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    Últimos Dias no Deserto humaniza Jesus Cristo

    10 de setembro de 2016 /

    Filho do escritor colombiano Gabriel García Márquez, Rodrigo García seguiu uma trajetória bem diferente de seu saudoso pai. Desde que estreou em 2000 como diretor do delicado “Coisas que Você Pode Dizer Só de Olhar para Ela“, García tem alternado uma carreira no cinema e na TV com narrativas que privilegiam as mulheres e a psicologia de pessoas com vidas nada extraordinárias. Embora “Últimos Dias no Deserto” tenha um verniz bíblico, pode-se dizer que é a primeira vez que Rodrigo García faz um filme com proximidade à obra literária de seu pai. A “expedição” enfrentada pelo Yeshua (pronúncia hebraica de Jesus) vivido por Ewan McGregor (“Álbum de Família”) carrega todo aquele peso existencial de obras como “Memórias de Minhas Putas Tristes” e “Relato de Um Náufrago”, por exemplo. Também assinado por Rodrigo García, o roteiro de “Últimos Dias no Deserto” imagina com muitas liberdades uma peregrinação de 40 dias de Yeshua pelo deserto. Por si só e em jejum, Yeshua aplaca o vazio de sua jornada com orações, encontrando ao final Jerusalém como o seu destino. Indo contra o caminho de filmes bíblicos de proporções épicas que seguem em produção, “Últimos Dias no Deserto” traz um Jesus Cristo intimista em uma “aventura” sem qualquer adorno para engrandecer as suas ações. A escolha favorece a intenção de humanizar uma figura divina, que se vê enclausurada em dilemas com as aparições inconvenientes do Diabo (também interpretado por Ewan McGregor) e ao cruzar com uma família. Composta por um Pai (Ciarán Hinds, de “A Mulher de Preto”), uma Mãe (Ayelet Zurer, que esteve na nova versão de “Ben-Hur” como a mãe do personagem-título) que adoece e um Filho (Tye Sheridan, de “X-Men: Apocalipse”), tal família constrói aos poucos uma casa enquanto dormem em uma tenda. Habilidoso carpinteiro, Yeshua oferece a sua mão de obra e, no processo, percebe um atrito entre o Pai e o Filho – este segundo, um jovem de 16 anos, é claramente oprimido para viver no deserto. Para potencializar ao máximo as relações do protagonista com os componentes dessa família e da figura demoníaca com as mesmas feições de Yeshua, “Últimos Dias no Deserto” é quase isento de elementos cenográficos. Com exceção de trapos, gravetos e o esqueleto do que pretende ser uma habitação, não há nada além da aridez do deserto diante dos nossos olhos. A fotografia de Emmanuel Lubezki sequer se permite a transformar as paisagens em espetáculos visuais, algo esperado do mexicano que venceu consecutivamente três estatuetas do Oscar por “Gravidade” (2013), “Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)” (2014) e “O Regresso” (2015). Os planos abertos são geralmente usados em circunstâncias em que a desolação é o sentimento que toma os pensamentos de Yeshua. O olhar muito particular de Rodrigo García, ainda que não se furte de emoção genuína (como a descida do Pai em uma montanha para resgatar uma pedra preciosa), também é frio ao apresentar certo distanciamento diante da própria história que narra, quase se aproximando de “O Canto dos Pássaros”, filme de 2008 dirigido por Albert Serra sobre a viagem d’Os Três Reis Magos para adorar o menino Jesus. Apesar da dessacralização encenada, Rodrigo García sai-se melhor em seus relatos dramáticos de indivíduos facilmente identificáveis em nosso cotidiano.

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    Estreias: O Homem nas Trevas domina o escuro dos cinemas brasileiros

