Grupo que tentou sabotar Pantera Negra assume autoria de ataque contra Kelly Marie Tran, de Star Wars
Um grupo de “fãs” racistas que tentou sabotar o filme do “Pantera Negra” com notas negativas em sites como Rotten Tomatoes e IMDb diz ter sido responsável pelo bullying virtual cometido contra Kelly Marie Tran, primeira atriz de descendência asiática a interpretar uma personagem importante de “Star Wars”. O assédio foi tão agressivo que a levou a abandonar suas contas nas redes sociais. Em post publicado no fim de semana no Facebook, mas já removido, o grupo chamado Down With Disney’s Treatment of Franchises and His Fanboys acusou a presidente da Lucasfilm e produtora de “Star Wars”, Kathleen Kennedy, de adotar uma “agenda feminazi” que levou à “perversão” do “cânone” dos filmes, que apresentam caçadores de recompensas intergalácticos e seus amigos robôs falantes. O post, que foi fotografado antes da exclusão pelo site Screenrant, não expressa nenhum remorso por quaisquer ações. Em vez disso, comemora a saída de Tran da mídia social como uma vitória “gloriosa e sangrenta”. O objetivo do grupo seria fazer com que “Star Wars” abandone sua “diversidade forçada” para “trazer de volta o Herói Masculino Hetero Branco” que caracterizou a trilogia original. Para isso, pretende forçar a Disney, chamada de “corporação corrupta, a abandonar a franquia por meio de ações contínuas de pressão. Veja o post original abaixo. Em fevereiro, o grupo foi expulso do Facebook por criar um evento chamado “Give Black Panther a Rotten Audience Score” no Rotten Tomatoes, que visava fazer com que o filme do super-herói da Marvel tivesse uma nota de público negativa. Na época, a justificativa era que a Disney incentivava as críticas negativas para os filmes da DC, produzidos pelo estúdio rival Warner Bros. Em ambos os casos, os ataques buscam justificativas no universo dos fãs para incentivar outras pessoas a cometerem atos claramente racistas.
Atriz de Os Últimos Jedi deleta Instagram após ataques racistas de “fãs” de Star Wars
Vítima de bullying virtual intenso desde que apareceu em “Star Wars: Os Últimos Jedi”, a atriz Kelly Marie Tran apagou todas as publicações de seu Instagram. A intérprete de Rose Tico decidiu abandonar as redes sociais após a participação no filme torná-la alvo constante de ataques xenófobos e misóginos. Kelly Marie Tran foi a primeira mulher asiática em um papel de destaque na saga espacial, mas o que seria um marco da inclusão em Hollywood acabou se tornando inspiração para manifestações racistas, com autodenominados fãs de “Star Wars” afirmando que sua personagem precisava morrer, já que era uma “vagabunda burra”. A situação escalou a ponto de hackers reescreverem sua biografia num site dedicado à franquia com ofensas à ascendência vietnamita da atriz. Desconhecida até o lançamento de “Os Últimos Jedi”, a atriz foi convencida pelo elenco a criar uma conta no Instagram. “Pessoal, posso contar um segredo? Eu evitei entrar nas redes sociais por um longo tempo por puro medo. (…) Foi preciso um ano de muito trabalho e de amigos que me apoiaram para eu perceber que não me interessa se as pessoas gostam de mim ou não. Isso não muda minhas metas, meus sonhos e o que eu quero fazer com as oportunidades que me apareceram”, escreveu Kelly em uma publicação de outubro. Nesta terça-feira (5/6), em vez de novas postagens, sua página registra apenas o branco caucasiano da cor de fundo e uma descrição: “Com medo, mas fazendo mesmo assim”. Enquanto isso, Rian Johnson, diretor de “Os Últimos Jedi”, publicou um tuíte em que chama as pessoas que usam as redes sociais para fazer comentários de ódio de “uma minoria”. “Nas redes sociais, uma minoria de pessoas doentes conseguem projetar uma grande sombra no muro, mas nos últimos quatro anos conheci muitos fãs de ‘Star Wars’ de verdade. Nós gostamos e não gostamos das coisas, mas fazemos isso com humor, amor e respeito. Nós somos a vasta maioria, estamos nos divertindo e nos dando bem”, disse. A tal “minoria”, porém, não se dá bem com ninguém. Tran não foi a primeira atriz de “Star Wars” a abandonar mídias sociais devido ao abuso dos “fãs”. Daisy Ridley, que interpreta Rey, deletou sua conta em 2016 após sofrer uma enxurrada de ataques devido a um comentário sobre controle de armamento.
