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  • Filme

    Geneviève Page, estrela de “El Cid” e “A Bela da Tarde”, morre aos 97 anos

    14 de fevereiro de 2025 /

    Atriz francesa teve carreira de cinco décadas e se destacou em filmes de Buñuel, Wilder, Altman e Frankenheimer

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  • Filme

    Shelley Duvall, estrela de “O Iluminado” e “Popeye”, morre aos 75 anos

    11 de julho de 2024 /

    Premiada como Melhor Atriz no Festival de Cannes por "3 Mulheres", ela faleceu devido a complicações do diabetes em sua casa no Texas

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  • Filme

    Ator, cantor e ativista Harry Belafonte morre aos 96 anos

    25 de abril de 2023 /

    O lendário ator e cantor Harry Belafonte faleceu nesta terça-feira (25) aos 96 anos de idade de insuficiência cardíaca. Além de sua atuação no meio artístico, ele também era amplamente conhecido como um grande pioneiro e ativista dos direitos civis. Sua morte marca o fim de uma vida incrível e de um legado duradouro. Nascido em Nova York e de origem jamaicana, Belafonte foi um dos primeiros protagonistas e produtores negro de Hollywood. Sua carreira artística decolou na década de 1950, quando ele se estabeleceu como um raro ídolo e símbolo sexual não branco, e quando também se tornou um dos principais artistas da música caribenha nos Estados Unidos, com sucessos como “Day-O (The Banana Boat Song)” e diversos álbuns chegando ao topo das paradas. Seu objetivo inicial, porém, era a atuação. Belafonte estudou no Actors Studio e na New School, ao lado de outros grandes futuros atores como Walter Matthau e Marlon Brando, e durante esse período também desenvolveu uma amizade duradoura com Sidney Poitier, cujos pais eram das Bahamas. Paralelamente, se apresentava em casas noturnas de música folk, cantando para pagar as contas. Conseguiu trabalhos em peças musicais e ganhou um Tony por sua performance no musical “Almanac” em 1954. Ao mesmo tempo, estreou no cinema com uma pequena participação no musical “Bright Road” (1953). Seu primeiro papel de destaque no cinema foi em outro musical, a adaptação cinematográfica da ópera “Carmen Jones”, de Oscar Hammerstein, dirigida por Otto Preminger. A exposição lhe rendeu um contrato com a RCA Record e dois álbuns em 1956, que alcançaram o topo das paradas da Billboard, ajudando a transformar o estilo calypso, que apresentava influências da música do Caribe, num fenômeno comercial. A carreira na música acabou lhe rendendo três Grammys e lhe abriu as portas de Hollywood, que sempre foi seu objetivo principal. Após dois filmes com Dorothy Dandrige, Belafonte passou a aparecer nas telas com atores brancos e a provocar o racismo da época. Em “Ilha nos Trópicos” (1957), seu personagem foi romanticamente perseguido por uma mulher branca rica (Joan Fontaine), numa história que causou muita controvérsia (e grande sucesso de bilheteria) na época. E em dois filmes lançados em 1959, ele interpretou um ladrão de banco ao lado de um parceiro racista (Robert Ryan) em “Homens em Fúria”, de Robert Wise, e sobreviveu a um desastre nuclear em “O Diabo, a Carne e o Mundo”, apenas para lutar contra Mel Ferrer pela atriz sueca Inger Stevens. Ambos os filmes foram financiados por sua própria empresa, HarBel Productions. Em 1968, o artista apareceu com a cantora inglesa loira e de olhos azuis Petula Clark em seu especial na NBC. Durante uma música, Petula tocou o antebraço de Belafonte, marcando a primeira vez que um homem negro e uma mulher branca se tocaram na televisão dos Estados Unidos. E este simples contato desencadeou uma controvérsia nacional. Sua longa amizade com Sidney Poitier rendeu dois filmes nos anos 1970, “Um por Deus, Outro pelo Diabo” (1972) e “Aconteceu num Sábado” (1974), ambos dirigidos por Poitier. O primeiro fez História e é considerado um marco na representação dos negros no gênero western – e influência em “Django Livre”, de Quentin Tarantino. O filme trazia Belafonte como Buck, um caçador de recompensas que ajuda um grupo de ex-escravos a fugir pelo Oeste americano, enquanto Poitier interpretava um pregador que se unia a ele em sua jornada. Sua filmografia ainda inclui um telefilme sobre o famoso treinador de futebol americano Eddie Robinson em 1981 e participações em três filmes de Robert Altman dos anos 1990, “O Jogador” (1992), “Prêt-à-Porter” (1994) e “Kansas City” (1996). Ele também teve uma aparição marcante em “Infiltrado na Klan” (2018), de Spike Lee, como um homem que descreve um linchamento. Mas seu trabalho mais lembrado costuma ser “A Cor da Fúria” (1995), que apresenta uma realidade alternativa onde os papéis raciais são invertidos – os negros controlam a sociedade e os brancos são marginalizados. No filme, ele é um milionário que acaba sequestrado por um branco desempregado, vivido por John Travolta. Harry Belafonte também teve forte atuação social. Ele usou sua plataforma para lutar contra a discriminação racial e social, e se envolveu ativamente no movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos. Ele marchou ao lado de Martin Luther King Jr. nos anos 1960 e apoiou várias organizações que buscavam a igualdade racial e a justiça social. Foi Belafonte quem atraiu celebridades para a Marcha da Liberdade em Washington em 1963, quando King proferiu seu histórico discurso “Eu tenho um sonho”. Mais tarde, ele participou da marcha de Selma a Montgomery, no Alabama (imagens de arquivo de sua participação podem ser vistas no filme “Selma” de 2014) e se sentou ao lado da viúva de King no funeral do líder dos direitos civis dos EUA. Belafonte também foi a força motriz por trás da organização sem fins lucrativos USA for Africa, lançada para erradicar a fome no continente africano, que gerou o single de grande sucesso “We Are the World”, cantado em coro por artistas como Michael Jackson, Bruce Springsteen, Bob Dylan e Ray Charles. Um ano depois, ele foi o mentor da campanha de corrente humana de 1986, Hands Across America, em benefício dos pobres dos EUA. O artista também se envolveu nos esforços para acabar com o apartheid na África do Sul e libertar Nelson Mandela. Em uma entrevista recente para a NPR, Belafonte lembrou como uma frase dita por sua mãe, quando ele tinha apenas 5 anos, o inspirou a virar o homem que se tornou. “Ela nunca deixou sua dignidade não ser esmagada”, ele disse. “E um dia, após voltar para casa sem conseguir encontrar trabalho e lutando contra as lágrimas, ela me disse: ‘Nunca deixe a injustiça passar sem ser desafiada’. E isso realmente se tornou uma parte profunda do DNA da minha vida. Muitas pessoas me perguntam: ‘Quando você decidiu se tornar um ativista como artista?’ Eu digo a elas: ‘Eu era um ativista muito antes de me tornar um artista'”.

