PIPOCAMODERNA
Pipoca Moderna
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc

Nenhum widget encontrado na barra lateral Alt!

  • Filme

    A Bruxa não vulgariza sustos para invocar seu impressionante clima macabro

    5 de março de 2016 /

    Com seu longa-metragem de estreia, Robert Eggers encantou a crítica, assustou Stephen King e foi premiado como Melhor Diretor do Festival de Sundance do ano passado. E o que tem causado tanta comoção em torno de “A Bruxa”, além da condução intrigante e muitas vezes aterroridora, é sua proposta de não vulgarizar os sustos. O filme se passa na Nova Inglaterra, nos anos 1630, algumas décadas antes dos acontecimentos terríveis de Salem, quando a histeria coletiva, alimentada pela ignorância e o medo do desconhecido, fez com que 14 mulheres fossem condenadas à morte por bruxaria. Na trama, uma família de ingleses puritanos se muda para um lugar bonito e verdejante, à beira de uma floresta, devido a uma divergência de ordem dogmática, e passa a ser alvo dos ataques de uma força estranha que habita as redondezas. A tragédia começa a partir do desaparecimento de um bebê, enquanto a filha mais velha, Thomasin (a revelação Anya Taylor-Joy, excelente), brinca com a criança. Eggers não esconde o fato de que existe uma bruxa, de que a criança foi mesmo sequestrada por ela. E o pouco que é mostrado dessa misteriosa mulher basta para alimentar um clima macabro impressionante, que só cresce à medida que a história avança e os ataques à família aumentam. Há, por sinal, uma tradição do cinema de horror de usar crianças em cenas particularmente perturbadoras. E “A Bruxa” não foge à regra. As duas crianças gêmeas, que cantam e pulam alegremente, mesmo diante de uma tragédia familiar, costumam brincar com um bode preto. O bode, esse animal que costuma ser associado à figura do diabo em muitos filmes e livros. O jovem cineasta investe no macabro dessas associações satânicas para construir uma história sobre bruxaria e possessão, cheia de mistério e momentos sinistros, e potencializada pela sensação de paranoia, que explora a ideia de que a jovem Thomasin teria feito um pacto demoníaco. É possível ver a “Bruxa” como uma parábola sobre como o diabo se aproveita da dúvida e da fragilidade humana em geral. Mas o filme também pode ser taxado de satanista, pelo viés libertador que prega, ainda que de maneira relativamente sutil – o filme tem endosso do Templo Satânico. Isto porque “A Bruxa” segue na contramão da maioria dos filmes do gênero, que evidenciam conceitos cristãos, aproximando-se mais de filmes pagãos como o clássico “O Homem de Palha” (1973), de Robin Hardy. Além do excelente trabalho de condução dessa atmosfera, “A Bruxa” ainda se mostra transgressor em vários níveis, já que a simpatia inicial despertada pela família puritana vai diminuindo, à medida que a trama revela o modo como o patriarca (Ralph Ineson, da franquia “Harry Potter”) e sua esposa (Kate Dickie, de “Game of Thrones”) tornam pesado o fardo dos jovens. Eggers se utiliza de símbolos e superstição para fazer uma saudável crítica à ideia de que todos nascem com pecado, mostrando o quanto isso mexe com a cabeça das pessoas, deixando-as à mercê de um sentimento de culpa que lhes dilacera a alma. O fato é que a história é muito boa, mas a direção e o modo como o filme se desenvolve – lentamente, com planos curtos e minimalistas – é que fazem a diferença nessa obra, cuja beleza está definitivamente associada ao que de mais tétrico o cinema já invocou.

