O que ver em streaming: as estreias deste domingo (2/10)
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O que chega em streaming: confira as principais estreias da semana
A programação destaca duas séries criminais brasileiras, "Tremembé" e "Os Donos do Jogo", além de "Mistério em Cemetery Road" e "Robin Hood"
Trailer de “Robin Hood” traz Sean Bean como vilão
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Hugh Jackman vai viver Robin Hood em novo filme
Filme mostrará os últimos anos do famoso herói bandido, que roubava dos ricos para dar para os pobres
Ruthie Tompson (1910–2021)
A lendária animadora Ruthie Tompson morreu na segunda-feira (11/10) durante o sono em sua residência num condomínio de artistas veteranos de Hollywood aos 111 anos. Tompson trabalhou na The Walt Disney Company por quase 40 anos, começando como modelo infantil das primeiras animações do próprio Walt Disney nos anos 1920, antes de virar “pintora” e fotógrafa dos desenhos clássicos da empresa, incluindo o primeiro longa, “Branca de Neve e os Sete Anões”, de 1937, e “Bambi”, de 1942. Por ter ajudado a desenvolver um mecanismo de câmera para fotografar com perfeição as cenas animadas, ela se tornou a primeira mulher convidada a integrar o Sindicato dos Diretores de Fotografia dos EUA, no ano de 1952. Walt e Roy Disney a promoveram em seguida à supervisora de continuidade e planejamento de cenas, funções que ela passou a desempenhar em “A Bela Adormecida”, de 1959. Ela também trabalhou em curtas, como o famoso “Donald no País da Matemágica” (1959), e supervisionou a cena animada do longa live-action “Mary Poppins” (1963). Seus últimos trabalhos para o estúdio foram nos anos 1970, supervisionando as animações de bichos falantes “Aristogatas” (1970), “Robin Hood” (1973) e “Bernando e Bianca” (1977). Por coincidência ou não, foram os últimos sucessos antes da Disney entrar num período de crise criativa que durou mais de uma década. Apesar de todo o seu empenho, o nome de Ruthie Tompson nunca apareceu creditada nos filmes da Disney. Seus primeiros créditos só vieram quando ela saiu do estúdio e foi trabalhar com animações adultas, como a japonesa “Metamorphoses” e “O Senhor dos Anéis” de Ralph Bakshi, ambas lançadas em 1978, que infelizmente também encerraram sua carreira profissional. Ela se aposentou aos 68 anos. A Disney reconheceu sua importância para as animações do estúdio no ano de 2000, homenageando-a numa cerimônia especial como “Lenda da Disney”, uma honraria concedida aos profissionais que tiveram impacto na trajetória do estúdio. “Ruthie era uma lenda entre os animadores e suas contribuições criativas para a Disney — de ‘Branca de Neve e os Sete Anões’ (1937) a ‘Bernardo e Bianca’ (1977) — permanecem clássicos amados até hoje”, escreveu Bob Iger, atual presidente executivo do conglomerado Disney, em comunicado. “Enquanto vamos sentir falta de seu sorriso e senso de humor maravilhoso, seu trabalho excepcional e seu espírito pioneiro vão ser para sempre uma inspiração para todos nós. Como uma jovem garota que começou como uma ‘figurante’ nas ‘Alice Comedies’ de 1920 — ela foi dirigida pelo próprio Walt Disney e observou sobre os ombros de Roy O. Disney e Ub Iwerks trabalhando as câmaras silenciosas — e vivendo até os 111 anos, ela era a única pessoa ainda viva que tinha conhecido Walt Disney em seus anos iniciais em Hollywood”, completou Iger. Statement from Bob Iger on the Passing of Disney Legend Ruthie Tompson: pic.twitter.com/pbN2g1SVAk — Walt Disney Company (@WaltDisneyCo) October 11, 2021
Sean Connery (1930 – 2020)