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  • Etc,  Filme

    Sally Kellerman (1937–2022)

    25 de fevereiro de 2022 /

    A atriz Sally Kellerman, que marcou época ao estrelar o filme “MASH”, de Robert Altman, morreu nesta quinta (25/2) de complicações de demência em uma instituição de vida assistida em Woodland Hills, Califórnia. Ela tinha 84 anos. Kellerman estreou no cinema em 1957 no cultuado drama de menores infratoras “Reform School Girl” e passou a maior parte da década de 1960 fazendo participações em séries na televisão. Acabou se especializando em produções de sci-fi como “Além da Imaginação” (The Twilight Zone), “Quinta Dimensão” (The Outer Limits), “Os Invasores” (The Invaders) e entrou para a História da TV no piloto aprovado de “Jornada nas Estrelas” (Star Trek), no qual interpretou a médica Dra. Elizabeth Dehner, antes da chegada do Dr. McCoy na Enterprise. Ela começou a se destacar como sobrevivente do ataque do serial killer (Tony Curtis) de “O Homem Que Odiava as Mulheres” (1968). Mas o filme que a deixou em evidência foi mesmo “MASH” (1970), comédia de humor ácido sobre uma unidade médica do exército americano durante a Guerra da Coreia. Pelo papel da chefe das enfermeiras, apelidada de “Lábios Quentes” (Hot Lips) pelo batalhão, Kellerman foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Depois de “MASH”, ela esteve em três outros filmes de Robert Altman: “Voar é com os Pássaros” (1970), “O Jogador” (1992) e “Prêt-à-Porter” (1994). E ainda participou do musical “Horizonte Perdido” (1973), da comédia “De Volta às Aulas” (1986), dos romances “Escrito nas Estrelas” (1993) e “A Última Festa” (1996), e da adaptação live-action de desenho animado “Se Falhar, Morre” (1992), em que interpretou Natasha Fatale, inimiga icônica de Alceu e Dentinho. Nos últimos anos, teve papel recorrente em duas séries: “Maron” (2013-2016), como a mãe do comediante Marc Maron, e “Decker” (2014-2017), como a Primeira Dama dos EUA. Além de atuar, a atriz gravou dois álbuns de música e contribuiu com as trilhas sonoras de “Voar é com os Pássaros”, “Horizonte Perdido”, Rafferty and the Gold Dust Twins (1975) e “Se Falhar, Morre”. Sua voz esfumaçada e sensual também lhe rendeu uma carreira em narrações de comerciais. Em sua vida pessoal, Kellerman foi casada de 1970 a 1972 com o roteirista-diretor Rick Edelstein (da série “Justiça em Dobro”/Starsky & Hutch) e com o produtor Jonathan D. Krane (“Olha Quem Está Falando”) de 1980 até a morte dele em 2016.

