstica, que marcou os episódios iniciais, pela violência sexual, aprofundando o abuso psicológico de homens dominadores. O ponto de partida é uma narrativa que lembra os crimes denunciados contra João de Deus, que já foi um dos médiuns mais famosos do Brasil, antes de ser condenado à prisão. O vilão interpretado por Reynaldo Gianecchini abusa sexualmente de mulheres ao prometer a elas a cura para diferentes mazelas. Dentro de casa, ele também assedia sexualmente a própria filha, vivida por Klara Castanho. Quando Klara revelou em junho ter sido vítima de um estupro, depois de sofrer exposição de uma gravidez, houve muita preocupação com sua participação na trama. Mas as cenas de assédio à sua personagem não incluem agressões. Os novos episódios também revelam que o personagem de Gianecchini é quem está por trás da perigosa organização criminosa da série, responsável por infiltrar aliados em cargos importantes na polícia e no judiciário. Na trama, a Verônica vivida por Tainá Müller tentará tornar públicos os crimes do vilão e da organização criminosa que ele comanda. Produção da Zola Filmes, a série é baseada no romance policial de mesmo nome de Ilana Casoy e Raphael Montes (autores de “A Menina que Matou os Pais”), lançado originalmente sob o pseudônimo de Andrea Killmore. Os dois também escrevem e produzem a atração, concebida pelo próprio Raphael Montes.   | DE VOLTA AOS 15 | NETFLIX   Espécie de “De Repente 30” às avessas, a série gira em torno de Anita, que num momento de crise com a vida adulta deseja poder mudar várias decisões do passado para ter uma vida melhor e, de uma hora para outra, se vê de volta à época em que tinha 15 anos de idade. A protagonista é vivida por Camila Queiroz (“Verdades Secretas”) na fase adulta e por Maisa (“Pai em Dobro”) na adolescência. O detalhe é que Anita decide aproveitar esse “De Repente 15” para criar um “Efeito Borboleta”, tentando consertar a vida dos amigos. Só que cada mudança que ela faz no passado impacta o futuro de todos – e nem sempre para melhor. Desenvolvida por Janaina Tokitaka (“Spectros”), a 1ª temporada tem só seis episódios e um elenco que ainda inclui Klara Castanho (“Confissões de uma Garota Excluída”), Amanda Azevedo (“Call Com Cleo”), Pedro Vinícius (“Malhação”) e Caio Cabral (“Bom Sucesso”).   | IRMANDADE 2 | NETFLIX   A série sobre o submundo de uma facção criminosa é contada pelo ponto de vista de dois irmãos, que vivem em realidades muito diferentes e ao mesmo tempo bem próximas. A advogada Cristina (Naruna Costa, de “Rotas do Ódio”) é pressionada a se reaproximar do irmão Edson (Seu Jorge, de “Marighella”), líder encarcerado da Irmandade, para virar informante da polícia. Mas conforme se infiltra na facção, começa a questionar seus próprios valores sobre a lei e a justiça, e entra em contato com um lado sombrio de si mesma que não imaginava ter. Na 2ª temporada, ela passa a ter mais claro de qual lado está, invertendo seu papel inicial. A série tem produção da 02, foi criada pelo cineasta Pedro Morelli (“Zoom”), conta com Felipe Sant’Angelo (“Pedro e Bianca”) como roteirista-chefe e seu elenco também destaca Lee Taylor (“O Mecanismo”) e Hermila Guedes (“Segunda Chamada”).   | PACTO BRUTAL: O ASSASSINATO DE DANIELLA PEREZ | HBO MAX   A série documental de cinco episódios sobre o caso da atriz Daniella Perez, que foi assassinada em 1992, traz depoimentos doloridos da mãe da atriz, a autora Gloria Perez, do marido dela, Raul Gazolla, além de amigos – até Roberto Carlos! – e especialistas que estiveram envolvidos nas investigações. A morte brutal da estrela da Globo foi um dos crimes mais célebres do Brasil e em mais de um sentido, já que os envolvidos eram celebridades conhecidas. Maior estrela da telenovela “De Corpo e Alma”, escrita por sua mãe, Daniella foi assassinada por Guilherme de Pádua, ator com quem fazia par romântico na trama, e por Paula Thomaz, esposa de Guilherme na época. Seu corpo foi encontrado num matagal, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, perfurado com dezoito golpes fatais de arma branca. Segundo o processo, a motivação do crime foi o fato de Guilherme acreditar que seu papel na novela estava diminuindo por culpa da atriz. Com direção de Tatiana Issa (“Dzi Croquettes”) e Guto Barra (“Yves Saint-Laurent: My Marrakesh”), que também assina o roteiro, o projeto foi idealizado por Issa, que começou a carreira como atriz e era próxima de Daniella. Em 1992, ano do assassinato, ela atuava na novela “Deus nos Acuda” com Gazolla. Graças a isso, conseguiu convencer Gloria a dar um longo depoimento. Foram mais de 20 horas de gravações, que serviram para amarrar a edição de imagens – e, segundo relatos, fizeram a equipe se emocionar nos bastidores.   | ROTA 66 – A POLÍCIA QUE MATA | GLOBOPLAY   A trama de “true crime” é baseada no livro homônimo do jornalista Caco Barcellos, que em 1992, muito antes do movimento “Vidas Negras Importam”, causou furor por apontar ações de extermínio da tropa de elite da PM paulista, a Rota, na periferia de São Paulo – cujos alvos eram vitimaram basicamente a população negra e pobre. Acompanhando a cobertura do jornalista ao longo de anos, a história mostra a evolução da indignação diante da impunidade e como ele arrisca a própria vida para denunciar o aparente genocídio. Na série, Barcellos é vivido por Humberto Carrão (“Marighella”) e o elenco também destaca Lara Tremouroux (“Medusa”) no papel de uma jornalista, Adriano Garib (“Bom Dia, Verônica”) como um repórter experiente e mentor da dupla principal, além de Aílton Graça (“Carcereiros”), Ariclenes Barroso (“Segunda Chamada”) e Naruna Costa (“Colônia”). Coprodução da Boutique Filmes, a atração tem roteiro de Teodoro Poppovic, criador de “Ninguém Tá Olhando” na Netflix, e direção de Philippe Barcinski (“Entre Vales”) e Diego Martins (“Hard”).   | SINTONIA 3 | NETFLIX   A série brasileira mais vista da Netflix volta a acompanhar os destinos de três amigos que cresceram juntos na mesma favela, influenciados pelo fascínio do funk, do tráfico de drogas e da fé religiosa. Cada um deles transformou suas experiências em caminhos muito divergentes. Na 3ª temporada, MC Doni (Jottapê) está cada vez mais popular, Rita (Bruna Mascarenhas) se engaja na política e Nando (Christian Malheiros), foragido desde o desfecho da temporada passada, vê o cerco fechar a sua volta. A atração é produzida por Kondzilla, diretor de clipes de funk e dono do canal do YouTube mais visto do Brasil, e escrita por Guilherme Quintella (também roteirista de “Insânia”). | SOB PRESSÃO 5 | GLOBOPLAY   O Dr. Evandro (Júlio Andrade) e a Dra. Carolina (Marjorie Estiano) precisam lidar com novos problemas, incluindo uma explosão numa refinaria, que vitima dois irmãos gêmeos e mobiliza a equipe do hospital Edith de Magalhães. Baseada no filme de mesmo nome de Andrucha Waddington, a atração desenvolvida por Lucas Paraizo é a série dramática mais popular da Globo e em sua 5ª temporada – e primeira como prioridade da Globoplay – contou com participações especiais de luxo, incluindo Lázaro Ramos (“O Silêncio da Chuva”), Marco Nanini (“A Grande Família”), Tony Ramos (“Getúlio”), Irene Ravache (“A Memória que me Contam”), Douglas Silva (ele mesmo, do “BBB 22”) e Fabio Assunção (“Onde Está Meu Coração”). A temporada também vai marcar a estreia de um novo ator: Joaquim Andrade, o filho de 6 anos de Júlio Andrade. O menino vai aparecer em flashbacks como Evandro, o papel do pai, na infância. Além dele, Ravel Andrade, irmão de Júlio, também participará de flashbacks como o protagonista em outra fase. O ator da série “Aruanas” já tinha aparecido no especial “Plantão Covid” como o Evandro jovem. Na nova leva de episódios, o médico ainda reencontrará o pai, que não vê há 20 anos e está com Alzheimer. Este é o papel desempenhado por Marco Nanini. Outros desenvolvimentos dramáticos envolvem a descoberta de um câncer de mama na Dra. Carolina, um novo residente que está mais preocupado consigo mesmo do que com os pacientes e uma mudança na diretoria do hospital que afetará todo corpo médico da série.   | TURMA DA MÔNICA: A SÉRIE | GLOBOPLAY   Continuação dos filmes da “Turma da Mônica”, a série volta a reunir os mesmos atores do cinema: Giulia Benite (Mônica), Kevin Vechiatto (Cebolinha), Laura Rauseo (Magali) e Gabriel Moreira (Cascão), além de Milena (Emilly Nayara), que foi introduzida em “Turma da Mônica: Lições” e está sendo considerada a quinta integrante da Turma. Só que os personagens não são mais crianças – com Mônica e Magali descobrindo o batom – , mas, segundo Cebolinha, também não viraram ainda adolescentes. Quem vem para atualizar o mundinho deles é Carminha Frufru (Luiza Gattai, que estreia como atriz após o “The Voice Kids”), uma menina mais ligada nas expectativas da sociedade, que “chega chegando” no bairro do Limoeiro. E junto com ela vem um mistério, com direito à referência de uma cena famosa do terror “Carrie, a Estranha” (1976) – em versão de banho de lama, em vez de sangue. A atração é comandada por Daniel Rezende, que dirigiu “Turma da Mônica: Laços”...