O ator Sean Connery, o primeiro e melhor James Bond do cinema, morreu neste sábado (31/10) nas ilhas das Bahamas, enquanto dormia, aos 90 anos, após estar “indisposto há algum tempo”. “Um dia triste para todos que conheciam e amavam meu pai e uma triste perda para todas as pessoas ao redor do mundo que gostaram do maravilhoso talento que ele tinha como ator”, disse seu filho Jason à BBC. Lembrado como o espião mais charmoso e elegante do cinema, e fora das telas como um cavaleiro, nomeado pela Rainha Elizabeth II Sir Sean Connery em 2000, ele não podia ser mais diferente da percepção pública de sua imagem. Em contraste, ele não era nenhum pouco refinado – como os atores britânicos de hoje, que estudaram em faculdades de artes para seguir carreira. Ele quase nem estudou. Para virar ator, foram dois dias de aulas de atuação e canto, que lhe renderam uma vaga no coro de uma montagem itinerante do musical “South Pacific”, no início de sua carreira. A busca pelo teatro surgiu da necessidade de pagar de contas, e era apenas mais uma tentativa numa longa lista de empregos temporários do proletário escocês de sotaque carregado, que cresceu na pobreza e fez muitos trabalhos braçais antes de considerar os palcos. Thomas Sean Connery nasceu em 25 de agosto de 1930, o mais velho de dois filhos de pais operários em Edimburgo (seu pai dirigia um caminhão e trabalhava em uma fábrica de borracha). Ele abandonou a escola pouco antes de completar 14 anos e trabalhou em uma variedade de empregos ocasionais, incluindo como leiteiro, pedreiro e salva-vidas. Convocado para servir na Marinha Real, acabou dispensado depois de três anos por ter desenvolvido úlcera e recebeu uma bolsa do governo para se tornar aprendiz de polidor de caixões. Também trabalhou na impressão de um jornal de Edimburgo antes de tentar fazer carreira no fisiculturismo e levantamento de peso. Em 1950, ele competiu no concurso Mr. Universo, terminando em terceiro. Com quase 2 metros de altura e músculos definidos, ainda modelou nu para uma galeria de arte de Edimburgo. A presença imponente e a maneira rude também lhe renderam dinheiro como figurante em peças, séries e filmes. Até que teve a chance de substituir Jack Palance (“Os Brutos Também Amam”) num teleteatro ao vivo da BBC, em 1957. A aclamação recebida por seu desempenho lhe fez perceber que podia viver apenas como ator. Ele estreou no cinema no mesmo ano, como um capanga com problema de dicção no filme de gângster “No Road Back”, e assim assinou seu primeiro contrato com um estúdio, a 20th Century Fox. Em pouco tempo, progrediu para papéis de coadjuvante, contracenando com Lana Turner em “Vítima de uma Paixão” (1958), mas foi a BBC que o lançou como protagonista, no papel-título de “Macbeth” (1960), como Alexandre, o Grande, em “Adventure Story” (1961) e como o Conde Vronsky em “Anna Karenina” (1961). Após interpretar um soldado em “O Mais Longo dos Dias” (1962), a epopeia de Darryl F. Zanuck sobre o Dia D, da 2ª Guerra Mundial, Connery chamou atenção dos produtores americanos Harry Saltzman e Albert Broccoli, que notaram como ele “caminhava como uma pantera”. Durante a conversa inicial, eles ficaram impressionados com seu magnetismo animal, que emanava de sua presunção e falta de filtros. Antes dele, os produtores procuraram David Niven e Cary Grant, atores bem mais velhos, conhecidos por viverem aristocratas e ricos nas telas, mas ambos recusaram um contrato para cinco filmes, que era a oferta inicial. Ao ouvir que o valor era de US$ 1 milhão, Connery aceitou na hora. E embora fosse muito diferente dos intérpretes que Saltzman e Broccoli inicialmente procuravam, transformou James Bond no personagem que todos imaginam agora, quando fecham os olhos: um homem de forte presença física, enorme apelo sexual e carisma de sobra, mas extremamente brutal quando necessário. Connery definiu cada detalhe de James Bond ao estrelar os primeiros cinco filmes produzidos pela United Artists com a superespião britânico do escritor Ian Fleming. Logo após a estreia do primeiro, “007 Contra o Satânico Dr. No” (1962), feito com o orçamento mais baixo de toda franquia, em locações na Jamaica, Connery passou a receber milhares de cartas de fãs por semana. O segundo, “Moscou Contra 007” (1963), foi a única continuação direta de sua fase como James Bond e ele dizia que também era seu favorito. Mas foi o terceiro, “007 Contra Goldfinger” (1964), que transformou a franquia num fenômeno mundial. Ele ainda