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  • Série

    Filme “Prêt-à-Porter” pode virar série da Paramount+

    26 de agosto de 2021 /

    O filme “Prêt-à-Porter”, sátira de Robert Altman à indústria da moda, pode virar uma série de streaming. Segundo apurou o site Deadline, a plataforma Paramount+ está desenvolvendo uma atração baseada na comédia de 1994. Co-escrito, dirigido e produzido por Altman, o filme original acompanhava a vida interconectada de um grupo de pessoas na véspera da Paris Fashion Week, com modelos, estilistas, repórteres e editores de moda reunidos em torno da revelação das tendências da moda do próximo ano. A série deverá girar em torno de jovens no começo da escalada do sucesso. A ideia será apresentar personagens que representem aspirações sobre ambição frustrada, cultura e identidade jovem em crise e uma mensagem edificante de lutar por aquilo que você deseja. Representantes da Paramount+ e da Miramax TV, responsável pela produção, não comentaram a notícia do site. Relembre abaixo o trailer do filme original, repleto de astros famosos.

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  • Filme,  Música

    Annie Ross (1930 – 2020)

    22 de julho de 2020 /

    A atriz e cantora Annie Ross, conhecida pelo hit de jazz “Twisted” e por papéis em filmes como “Superman 3” (1983) e “Short Cuts – Cenas da Vida” (1993), morreu na terça (21/7) por complicações cardíacas. Nascida Annabelle Macauley Allan Short, ela começou sua longa carreira ainda na infância, graças à influência da tia, a atriz e cantora Ella Logan, aparecendo em curtas dos Batutinhas aos sete anos de idade. Sua estreia em longa-metragem foi como irmã mais jovem de Judy Garland na comédia musical “Lilly, A Teimosa” (1943). Mas o trabalho que lhe deu projeção acabou sendo uma música. Ela virou a queridinha do jazz americano na década seguinte, com o lançamento de “Twisted”, música de 1952 sobre as memórias perturbadas de uma paciente psiquiátrica. Durante os anos 1950 e 1960, Annie Ross cantou ao lado de Dave Lambert e Jon Hendricks no trio Lambert, Hendricks & Ross, que lançou o disco “Sing a Song of Basie” (1957) considerado um clássico do jazz. Em 1962, eles venceram um Grammy pelo álbum “High Flying”. O sucesso musical a afastou das telas. Ela ficou tão famosa que, quando aparecia em alguma produção, interpretava a si mesma, como aconteceu num episódio da série britânica “O Santo”, em 1965. Mas após duas décadas dedicadas à música, Annie precisou voltar aos cinemas a partir dos anos 1970, após um divórcio que a deixou falida. Ela alternou participações em musicais de teatro com pequenos papéis em filmes como “Alfie – O Eterno Sedutor” (1975), “Os Yankees Estão Voltando” (1979) e principalmente “Superman III” (1983), em que interpretou a irmã do vilão Ross Webster (Robert Vaughn), transformada em um ciborgue na história. Curiosamente, acabou tendo maior projeção em duas continuações da franquia de terror “Basket Case”, produzidas em 1990 e 1991, além de ter interpretado a diretora da escola de Christian Slater no cultuado “Um Som Diferente” (1990), um filme sobre o poder subversivo do rock alternativo. Neste período, ela descobriu que tinha um fã no diretor Robert Altman, que a incluiu em dois filmes consecutivos. Após viver a si mesma em “O Jogador” (1992), Altman a escalou em “Short Cuts – Cenas da Vida” (1993), como uma cantora de jazz que lutava para se recuperar do vício em heroína e voltar aos holofotes. A personagem parecia ter sido escrita sob medida, já que Annie Ross enfrentou o vício da droga na vida real. “Short Cuts” representou um renascimento da carreira musical de Ross, que também cantou em sua trilha sonora. O filme lhe rendeu convites para retomar as turnês artísticas. Reinventando-se como cantora de cabaret, com espetáculos lotados, ela despediu-se dos cinemas pela última vez no ano seguinte, encerrando sua filmografia com “Céu Azul” (1994), um romance estrelado por Jessica Lange e Tommy Lee Jones. Ross se apresentou regularmente no Metropolitan Room até o fechamento da sala de espetáculos nova-iorquina em 2017, e, em 2014, lançou seu último álbum, “To Lady with Love”, uma homenagem a Billie Holiday.

