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    Morre Lea Massari, estrela de “A Aventura” e ícone do cinema europeu

    26 de junho de 2025 /

    Atriz italiana, que faleceu aos 91 anos, trabalhou em clássicos de Michelangelo Antonioni, Louis Malle e Dino Risi

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    Morre Alain Delon, um dos maiores atores franceses, aos 88 anos

    18 de agosto de 2024 /

    Ele estrelou alguns dos principais clássicos europeus dos anos 1960 como "O Sol por Testemunha", "Rocco e Seus Irmãos", "O Leopardo", "Eclipse" e "O Samurai"

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    Jean-Louis Trintignant (1930–2022)

    17 de junho de 2022 /

    O ator Jean-Louis Trintignant, um dos maiores intérpretes do cinema francês, morreu nesta sexta-feira (17/6) aos 91 anos. Ele tinha câncer e sua mulher, Mariane Hoepfner Trintignant, informou que ele morreu “pacificamente, de velhice, esta manhã em casa no Gard, cercado por seus entes queridos”, de acordo com o jornal Le Monde. Ao longo de quase 70 anos de carreira e mais de 130 filmes – sem contar dezenas de peças de teatro – , ele foi dirigido pelos principais mestres do cinema europeu, demonstrando enorme versatilidade ao encarar de dramas artísticos da nouvelle vague a comédias comerciais, épicos históricos e até western spaghetti. Originalmente, Trintignant queria ser diretor. Mas para pagar o curso na escola de cinema IDHEC em Paris começou a assumir pequenos papéis na tela. Até que chamou atenção em 1956 como um dos três homens envolvidos com Brigitte Bardot no famoso filme “E Deus Criou a Mulher” (1956), de Roger Vadim. O cineasta ficou com ele mente, mesmo que Trintignant ainda não levasse a carreira de ator à sério, especialmente pelas condições da época – após filmar o clássico de Vadim, ele foi convocado pelo serviço militar e levado a lutar na Guerra da Argélia. Após três anos, Vadim o reencontrou para integrar o elenco de sua adaptação de 1959 de “Ligações Perigosas”, de Choderlos de Laclos – lançada no Brasil como “Ligações Amorosas” – , onde contracenou com Jeanne Moreau e Boris Vian. E a partir daí Trintignant não parou mais. No mesmo ano, fez seu primeiro papel de protagonista naquele que também foi seu primeiro trabalho estrangeiro: o drama de guerra “Verão Violento”, filmado na Itália por Valerio Zurlini. E em seguida foi integrar o elenco internacional de seu primeiro épico, um filme de Napoleão com o especialista Abel Gance, “Com Sangue se Escreve a História” (Austerliz, 1960), ao lado de estrelas de Hollywood (Jack Palance, Orson Welles, Leslie Caron), da Cinecittà (Claudia Cardinale, Vittorio de Sica) e compatriotas (Jean Marais, Pierre Mondy, Martine Carol). O sucesso dos dois longas o tornou requisitado tanto na França quanto na Itália, fazendo sua filmografia inflar. Nos cinco anos seguintes, fez nada menos que 20 filmes, incluindo “Paixões e Duelo” (1962), de Alain Cavallier, como um terrorista casado com Romy Schneider, e duas comédias muito populares com Vittorio Gassman: “Aquele Que Sabe Viver” (1962), de Dino Risi, e “Minha Esposa é um Sucesso” (1963), de Mauro Morassi. Também estrelou coproduções entre França e Itália, como “Castelos na Suécia” (1963), dirigido por Roger Vadim e coestrelado por Monica Vitti, e a aventura romântica “Maravilhosa Angélica” (1964), de Bernard Borderie. Trintignant ainda estrelou o primeiro de seus filmes com Costa Gavras, “Crime no Carro Dormitório” (1965), antes de embarcar no papel que o projetou como nenhum outro, “Um Homem, uma Mulher” (1966), de Claude Lelouch. Considerado um dos filmes românticos mais famosos de todos os tempos, a história de amor vivida pelo ator e Anouk Aimée venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes e dois Oscars – Melhor Filme em Língua Estrangeira e Melhor Roteiro. O filme foi tão marcante que resultou num reencontro entre o casal e o diretor na continuação “Um Homem, uma Mulher: 20 Anos Depois”, lançada em 1986. Seu alcance mundial também transformou Trintignant num dos maiores astros do cinema francês. Por isso, mesmo aumentando a pilha de projetos, ele passou a aparecer em filmes cada vez mais importantes. A lista é enorme, destacando o drama de guerra “Paris Está em Chamas?” (1966), de René Clement, que disputou dois Oscars, o célebre filme lésbico “As Corças” (1968), de Claude Chabrol, premiado no Festival de Berlim, o politizado “Z” (1969), de Costa Gavras, vencedor do Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, o romântico “Minha Noite com Ela” (1969), de Éric Rohmer, indicado ao Oscar de Melhor Roteiro, o icônico “O Conformista” (1970), de Bernardo Bertolucci, também indicado ao Oscar e responsável