fez “007 Contra a Chantagem Atômica” (1965) e ao chegar ao quinto longa, “Com 007 Só Se Vive Duas Vezes” (1967), já tinha se tornado um dos maiores astros de cinema do mundo. Os primeiros filmes de Connery como Bond fizeram tanto sucesso que lançaram moda, inspirando imitadores, paródias e influenciaram para sempre a cultura pop com suas frases icônicas, carros cheio de gadgets, Bond girls e supervilões obcecados em dominar o mundo. Mas quando Saltzman e Broccoli lhe ofereceram mais US$ 1 milhão para renovar seu contrato, Connery disse não. Entre os filmes de 007, ele tinha se diversificado, filmando até um clássico do suspense com Alfred Hitchcock, “Marnie, Confissões de uma Ladra” (1964), e outra produção marcante com Sidney Lumet, “A Colina dos Homens Perdidos” (1965). Portanto, não lhe faltavam ofertas de papéis. Enquanto isso, “007 – A Serviço Secreto de Sua Majestade” (1969) foi rejeitado pelo público, tornando-se um desastre de bilheteria e o único filme do espião estrelado pelo australiano George Lazenby – apesar de, em contraste, ter um dos melhores roteiros da saga. Os produtores voltaram a procurá-lo e Connery então aceitou o maior salário já oferecido para um ator até então, US$ 1,25 milhão por um filme, mais um acordo com o estúdio United Artists para financiar dois outros filmes para ele. E assim James Bond voltou a ser quem era em “007 – Os Diamantes São Eternos” (1971). Com o dinheiro que ganhou para viver 007 mais uma vez, Connery fundou um fundo educacional com o objetivo de ajudar crianças carentes na Escócia. Paralelamente, ele também criou sua própria produtora e retomou sua parceria com Sidney Lumet, estrelando “O Golpe de John Anderson” (1971), “Até os Deuses Erram” (1973) e a adaptação de Agatha Christie “Assassinato no Expresso Oriente” (1974). Mas quando Saltzman e Broccoli lhe procuraram novamente para fazer “Com 007 Viva e Deixe Morrer” (1973), ele disse estar “farto de toda a história de James Bond” e recusou a impressionante oferta de US$ 5 milhões, fazendo com que a franquia trocasse de mãos, para a consagração da versão suave e debochada de Bond, vivida por Roger Moore. Mesmo assim, Connery retrataria 007 uma última vez, aos 52 anos, no apropriadamente intitulado “007 – Nunca Mais Outra Vez”, pelo qual recebeu uma fortuna não revelada da Warner Bros em 1983. O filme só existiu por causa de uma brecha contratual nos direitos do personagem e não foi considerado parte da franquia oficial. O ator continuou sua carreira de sucesso por mais três décadas, variando radicalmente sua filmografia, por meio de títulos como a bizarra e cultuada sci-fi “Zardoz” (1974), de John Boorman, o épico “O Homem que Queria ser Rei” (1975), de John Huston, que lhe valeu uma amizade para toda a vida com Michael Caine, a emocionante aventura medieval “Robin e Marian” (1976), sobre o fim da vida de Robin Hood, dirigida por Richard Lester, o clássico de guerra “Uma Ponte Longe Demais” (1977), de Richard Attenborough, etc. Ele acompanhou os tempos e virou astro de superproduções do cinema hollywoodiano pós-“Guerra nas Estrelas”, repleto de efeitos visuais, estrelando a catástrofe apocalíptica “Meteoro” (1979), de Ronald Neame, o western espacial “Outland: Comando Titânio” (1981), de Peter Hyams, as fantasias “Os Bandidos do Tempo” (1981), de Terry Gilliam, e “Highlander: O Guerreiro Imortal” (1986), mas principalmente “Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989), de Steven Spielberg, como o pai do personagem de Harrison Ford. A década também lhe rendeu consagração em dois blockbusters: a adaptação do best-seller “O Nome da Rosa” (1986), dirigida por Jean-Jacques Annaud, pela qual foi premiado com o BAFTA (o “Oscar britânico”) de Melhor Ator, e o célebre filme “Os Intocáveis” (1987), maior sucesso da carreira do diretor Brian de Palma. O papel do policial honesto Jim Malone, integrante da equipe intocável de Elliot Ness (Kevin Costner), marcou seu desempenho mais elogiado e seu primeiro e único Oscar, como Melhor Ator Coadjuvante de 