O Tradutor, estrelado por Rodrigo Santoro, é candidato de Cuba ao Oscar de Melhor Filme Internacional
Pela primeira vez na História, Cuba indicou um candidato para disputar o Oscar de Melhor Filme Internacional (categoria que até este ano era conhecida como Melhor Filme de Língua Estrangeira). E a obra escolhida é uma produção estrelada por artista brasileiro. Trata-se de “O Tradutor”, protagonizado por Rodrigo Santoro. No filme, Santoro fala espanhol e russo, dando vida à história real de Manuel Barriuso Andin, pai dos diretores Rodrigo e Sebastián Barriuso, que estreiam na direção de longas. A trama gira em torno de Manuel (Santoro), um professor universitário de literatura russa convocado a trabalhar na ala infantil de um hospital em Havana, que recebeu vítimas do acidente nuclear de Chernobyl. Ele auxilia a comunicação entre os médicos e os pacientes, que foram enviados pela Rússia para receber tratamento em Cuba. Mas o fato de serem crianças o deixa abalado. “O Tradutor” foi exibido no Festival de Sundance, nos Estados Unidos, lançado em abril passado no Brasil. O candidato do Brasil na disputa por uma vaga é “A Vida Invisível”, do diretor Karim Aïnouz. A lista com todos os candidatos ainda passará pela triagem de um comitê da Academia, que divulgará uma relação dos melhores, geralmente nove pré-selecionados, no final do ano. Dentro desses, cinco serão escolhidos para disputar o Oscar. Os indicados ao Oscar 2020 serão divulgados no dia 13 de janeiro e a premiação está marcada para o dia 9 de fevereiro, em Los Angeles.
Rodrigo Santoro sustenta drama de O Tradutor em espanhol e russo
“O Tradutor” é um filme cubano-canadense estrelado pelo ator brasileiro Rodrigo Santoro, atuando em duas línguas: o espanhol e o russo. A história é contada a partir de eventos verdadeiros, vividos pelo pai e também pela mãe dos diretores, Rodrigo e Sebastián Barriuso, ambos cubanos, atualmente morando no Canadá. O ano é 1989, coincide com a queda do Muro de Berlim, que modificaria muita coisa na vida de Cuba, com o colapso da União Soviética. Mas Cuba, nesse momento, e pelo que se pode inferir desde 1986, estava recebendo em seus hospitais vítimas de radiação do pavoroso acidente nuclear de Chernobyl, ao norte da Ucrânia, próximo à fronteira com a Bielorrússia. Malin (Rodrigo Santoro), professor de literatura russa na Universidade de Havana, vê seu curso e suas aulas serem suspensos e é designado para atuar como tradutor junto a pacientes soviéticos internados em Cuba. O que lhe cabe é a dolorosa tarefa de trabalhar como intérprete, numa sessão que atende crianças contaminadas, com leucemia, e os familiares que as acompanham. Será algo capaz de mudar a vida do professor universitário e fazê-lo descobrir meios de interação com essas figuras inocentes atingidas cruelmente pela tragédia. E, ao mesmo tempo, capaz de implodir seu casamento e sua relação com os próprios filhos, crianças que também tinham suas carências e a quem faltou a presença paterna. São os diretores do filme “O Tradutor”, elaborando o passado que viveram. É uma história tocante, que trata de afetos e solidariedade, frente às mais terríveis vicissitudes da vida, como foi esse caso. O filme não deixa de mostrar os contextos econômicos e políticos envolvidos, mas sem se deter neles. O desafio pessoal do protagonista nessa circunstância fala mais alto do que tudo. A estrutura da narrativa é clássica. A paleta de cores revela, pelo esmaecimento e frieza, a tristeza que toma conta da história. Mas o tom dramático não pende ao exagero. Muito se passa dentro do personagem principal e da angústia que é obrigado a viver, na situação que lhe é imposta, mas que acaba por lhe trazer um grande desafio que ele se tornará capaz de encarar. Rodrigo Santoro sustenta muito bem o seu personagem, tanto em espanhol quanto em russo. Não é para qualquer um.
O Tradutor: Novo filme de Rodrigo Santoro ganha trailer, fotos e pôster nacional
O drama “O Tradutor”, coprodução cubana e canadense elogiada no recente Festival de Sundance, ganhou fotos, trailer e pôster nacional, que destacam a participação de Rodrigo Santoro. O ator brasileiro tem o papel-título da produção e precisou interpretar em espanhol e russo. O filme acompanha um professor universitário de literatura russa convocado a trabalhar na ala infantil de um hospital em Havana, que recebeu vítimas do acidente nuclear de Chernobyl. Ele auxilia a comunicação entre os médicos e os pacientes, que foram enviados pela Rússia para receber tratamento em Cuba. Mas o fato de serem crianças o deixa abalado. “O Tradutor” é baseado na história real do pai dos diretores, os irmãos Rodrigo e Sebastián Barriuso, que estreiam na direção de longas. O lançamento nos cinemas brasileiros está marcado para 28 de março.