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  • Filme

    Monique Mercure (1930 – 2020)

    18 de maio de 2020 /

    A atriz canadense Monique Mercure morreu no domingo (17/5), aos 89 anos, após batalha contra o câncer. Com uma carreira de seis décadas, ela trabalhou com diretores consagrados, como o francês Claude Chabrol (“Domínio Cruel”, de 1994), o canadense David Cronenberg (“Mistérios e Paixões”, de 1991) e até o americano Robert Altman (“Quinteto”, de 1979). Nascida em 14 de novembro de 1930 como Marie Lise Monique Emond, em Montreal, ela estudou música e casou-se com o compositor Pierre Mercure com apenas 19 anos, em 1949. O casal teve três filhos antes de se separar em 1958. A carreira como atriz só começou depois da separação. Ela estudou no Actor’s Studio, em Nova York, e passou a atuar no cinema canadense a partir de “Quem Ama, Perdoa” (1963), de Claude Jutra, com quem firmou uma duradoura parceria – incluindo papéis em “Meu Tio Antoine” (1971) e “Pour le Meilleur et pour le Pire” (1975). A consagração veio em “J.A. Martin Fotógrafo” (1977), de Jean Beaudin, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes, e o Genie da categoria na premiação da Academia Canadense de Cinema. No filme, ela interpreta Rose-Aimée, esposa do famoso fotógrafo J.A. Martin, que decide acompanhá-lo em sua turnê pelo duro interior canadense na virada do século passado, esperando reviver o casamento deles. A projeção lhe rendeu seu primeiro papel hollywoodiano, na sci-fi pós-apocalíptica “Quinteto” (1979), de Altman, em que contracenou com um elenco internacional formado pelos lendários Paul Newman, Vittorio Gassman, Fernando Rey e Bibi Andersson. Ela também participou de “Domínio Cruel”, que Chabrol rodou no Canadá em 1984, ao lado de Jodie Foster e Sam Neill, e se destacou em “Mistérios e Paixões” (1991), do compatriota David Cronenberg, que lhe rendeu seu segundo Genie (O Oscar canadense), desta vez como Atriz Coadjuvante. Mercure ainda venceu um terceiro Genie como coadjuvante por “Conquest” (1998), de Piers Haggard, sobre uma comunidade rural repleta de idosos. Mas, depois disso, foram poucos destaques, incluindo “O Violino Vermelho”, de François Girard, lançado no mesmo ano, e seu último filme, “C’est le Coeur qui Meurt en Dernier” (2017), de Alexis Durand-Brault, indicado a seis prêmios da Academia Canadense. Foram mais de 30 filmes em francês e inglês, o que lhe rendeu uma homenagem final do primeiro-ministro Justin Trudeau no Twitter. “Perdemos uma grande atriz canadense. Monique Mercure teve um impacto profundo em muitas gerações. Ela ajudou a promover o cinema do Quebec além das nossas fronteiras, e seu legado segue vivo através do seu trabalho”, escreveu o líder político do Canadá.

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    René Auberjonois (1940 – 2019)