1988. Seu nome continuou a lotar cinemas durante os anos 1990, em sucessos como “A Caçada ao Outubro Vermelho” (1990), que lançou o personagem Jack Ryan nas telas, a aventura “O Curandeiro da Selva” (1992), em que veio filmar no Brasil, e em thrillers como “A Rocha” (1996), ao lado de Nicolas Cage, e “Armadilha” (1999), ao lado de Catherine Zeta-Jones. Mas aos poucos foi se envolvendo em produções que, apesar de extremamente caras, tinham cada vez menor qualidade. “Os Vingadores” (1998), que adaptou a série homônima da TV britânica, e principalmente “A Liga Extraordinária” (2003), baseado nos quadrinhos de Alan Moore, marcaram seu desencanto pelo cinema, levando-o a decidir-se por uma aposentadoria precoce. Connery recusou fortunas e apelos de vários cineastas, ao longos dos anos, para mudar de ideia. Mas sua decisão era final, feito o título de seu último filme de 007. “Nunca mais outra vez”. Fora das telas, ele se casou duas vezes: com a falecida atriz australiana Diane Cilento (“Tom Jones”, “O Homem de Palha”), com quem teve um filho, e a artista francesa Micheline Roquebrune, que permaneceu a seu lado desde 1975 – e em meio a muitos casos bem documentados de infidelidade do ator. Os produtores atuais dos filmes de 007, Michael G. Wilson e Barbara Broccoli, emitiram um comunicado sobre sua morte. “Estamos arrasados com a notícia do falecimento de Sir Sean Connery. Ele foi e sempre será lembrado como o James Bond original, cuja marca indelével na história do cinema começou quando ele pronuciou aquelas palavras inesquecíveis, ‘O nome é Bond … James Bond’. Ele revolucionou o mundo com seu retrato corajoso e espirituoso do agente secreto sexy e carismático. Ele é, sem dúvida, o grande responsável pelo sucesso da série de filmes, e seremos eternamente gratos a ele.”
Disney encomenda remake da animação clássica Robin Hood
A Disney oficializou mais um remake de seu catálogo de suas animações clássicas. Desta vez, é “Robin Hood”, que virou longa animado em 1973 e teve uma canção indicada ao Oscar. Além de animada, essa versão da Disney se diferenciava por ser um musical antropomórfico – isto é, animais falantes viviam os personagens da fábula clássica. O famoso ladrão que roubava dos ricos para dar aos pobres era uma raposa, claro, enquanto João Pequeno tinha o tamanho de um urso e o ardiloso Príncipe João não passava de um leão da montanha com complexo de nobreza. A nova versão vai manter essas características, usando animação computadorizada de ponta para dar vida aos animais – que deverão ser menos realistas que os bichos falantes de “O Rei Leão”, já que no desenho original usavam roupas. Ao contrário dos muitos remakes em desenvolvimento no estúdio, essa adaptação não está será lançada no cinema. A produção foi encomendada para a plataforma Disney+ (Disney Plus), com roteiro de Kari Granlund, que assinou a história da versão live-action de “A Dama e O Vagabundo” (2019), também feita para o Disney+ (Disney Plus). Já a direção está a cargo do mexicano Carlos López Estrada, que, entre outras coisas, comandou o filme “Ponto Cego” (2018) e o clipe da música “When The Party Is Over”, de Billie Eilish. O contrato foi fechado antes da paralisação geral das produções de Hollywood, que aconteceu em março como precaução contra a pandemia do novo coronavírus. Por conta disso, não há previsão para sua estreia.
Max von Sydow (1929 – 2020)
O lendário ator sueco Max von Sydow, que estrelou clássicos como “O Sétimo Selo” (1957) e “O Exorcista” (1973), e participou até de “Game of Thrones”, morreu nesta segunda-feira (9/3) aos 90 anos. Sydow começou a carreira em dois filmes de Alf Sjöberg, “Apenas Mãe” (1949) e “Senhorita Júlia” (1951), ambos premiados em festivais internacionais – respectivamente, Veneza e Cannes. Mas só foi se tornar mundialmente conhecido graças à parceria seguinte, com o cineasta Ingmar Bergman, que se iniciou com “O Sétimo Selo” – também consagrado em Cannes – , onde jogou xadrez com a morte, numa das cenas mais famosas da história do