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    Retrospectiva: As 10 Melhores Séries Brasileiras de 2022

    1 de janeiro de 2023 /

      | AS SEGUIDORAS | PARAMOUNT+   A primeira série brasileira da Paramount+ é uma comédia sangrenta sobre o mundo das influencers com produção do Porta dos Fundos. Maria Bopp (a Bruna Surfistinha de “Me Chama de Bruna”) vive uma influenciadora digital que leva sua obsessão por ganhar seguidores às últimas consequências, transformando-se em uma serial killer. Só que entre suas “seguidoras” está uma podcaster de “true crime” (Gabz, de “Temporada de Verão”) que busca desmascará-la. Criada por Manuela Cantuária (“Escola de Gênios”), a atração ainda inclui no elenco Raissa Chaddad (“Chiquititas”), Victor Lamoglia (“Ninguém Tá Olhando”), Tatsu Carvalho (“Lov3”) e outros.   | ARCANJO RENEGADO 2 | GLOBOPLAY   Criada por José Junior (fundador do grupo cultural AfroReggae e autor também de “A Divisão”), “Arcanjo Renegado” gira em torno de policiais do Bope, batalhão carioca celebrizado no filme “Tropa de Elite”. Arcanjo é o nome da equipe tida como a mais bem treinada, eficaz e letal do batalhão. Porém, um atentado ao vice-governador (Gutti Fraga) do Rio de Janeiro muda a vida de seu líder, o primeiro-sargento Mikhael (vivido por Marcello Melo Jr., que por sinal participou de “Tropa de Elite”). Na 2ª temporada, ele volta à cidade para provar sua inocência do assassinato de que é acusado, depois de passar dois anos e meio no exterior como mercenário. Quem também muda radicalmente de vida é Sarah Afonso (Erika Januza), irmã de Mikhael. O desejo por vingar a morte de seu marido, o policial Rafael (Alex Nader), e a luta diária para cuidar do filho, fazem com que ela decida entrar para a carreira policial. Os novos episódios também marcam a estreia da cantora Ludmilla na trama, como a policial Diana, que cria uma forte parceria com Sarah. O papel foi um convite da produção após a cantora comentar nas redes ter adorado a primeira leva de episódios. Além dela, as novidades incluem o funkeiro Tonzão Chagas, o músico e apresentador Jimmy London,o ator costa-riquenho Leynar Gómez (que contracenou com Wagner Moura em “Narcos”), o comediante Bruno Mazzeo e até duas policiais de verdade, que se juntam a Alamo Facó, Flávio Bauraqui e outros nomes do elenco da atração.   | BOM DIA, VERÔNICA 2 | NETFLIX   A 2ª temporada da atração da Netflix troca o tema da violência doméstica, que marcou os episódios iniciais, pela violência sexual, aprofundando o abuso psicológico de homens dominadores. O ponto de partida é uma narrativa que lembra os crimes denunciados contra João de Deus, que já foi um dos médiuns mais famosos do Brasil, antes de ser condenado à prisão. O vilão interpretado por Reynaldo Gianecchini abusa sexualmente de mulheres ao prometer a elas a cura para diferentes mazelas. Dentro de casa, ele também assedia sexualmente a própria filha, vivida por Klara Castanho. Quando Klara revelou em junho ter sido vítima de um estupro, depois de sofrer exposição de uma gravidez, houve muita preocupação com sua participação na trama. Mas as cenas de assédio à sua personagem não incluem agressões. Os novos episódios também revelam que o personagem de Gianecchini é quem está por trás da perigosa organização criminosa da série, responsável por infiltrar aliados em cargos importantes na polícia e no judiciário. Na trama, a Verônica vivida por Tainá Müller tentará tornar públicos os crimes do vilão e da organização criminosa que ele comanda. Produção da Zola Filmes, a série é baseada no romance policial de mesmo nome de Ilana Casoy e Raphael Montes (autores de “A Menina que Matou os Pais”), lançado originalmente sob o pseudônimo de Andrea Killmore. Os dois também escrevem e produzem a atração, concebida pelo próprio Raphael Montes.   | DE VOLTA AOS 15 | NETFLIX   Espécie de “De Repente 30” às avessas, a série gira em torno de Anita, que num momento de crise com a vida adulta deseja poder mudar várias decisões do passado para ter uma vida melhor e, de uma hora para outra, se vê de volta à época em que tinha 15 anos de idade. A protagonista é vivida por Camila Queiroz (“Verdades Secretas”) na fase adulta e por Maisa (“Pai em Dobro”) na adolescência. O detalhe é que Anita decide aproveitar esse “De Repente 15” para criar um “Efeito Borboleta”, tentando consertar a vida dos amigos. Só que cada mudança que ela faz no passado impacta o futuro de todos – e nem sempre para melhor. Desenvolvida por Janaina Tokitaka (“Spectros”), a 1ª temporada tem só seis episódios e um elenco que ainda inclui Klara Castanho (“Confissões de uma Garota Excluída”), Amanda Azevedo (“Call Com Cleo”), Pedro Vinícius (“Malhação”) e Caio Cabral (“Bom Sucesso”).   | IRMANDADE 2 | NETFLIX   A série sobre o submundo de uma facção criminosa é contada pelo ponto de vista de dois irmãos, que vivem em realidades muito diferentes e ao mesmo tempo bem próximas. A advogada Cristina (Naruna Costa, de “Rotas do Ódio”) é pressionada a se reaproximar do irmão Edson (Seu Jorge, de “Marighella”), líder encarcerado da Irmandade, para virar informante da polícia. Mas conforme se infiltra na facção, começa a questionar seus próprios valores sobre a lei e a justiça, e entra em contato com um lado sombrio de si mesma que não imaginava ter. Na 2ª temporada, ela passa a ter mais claro de qual lado está, invertendo seu papel inicial. A série tem produção da 02, foi criada pelo cineasta Pedro Morelli (“Zoom”), conta com Felipe Sant’Angelo (“Pedro e Bianca”) como roteirista-chefe e seu elenco também destaca Lee Taylor (“O Mecanismo”) e Hermila Guedes (“Segunda Chamada”).   | PACTO BRUTAL: O ASSASSINATO DE DANIELLA PEREZ | HBO MAX   A série documental de cinco episódios sobre o caso da atriz Daniella Perez, que foi assassinada em 1992, traz depoimentos doloridos da mãe da atriz, a autora Gloria Perez, do marido dela, Raul Gazolla, além de amigos – até Roberto Carlos! – e especialistas que estiveram envolvidos nas investigações. A morte brutal da estrela da Globo foi um dos crimes mais célebres do Brasil e em mais de um sentido, já que os envolvidos eram celebridades conhecidas. Maior estrela da telenovela “De Corpo e Alma”, escrita por sua mãe, Daniella foi assassinada por Guilherme de Pádua, ator com quem fazia par romântico na trama, e por Paula Thomaz, esposa de Guilherme na época. Seu corpo foi encontrado num matagal, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, perfurado com dezoito golpes fatais de arma branca. Segundo o processo, a motivação do crime foi o fato de Guilherme acreditar que seu papel na novela estava diminuindo por culpa da atriz. Com direção de Tatiana Issa (“Dzi Croquettes”) e Guto Barra (“Yves Saint-Laurent: My Marrakesh”), que também assina o roteiro, o projeto foi idealizado por Issa, que começou a carreira como atriz e era próxima de Daniella. Em 1992, ano do assassinato, ela atuava na novela “Deus nos Acuda” com Gazolla. Graças a isso, conseguiu convencer Gloria a dar um longo depoimento. Foram mais de 20 horas de gravações, que serviram para amarrar a edição de imagens – e, segundo relatos, fizeram a equipe se emocionar nos bastidores.   | ROTA 66 – A POLÍCIA QUE MATA | GLOBOPLAY   A trama de “true crime” é baseada no livro homônimo do jornalista Caco Barcellos, que em 1992, muito antes do movimento “Vidas Negras Importam”, causou furor por apontar ações de extermínio da tropa de elite da PM paulista, a Rota, na periferia de São Paulo – cujos alvos eram vitimaram basicamente a população negra e pobre. Acompanhando a cobertura do jornalista ao longo de anos, a história mostra a evolução da indignação diante da impunidade e como ele arrisca a própria vida para denunciar o aparente genocídio. Na série, Barcellos é vivido por Humberto Carrão (“Marighella”) e o elenco também destaca Lara Tremouroux (“Medusa”) no papel de uma jornalista, Adriano Garib (“Bom Dia, Verônica”) como um repórter experiente e mentor da dupla principal, além de Aílton Graça (“Carcereiros”), Ariclenes Barroso (“Segunda Chamada”) e Naruna Costa (“Colônia”). Coprodução da Boutique Filmes, a atração tem roteiro de Teodoro Poppovic, criador de “Ninguém Tá Olhando” na Netflix, e direção de Philippe Barcinski (“Entre Vales”) e Diego Martins (“Hard”).   | SINTONIA 3 | NETFLIX   A série brasileira mais vista da Netflix volta a acompanhar os destinos de três amigos que cresceram juntos na mesma favela, influenciados pelo fascínio do funk, do tráfico de drogas e da fé religiosa. Cada um deles transformou suas experiências em caminhos muito divergentes. Na 3ª temporada, MC Doni (Jottapê) está cada vez mais popular, Rita (Bruna Mascarenhas) se engaja na política e Nando (Christian Malheiros), foragido desde o desfecho da temporada passada, vê o cerco fechar a sua volta. A atração é produzida por Kondzilla, diretor de clipes de funk e dono do canal do YouTube mais visto do Brasil, e escrita por Guilherme Quintella (também roteirista de “Insânia”). | SOB PRESSÃO 5 | GLOBOPLAY   O Dr. Evandro (Júlio Andrade) e a Dra. Carolina (Marjorie Estiano) precisam lidar com novos problemas, incluindo uma explosão numa refinaria, que vitima dois irmãos gêmeos e mobiliza a equipe do hospital Edith de Magalhães. Baseada no filme de mesmo nome de Andrucha Waddington, a atração desenvolvida por Lucas Paraizo é a série dramática mais popular da Globo e em sua 5ª temporada – e primeira como prioridade da Globoplay – contou com participações especiais de luxo, incluindo Lázaro Ramos (“O Silêncio da Chuva”), Marco Nanini (“A Grande Família”), Tony Ramos (“Getúlio”), Irene Ravache (“A Memória que me Contam”), Douglas Silva (ele mesmo, do “BBB 22”) e Fabio Assunção (“Onde Está Meu Coração”). A temporada também vai marcar a estreia de um novo ator: Joaquim Andrade, o filho de 6 anos de Júlio Andrade. O menino vai aparecer em flashbacks como Evandro, o papel do pai, na infância. Além dele, Ravel Andrade, irmão de Júlio, também participará de flashbacks como o protagonista em outra fase. O ator da série “Aruanas” já tinha aparecido no especial “Plantão Covid” como o Evandro jovem. Na nova leva de episódios, o médico ainda reencontrará o pai, que não vê há 20 anos e está com Alzheimer. Este é o papel desempenhado por Marco Nanini. Outros desenvolvimentos dramáticos envolvem a descoberta de um câncer de mama na Dra. Carolina, um novo residente que está mais preocupado consigo mesmo do que com os pacientes e uma mudança na diretoria do hospital que afetará todo corpo médico da série.   | TURMA DA MÔNICA: A SÉRIE | GLOBOPLAY   Continuação dos filmes da “Turma da Mônica”, a série volta a reunir os mesmos atores do cinema: Giulia Benite (Mônica), Kevin Vechiatto (Cebolinha), Laura Rauseo (Magali) e Gabriel Moreira (Cascão), além de Milena (Emilly Nayara), que foi introduzida em “Turma da Mônica: Lições” e está sendo considerada a quinta integrante da Turma. Só que os personagens não são mais crianças – com Mônica e Magali descobrindo o batom – , mas, segundo Cebolinha, também não viraram ainda adolescentes. Quem vem para atualizar o mundinho deles é Carminha Frufru (Luiza Gattai, que estreia como atriz após o “The Voice Kids”), uma menina mais ligada nas expectativas da sociedade, que “chega chegando” no bairro do Limoeiro. E junto com ela vem um mistério, com direito à referência de uma cena famosa do terror “Carrie, a Estranha” (1976) – em versão de banho de lama, em vez de sangue. A atração é comandada por Daniel Rezende, que dirigiu “Turma da Mônica: Laços” e “Turma da Mônica: Lições”, e conta ainda com os personagens Madame Frufru, interpretada por Mariana Ximenes (“Uma Loucura de Mulher”), e Feitoso Araújo, o Capitão Feio, encarnado por Fernando Caruso (“Vai que Cola”).