    8 de dezembro de 2019 /

    O ator René Auberjonois, que participou da série “Star Trek: Deep Space Nine” e da comédia clássica “M*A*S*H”, morreu neste domingo (8/12) em sua casa, em Los Angeles, aos 79 anos. Ele tinha câncer no pulmão. Auberjonois nasceu em 1940 em Nova York e herdou seu nome do avô, um pintor pós-impressionista suíço também chamado René Auberjonois. Filho de um jornalista suíço que trabalhava como correspondente internacional, foi criado entre Nova York, Paris e Londres, e por um tempo viveu com sua família em uma colônia de artistas, cujos moradores incluíam os atores John Houseman, Helen Hayes e Burgess Meredith. Ele acabou se inspirando a seguir carreira no teatro, eventualmente conseguindo papéis na Broadway e até vencendo um Tony de Melhor Ator em 1969 – pela peça “Coco”, sobre a vida da estilista Coco Chanel, interpretada pela lendária Katharine Hepburn no palco. A carreira de Auberjonois incluiu diversos outros prêmios e indicações, pois ele trabalhou em várias eras douradas, desde o teatro dinâmico da década de 1960 ao renascimento do cinema com a Nova Hollywood da década de 1970, até o auge da programação das redes de TV, nas décadas de 1980 e 1990 e a consagração do cinema indie nos anos 2000 – e cada geração o conheceu por realizações diferentes. Os fãs de cinema o lembram mais como o padre John Mulcahy, o capelão militar que mantinha a serenidade diante das travessuras dos médicos de “M*A*S*H” (1970), a premiadíssima comédia de Robert Altman, que virou uma série ainda mais famosa. Mulcahy foi seu primeiro papel significativo no cinema e o início de uma duradoura parceria com Altman – seguiram-se “Voar É com os Pássaros” (1970), “Onde os Homens São Homens” (1971) e “Imagens” (1972). Ele também apareceu nos grandiosos “O Dirigível Hindenburg” (1975) e “King Kong” (1976), além do suspense “Os Olhos de Laura Mars” (1978), antes de se especializar nos “episódios da semana” na televisão, onde se multiplicou em participações especiais – em atrações populares como “Mulher Biônica”, “O Homem do Fundo do Mar”, “Mulher-Maravilha”, “Casal 20” e “As Panteras” – , até entrar no elenco fixo de “O Poderoso Benson”, sitcom que marcou o seu primeiro papel fixo na TV em 1980. Na série sobre o mordomo de um governador, que durou sete temporadas, Auberjonois viveu um conselheiro político aristocrata e hipocondríaco, chamado Endicott. Ao participar da dublagem da animação “O Último Unicórnio”, em 1982, o ator versátil ingressou numa nova etapa em sua carreira, passando a fazer vozes para vários desenhos de sucesso – como as versões repaginadas de “Scooby-Doo”, “Superamigos”, “Os Smurfs”, “Os Jetsons” e “Jonny Quest”, e novos lançamentos como “Batman: A Série Animada”, “DuckTales”, “Rugrats: Os Anjinhos”, “A Pequena Sereia” e “Aladdin”, entre muitos outros. Seu papel mais famoso surgiu em 1993, com sua escalação no elenco central de “Star Trek: Deep Space Nine”. Na série, Auberjonois interpretou Odo, o metamorfo responsável pela segurança da estação espacial que batizava a produção. A atração durou sete temporadas, até 1999, mas o ator continuou ligado ao personagem após o encerramento, com participações em videogames e em muitas convenções de fãs sobre o universo de “Star Trek”. Ele ainda teve um papel destacado na série “Justiça Sem Limites” (Boston Legal), de 2004 a 2008, e arcos importantes nas mais recentes “Warehouse 13” e “Madam Secretary”. Mas seus principais trabalhos ao final da carreira foram filmes de cineastas independentes excepcionalmente bem-avaliados, entre eles as obras da diretora Kelly Reichardt, que o filmou em “Certas Mulheres” (2016) e no ainda inédito “First Cow”, seu desempenho final. “Eu sou todos esses personagens e adoro isso”, disse Auberjonois em uma entrevista de 2011 ao site oficial da franquia “Star Trek”. “Mas tem vezes que eu encontro as pessoas e elas pensam que sou um primo ou o cara da lavanderia. E eu amo isso também.”

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    Bibi Andersson (1935 – 2019)