cinema. Bergman o dirigiu em mais uma dezena de filmes premiados, entre eles os espetáculos cinematográficos de “Morangos Silvestres” (1957), que venceu o Festival de Berlim, “O Rosto” (1958), “No Limiar da Vida” (1958), “A Fonte da Donzela” (1960) e “Através de um Espelho” (1961). Sua primeira aparição em Hollywood foi simplesmente como Jesus Cristo, em “A Maior História de Todos os Tempos” (1965). Mas foi o papel do Padre Merrin, no clássico do terror “O Exorcista”, que marcou sua trajetória americana – com direito à reprise na continuação “O Exorcista II: O Herege” (1977). A voz grave e aparência séria logo convenceram Hollywood a lhe caracterizar como vilão ameaçador. O que começou numa pequena cena de “Três Dias do Condor” (1975) tomou grandes proporções em “Flash Gordon” (1980), onde viveu o Imperador Ming, e “007 – Nunca Mais Outra Vez” (1983), como o supervilão Blofeld na última aventura do James Bond vivido por Sean Connery. Ele chegou até a enfrentar Pelé num jogo de futebol, como um oficial nazista em “Fuga Para a Vitória” (1981). No começo da era dos blockbusters, ainda participou das superproduções “Conan, o Bárbaro” (1982) e “Duna” (1984), que ajudaram a consolidar seu nome em Hollywood. Mas, ironicamente, acabou indicado pela primeira vez ao Oscar num filme estrangeiro, “Pelle, o Conquistador” (1987), interpretando um imigrante sueco em busca de uma vida mais digna na Dinamarca. Sua filmografia inclui mais de 100 filmes com alguns dos maiores diretores do cinema mundial. A lista é digna de cinemateca: Ingmar Bergman, William Friedkin, John Huston, Laslo Benedek, Woody Allen, Penny Marshall, David Lynch, Bertrand Tavernier, Win Wenders, Bille August, Andrey Konchalovskiy, Lars von Trier, Dario Argento, Steven Spielberg, Ridley Scott, Martin Scorsese, J.J. Abrams, etc. Sem nunca diminuir o ritmo, ele entrou no século 21 com a sci-fi “Minority Report: A Nova Lei” (2002), de Spielberg, e na última década ainda fez “Robin Hood” (2010), de Scott, “Ilha do Medo” (2010), de Scorsese, e até “Star Wars: O Despertar da Força” (2015), de Abrams. Nesta reta final, ainda foi indicado ao Oscar pela segunda vez em 2012, pelo drama “Tão Forte e Tão Perto”, de Stephen Daldry, e ao Emmy em 2016, por seu participação na série “Game of Thrones”, como o misterioso Corvo de Três Olhos, mentor de Bran (Isaac Hamspead Wright). Seus últimos trabalhos foram o thriller marítimo “Kursk – A Última Missão” (2018) e o ainda inédito “Echoes of the Past”, drama de guerra do grego Nicholas Dimitropoulos, que terá lançamento póstumo. O ator foi casado duas vezes: com a colega de profissão Christina Olin (de 1951 a 1979), com quem teve dois filhos, e com a documentarista Catherine Brelet (de 1997 até sua morte), tendo adotado também os dois filhos dela, vindos de um relacionamento anterior.
WiFi Ralph lidera bilheterias por seu terceiro e último fim de semana consecutivo nos EUA
A animação “WiFi Ralph: Quebrando a Internet” chegou ao limite de seu fôlego para manter-se no topo das bilheterias dos Estados Unidos e Canadá pelo terceiro fim de semana consecutivo. Com US$ 16,1M (milhões), ficou apenas 1M à frente de outra animação rival, “O Grinch”, que está em sua quinta semana em cartaz. Na semana que vem, as duas animações terão a concorrência de uma terceira – e elogiadíssima – , “Homem-Aranha no Aranhaverso”. Enquanto isso, “Aquaman” já começou a surfar no mercado internacional, batendo recorde de bilheteria da Warner na China. O rei de Atlantis vai chegar apenas daqui a dois fins de semana à América do Norte – passando antes pelo Brasil – , para também disputar a liderança do ranking. Por enquanto, porém, é tudo calmaria no Top 10, já que praticamente não houve alteração em relação à semana passada. Sem estreias amplas, os mesmos filmes permanecem entre os dez mais vistos da América do Norte. Mas as críticas positivas e indicações ao Globo de Ouro fizeram “Green Book” subir algumas posições, indo do 10º para o 7º lugar e jogando o “Cadáver” ladeira abaixo. De significativo, vale