por um dos melhores desempenhos de Trintignant, entre muitos, muitos outros. Com tantos trabalhos marcantes, o próprio ator começou a receber prêmios, a partir de “O Homem que Mente” (1968), de Alain Robbe-Grillet, que lhe rendeu o Urso de Prata no Festival de Berlim. No ano seguinte, foi a vez do Festival de Cannes saudá-lo por “Z”. Mas o César, considerado o Oscar francês, só passou a considerá-lo numa fase mais madura de sua carreira. Na década de 1970, embarcou em novos projetos artísticos do diretor Robbe-Grillet (os cultuados “Deslizamentos Progressivos do Prazer” e “O Jogo com o Fogo”), retomou sua química com Romy Schneider em outros romances (“O Último Trem”, “Escalada ao Poder”), fez mais uma colaboração sensacional com o diretor Valerio Zurlini (“O Deserto dos Tártaros”) e até estreou em Hollywood, contracenando com Burt Reynolds e a conterrânea Catherine Deneuve em “Crime e Paixão” (1975), de Robert Aldrich. Depois de consagrado e rico, o grande astro ficou ainda mais exigente, o que compactuou com sua longevidade artística. Escolhendo a dedo seus projetos, ele só não viveu um renascimento nas décadas seguintes porque sua carreira nunca decaiu. Vieram três parcerias consecutivas com Ettore Scola: “O Terraço” (1980), premiado no Festival de Cannes, “Paixão de Amor” (1981) e “Casanova e a Revolução” (1982), vencedores de vários prêmios David di Donatello (o Oscar italiano). Veio seu melhor filme americano: “Sob Fogo Cerrado” (1983), de Roger Spottiswoode, indicado ao Oscar e vencedor da categoria de Melhor Filme Estrangeiro no David di Donatello. Veio a protelada colaboração com o mestre François Truffaut: “De Repente num Domingo” (1983), indicado ao César e ao BAFTA (o Oscar britânico). E, principalmente, veio a primeira indicação ao César de Trintignant, como Ator Coadjuvante em “A Mulher de Minha Vida” (1986), de Régis Wargnier. Mas ele ainda estava só começando. Com mais de 60 anos, passou a acumular indicações ao César como Melhor Ator: por “A Fraternidade é Vermelha” (1994), de Krzysztof Kieslowski, “Fiesta” (1995), de Pierre Boutron, e “Os que Me Amam Tomarão o Trem” (1998), de Patrice Chéreau. Mostrando-se disposto a se revigorar, passou a trabalhar com uma nova geração de cineastas de visões originais, com destaque para Enki Bilal, um artista de quadrinhos transformado em diretor de ficção científica, com quem filmou três filmes: “Bunker Palace Hotel” (1989), “Tykho Moon” (1996) e “Immortal” (2004). Também fez dobradinha com Jacques Audiard (“O Declínio dos Homens” e “Um Herói Muito Discreto”) e participou de uma das melhores fantasias de Marc Caro e Jean-Pierre Jeunet, dublando um cérebro falante em “Ladrão de Sonhos” (1995). Essa dedicação ao cinema foi recompensada com outro papel importante no fôlego final de sua carreira. Trintignant viveu o marido octogenário e solitário, que opta pela morte misericordiosa de sua esposa (Emmanuelle Riva), após ela sofrer derrame em “Amor” (2012). O filme do austríaco Michael Haneke venceu a Palma de Ouro e o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. E rendeu ao astro veterano o César de Melhor Ator, que tantas vezes escapou de seu alcance. Sobre o filme, o ator disse ao Le Journal du Dimanche: “O personagem me emocionou enormemente. Como ele, estou no fim da minha vida. E como ele, penso muito em suicídio. Qualquer que seja o papel que Haneke queira me escalar a seguir, eu vou aceitar.” De fato, ele voltou a atuar para Haneke em “Happy End” (2014), antes de se despedir das telas com um último drama. O ator foi casado com a atriz Stéphane Audran, que o trocou pelo diretor Claude Chabrol – e depois os três filmaram juntos “A Corsas”. Sua segunda esposa, Nadine Marquand, também foi atriz, roteirista e diretora – e dirigiu o marido em alguns filmes. Eles tiveram três filhos: o diretor Vincent Trintignant, Pauline (que morreu no berço em 1969) e Marie Trintignant, que se tornou uma atriz de sucesso, antes de ser assassinada pelo namorado em 2003, aos 41 anos. Em 2018, Trintignant anunciou que tinha sido diagnosticado com câncer de próstata e não procuraria tratamento. Seu velho amigo, Claude Lelouch, o procurou na ocasião para fazer um filme-homenagem, “Os Melhores Anos de Uma Vida”, título perfeito para o reencontro final de um homem, uma mulher e um diretor. Em sua despedida das telas, Trintignant voltou a contracenar com Ainouk Aimée como um idoso tentando lembrar o grande amor de sua vida, com direito a flashbacks de cenas em que todos eram jovens encantados. “Envelhecer é apenas uma série de problemas”, disse ele em entrevista recente. “Mas, no final, foi bom eu ter permanecido vivo por tanto tempo. Eu pude conhecer muitas pessoas interessantes.”