Origem de Rey ainda está em aberto, segundo diretor de Os Últimos Jedi
Fenômeno de público, Star Wars: Os Últimos Jedi já ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão nas bilheterias de todo o mundo – e ainda nem estreou na China. Mas isto não impediu o filme de render muitas polêmicas. Além do comportamento de Luke Skywalker (Mark Hamill), um dos pontos mais questionados pelos fãs é a questão da origem da protagonista Rey (Daisy Ridley). Numa cena de “Os Últimos Jedi”, Kylo Ren (Adam Driver) conta para Rey que seus pais eram catadores de lixo de Jakku, que trocaram a filha por um bilhete de ida ao planeta. Ou seja, ela seria alguém sem nenhuma linhagem nobre nem herança especial, o que frustrou os fãs, mas também alimentou mais um debate, com a possibilidade de Kylo estar mentindo. Indagado pelo site Huffington Post a respeito desta polêmica, o diretor e roteirista Rian Johnson preferiu sair pela tangente. “Qualquer coisa ainda está em aberto, e não sou quem escrevo o próximo filme”, disse, referindo-se ao diretor JJ Abrams e ao roteirista Chris Terrio, que estão desenvolvendo o final da trilogia. Há várias teorias de fãs, que acreditam que Rey é uma Skywalker esquecida, uma neta de Obi-Wan Kenobi ou mesmo descendente do imperador Palpatine. Mas, embora Johnson tenha dito anteriormente que Kylo foi sincero, ele também reconhece que a verdade sempre é algo bastante complexo no universo de “Star Wars”. A resposta deve vir em “Star Wars: Episódio IX”, ainda sem título definido e com estreia marcada apenas para dezembro de 2019.
Mark Hamill revela que seus filhos participaram de Star Wars: Os Últimos Jedi
Além de vários figurantes famosos, “Star Wars: Os Últimos Jedi” também teve participações especiais de familiares do elenco e da equipe da produção. Um dos atores que trouxe a turma para se divertir com armas de raios foi Mark Hamill. Ele revelou que seus três filhos participaram das filmagens, ao agradecer o diretor no Twitter por não tê-los cortado na edição. “Agradeço a Rian Johnson por não ter cortado Nathan, Griffin e Chelsea Hamill na sala de edição. E por ter permitido minha contribuição à direção: ‘Apareçam rápido ou Oscar [Isaac] vai bloquear vocês’, na segunda cena.” O intérprete de Luke Skywalker também postou imagens dos filhos trajados como seus personagens, integrantes da força rebelde. Veja abaixo. Além dos filhos de Mark Hamill, a filha de Carrie Fischer, Billie Lourd, também deu vida a uma personagem da franquia, mas com maior destaque – desde o filme anterior, “O Despertar da Força”. O detalhe é que até o cachorro da atriz participou da produção. Thanks for not letting @NathanHamill @GriffinHamill & @chelseahamill wind-up on #TheLastJedi cutting-room floor @rianjohnson! And for allowing my one directorial note: "Pop-up FASTER or Oscar'll block ya!" on the 2nd & final take. #MyKidsCoolCameoAsRebelScum pic.twitter.com/TVRVE5lwHf — @HamillHimself (@HamillHimself) December 29, 2017
Mark Hamill se diz arrependido de ter reclamado de Luke Skywalker no novo Star Wars
Mark Hamill se arrependeu de suas críticas aos rumos de Luke Skywalker em “Star Wars: Os Últimos Jedi”. Depois de ter dito que o desenvolvimento do personagem no novo filme “não é o meu Luke”, ele chegou a admitir que “estava errado”. Mas diante da dimensão tomada por seus comentários, resolveu reforçar suas desculpas nas redes sociais. “Me arrependo de levantar minhas dúvidas e inseguranças em público. Diferenças criativas são um elemento em comum em projetos, mas normalmente ficam no particular. Tudo o que eu queria era fazer um bom filme. E tive mais do que isso. Rian Johnson fez um dos melhores de