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    As 10 melhores séries de setembro

    2 de outubro de 2022 /

    Com cada vez mais séries lançadas todas as semanas nos diversos serviços de streaming em operação no Brasil, nem os campeões das maratonas de sofá conseguem acompanhar o ritmo do mercado. A seleção abaixo é um lembrete para reforçar produções que merecem mais atenção entre a enxurrada de títulos recentes. Um detalhe interessante na seleção é a quantidade de séries épicas e grandiosas foram lançadas em setembro, com muitos efeitos visuais e/ou reconstituições apuradas de época – sejam passadas numa galáxia muito distante ou no Império Romano. Confira abaixo o Top 10 com os trailers de cada destaque.   | STAR WARS: ANDOR | DISNEY+   A mais madura e melhor das séries “Star Wars” registra um clima intenso de suspense de espionagem, mais até do que de aventura espacial, e o mérito é do roteiro envolvente de Tony Gilroy, que escreveu “Rogue One”, filme que introduziu o personagem Cassian Andor, e também assinou a franquia de Jason Bourne. A trama é um prólogo que resgata três personagens de “Rogue One” (2016), que também foi o melhor filme de “Star Wars” desde a trilogia original. Além do personagem-título, vivido por Diego Luna, há a líder da resistência Mon Mothma, interpretada por Genevive O’Reilly, e o rebelde Saw Gerrera, vivido por Forest Whitaker. Juntos, eles representam a semente da rebelião contra o Império, após o colapso da República no filme “Star Wars: A Vingança dos Sith” (2005). O início da formação da Aliança Rebelde tem direção de Toby Haynes, que assinou o episódio “USS Callister”, de “Black Mirror”, vencedor do Emmy em 2018. E o elenco também inclui Adria Arjona (“Esquadrão 6”), Stellan Skarsgard (vencedor do Globo de Ouro por “Chernobyl”), Kyle Soller (da série “Poldark”), Denise Gough (“Colette”) e Alex Lawther (“The End of the F***ing World”).   | O SENHOR DOS ANÉIS: OS ANÉIS DO PODER | AMAZON PRIME VIDEO   A série mais cara da história da televisão, que teria custado mais de US$ 750 milhões – fala-se em US$ 1 bilhão – para ser produzida, é um espetáculo visual deslumbrante, que combina locações de tirar o fôlego na Nova Zelândia com efeitos de computação impressionantes para materializar uma fantasia tão envolvente quanto os filmes de Peter Jackson. A trama inédita, concebida pela dupla Patrick McKay e J.D. Payne (de “Star Trek: Discovery”), acompanha um grupo de personagens, novos e familiares, que precisam se unir para confrontar o ressurgimento do mal na Terra Média. Liderando os personagens está a jovem Galadriel (Morfydd Clark), que ao pressentir o perigo inicia uma jornada que apresenta a forja dos Anéis de Poder, o surgimento de Sauron e a aliança entre homens e elfos. Os dois primeiros episódios, dirigidos por J.A. Bayona (“Jurassic World: Reino Ameaçado”), mapeiam os diferentes povoados, incluindo vilas de anões e pés-peludos, para explicar quem são os novos personagens e suas motivações. Cada núcleo tem seus próprios dramas, conflitos e aventuras, que precisam entrar em rota de convergência. São pelo menos 20 personagens, interpretados por nomes como Peter Mullan (“Westworld”), Benjamin Walker (“Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros”), Cynthia Addai-Robinson (“Spartacus”), Maxim Baldry (“Years and Years”), Markella Kavenagh (“Picnic at Hanging Rock”), Trystan Gravelle (“A Descoberta das Bruxas”), Augustus Prew (“The Morning Show”), Charles Edwards (“The Crown”), Lenny Henry (“The Witcher”), Simon Merrells (“Spartacus”) e Joseph Mawle (“Game of Thrones”), entre outros. Com uma narrativa de fôlego, materializada com o que existe de mais avançado em efeitos, e uma equipe técnica de dar inveja em muito blockbuster, o resultado é uma fotografia, figurino e cenografia para vencer tudo no Emmy 2023. É realmente o maior épico já feito para a telinha. Mas não veja na telinha. Veja na maior Smart TV possível.   | THE OLD MAN | STAR+   A primeira série da carreira de Jeff Bridges, vencedor do Oscar por “Coração Louco” (2009), é baseada no livro homônimo de Thomas Perry e traz Bridges como o velho do título, um ex-agente da CIA chamado Dan Chase, aposentado e em reclusão há décadas, que precisa desenferrujar suas habilidades quando um assassino de aluguel aparece para perturbar sua paz. Obrigado a encarar seu passado e seus erros, ele sai de seu esconderijo para ajustar contas contra aqueles que sabem o que ele fez e que tentam matá-lo. Elogiadíssima, a série estreou com 96% de aprovação da crítica nos EUA, na média do Rotten Tomatoes. A equipe fantástica da produção inclui o diretor Jon Watts (“Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”), os roteiristas Robert Levine e Jonathan E. Steinberg (cocriadores da ótima série de piratas “Black Sails”), e um elenco formado por feras como Bridges, John Lithgow (vencedor do Emmy por “The Crown” e “Dexter”), Amy Brenneman (indicada ao Emmy por “Judging Amy”), Faran Tahir (“Homem de Ferro”) e Alia Shawkat (“Search Party”). Vale lembrar que, antes das gravações, o ator enfrentou um tratamento contra o câncer e durante a produção ainda ficou mal ao pegar covid-19. Mas isso não o impediu de gravar seu trabalho com mais cenas de ação, repleto de tiroteios, colisões de carros e violência ao estilo dos thrillers tradicionais de Liam Neeson.   | THE HANDMAID’S TALE 5 | PARAMOUNT+   Baseada no livro homônimo de Margaret Atwood, lançado no Brasil como “O Conto da Aia”, a série mostra um futuro distópico, onde a extrema direita assume o poder e cria um governo, Gilead, que usa a Bíblia como base para retirar todos os direitos das mulheres e executar homossexuais. Mas June (Elisabeth Moss), uma mulher aprisionada e usada como “aia” por um dos líderes do governo para se reproduzir, inicia uma rebelião que ameaça a estabilidade do patriarcado. A 5ª temporada da série premiada explora o acirramento da rivalidade entre June e Serena (Yvonne Strahovski) após o assassinato do Comandante Waterford (Joseph Fiennes). Enquanto a viúva aproveita a tragédia para reunir seguidores em pleno Canadá, a ex-aia faz planos para voltar a Gilead como parte de uma guerrilha, visando derrubar de vez o governo extremista. Só que ela também se torna alvo da vingança dos fundamentalistas. A série foi recentemente renovada para sua 6ª temporada, que também será a última.   | COBRA KAI 5 | NETFLIX   A 5ª temporada mostra Terry Silver (Thomas Ian Griffith) expandindo o império Cobra Kai para tornar seu estilo impiedoso de artes marciais ainda mais dominante. A trama também traz de volta o vilão Mike Barnes (Sean Kanan), visto em “Karatê Kid III”. E mesmo diante do inimigo comum, os ex-rivais Daniel LaRusso (Ralph Macchio) e Johnny Lawrence (William Zabka) não conseguem sequer fazer seus alunos se entenderem. Alimentada pela nostalgia da década de 1980, “Cobra Kai” foi criada por Josh Heald, Jon Hurwitz e Hayden Schlossberg (os dois últimos de “American Pie: o Reencontro”) e segue os personagens clássicos de “Karatê Kid” mais de 30 anos após os eventos da franquia original. Além dos citados, a lista de personagens clássicos inclui ainda Lucille (Randee Heller) e Chozen (Yuji Okumoto), do primeiro e do segundo filme.   | THE SERPENT QUEEN | LIONSGATE+   A nova minissérie de Rainhas históricas da Lionsgate+ (ex-Starzplay) traz Samantha Morton, que reinou entre os mortos-vivos como Alpha na série “The Walking Dead”, no papel de Catarina de Médici, uma das mulheres mais influentes – e cruéis – que já usou uma coroa. Casando-se ainda adolescente na corte francesa do século 16, ela logo perde a inocência e, com sua inteligência e determinação, domina o esporte sangrento que é a monarquia melhor do que ninguém, governando a França por 50 anos. “The Serpent Queen” foi desenvolvida pelo roteirista Justin Haythe (“Operação Red Sparrow”), tem direção de Stacie Passon (“Os Segredos do Castelo”) e conta com produção do cineasta Francis Lawrence (da franquia “Jogos Vorazes”).   | DOMINA | HBO MAX   Quem gosta de épicos históricos precisa acompanhar a série britânica, gravada na Itália, sobre Livia Drusilla, a primeira Imperatriz de Roma. E o bom da produção original da Sky chegar pela HBO Max é que ela pode ser encarada como sequência dos eventos da premiada série “Roma” (2005–2007), da HBO. Criada e escrita por Simon Burke (“Fortitude”) e dirigida pela cineasta australiana Claire McCarthy (“Ophelia”), a história segue o percurso de Livia, dos tempos de jovem ingênua que vê o seu mundo desmoronar após o assassinato de Júlio César, até seu segundo casamento com o sobrinho de César, Caio Otávio – que vai à guerra contra Marco Antônio para inaugurar o Império Romano – , impulsionada por um desejo profundo de vingar a família e assegurar o poder para seus filhos. O elenco central destaca a polonesa Kasia Smutniak (“Devils”) como Livia e o inglês Matthew McNulty (“The Terror”) como Caio, mais conhecido como o futuro imperador Otávio Augusto. O elenco também inclui Liam Cunningham (“Game Of Thrones”), Isabella Rossellini (“Joy: O Nome do Sucesso”), Christine Bottomley (“The End of the F***ing World”), Colette Tchantcho (“The Witcher”), Ben Batt (“Capitão América: O Primeiro Vingador”), Enzo Cilenti (“Free Fire”) e Claire Forlani (“A Cinco Passos de Você”). Detalhe: já está renovada para a 2ª temporada.   | DAHMER: UM CANIBAL AMERICANO | NETFLIX   A minissérie sobre os crimes do serial killer canibal Jeffrey Dahmer é uma espécie de reprise temática de “The Assassination of Gianni Versace – American Horror Story”. Ambas são produzidas por Ryan Murphy (também de “American Horror Story”), têm a mesma estrutura narrativa e moral da história. Na atração exibida em 2018, um serial killer foi capaz de matar o dono da grife Versace por causa da homofobia da polícia, que não se dedicou a capturar o assassino que “só” matava gays. Na nova produção, o racismo é o componente primordial para a impunidade do Dahmer durar décadas. Baseada na história real do psicopata, a série mostra como Dahmer, um dos mais famosos serial killers dos EUA, conseguiu assassinar e esquartejar 17 homens e garotos entre 1978 e 1991 sem ser pego, muitas vezes, inclusive, contando com a ajuda da política e do sistema de Justiça dos EUA por conta de seu privilégio branco. Bem apessoado, sempre recebia pedidos de desculpas quando policiais eram chamados por sua vizinha negra, que suspeitava dos crimes. O elenco destaca Evan Peters (“American Horror Story”) como Dahmer e Niecy Nash (“Claws”) como a vizinha, além de Penelope Ann Miller (“American Crime”), Shaun J. Brown (“Future Man”), Colin Ford (“Daybreak”) e o veterano Richard Jenkins (“A Forma da Água”).   | PISTOL | STAR+   A minissérie sobre a banda Sex Pistols tem direção de Danny Boyle (“Trainspotting”) e faz uma recriação detalhista da época do nascimento do punk rock. Mas divide opiniões por ser baseada em “Lonely Boy: Tales From a Sex Pistol”, livro de Steve Jones, que acaba dando mais destaque para o guitarrista que o incendiário empresário Malcolm McLaren e o vocalista Johnny Rotten (John Lydon), verdadeiros mentores da banda. A trama destaca a trupe punk original, que fazia ponto na butique Sex, de Vivienne Westwood (então namorada de McClaren), e recria shows históricos e lendas conhecidas, como a substituição do baixista Glen Matlock por Sid Vicious, que não sabia tocar seu instrumento. O roteiro é assinado por Craig Pearce (“Moulin Rouge!”) e Frank Cottrell Boyce (responsável por outra obra deste período: o filme “A Festa Nunca Termina”), e o elenco inclui Toby Wallace (“The Society”) como Jones, Anson Boon (“Predadores Assassinos”) como Rotten, o estreante Jacob Slater como Paul Cook, Fabien Frankel (“The Serpent”) como Matlock, Louis Partridge (“Enola Holmes”) como Vicious, Thomas Brodie-Sangster (“Maze Runner”) como McLaren e Maisie Williams (“Game of Thrones”) no papel da ícone punk Jordan, uma atriz e modelo ligada a Westwood, que acompanhou o surgimento da banda em Londres e se tornou um símbolo da cultura punk pelo seu estilo. A produção chegou a ser ameaçada por um processo de John Lydon, o ex-Johnny Rotten, mas os demais integrantes da banda o derrotaram na Justiça para permitir que as gravações dos Sex Pistols fossem ouvidas na série.   | ROTA 66 – A POLÍCIA QUE MATA | GLOBOPLAY   A trama de “true crime”...