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    Andrzej Zulawski (1940 – 2016)

    18 de fevereiro de 2016 /

    Morreu o diretor polonês Andrzej Zulawski, dos cultuados “O Importante É Amar” (1975) e “Possessão” (1981). Ele faleceu em consequência de um câncer, aos 75 anos de idade, informou seu filho, o também cineasta Xawery Zulawski, pelo Facebook. Zulawski nasceu em 1940 na cidade polonesa de Lwów – que após a 2ª Guerra Mundial foi rebatizada de Lviv e anexada à Ucrânia. Ele estudou cinema em França no final dos anos 1950 e iniciou a carreira como diretor assistente do célebre cineasta polonês Andrzej Wajda, trabalhando no potente drama do holocausto “Samson, a Força Contra o Ódio” (1961), na antologia romântica “O Amor aos 20 Anos” (1962) e no épico napoleônico “Cinzas e Diamantes” (1965). A qualidade de seu trabalho acabou chamando atenção do ucraniano Anatole Litvak, já estabelecido em Hollywood, que o convidou a auxilia-lo nas filmagens do clássico de guerra “A Noite dos Generais”, filmado na Polônia com muitos astros ingleses, como Peter O’Toole, Tom Courtenay e Donald Pleasence, além do egípcio Omar Shariff, em papeis de militares nazistas. Com a experiência adquirida, dirigiu seu primeiro longa-metragem em 1971, “A Terça Parte da Noite”, passado durante a ocupação nazista da Polônia, mas com tom bem diferente das obras em que foi assistente. A perseguição de um homem fugitivo, que tem a família exterminada, assumia com Zulawski contornos de terror, com direito a visões alucinógenas. O tema da descida à loucura repetiu-se em “O Diabo” (1972), passado durante a invasão da Polônia pela Prússia no final do século 18. Mas a violência do protagonista, que disfarçava uma metáfora sobre como a Polônia vinha sendo tratada por invasores ao longo dos séculos, fez o filme ser proibido pelas autoridades comunistas. A proibição levou o cineasta a buscar exílio na França, onde realizou, em 1975, aquela que é considerada a sua obra-prima, “O Importante É Amar”, melodrama estrelado pela austríaca Romy Schneider. História de um triângulo amoroso, o longa mostra uma atriz no ponto mais baixo da sua carreira, filmando obras eróticas, quando um fotógrafo apaixonado resolve lhe ajudar, financiando, com dinheiro de agiotas, uma produção teatral para ela estrelar. O gesto a comove, mas ela é casada e se vê dividida. Romy Schneider, que venceu o César (O Oscar francês) pelo papel, dizia que “O Importante É Amar” foi o melhor filme de sua carreira, repleta de clássicos. Depois das performances à beira da histeria de “O Importante É Amar”, Zulawski buscou novos excessos com seu filme seguinte, “Possessão” (1981). Novamente demandando uma grande performance de sua protagonista, o diretor filmou Isabelle Adjani entre cenas grotescas e escatológicas. Na trama, após pedir divórcio de seu marido, o comportamento da sua personagem se torna cada vez mais errático. Até que as suspeitas de infidelidade revelam algo muito pior, com o clima alucinatório atingindo níveis apocalípticos. O terror contou também com uma coincidência importante: dois meses antes, o ator Sam Neill tinha interpretado Damien Thorne em “A Profecia 3”. Ele era o marido traído, mas também a besta apocalíptica do novo horror, que surgia inicialmente como um monstro amórfico, fazendo sexo com Adjani. A entrega da atriz às situações bizarras acabou recompensada com o César, além de um prêmio no Festival de Cannes. “Possessão” foi um filme nascido do aborto de outro. Consagrado com “O Importante É Amar”, Zulawski tentou voltar a filmar na Polônia em 1977. Mas a produção de “Globo de Prata” foi interrompida pelos comunistas e parte dos negativos se perdeu, levando o diretor a voltar