    Leia mais
  • Filme

    Estreias: Kung Fu Panda 3 chega em mais de mil salas em semana com dez lançamentos

    3 de março de 2016 /

    Maior estreia da semana, “Kung Fu Panda 3” chega em mais de mil salas de cinema (654 em 3D) após quebrar recorde de bilheteria na China, num circuito 47% maior que o do longa anterior, que estreou em 714 salas em 2011. A aposta, por sinal, mais que dobra em relação à estreia da franquia em 2008, quando o primeiro “Kung Fu Panda” foi lançado em 417 salas. A esta altura, os personagens são bem conhecidos, o que supõe maior interesse. Mas o filme é para crianças e chega tarde, um mês após o lançamento original nos EUA, numa “estratégia” que lhe custa o benefício do período das férias escolares. Embora os golpes do kung fu animado conquistem um terço de todos os cinemas do país, duas comédias que já fracassaram nos EUA tentam recuperar o investimento nos shoppings brasileiros, com distribuição maior que suas “qualidades”. Lançada em quase 300 salas, “Cinquenta Tons de Preto” exibe uma paródia de “Cinquenta Tons de Cinza”, realizada pelos responsáveis por “Inatividade Paranormal”, enquanto “Zoolander 2” ocupa metade desse espaço com a continuação de uma comédia antiga (2001) de Ben Stiller sobre o universo da moda. O primeiro ridiculariza o que já é ridículo, o segundo tenta bater o recorde de aparições de celebridades, e ambos entregam esquetes em vez de histórias. O drama “Um Homem entre Gigantes” também falhou em empolgar público e crítica americanos. Cinebiografia do médico imigrante que enfrentou a liga de futebol americano para denunciar as condições de saúde dos atletas deste esporte violento, tem como destaque a boa interpretação de Will Smith, que chegou a acreditar na possibilidade de uma indicação ao Oscar. Ela não veio porque o resto – roteiro, direção, etc – não acompanhou seu desempenho. Lançado há seis semanas e já quase fora de cartaz nos EUA, o filme deu prejuízo, o que leva o estúdio a buscar o mercado internacional. Infelizmente, com expectativas acima das possibilidades: 74 salas é muita ambição para um filme sobre um esporte não olímpico e pouco apreciado no Brasil. Ironicamente, o melhor “filme americano” da semana é um terror. Gênero subestimado, de vez em quando revela boas surpresas como esta “A Bruxa”, que rendeu ao estreante Robert Eggers o prêmio de Melhor Direção no Festival de Sundance 2015, além de revelar a atriz Anya Taylor-Joy, que deve aparecer em mais quatro filmes nos próximos 10 meses. Fãs de terror convencional podem ter dificuldades com sua abordagem, que explora a atmosfera, a locação e a presença assustadora de um bode, misturando sangue e delírio de forma perturbadora. A trama se passa numa fazenda isolada e distante do século 17, onde vive um casal temente a Deus e seus cinco filhos, até que o desaparecimento de um bebê recém-nascido gera suspeitas da existência de uma bruxa nas redondezas. Um detalhe interessante é que se trata de um coprodução brasileira, com participação da RT Features, do produtor Rodrigo Teixeira, o que justifica seu lançamento pouco “indie”, em 97 salas. Mais uma curiosidade nacional é oferecida ao público em “Meu Amigo Hindu”. A volta de Hector Babenco, após nove anos sem filmar, é estrelada por um americano, Willem Dafoe, e foi originalmente filmada em inglês. Mas o elenco de apoio e as locações são de novela brasileira. O que leva a uma ironia peculiar: o filme ganhou dublagem nacional para chegar a 44 cinemas. A trama evoca um drama particular do diretor, usando Dafoe como seu alter ego, e resulta num longo filme de doença. Escolhido para abrir a Mostra de São Paulo do ano passado, agradou apenas aos críticos mais velhos, que tendem a ser reverentes. O maior lançamento brasileiro, porém, é outro. Uma comédia, é claro. E, como de praxe, com o subtítulo “O Filme”. Trata-se de “Apaixonados – O Filme”, que, apesar de se passar no carnaval, também é hollywoodiana, seguindo a fórmula da comédia romântica como conto de fadas. A direção é de Paulo Fontenelle, que chega ao terceiro longa sem demonstrar muita evolução – continua confundindo atores da rede Globo com talentos e roteiros televisivos com cinema. Pelo tempero nacional, “Apaixonados” sai-se melhor que os péssimos “Se Puder… Dirija” (2013) e “Divã a 2” (2015), mas compartilha com eles a previsibilidade de sua história. Em 124 salas. Como costuma acontecer em toda semana, o circuito limitado destaca um lançamento francês. Desta vez, um drama romântico de características surreais, “Fique Comigo”, que traz a atriz Isabelle Huppert (“Amor”) numa de suas histórias paralelas. Estreia em 11 salas em apenas quatro cidades. A programação se completa com dois filmes japoneses lançados de forma restrita. “Black Butler – O Mordomo de Preto”, que chega em apenas três salas no Rio, é adaptação de um mangá sobre um mordomo do inferno, que serve a um mestre em troca de sua alma. No filme, o mestre é uma mestra, o que gera subtexto de dominação sadomasoquista. O visual neogótico completa o pré-requisito cult, mas a trama é boba – uma história de vingança – e filmada de forma exagerada, como se fosse uma animação – o anime derivado dos quadrinhos, por sinal, é mais conhecido pelo título “O Mordomo Sombrio”. Por fim, “Nossa Irmã Mais Nova” é a obra mais recente de Hirokazu Koreeda, um dos maiores mestres dedicados a dramas sobre crianças no cinema contemporâneo – diretor dos sensíveis “Ninguém Pode Saber” (2004), “Andando” (2008) e “Pais e Filhos” (2014). O longa acompanha três irmãs que descobrem, no funeral do pai que as abandonou pequenas, que têm uma quarta irmã mais nova e, num ato impulsivo, a convidam a viver com elas. A chegada da quarta irmã perturba o ambiente da família materna, mas, como a mãe das jovens também as abandonou quando eram adolescentes, elas se sentem acima das críticas. Terno, tocante e encantador, “Nossa Irmã Mais Nova” é um filme que faz bem. Infelizmente, fará bem a poucos, lançado em apenas duas salas em São Paulo. Estreias de cinema nos shoppings Estreias em circuito limitado