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    Estreias: 10 séries novas pra ver em streaming

    23 de setembro de 2022 /

    A lista de novidades no streaming destaca a série “Star Wars” mais adulta já produzida. Mas a relação também chama atenção para o volume de produções nacionais. Há quatro estreias brasileiras entre as melhores séries, e cada uma de um gênero diferente: policial, drama LGBTQIAP+, terror e romance musical. Confira abaixo os 10 lançamentos que chamam mais atenção na semana.   | STAR WARS: ANDOR | DISNEY+   A mais madura e melhor das séries “Star Wars” registra um clima intenso de suspense de espionagem, mais até do que de aventura espacial, e o mérito é do roteiro envolvente de Tony Gilroy, que escreveu “Rogue One”, filme que introduziu o personagem Cassian Andor, e também assinou a franquia de Jason Bourne. A trama é um prólogo que resgata três personagens de “Rogue One” (2016), que também foi o melhor filme de “Star Wars” desde a trilogia original. Além do personagem-título, vivido por Diego Luna, há a líder da resistência Mon Mothma, interpretada por Genevive O’Reilly, e o rebelde Saw Gerrera, vivido por Forest Whitaker. Juntos, eles representam a semente da rebelião contra o Império, após o colapso da República no filme “Star Wars: A Vingança dos Sith” (2005). O início da formação da Aliança Rebelde tem direção de Toby Haynes, que assinou o episódio “USS Callister”, de “Black Mirror”, vencedor do Emmy em 2018. E o elenco também inclui Adria Arjona (“Esquadrão 6”), Stellan Skarsgard (vencedor do Globo de Ouro por “Chernobyl”), Kyle Soller (da série “Poldark”), Denise Gough (“Colette”) e Alex Lawther (“The End of the F***ing World”).   | ROTA 66 – A POLÍCIA QUE MATA | GLOBOPLAY   A trama de “true crime” é baseada no livro homônimo do jornalista Caco Barcellos, que em 1992, muito antes do movimento “Vidas Negras Importam”, causou furor por apontar ações de extermínio da tropa de elite da PM paulista, a Rota, na periferia de São Paulo, que vitimaram basicamente pessoas negras e pobres. Acompanhando a cobertura do jornalista ao longo de anos, a história mostra a evolução da indignação diante da impunidade e como ele arrisca a própria vida para denunciar o aparente genocídio. Na série, Barcellos é vivido por Humberto Carrão (“Marighella”) e o elenco também destaca Lara Tremouroux (“Medusa”) no papel de uma jornalista, Adriano Garib (“Bom Dia, Verônica”) como um repórter experiente e mentor da dupla principal, além de Aílton Graça (“Carcereiros”), Ariclenes Barroso (“Segunda Chamada”) e Naruna Costa (“Colônia”). Coprodução da Boutique Filmes, a série tem roteiro de Teodoro Poppovic, criador de “Ninguém Tá Olhando” na Netflix, e direção de Philippe Barcinski (“Entre Vales”) e Diego Martins (“Hard”).   | MANHÃS DE SETEMBRO 2 | AMAZON PRIME VIDEO   Originalmente concebida como minissérie, a atração acompanha Cassandra (interpretada pela cantora Liniker), uma mulher trans que tem sua independência colocada em cheque quando descobre ter um filho, Gersinho (Gustavo Coelho), com uma ex-namorada (Karine Teles). Relutando para não aceitar a condição de pai/mãe, ela inicialmente refuta o filho, mas logo vê sua vida virar de ponta-cabeça ao ver que o menino não tem opções. Depois de agradar público e crítica, a 2ª temporada, vai explorar o reencontro entre Cassandra e seu próprio pai distante, vivido por Seu Jorge (“Marighella”). Outras novidades do elenco dos novos capítulos são as participações de Samantha Schmütz (“Tô Ryca!”) e dos cantores Ney Matogrosso e Mart’nália, que se juntam ao elenco formado ainda pela ex-BBB Linn da Quebrada (“Segunda Chamada”), Thomas Aquino (“Bacurau”), Clodd Dias (“Entrega Para Jezebel”), Gero Camilo (“Carandiru”), o cantor Paulo Miklos (“Califórnia”) e a menina Isabela Ordoñez (“Treze Dias Longe do Sol”).   | VALE DOS ESQUECIDOS | HBO MAX   A série de terror nacional tem vários ingredientes conhecidos dos fãs do gênero. Um grupo de jovens se perde durante uma caminhada de fim de semana na floresta e busca abrigo em uma vila escondida sob uma névoa constante – e que não está nos mapas. Várias pistas indicam que há algo muito errado naquele lugar. Mas, mesmo depois de “Corra!”, eles seguem tomando o chazinho que lhes é oferecido pelos moradores locais. A ficha só começa a cair quando se veem sem saída e sem comunicação com o resto do mundo. O clima de floresta sombria, enevoada e inspirada por folclore europeu também remete à “Desalma”. Criada por Fábio Mendonça (“O Doutrinador”) e Antônio Tibau (“Maldivas”), a série destaca em seu elenco Caroline Abras (“O Mecanismo”), Daniel Rocha (“Irmãos Freitas”), James Turpin (“Bacurau”), Felipe Velozo (também de “Irmãos Freitas”), Jiddu Pinheiro (“O Animal Cordial”), Julia Ianina (“Reality Z”), Marcos de Andrade (“Aruanas”), Roney Villela (“Novo Mundo”), Juliana Lourenção (“Carcereiros”), Thais Lago (“3%”) e Carolina Mânica (“Rua Augusta”). Detalhe: a estreia está marcada para o domingo (25/9).   | SÓ SE FOR POR AMOR | NETFLIX   Assim como “Rensga Hits!”, essa série musical se passa no universo sertanejo e é estrelada pela multitalentosa Lucy Alves (“Tempo de Amar”), Felipe Bragança (“Dom”) e a cantora Agnes Nunes, em sua estreia como atriz. Na trama, que se desenrola em Goiás, Deusa (Lucy Alves) e Tadeu (Filipe Bragança) são um casal apaixonado que decide criar uma banda, a Só Se For por Amor. Mas assim que começam a fazer sucesso, Deusa recebe uma proposta de carreira solo. Ao seguirem rumos diferentes, a relação deles sofre abalos, enquanto o grupo procura uma nova vocalista. É quando surge a misteriosa Eva (Agnes Nunes).   | CONVERSAS ENTRE AMIGOS | STAR+   A nova minissérie da equipe de “Normal People” é também outra adaptação de um livro de Sally Rooney com roteiros de Alice Birch (“Lady Macbeth”) e direção do cineasta Lenny Abrahamson (“O Quarto de Jack”). A trama examina um quadrilátero romântico interpretado na tela pela estreante Alison Oliver, Sasha Lane (“Utopia”), Jemima Kirke (“Girls”) e Joe Alwyn (“A Longa Caminhada de Billy Lynn”). A protagonista Frances (Alison Oliver) é uma poeta jovem, que, depois de três anos, ainda é a melhor amiga de sua ex-namorada Bobbi (Sasha Lane). As duas são inseparáveis até que, em uma de suas apresentações de poesia em Dublin, adicionam uma terceira mulher na amizade, Melissa (Jemima Kirke), uma escritora mais velha que se apaixona por elas. A convivência com Melissa também inclui seu marido, Nick (Joe Alwyn), um belo ator que inesperadamente balança Frances, apesar dela nunca ter ficado com um homem antes. Após os contatos iniciais, Melissa e Bobbi passam a flertar abertamente, enquanto Nick e Frances começam um caso sério, que testa o vínculo entre todos os personagens. A atração também apresenta uma nova música de Phoebe Bridgers, intitulada “Sidelines”, que é a primeira música original da artista desde seu álbum de 2020, “Punisher”.   | MAYANS MC 4 | STAR+   O spin-off de “Sons of Anarchy” vira crossover na 4ª temporada, com um confronto entre as duas gangues motoqueiros, resgatando alguns personagens da atração anterior. Além disso, os novos episódios ainda aproximam a trajetória do protagonista atual, EZ Reyes (J.D. Pardo), da evolução de Jax Teller (Charlie Hunnam) em “Sons of Anarchy”. A temporada também é a segunda gravada sem a participação do produtor-roteirista Kurt Sutter, criador tanto de “Sons of Anarchy” quanto do derivado, que foi demitido pelo canal por conta de “múltiplas denúncias” de comportamento agressivo no set. O produtor reconheceu suas ações em carta aberta ao elenco e produção, descrevendo-se como “um babaca esquentado”. Com sua saída, a série passou a ser comandada pelo cocriador Elgin James, que tem uma trajetória de vida semelhante a dos personagens – ele fundou uma gangue em Boston e cumpriu pena na prisão. Sua estreia como cineasta aconteceu com o sensível e elogiado drama indie “Little Birds” (2011), exibido no Festival de Sundance, e ele também escreveu o roteiro de “Lowriders” (2017), drama sobre a cultura latina de carros envenenados.   | DAHMER: UM CANIBAL AMERICANO | NETFLIX   A minissérie sobre os crimes do serial killer canibal Jeffrey Dahmer é uma espécie de reprise temática de “The Assassination of Gianni Versace – American Horror Story”. Ambas são produzidas por Ryan Murphy (também de “American Horror Story”), têm a mesma estrutura narrativa e a mesma moral da história. Na atração exibida em 2018, um serial killer foi capaz de matar o dono da grife Versace por causa da homofobia da polícia, que não se dedicou a capturar o assassino que “só” matava gays. Na nova produção, o racismo é o componente primordial para a impunidade do Dahmer durar décadas. Baseada na história real do psicopata, a série mostra como Dahmer, um dos mais famosos serial killers dos EUA, conseguiu assassinar e esquartejar 17 homens e garotos entre 1978 e 1991 sem ser pego, muitas vezes, inclusive, contando com a ajuda da política e do sistema de Justiça dos EUA por conta de seu privilégio branco. Bem apessoado, sempre recebia pedidos de desculpas quando policiais eram chamados por sua vizinha negra, que suspeitava dos crimes. O elenco destaca Evan Peters (“American Horror Story”) como Dahmer e Niecy Nash (“Claws”) como a vizinha, além de Penelope Ann Miller (“American Crime”), Shaun J. Brown (“Future Man”), Colin Ford (“Daybreak”) e o veterano Richard Jenkins (“A Forma da Água”).   | DINHEIRO FÁCIL: A SÉRIE 2 | NETFLIX   Baseada na trilogia criminal sueca “Dinheiro Fácil” (Snabba Cash), que projetou internacionalmente o ator Joel Kinnaman (“Esquadrão Suicida”) e o diretor Daniel Espinosa (“Protegendo o Inimigo”), a série acompanha uma nova personagem da franquia, Leya, uma jovem mãe solteira que tenta entrar na cena das startups e acaba se envolvendo no mundo do crime. A personagem é vivida por Evin Ahmad (da série dinamarquesa “The Rain”), que na 2ª temporada vê o trabalho de sua vida em cheque e precisa novamente apelar para a menos pior das escolhas, fazendo o empreendedorismo e o crime colidirem, e complicando ainda mais sua vida, reviravolta atrás de reviravolta.   | BROOKLYN NINE-NINE 8 | NETFLIX   A última temporada de “Brooklyn Nine-Nine” (também conhecida como “Lei & Desordem”) assume o tom de despedida e reflete os protestos contra o racismo e a violência policial que tomaram conta dos Estados Unidos durante o movimento “Vidas Negras Importam”. Mas sem nunca perder o bom humor. Criada por Daniel J. Goor (roteirista de “Parks and Recreation”) e Michael Schur (criador de “Parks and Recreation”), a série sobre o cotidiano de uma delegacia de polícia do Brooklyn, em Nova York, marcou época com seu elenco formado por Andy Samberg, Andre Braugher, Melissa Fumero, Terry Crews, Joe Lo Truglio, Stephanie Beatriz, Joel McKinnon Miller e Dirk Blocker.