à França para extrapolar em “Possessão”. Entretanto, Zulawski completaria aquele filme interrompido em 1988, usando narração em off para cobrir a ausência das cenas desaparecidas. Os filmes seguintes de Zulawski mantiveram-se fiel a seu estilo exagerado e controverso, atraindo sempre grandes atrizes dispostas a se arriscar, como Valérie Kaprisky, em “A Mulher Pública” (1984). Como um jovem atriz inexperiente, sua personagem é convidada a desempenhar um papel em um filme baseado em, claro, “Os Possessos”, de Dostoievski. Mas o diretor passa a tomar conta de sua vida pessoal, e em pouco tempo ela se torna incapaz de identificar a diferença entre o filme e a realidade. Logo após se casar com Sophie Marceau, Zulawski a escalou em “A Revolta do Amor” (1985), livremente adaptado de “O Idiota”, de Dostoievski, colocando-a como vértice de um triângulo amoroso estranho e trágico, que envolve seu namorado ladrão e o idiota que o segue por todo o lado. O casamento rendeu mais três filmes com a atriz, “Minhas Noites São Mais Belas que Seus Dias” (1989), “A Nota Azul” (1991) e “A Fidelidade” (2000). Este último lidava com a questão do amor e a fidelidade e, sintomaticamente, antecipou a separação do casal, que se divorciou no ano seguinte. Além de dar imagens a suas obsessões amorosas, Zulawski também era apaixonado pela arte, o que rendeu várias adaptações e referências a grandes autores – de Dostoievski a Andy Warhol, celebrado em “A Fidelidade”. Mas ele também filmou referências mais diretas, como “Boris Godounov” (1989), a gravação da famosa ópera de Modest Mussorgsky sobre os eventos trágicos do governo do czar Boris no século 17 – repleto de anacronismos para incluir críticas à União Soviética – e “A Nota Azul”, sobre os últimos dias de Chopin. Com o fim da União Soviética, ele fez uma nova tentativa de filmar na Polônia, trabalhando sobre um roteiro da escritora feminista Manuela Gretkowska. O título “Szamanka” (1996) significa xamã em polonês, e há a múmia de um xamã na história, mas a trama gira realmente em torno de uma jovem (a estreante Iwona Petry), conhecida apenas como “a italiana”, que exerce um fascínio irresistível sobre os homens. Totalmente amoral, ela faz o que lhe dá na telha e ninguém consegue recusá-la, especialmente o professor de antropologia que lhe aluga um quarto. Como de praxe, não faltam visões, que culminam num desfecho canibal. Mesmo após a queda do comunismo, o filme incomodou o governo polonês, que só permitiu exibições noturnas, enquanto a crítica local o taxou como “O Último Tanto em Varsóvia” pelo forte conteúdo sexual. Mas após lançar seu filme seguinte, “Fidelidade”, a separação de Marceau abalou seu processo criativo, fazendo-o se afastar do cinema por 15 anos, período em que se dedicou à literatura e expressou sua desilusão e desgosto pelo estado do cinema atual. “Fui o último aluno destes dinossauros que admirei, Bergman, Fellini, Kurosawa, Welles, Stroheim, Peckinpah… O cinema que queria fazer não existe mais, a voz extinguiu-se. A inteligência abandonou o argumento e a realização para se refugiar na tecnologia. Para mim, acabou”, ele escreveu em 2004. Apenas a proximidade da morte o fez retornar à ativa, com o lançamento de “Cosmos”, seu último filme, em 2015. Adaptação do romance homônimo de Witold Gombrowicz, “Cosmos” acompanhava dois amigos que chegavam numa casa de campo, onde encontram sinais misteriosos e assustadores. A obra rendeu a Zulawski o prêmio de Melhor Diretor do Festival de Locarno, o mais importante reconhecimento de sua carreira, com o qual se despediu, no exato momento em que o filme começa a ganhar “vida” no circuito exibidor.

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