    Leia mais
  • Filme

    A Bruxa: Novo trailer revela cenas de nudez e tensão

    2 de fevereiro de 2016 /

    O estúdio A24 divulgou um novo trailer do terror “A Bruxa”, que rendeu o prêmio de Melhor Diretor para Robert Eggers no Festival de Sundance do ano passado. A prévia investe no clima de paranoia, tensão e angústia da trama, passada numa fazenda do século 17 na Nova Inglaterra, onde vive um casal temente a Deus e seus cinco filhos. A diferença em relação aos trailers anteriores fica por conta de flashes de nudez da bruxa do título, além de destacar o destino do bebê da história. O elenco é formado por Anya Taylor-Joy (série “Atlantis”), Ralph Ineson (“Guardiões da Galáxia”), Kate Dickie (série “Game of Thrones”), Julian Richings (série “Supernatural”) e Ellie Grainger (série “The Village”). Primeiro longa escrito e dirigido por Robert Eggers, “A Bruxa” estreia em 3 de março no Brasil, duas semanas após o lançamento nos EUA (em 19/2).

    Leia mais
  • Filme

    A Bruxa: Paranoia contamina o novo trailer do terror premiado

    19 de janeiro de 2016 /

    O estúdio A24 divulgou um novo trailer do terror “A Bruxa”, que rendeu o prêmio de Melhor Diretor para Robert Eggers no Festival de Sundance do ano passado. A prévia investe no clima de paranoia, tensão e angústia da trama, passada numa fazenda do século 17 na Nova Inglaterra, onde vive um casal temente a Deus e seus cinco filhos. Aos poucos, sinais de terror começam a amedrontar a família, como o leite da vaca que se transforma em sangue e a perda da colheira, levando o pai a tomar atitudes extremas para se livrar do mal. O elenco é formado por Anya Taylor-Joy (série “Atlantis”), Ralph Ineson (“Guardiões da Galáxia”), Kate Dickie (série “Game of Thrones”), Julian Richings (série “Supernatural”) e Ellie Grainger (série “The Village”). Primeiro longa escrito e dirigido por Robert Eggers, “A Bruxa” estreia em 3 de março no Brasil, duas semanas após o lançamento nos EUA (em 19/2).

    Leia mais
Mais Pipoca 
@Pipoca Moderna 2025
Privacidade | Cookies | Facebook | X | Bluesky | Flipboard | Anuncie