todos os tempos”, disse o intérprete de Luke Skywalker. Na última semana, o ator afirmou que não concordou totalmente com o roteiro de “Star Wars: Os Últimos Jedi”, no qual o personagem de Luke Skywalker apresenta uma postura diferente da que foi mostrada na trilogia original da saga. “Não é o meu Luke Skywalker. Eu disse a Rian (Johnson, diretor do filme) que os Jedi não desistem”, afirmou o ator em entrevista de divulgação do filme. Mas depois desta entrevista, ele reconsiderou. “Eu tive dificuldade em aceitar o que ele pensou para Luke, mas tenho que dizer, depois de ter visto o filme… eu estava errado. Acho que ser tirado de sua zona de conforto é uma boa coisa, porque se eu fosse só mais um Jedi benevolente, treinando jovens padawans, seria apenas mais do mesmo. E ninguém fez isso melhor que Alec Guinness [ator que interpretou Obi-Wan Kenobi na trilogia clássica], o que eu nunca nem sequer deveria tentar”, Hamill apontou. I regret voicing my doubts & insecurities in public.Creative differences are a common element of any project but usually remain private. All I wanted was to make good movie. I got more than that- @rianjohnson made an all-time GREAT one! #HumbledHamill https://t.co/8ujJfBuEdV — @HamillHimself (@HamillHimself) 26 de dezembro de 2017
Mark Hamill volta atrás em sua crítica a Os Últimos Jedi: “Eu estava errado”
Uma coisa se pode afirmar com certeza sobre “Star Wars: Os Últimos Jedi”: está dando muito mais o que falar que “Star Wars: O Despertar da Força”. E um dos responsáveis por alimentar controvérsias tem sido ninguém menos que Mark Hamill, intérprete de Luke Skywalker. Ao criticar as decisões do diretor e roteirista Rian Johnson sobre os rumos de seu personagem, Hamill chegou a afirmar: “não é meu Luke Skywalker”. Mas isto foi antes que ele pudesse ter visto o filme. Agora, o ator voltou atrás. Em entrevista ao site IMDb, Hamill afirma ter mudado de ideia e aprovado as mudanças. “Eu tive dificuldade em aceitar o que ele pensou para Luke, mas tenho que dizer, depois de ter visto o filme… eu estava errado. Acho que ser tirado de sua zona de conforto é uma boa coisa, porque se eu fosse só mais um Jedi benevolente, treinando jovens padawans, seria apenas mais do mesmo. E ninguém fez isso melhor que Alec Guinness [ator que interpretou Obi-Wan Kenobi na trilogia clássica], o que eu nunca nem sequer deveria tentar”, ele apontou. A declaração ecoa o que o próprio diretor disse a respeito do filme. Ele refletiu sobre a polarização despertada pela produção com um post no Twitter, em que argumentou: “O objetivo é nunca dividir ou deixar as pessoas chateadas, mas acho que as conversas que estão ocorrendo teriam que acontecer em algum momento, se ‘Star Wars’ pretendesse crescer, seguir em frente e permanecer vital”. Ou seja, sair da sua zona de conforto e fazer algo diferente, que não fosse mais do mesmo. “Star Wars: Os Últimos Jedi” registra a pior avaliação de um filme da franquia entre os usuários do Rotten Tomatoes, com 54% de aprovação, mas há controvérsias sobre a veracidade desses dados, após um grupo de extrema direita reivindicar ter manipulado a votação em protesto contra o excesso de mulheres e emasculação dos protagonistas. A crítica apoiou positivamente os rumos do filme, que detém 93% de aprovação nas resenhas pesquisadas pelo mesmo Rotten Tomatoes. Além disso, o novo “Star Wars” recebeu nota A do CinemaScore, a pesquisa de opinião pública mais confiável sobre cinema nos Estados Unidos. Mas a avaliação de público que realmente conta é a sua bilheteria. “Star Wars: Os Últimos Jedi” já atingiu US$ 600 milhões de arrecadação mundial, desde seu lançamento há uma semana.