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    Estreia de “Rota 66” retrata um Brasil “muito triste, muito violento”

    22 de setembro de 2022 /

    A série “Rota 66 – A Polícia que Mata”, que estreou nessa quinta (22/9) na plataforma de streaming Globoplay, é baseada no livro homônimo do jornalista Caco Barcellos, que em 1992, muito antes do movimento “Vidas Negras Importam”, causou furor por apontar ações de extermínio da tropa de elite da PM paulista, a Rota, na periferia de São Paulo, que vitimaram basicamente pessoas negras e pobres. “A expectativa para o lançamento é muito grande”, contou Barcellos, durante a coletiva de imprensa da série. “Trabalhei sete anos na investigação dessa história. Durante o processo de apuração, imaginava isso virando um roteiro para o cinema.” “Andava pelas comunidades e, quando cruzava com a história de alguém que havia sido vítima das ações da Rota, tentava captar os diálogos das pessoas, fazendo com que elas relembrassem todos os detalhes dos episódios que levaram à morte de um filho, de um irmão, por exemplo, pensando justamente em construir esses diálogos, imaginando um futuro roteiro. Nunca deixei esse assunto de lado”, completou ele. Na série, Barcellos é vivido por Humberto Carrão (“Marighella”), que na trama arrisca a própria vida para denunciar o aparente genocídio. “Foi uma grande responsabilidade para mim, como ator, e para todo o elenco, roteiristas e diretores dar conta de adaptar um livro como o ‘Rota 66’ para o audiovisual”, contou o ator. “A série, ao mesmo tempo, é uma aventura muito bonita, não só pelo Caco ser um grande jornalista, mas também por retratar o ‘jornalismo de acompanhamento’, que ele tanto faz em suas reportagens. Diria que é quase uma forma de homenagear a forma dele de pensar e fazer o jornalismo”. Carrão também falou sobre o processo de preparação para interpretar o jornalista na série. “Tentei aprender as coisas do corpo, a forma de ouvir. Vi mil reportagens, de diferentes épocas, já que a série abrange dez anos. Isso cria um caldo de referências, e ainda tem a afetiva. Mas não senti um peso de que teria que ser o Caco”, explicou ele. A série não vai mostrar apenas a vida profissional do repórter, mas também o seu lado pessoal. “Estive muito tenso antes de ver as primeiras cenas, mas acho que fiquei melhor na ficção do que na vida real”, brincou Barcellos, que também contou que não participou do desenvolvimento do roteiro da série, mas colaborou da maneira que pôde. “Minha postura foi colaborar ao máximo”, explicou ele. “Sugeri a eles: ‘Vão atrás das pessoas que não gostam do meu trabalho, não gostam de mim, para construir um personagem mais complexo, talvez’. E eles se dedicaram muito a me investigar. Quando você é investigado, é claro que fica numa certa tensão. O que será que falam de mim por aí?” A trama da série mergulha no período mais violento de atuação da Rota, entre 1970 e 1990. E o que o jornalista descobriu durante as suas investigações foi que não eram só os bandidos que eram mortos pela polícia. “Embora eu considere grave matar criminoso, evidentemente é mais grave ainda matar pessoas inocentes que nem sequer tiveram um ato ilícito ou um confronto com a polícia. Isso me assustou muito”, disse Barcellos. Falando sobre o processo de escrita do livro, o jornalista explicou que “a maior dificuldade do processo era conviver com as pessoas vítimas dessa violência, enquanto a maior motivação era fazer essa denúncia. Só não desisti por conta disso – sofro muito com a injustiça, mas esse sofrimento não me paralisa, pelo contrário, me movimenta, é um combustível, minha energia para continuar.” “Eu não saberia contar quantas vezes eu acordei com pesadelos horrorosos, com gritos horrorosos. Evidentemente, fiz um processo terapêutico para entender que eram essas vidas eliminadas que (me) acompanham”, completou ele. Barcellos diz que se emocionou ao ver seu esforço traduzido para a tela. “Ver tudo o que eu apurei realizado visualmente é especial e emocionante. Fiquei sensibilizado com a interpretação dos atores”, contou ele. O elenco também destaca Lara Tremouroux (“Medusa”) no papel de uma jornalista que trabalha com Carrão, Adriano Garib (“Bom Dia, Verônica”) como um repórter experiente e mentor da dupla principal, além de Aílton Graça (“Carcereiros”), Ariclenes Barroso (“Segunda Chamada”) e Naruna Costa (“Colônia”). Naruna disse que, para se preparar para o seu papel, ela acompanhou as Mães de Maio de São Paulo, uma organização das famílias das quase 500 vítimas dos chamados Crimes de Maio de 2006, praticados pela polícia. “Foi impactante ouvir o quanto uma morte numa família gera outras mortes simbólicas, de afeto, mas, ao mesmo tempo, geram também outras vidas”, contou ela. “Afinal, muitas mulheres se descobriram líderes dentro de suas comunidades.” A atriz contou que trouxe muito da sua própria experiência para sua personagem. “Sou nascida e criada na periferia da Zona Sul de São Paulo, então vivenciei muito desse cenário que a série traz na minha infância e juventude. É muito doído para quem tem uma relação direta com essas histórias atravessar essa dor e poder contá-las”, disse ela. “Minha personagem, Anabela, é a tradução dessa força. Ela teve a vida devastada por essa violência policial.” “Nosso país foi fundado a partir da morte de muitas pessoas, especialmente pretas, e ainda carrega essa realidade. Então a série fala muito do hoje também”, continua ela. “É uma história que presta um serviço forte sobre [a denúncia d]o genocídio negro no Brasil. É importante que esse tema atinja todos os tipos de público, com variadas visões. Ela percorre anos de um Brasil infelizmente muito próximo do que estamos vivendo hoje. Mais do que representar uma personagem, penso na representatividade que tenho nesse projeto”, concluiu. Falando sobre essa história violenta contemporânea, Caco Barcellos conta que, na época da escrita do livro, a “mentalidade miliciana” estava embrenhada na Rota. “O miliciano é essencialmente um preguiçoso. O violento não gosta de trabalhar, inclusive os fardados. Porque é complicado trabalhar, investigar. É mais simples, entre aspas, usar a perversidade da tortura.” Humberto Carrão, que acompanhou o jornalista numa reportagem no Morro do Salgueiro como parte de sua pesquisa, contou que experimentou o impacto da violência nessa incursão. “É muito complexo, muito triste, muito violento. Enquanto o Caco estava entrevistando uma mãe, eu ouvi comentários de que tinha acabado de acontecer uma Troia, um método inconstitucional no qual o policial se esconde na mata ou em uma casa e espera um jovem considerado suspeito passar para executá-lo”, contou. Apesar disso, Caco Barcellos é esperançoso em relação ao futuro. “Tenho esperança nas novas gerações, as bandeiras identitárias significam gestos de esperança. Os jovens são mais conscientes e não estão admitindo, como aceitavam no passado, essa brutalidade contra eles. Tenho uma grande esperança que as coisas melhorem, a mesma que tinha quando fiz aquela investigação no passado”, disse ele. “Eu divido com o Caco a esperança de que as coisas possam se transformar, mas também a frustração e a tristeza de que trabalhos tão contundentes tenham sido feitos durante esses anos e, mesmo assim, os números de violência continuam grandes ou até maiores do que eram 30 anos atrás”, denunciou o ator. “A realidade continua e está até pior, pois vivemos um momento de estímulo e intenção de volta a esse passado” “‘Rota 66’ é uma série dura, sobre as pessoas que sobrevivem a esse cenário de violência, e que traz uma ferramenta política muito importante”, completou Carrão. Coprodução da Boutique Filmes, “Rota 66 – A Polícia que Mata” tem roteiro de Teodoro Poppovic, criador de “Ninguém Tá Olhando” na Netflix, e direção de Philippe Barcinski (“Entre Vales”) e Diego Martins (“Hard”). A série teve seus primeiros quatro episódios disponibilizados na madrugada desta quinta (22/9) e novos capítulos serão adicionados semanalmente no serviço de streaming Globoplay. Assista abaixo ao trailer.

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    Rota 66: Humberto Carrão denuncia violência policial em trailer tenso da Globoplay

    20 de setembro de 2022 /

    A Globoplay divulgou o trailer de “Rota 66 – A Polícia que Mata”, série policial que estreia na quinta-feira (22/9). A prévia impactante mostra ações de extermínio da polícia paulista em bairros pobres e a falta de ação da Justiça para impedir que pessoas inocentes continuassem a ser assassinadas por conta da cor de suas peles. A trama adapta o livro homônimo do jornalista Caco Barcellos, lançado em 1992, que mergulha no período mais violento de atuação da Rota, a tropa de elite da PM paulista, entre 1970 e 1990. Na série, o repórter vivido por Humberto Carrão (“Marighella”) descobre cada vez mais vítimas inocentes da polícia na periferia de São Paulo, percebendo que a violência excessiva é cometida exclusivamente contra negros e pobres. Ele arrisca a própria vida para denunciar o aparente genocídio. O elenco também destaca Lara Tremouroux (“Medusa”) no papel de uma jornalista que trabalha com Carrão, Adriano Garib (“Bom Dia, Verônica”) como um repórter experiente e mentor da dupla principal, além de Aílton Graça (“Carcereiros”), Naruna Costa (“Colônia”), Ariclenes Barroso (“Segunda Chamada”) e outros. Coprodução da Boutique Filmes, a série tem roteiro de Teodoro Poppovic, criador de “Ninguém Tá Olhando” na Netflix, e direção de Philippe Barcinski (“Entre Vales”) e Diego Martins (“Hard”).

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    Humberto Carrão encontra Caco Barcellos nos bastidores da nova série “Rota 66″

    14 de setembro de 2022 /

    O ator Humberto Carrão (“Marighella”) compartilhou em seu Instagram uma foto com o jornalista Caco Barcellos (“Profissão Repórter”), tirada nos bastidores de “Rota 66 – A Polícia que Mata”, série que estreia no próximo dia 22 no Globoplay. “Que alegria estar perto do Caco!”, escreveu o ator, que interpreta o jornalista na produção. A trama adapta o livro homônimo de Barcellos e é focada no período mais violento de atuação da Rota, a tropa de elite da PM paulista, entre 1970 e 1990. Na série, o repórter vivido por Carrão descobre cada vez mais vítimas inocentes da polícia na periferia de São Paulo. Longe dos holofotes, a violência excessiva é cometida contra jovens negros e pobres. O elenco também destaca Lara Tremouroux (“Medusa”) no papel de uma jornalista que trabalha com Carrão, Adriano Garib (“Bom Dia, Verônica”) como um repórter experiente e mentor da dupla principal, além de Aílton Graça (“Carcereiros”) como integrante do núcleo policial da história. Coprodução da Boutique Filmes, a série tem roteiro de Teodoro Poppovic, criador de “Ninguém Tá Olhando” na Netflix, e direção de Philippe Barcinski (“Entre Vales”) e Diego Martins (“Hard”). Barcellos ganhou o Prêmio Jabuti na categoria Reportagem pelo livro “Rota 66”, lançado em 1992. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por humbertocarrao (@humbertocarrao)

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