    15 de abril de 2019 /

    A aclamada atriz sueca Bibi Andersson, que estrelou mais de uma dúzia de filmes de Ingmar Bergman, morreu aos 83 anos. A diretora Christina Olofson, amiga de longa data de Andersson, confirmou sua morte na mídia sueca no domingo (14/4). Andersson começou a atuar na adolescência e teve uma vasta carreira no cinema, na televisão e no palco, mas se tornou mundialmente conhecida por seu trabalho com Bergman. Ele a descobriu como atriz de comerciais, enquanto dirigia um anúncio para sabão em 1951 e a lançou no mesmo ano em “Senhoria Julia”. Ela acabou participando em 14 dos filmes do diretor, entre as décadas de 1950 e metade dos anos 1970. Inicialmente, Bergman escalou a atriz para papéis que transformavam sua beleza numa representação da inocência e da pureza. Chamava atenção como o sol parecia brilhar quando ela aparecia em cena, como a gentil esposa e mãe de “O Sétimo Selo” (1957). E como parecia sair de um conto de fada em “Morangos Silvestres” (1957), colhendo frutas na floresta. Bergman, no entanto, viu mais na atriz que uma loira deslumbrante. No mesmo filme, ele também a escalou como uma caroneira de língua afiada, fumando cachimbo e com um corte de cabelo curto. Andersson ganhou reconhecimento internacional logo em seguida com “No Limiar da Vida” (1958), que rendeu prêmios para suas quatro atrizes no Festival de Cannes – além de consagrar Bergman com o troféu de Melhor Diretor. Isso a tornou cortejada para diversos trabalhos com diferentes cineastas. Foi premiada como Melhor Atriz no Festival de Berlim por “A Amante Sueca” (1962), de Vilgot Sjöman. E logo Hollywood bateu à sua porta. Ela apareceu ao lado de James Garner e Sidney Poitier no western violento “Duelo em Diablo Canyon” (1966), como uma mulher sequestrada por Apaches que, uma vez resgatada, quer retornar para os índios. Também foi dirigida por John Huston em “Carta ao Kremlin” (1970), interpretou a esposa de Steve McQueen em “Um Inimigo do Povo” (1978), contracenou com Paul Newman na sci-fi “O Quinteto” (1979), dirigida por Robert Altman, embarcou no desastre “Aeroporto 79: O Concorde” (1979) e participou de “Entre a Vida e a Morte (1983), suspense do infame James Toback. Fez, ainda, vários filmes na Itália – a comédia “Você é a Favor ou Contra o Divórcio?” (1966), o giallo “O Sádico de Alma Negra” (1969), o drama “Entre Duas Paixões” (1970), etc. Tudo isso entre suas participações nos projetos de Bergman, filmes como “A Paixão de Ana” (1969) e a minissérie “Cenas de um Casamento” (1973), dividindo o protagonismo com Liv Ullman. A dupla Andersson e Ullman se cristalizou em “Quando Duas Mulheres Pecam” (mais conhecido pelo título original “Persona”), em 1966. A intensa atuação das duas atrizes, respectivamente enfermeira e paciente psiquiátrica, entrou para a história do cinema. E rendeu a Andersson seu primeiro de quatro prêmios Guldbagge (o equivalente sueco ao Oscar). Mas logo Bergman faria sua escolha por Ullman, a quem dedicou o posto de musa em seus filmes seguintes. A carreira de Andersson também incluiu três décadas de trabalho com o Royal Dramatic Theatre de Estocolmo, estrelando clássicos de Shakespeare, Molière e Chekhov, e duas aparições na Broadway nos anos 1970. Ela ainda trabalhou como diretora de teatro na Suécia, à frente de várias peças. E, durante a guerra civil na Iugoslávia, trabalhou com ONGs para levar o teatro e outras formas de cultura à região atingida pela guerra. Andersson fez poucos filmes depois do fim de sua parceria com Bergman nos anos 1970. Além dos americanos já citados, os destaques incluem o clássico sueco “A Festa de Babette” (1987) e o épico medieval “Arn: O Cavaleiro Templário” (2008), produção mais cara do cinema da Suécia, que lhe rendeu seu quarto Guldbagge. Sua última aparição no cinema foi na continuação deste filme, lançada em 2008.

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  • Música

    Hollywood Rock: Veja três novos clipes de músicas com Dylan Minnette, Ansel Elgort e Kate Mara

    10 de março de 2019 /

    Com a produção dos clipes se tornando cada vez mais cinematográfica, as participações de estrelas de cinema e séries vem crescendo no formato. Três vídeos recentes de bandas e um rapper americanos chamam atenção por incluir famosos do cinema e da TV em suas “historinhas”. A participação de Dylan Minnette (de “O Homem nas Trevas” e “30 Reasons Why”) no vídeo do Wallow se diferencia das demais porque ele é um dos músicos – e, portanto, está em todos os clipes do trio de Los Angeles. O guitarrista Dylan formou a banda com dois amigos há muitos anos – eles participaram da Warped Tour de 2011 – e já tem vários singles, mas seu primeiro álbum, “Nothing Happens”, só vai chegar às lojas no dia 22 de março. No clipe de outra banda de Los Angeles, Local Natives, Kate Mara (“Perdido em Marte” e “Pose”) interpreta uma mulher rica, bonita, glamourosa e profundamente sozinha, que aparece vagando por um supermercado, uma lanchonete e uma mansão, solitária o tempo todo – ou acompanhada por alguém fora de cena, que corresponde à perspectiva da câmera. O quinteto já lança álbuns há dez anos e seu quarto disco, “Violet Street”, sai em abril. Mas a melhor aparição é de Ansel Elgort (“Em Ritmo de Fuga”) no clipe do rapper J.I.D. Ele desperta totalmente vestido quando seu gato de estimação pula na cama, e então passa a tentar alimentá-lo, enquanto dança e fuma. Só que o bicho não quer a gororoba improvisada, o que faz o ator vestir um terno sobre a roupa que já está trajando, preparando-se para buscar comida de gato numa pet, enquanto o dia amanhece e J.I.D pode ser visto pela janela de seu apartamento, fazendo uma festa repleta de mulheres na cobertura do prédio vizinho. O detalhe é que toda esta encenação é uma refilmagem da cena de abertura de “Um Perigoso Adeus” (1973), com Elgort interpretando o papel do icônico detetive Philip Marlowe, vivido no filme noir de Robert Altman por Elliott Gould. Compare abaixo. Para completar, o título do disco de J.I.D também é uma referência hollywoodiana: “DiCaprio 2” – um dos melhores discos de rap do ano passado.