    8 de setembro de 2016 /

    O terror “O Homem nas Trevas” chega ao circuito com a ambição de repetir no Brasil seu sucesso americano. Há duas semanas na liderança das bilheterias dos EUA, o filme dirigido pelo uruguaio Fede Alvarez (“A Morte do Demônio”) tem o maior lançamento da semana, com distribuição em 460 telas. E após uma leva de decepções do gênero, seu clima tenso deve agradar quem gosta de levar sustos no escuro do cinema. Com 86% de aprovação no Rotten Tomatoes, gira em torno de três jovens ladrões que invadem a casa de um cego, sem saber que, em vez de roubar uma vítima indefesa, entraram no covil de um psicopata mortal. A segunda estreia mais ampla é uma produção nacional. A comédia “O Roubo da Taça” se revela uma boa surpresa, ao evitar os lugares comuns do besteirol televisivo para enveredar pela crítica social num humor bastante ácido. O filme relata o roubo verídico da Taça Jules Rimet, símbolo do tricampeonato da seleção brasileira de futebol de 1970, mas inventa boa parte da história. Venceu o prêmio do público no festival americano SXSW e quatro troféus em Gramado, incluindo os de Ator para Paulo Tiefenthaler (“O Lobo Atrás da Porta”) e Roteiro para Lusa Silvestre (“Mundo Cão”) e o diretor Caíto Ortiz (“Estação Liberdade”). Estreia em 180 salas. “Herança de Sangue” marca a volta triunfal de Mel Gibson aos filmes de ação, pelas mãos de um cineasta francês, Jean-François Richet (“Inimigo Público nº 1”), e com aprovação da crítica americana – 86% no site Rotten Tomatoes. Na trama, o personagem de Gibson faz tudo para salvar a filha, jurada de morte por traficantes. Em 138 salas. Pior filme da semana, a comédia besteirol americana “Virei um Gato”, estrelada por Kevin Spacey (série “House of Cards”), é a versão felina de diversos filmes de homens que trabalham demais, negligenciam suas famílias e viram cães. Como a crítica prefere cachorrinhos, teve apenas 10% de aprovação no Rotten Tomatoes. Despejado em 116 telas. A outra comédia americana desta quinta (8/9) teve 61% de aprovação mesmo sem cachorrinhos, embora seu título seja “Cães de Guerra”. Baseada numa história verídica, mostra Jonah Hills (“Anjos da Lei”) e Miles Teller (“Divergente”) como dois jovens inexperientes que ficaram milionários ao conseguir, de forma inacreditável, um contrato com o Pentágono para negociar armas no Oriente Médio. A direção de Todd Philips (“Se Beber, Não Case!”) busca ultrajar, mas também rende uma classificação etária elevada (escândalo: 16 anos no Brasil e censura livre na França, logo é “perseguido” politicamente como “Aquarius”!), que limita seu circuito a 60 salas. O drama religioso “Últimos Dias no Deserto” traz o escocês Ewan McGregor (“O Impossível”) como Jesus Cristo, mas, em contraste a “Ben Hur” e lançamentos evangélicos recentes, ocupa, sem fanfarra alguma, apenas 29 salas. O tamanho é inversamente proporcional à sua qualidade, ao desafiar dogmas para mostrar um Jesus humano. Dirigido pelo colombiano Rodrigo García (filho do escritor Gabriel García Márquez), a trama se passa durante os 40 dias de jejum e oração de uma peregrinação solitária pelo deserto, na qual Jesus encontra o próprio diabo. Com 72% de aprovação, ainda conta com uma cinegrafia deslumbrante, assinada pelo mexicano Emmanuel Lubezki (“O Regresso”), que venceu os três últimos Oscars de Melhor Fotografia. Passado durante a 2ª Guerra Mundial, o drama “Viva a França!” acompanha August Diehl (“Bastardos Inglórios”) como um pai desesperado, que atravessa os campos franceses, tomados por nazistas, para encontrar o filho desaparecido durante a invasão alemã da França, contando com a ajuda de um soldado britânico desgarrado, vivido por Matthew Rhys (série “The Americans”). A direção é do francês Christian Carion, responsável pelo belo “Feliz Natal”, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2006. A exibição é restrita a nove telas. Três filmes nacionais completam a programação, ainda que de forma praticamente invisível. O romance lésbico “Nós Duas Descendo a Escada” chega a somente duas telas em São Paulo e duas em Porto Alegre. Roteiro e direção são de um homem, o gaúcho Fabiano de Souza, que antes fez o ótimo “A Última Estrada da Praia” (2010). Quem conseguir ver, vai se surpreender com um filme repleto de citações cinéfilas, que merecia poder respirar melhor no circuito. Os dois títulos finais são documentários. “Jaime Lerner – Uma História de Sonhos” não deixa de ser também propaganda política, pelos personagens que desfila. Afinal, além de ser um urbanista renomado, Lerner foi governador do Paraná por duas vezes. O lançamento, curiosamente, vai ignorar o estado, chegando a uma sala no Rio e a outra em São Paulo. Já “O Touro” não teve circuito divulgado. Primeiro longa escrito e dirigido pela brasiliense Larissa Figueiredo, acompanha uma garota portuguesa que descobre que os moradores de Lençóis, na Bahia, proclamam-se descendentes de Dom Sebastião, o lendário rei de Portugal que desapareceu no século 16.

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    Últimos Dias no Deserto: Ewan McGregor é Jesus Cristo em trailer e fotos de drama indie

    27 de março de 2016 /

    A Broad Green Pictures divulgou o pôster, fotos e o trailer do drama independente “Últimos Dias no Deserto”, que traz o ator Ewan McGregor (“Álbum de Família”) como Jesus Cristo, durante sua peregrinação no deserto. A prévia surpreende pelo clima dramático, pela interpretação de McGregor, que em algumas sequências contracena consigo mesmo, e pela belíssima fotografia, assinada pelo mexicano Emmanuel Lubezki, vencedor de três Oscars consecutivos por “Gravidade” (2013), “Birdman” (2014) e “O Regresso” (2015). O filme conta uma parábola fictícia, passada durante os 40 dias em que Jesus jejuou e orou no deserto. Neste período, ele teria encontrado o diabo, com quem lutou pelo destino de uma família em crise. Além de McGregor, o elenco inclui Tye Sheridan (“Amor Bandido”), Ciaran Hinds (série “Game Of Thrones”), Ayeley Zurer (“O Homem de Aço”) e Susan Gray (“As Senhoras de Salém”). Escrito e dirigido pelo colombiano Rodrigo García (“Albert Nobbs”), “Últimos Dias no Deserto” teve première no Festival de Sundance do ano passado e chegará aos cinemas brasileiros em 26 de maio, duas semanas após seu lançamento comercial nos EUA.

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