ressaltar que “Bohemian Rhapsody” fez mais US$ 100M entre o fim de semana passado e o atual, atingindo quase US$ 600M em todo o mundo. É recorde disparado para o gênero das cinebiografias musicais, que devem se multiplicar após esse resultado. O filme sobre a banda Queen também superou a cinebiografia da banda NWA, “Straight Outta Compton”, para se tornar a maior bilheteria do gênero no mercado norte-americano. Saiba mais aqui. Confira abaixo os rendimentos dos 10 filmes mais vistos no final de semana nos Estados Unidos e no Canadá, e clique em seus títulos para ler mais sobre cada produção. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Wifi Ralph: Quebrando a Internet Fim de semana: US$ 16,1M Total EUA e Canadá: 140,8M Total Mundo: US$ 258,1M 2. O Grinch Fim de semana: US$ 15,1M Total EUA e Canadá: US$ 223,4M Total Mundo: US$ 322,3M 3. Creed II Fim de semana: US$ 10,3M Total EUA e Canadá: US$ 96,4M Total Mundo: US$ 119,6M 4. Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald Fim de semana: US$ 6,8M Total EUA e Canadá: US$ 145,2M Total Mundo: US$ 568,5M 5. Bohemian Rhapsody Fim de semana: US$ 6M Total EUA e Canadá: US$ 173,5M Total Mundo: US$ 596,5M 6. De Repente uma Família Fim de semana: US$ 5,6M Total EUA e Canadá: US$ 54,1M Total Mundo: US$ 60,4M 7. Green Book Fim de semana: US$ 3,9M Total EUA e Canadá: US$ 19,9M Total Mundo: US$ 19,9M 8. Robin Hood: A Origem Fim de semana: US$ 3,5M Total EUA e Canadá: US$ 27,2M Total Mundo: US$ 65,7M 9. Cadáver Fim de semana: US$ 3,1M Total EUA e Canadá: US$ 11,5M Total Mundo: US$ US$ 23M 10. As Viúvas Fim de semana: US$ 3,1M Total EUA e Canadá: US$ 38,5M Total Mundo: US$ 65M
WiFi Ralph mantém 1º lugar e vira maior sucesso dos estúdios Disney nos EUA em 2018
“WiFi Ralph: Quebrando a Internet” manteve a liderança das bilheterias na América do Norte pelo segundo fim de semana consecutivo. Com os US$ 25,7M (milhões) acumulados nos três últimos dias, atingiu 119,2M no mercado doméstico e, assim, já se tornou o maior sucesso do Walt Disney Studios nos Estados Unidos e Canadá neste ano, após os fracassos de todas as produções live-action do estúdio em 2018 – “Uma Dobra no Tempo” (US$ 100,4M na América do Norte), “Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível” (US$ 99,2M) e “O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos” (US$ 49,1M). A ausência de sucessos do estúdio foi compensada pelo êxito do resto do conglomerado, com produções da Marvel e Pixar encabeçando as bilheterias de 2018. Mas chama atenção que até “WiFi Ralph” incluiu personagens da Marvel, Pixar e Lucasfilm em sua trama, no primeiro crossover geral – e genérico – da Disney. O público brasileiro ainda vai demorar para poder conferir, já que sua estreia nacional está marcada apenas para 3 de janeiro. Outra animação ocupou o 2º lugar. “O Grinch” subiu uma posição em relação à semana passada, ultrapassando o drama “Creed II”, em 3º. O Top 5 se completa com “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” e “Bohemian Rhapsody”, que, por coincidência, estão com desempenhos muito próximos em suas escaladas mundiais. O segundo “Animais Fantásticos” ultrapassou os US$ 500M de arrecadação em todo o mundo, enquanto a cinebiografia da banda Queen roçou na marca nos últimos três dias. A diferença, claro, é que enquanto a fantasia grandiosa da Warner custou US$ 200M e ainda está no prejuízo, o musical da Fox foi rodado por US$ 52M e está dando muito lucro. Para completar, a semana teve apenas um lançamento, o terror “Cadáver”, que também estreou neste fim de semana no Brasil. Destruído pela crítica com somente 17% de aprovação no Rotten Tomatoes, fez US$ 6,5M e abriu em 7º lugar – à frente do fiasco de “Robin Hood: A Origem”, que foi outra estreia da semana nos cinemas brasileiros. Confira abaixo os rendimentos dos 10 filmes mais vistos no final de semana nos Estados Unidos e no Canadá, e clique em seus títulos para ler mais sobre cada produção. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Wifi Ralph: Quebrando a Internet Fim de semana: US$ 25,7M Total EUA e Canadá: 119,2M Total Mundo: US$ 206,9M 2. O Grinch Fim de semana: US$ 17,7M Total EUA e Canadá: US$ 203,5M Total Mundo: US$ 268,3M 3. Creed II Fim de semana: US$ 16,8M Total EUA e Canadá: US$ 81,1M Total Mundo: US$ 92,5M 4. Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald Fim de semana: US$ 11,2M Total EUA e Canadá: US$ 134,3M Total Mundo: US$ 519,6M 5. Bohemian Rhapsody Fim de semana: US$ 8,1M Total EUA e Canadá: US$ 164,4M Total Mundo: US$ 493M 6. De Repente uma Família Fim de semana: US$ 7,1M Total EUA e Canadá: US$ 45,9M Total Mundo: US$ 45,9M 7. Cadáver Fim de semana: US$ 6,5M Total EUA e Canadá: US$ 6,5M Total Mundo: US$ 10,6M 8. Robin Hood: A Origem Fim de semana: US$ 4,7M Total EUA e Canadá: US$ 21,7M Total Mundo: US$ 48M 9. As Viúvas Fim de semana: US$ 4,4M Total EUA e Canadá: US$ 33M Total Mundo: US$ US$ 46,6M 10. Green Book Fim de semana: US$ 3,9M Total EUA e Canadá: US$ 14M Total Mundo: US$ 14M
WiFi Ralph quebra bilheterias com a segunda maior estreia do feriado de Ação de Graças na América do Norte
“WiFi Ralph” fez mais que quebrar a internet. A nova animação da Disney quebrou a concorrência em sua estreia na América do Norte no fim de semana, com uma arrecadação de US$ 84,5M (milhões). Trata-se da segunda maior bilheteria já registrada no feriado de cinco dias de Ação de Graças, atrás apenas dos US$ 93,6M do fenômeno “Frozen”, a animação mais bem-sucedida de todos os tempos. Considerando apenas os três dias de fim de semana, porém, a abertura de “Wifi Ralph: Quebrando a Internet” encolhe para US$ 55,6M. O valor é superior à estreia do primeiro filme, “Detona Ralph”, que fez US$ 49M em 2012. Mas menor que a estreia de “O Grinch” (US$ 67,5M) há três semanas. A animação não foi a única produção de cinema com motivos para agradecer o Dia de Ação de Graças. O drama “Creed II” superou expectativas e também faturou uma pequena fortuna: US$ 55,8M ao longo dos cinco dias de feriado e 35,2M no fim de semana apenas. Sua bilheteria também representou um avanço em relação ao filme anterior. O primeiro “Creed” fez US$ 29,5M em 2015. Por sinal, a crítica adorou quase igualmente o spin-off da franquia “Rocky”, que teve 82% de aprovação no Rotten Tomatoes, e o desenho da sinergia da Disney, com 86%. A má notícia é que o público brasileiro vai demorar muito para poder ver esses sucessos. “WiFi Ralph” só estreia no Brasil em 3 de janeiro e “Creed II” ainda mais tarde, em 24 de janeiro. “O Grinch” parece em 3º lugar com mais um bom desempenho: US$ 30M em sua terceira semana em cartaz. O que significa que o tombo de “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” foi grande. Após ter a pior estreia de um filme do universo de Harry Potter, o segundo “Animais Fantásticos” caiu do 1º para o 4º lugar em sua segunda semana. Mas a fraca arrecadação doméstica é compensada por grande êxito internacional, que já fez a bilheteria da fantasia da Warner atingir os US$ 439,7M em todo o mundo. Outro fenômeno mundial, “Bohemian Rhapsody”, a cinebiografia de Freddie Mercury e da banda Queen, completa o Top 5 e já soma US$ 420,5M em todos os mercados, tornando-se um dos musicais mais bem-sucedidos do século. Já os dois lançamentos amplos remanescentes registraram fracassos retumbantes. Atingido por críticas negativamente letais, “Robin Hood: A Origem” chegou quase morto aos cinemas, com US$ 9,1M em 7º lugar. Os míseros 12% de aprovação conquistados no Rotten Tomatoes ainda o tornam favorito ao Troféu Framboesa de Ouro como um dos piores filmes do ano. E “Green Book”, vencedor do Festival de Toronto que muitos consideram favorito ao Oscar, decepcionou com US$ 5,4M em 9º lugar. Mas vale apontar que o drama indie estrelado por Viggo Mortensen e Mahershala Ali teve a menor distribuição da lista, com exibição em mil salas, contra os demais entre 2,8 mil e 4 mil cinemas. Até “Nasce uma Estrela”, em sua oitava semana em cartaz, está em mais salas. Confira abaixo os rendimentos dos 10 filmes mais vistos no final de semana nos Estados Unidos e no Canadá, e clique em seus títulos para ler mais sobre cada produção. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Wifi Ralph: Quebrando a Internet Fim de semana: US$ 55,6M Total EUA e Canadá: 84,4M Total Mundo: US$ 125,9M 2. Creed II Fim de semana: US$ 35,2M Total EUA e Canadá: US$ 55,8M Total Mundo: US$ 55,8M 3. O Grinch Fim de semana: US$ 30,2M Total EUA e Canadá: US$ 180,4M Total Mundo: US$ 215,7M 4. Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald Fim de semana: US$ 29,6M Total EUA e Canadá: US$ 117,1M Total Mundo: US$ 439,7M 5. Bohemian Rhapsody Fim de semana: US$ 13,8M Total EUA e Canadá: US$ 152M Total Mundo: US$ 420,5M 6. De Repente uma Família Fim de semana: US$ 12,5M Total EUA e Canadá: US$ 35,7M Total Mundo: US$ 35,7M 7. Robin Hood: A Origem Fim de semana: US$ 9,1M Total EUA e Canadá: US$ 14,2M Total Mundo: US$ 22,9M 8. As Viúvas Fim de semana: US$ 7,9M Total EUA e Canadá: US$ 25,5M Total Mundo: US$ 33,3M 9. Green Book Fim de semana: US$ 5,7M Total EUA e Canadá: US$ 7,8M Total Mundo: US$ US$ 7,8M 10. Nasce uma Estrela Fim de semana: US$ 3M Total EUA e Canadá: US$ 191M Total Mundo: US$ 353,4M
Novo filme de Robin Hood é ridicularizado pela crítica internacional
Os trailers já sugeriam que o novo longa de Robin Hood era ridículo. Agora, as primeiras críticas publicadas na América do Norte confirmam a impressão. Destruído por resenhas muito negativas, o lançamento, que no Brasil se chama “Robin Hood – A Origem”, gerou uma porção de frases de efeitos de envergonhar seus produtores, entre eles Leonardo DiCaprio, amargando apenas 15% de aprovação no site Rotten Tomatoes. É nível “Transformers”, candidato ao Framboesa de Ouro de pior filme do ano. “Leonardo DiCaprio pode descansar sabendo que esse fiasco vai ser esquecido tão facilmente que ninguém nunca lembrará que ele existiu, muito menos que foi produzido por ele. Mas, em um mundo justo, todos que participaram dessa porcaria deveriam sofrer algum tipo de penitência pública”, afirmou a crítica publicada na revista The Hollywood Reporter. “Cheio de estereótipos, roteiro horrível e cinematografia à moda de ‘300’, o filme não funciona. Ninguém pediu por esse filme, e ninguém deve ser obrigado a aguentá-lo”, decretou o site The Wrap. “Esse filme pretensioso que se escora completamente em efeitos digitais não é mais sobre roubar dos ricos e dar para os pobres, mas sobre roubar de Guy Ritchie, Batman e vários outros, e não dar nada em troca para a audiência”, afirmou a resenha do jornal britânico The Guardian. “Não passa de um cozido sem sabor de todos os clichês de filmes de ação já escritos, recheado por especulação histórica e revisionismo preguiçoso”, fulminou o jornal The Washington Post. “‘Robin Hood’ passa tão rapidamente do tédio para o absurdo que consegue evocar ambos ao mesmo tempo”, descreveu o site IndieWire. “Um desastre”, resumiu o Daily Beast. Com direção de Otto Bathurst (série “Peaky Blinders”), “Robin Hood” mostra o protagonista voltando das Cruzadas e encontrando a região de Sherwood tomada por corrupção e maldade. Decidido a fazer justiça, ele rouba dos opressores para dar aos oprimidos e acaba inspirando o povo a se rebelar contra a tirania. Ou seja, a história de sempre, que mesmo assim foi considerada mal-contada, transformando o lendário herói medieval em pastiches de outros personagens, como o Arqueiro Verde, Karatê Kid e Batman. O elenco do filme inclui Taron Egerton (“Kingsman: O Círculo Dourado”) como Robin Hood, Jamie Foxx (“Em Ritmo de Fuga”) como João Pequeno (Little John, no original, embora o original fosse branco), Jamie Dornan (“Cinquenta Tons de Cinza”) como Will Scarlet, Tim Minchin (série “Californication”) como Frei Tuck, Ben Mendelsohn (“Rogue One: Uma História Star Wars”) como o Xerife de Nottingham e Eve Hewson (“Ponte dos Espiões”), filha do cantor Bono Vox (ele mesmo, do U2), no papel de Lady Marian. A estreia está marcada para 22 de novembro no Brasil, um dia depois do lançamento nos Estados Unidos.