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  • Etc,  Filme,  Série

    Donald Moffat (1930 – 2018)

    21 de dezembro de 2018 /

    Morreu o veterano ator Donald Moffat, que fez sucesso na Broadway, no cinema e na televisão. Ele morreu na quinta-feira (20/12) em Sleepy Hollow, Nova York, aos 87 anos, após complicações de um derrame recente. Durante a longa carreira, que durou quase 50 anos, ele apareceu em 80 peças teatrais, dirigiu outras 10, fez 70 filmes e telefilmes e pelo menos 60 episódios de séries televisivas. Moffat nasceu em Plymouth, na Inglaterra, e se mudou para os EUA aos 26 anos. Ele começou sua trajetória no teatro e chegou a ser indicado ao prêmio Tony de Melhor Ator em 1967. A essa altura, já tinha uma década de experiência, tanto nos palcos quanto na televisão. Sua primeira participação televisiva foi num episódio da série noir “Cidade Nua”, em 1958. A estreia no cinema, porém, só foi acontecer depois da consagração teatral. Seu primeiro papel veio em “Rachel, Rachel” (1968), que também marcou o debut do astro Paul Newman como diretor. Durante os anos 1970, alternou aparições em episódios de séries clássicas, como “Missão Impossível”, “Lancer”, “Chaparral”, “Bonanza”, “Galeria do Terror”, “Gunsmoke”, “Tempera de Aço”, “O Homem de Seis Milhões de Dólares”, “Os Waltons” e “Os Pioneiros”, antes de ser escalado em seu primeiro papel fixo numa série, como o androide Rem na cultuada sci-fi “Fuga das Estrelas” (Logan’s Run), versão televisiva do filme “Fuga no Século 23” (1976). Paralelamente, caprichou em sua seleção de personagens em filmes icônicos, incluindo “R.P.M.: Revoluções por Minuto” (1970), de Stanley Kramer, o western “Sem Lei e Sem Esperança” (1972), de Philip Kaufman, a sci-fi “O Homem Terminal” (1974), de Mike Hodges, e o desastre clássico “Terremoto” (1974), de Mark Robson. O auge da carreira cinematográfica aconteceu na década de 1980, inaugurada por “Política do Corpo e Saúde” (1980), de Robert Altman. Em seguida, ele participou de dois dos filmes mais comentados do período. Viveu o comandante de uma estação de pesquisa antártica na cultuada sci-fi de terror “O Enigma de Outro Mundo” (The Thing, 1982), de John Carpenter, e roubou a cena como o vice-presidente Lyndon B. Johnson em “Os Eleitos” (The Right Stuff, 1983), seu segundo filme dirigido por Philip Kaufman, sobre o início do programa espacial americano. Os dois papéis foram sucedidos por uma enxurrada de trabalho. Moffat participou de um arco em “Dallas”, mas quase não teve tempo de fazer TV, brilhando em filmes diversos, do drama “A Baía do Ódio” (1985), de Louis Malle, ao trash “O Monstro do Armário” (1986). Ele retomou sua parceria bem sucedida com Kaufman em outro longa cultuado, “A Insustentável Leveza do Ser” (1988), e continuou acumulando obras de mestres do cinema. Vieram “Muito Mais que um Crime” (1989), de Costa-Gavras, “A Fogueira das Vaidades” (1990), de Brian De Palma, “Uma Segunda Chance” (1991), de Mike Nichols, “A Fortuna de Cookie” (1999), de Robert Altman, sem esquecer o papel de presidente corrupto dos Estados Unidos em “Perigo Real e Imediato” (1994), de Phillip Noyce, entre uma variedade de títulos. Em 2000, ele entrou em “Bull”, primeira série do canal pago TNT, focada no mercado financeiro. Mas a experiência se provou amarga. A série foi cancelada na metade da 1ª temporada e ele só fez mais três trabalhos depois disso – o telefilme esportivo “A História de um Recorde” (2001) e episódios individuais de “West Wing” (em 2003) e “Law & Order: Trial by Jury” (em 2005).

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    Jean Rochefort (1930 – 2017)

    9 de outubro de 2017 /

    Jean Rochefort, um dos atores mais populares do cinema francês, morreu na madrugada desta segunda-feira (9/10) aos 87 anos. Ele estava hospitalizado em agosto e faleceu em um estabelecimento médico em Paris. Com uma filmografia de quase 150 filmes, Rochefort construiu sua carreira em todos os gêneros, mas principalmente comédias ligeiras, sem nunca perder o charme e a elegância… ou seu icônico bigode. O ator nasceu em Paris em 1930 e começou a trabalhar no cinema na década de 1950, primeiro como figurante, depois como coadjuvante de aventuras de capa e espada, como “Le Capitaine Fracasse” (1961), “Cartouche” (1962), “Maravilhosa Angélica” (1965) e “Angélica e o Rei” (1966). Até que a comédia o descobriu. De coadjuvante em “Fabulosas Aventuras de um Playboy” (1965), estrelado por seu colega de “Cartouche”, Jean-Paul Belmondo, passou a protagonista no filme seguinte, o cultuado “Quem é Polly Maggoo?” (1966), um dos filmes mais famosos da história da moda no cinema. Ainda contracenou com Brigitte Bardot no romance “Eu Sou o Amor” (1967) e fez alguns thrillers importantes no começo dos anos 1970: “A Estranha Herança de Bart Cordell” (1973), nova parceria com Belmondo, “O Relojoeiro” (1974), de Bertrand Tavernier, e dois longas de Claude Chabrol, “Assassinato por Amor” (1975) e “Profecia de um Delito” (1976). O período também destaca duas obras dramáticas que lhe consagraram com Césares (o Oscar francês) consecutivos: a produção de época “Que a Festa Comece” (1976), novamente dirigido por Tavernier, e a trama de guerra “Le Crabe-Tambour” (1978), de Pierre Schoendoerffer. Mas apesar da variedade de projetos, logo sua veia de comediante se tornou mais evidente. Um quarteto de filmes foi responsável por estabelecer o novo rumo de sua carreira: “Loiro Alto do Sapato Preto” (1972), em que foi dirigido pela primeira vez por Yves Robert, “O Fantasma da Liberdade” (1974), do gênio espanhol Luis Buñuel, “Pecado à Italiana” (1974), de Luigi Comencini, e principalmente “O Doce Perfume do Adultério” (1976), seu segundo filme comandado por Robert. “O Doce Perfume do Adultério” fez tanto sucesso que, oito anos depois, ganhou um remake americano ainda mais popular – “A Dama de Vermelho” (1986), no qual o papel de Rochefort foi vivido por Gene Wilder. E depois de outra parceria bem-sucedida com o mesmo diretor, “Vamos Todos para o Paraíso” (1977), Rochefort filmou sua primeira comédia em inglês, “Quem Está Matando os Grandes Chefes?” (1978), tornando-se ainda mais conhecido no mundo todo. Ele continuou a acumular sucessos em sua associação com Robert – “Vamos Fugir!” (1979), “O Castelo de Minha Mãe” (1990) e “Esse Mundo é dos Chatos” (1992) – e ao firmar uma nova parceria importante com Patrice Leconte, com quem rodou seis filmes: “Tandem” (1987), “O Marido da Cabeleireira” (1990), “A Dança dos Desejos” (1993), “Os Canastrões” (1996) e o melhor de todos, “Caindo no Ridículo” (1996), uma obra-prima do humor francês, que rendeu a Rochefort nova indicação ao César. A lista se completa com o suspense “Uma Passagem para a Vida” (2002), pelo qual recebeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Veneza. O ator francês também foi dirigido pelo gênio americano Robert Altman em “Prêt-à-Porter” (1994) – que só perde para “Quem É Polly Maggoo?” na lista dos filmes de moda obrigatórios. Très chic. E foi a primeira escolha de Terry Gilliam para estrelar “The Man Who Killed Don Quixote” em 2000, ao lado de Johnny Depp. Mas esta produção foi interrompida por inúmeros desastres e nunca saiu do papel, ao menos como planejado, já que virou um documentário premiado, “Perdido em La Mancha” (2002). Ao final do século 20, Rochefort resolveu diversificar a carreira, aparecendo em minisséries e telefilmes, além de passar a dublar longas animados. É dele a voz do cavalo Jolly Jumper no desenho “Os Daltons Contra Lucky Luke” (2004). Outras animações recentes com sua voz incluem “Titeuf: O Filme” (2011), “Jack e a Mecânica do Coração” (2013) e “Abril e o Mundo Extraordinário” (2015). Entre seus últimos trabalhos, destacam-se ainda o excelente suspense “Não Conte a Ninguém” (2006), de Guillaume Canet, a comédia inglesa “As Férias de Mr. Bean” (2007), a adaptação dos quadrinhos de “Asterix e Obelix: A Serviço de sua Majestade” (2012), e o drama “O Artista e a Modelo” (2012), do espanhol Fernando Trueba, pelo qual foi indicado ao Goya (o Oscar espanhol). Seu papel final foi o personagem do título de “A Viagem de Meu Pai” (2015), de Philippe Le Guay, outro desempenho elogiadíssimo, que encerrou sua carreira no mesmo nível notável com que sempre será lembrado.

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