Diretor de Star Wars: Os Últimos Jedi decide comentar polarização causada pelo filme
Uma semana após a estreia de “Star Wars: Os Últimos Jedi”, o diretor e roteirista Rian Johnson decidiu abordar a polarização que o filme despertou nos fãs, motivando até campanhas para que não seja considerado parte oficial da saga espacial. “O objetivo é nunca dividir ou deixar as pessoas chateadas, mas acho que as conversas que estão ocorrendo teriam que acontecer em algum momento, se ‘Star Wars’ pretendesse crescer, seguir em frente e permanecer vital”, Johnson escreveu no Twitter, em resposta a um usuário que lhe perguntou se achava bom o filme ser tão divisivo. “Star Wars: Os Últimos Jedi” registra a pior avaliação de um filme da franquia entre os usuários do Rotten Tomatoes, com 54% de aprovação, mas há controvérsias sobre a veracidade desses dados, após um grupo de extrema direita reivindicar ter manipulado a votação em protesto contra o excesso de mulheres e emasculação dos protagonistas. A crítica apoiou positivamente os rumos do filme, que detém 93% de aprovação nas resenhas pesquisadas pelo mesmo Rotten Tomatoes. Além disso, o novo “Star Wars” recebeu nota A do CinemaScore, a pesquisa de opinião pública mais confiável sobre cinema nos Estados Unidos. Mas a avaliação de público que realmente conta é a sua bilheteria. “Star Wars: Os Últimos Jedi” já atingiu US$ 600 milhões de arrecadação mundial, desde seu lançamento há uma semana. The goal is never to divide or make people upset, but I do think the conversations that are happening were going to have to happen at some point if sw is going to grow, move forward and stay vital. — Rian Johnson (@rianjohnson) December 21, 2017
Mark Hamill reclama dos rumos de Star Wars: “Não é o meu Luke Skywalker”
Mark Hamill ainda não se conformou com o destino de seu personagem nem com a abordagem que Rian Johnson deu a Luke Skywalker em “Star Wars: Os Últimos Jedi”. Em uma recente entrevista posta no YouTube pelo usuário Jar Jar Abrams, ele revelou ter confrontado o diretor em relação aos rumos da história, alegando que o personagem ficou muito diferente daquele apresentado na trilogia original. “Eu disse para Rian: ‘Jedi não desistem’. Quer dizer, mesmo que ele tivesse um problema, ele teria, talvez, tirado um ano para tentar e reagrupar. Mas se ele cometeu um erro, ele tentaria corrigi-lo. Então, logo nisso tivemos uma diferença fundamental. Mas não é mais a minha história. É a história de outra pessoa – Rian precisava que eu fosse de determinado jeito para tornar o final efetivo… Esse é o cerne do meu problema. Luke nunca diria isso. Desculpe. Veja, estou falando sobre o ‘Star Wars’ de George Lucas. Como essa é a próxima geração de ‘Star Wars’, então quase tive que encarar Luke como outro personagem. Talvez ele seja Jake Skywalker. Ele não é o meu Luke Skywalker, mas tive que fazer o que Rian queria porque serve bem à história. Mas, escuta, ainda não aceitei completamente. Mas é só um filme. Espero que as pessoas gostem e não fiquem chateadas. Comecei a realmente acreditar que Rian era o homem certo que eles precisavam para o trabalho.” O ator não é o único contrariado. Fãs criaram uma petição para que o filme não seja considerado canônico – isto é, parte da saga oficial. Veja o vídeo com a entrevista abaixo.
Star Wars: Os Últimos Jedi fatura US$ 500 milhões em cinco dias
“Star Wars: Os Últimos Jedi” atingiu a marca de US$ 500M (milhões) arrecadados mundialmente em apenas cinco dias. E isto que a produção só será lançada na China, o segundo maior mercado cinematográfico do planeta, em janeiro. Até segunda-feira (18/12), o filme tinha conquistado US$ 241,5M no mercado doméstico (Estados Unidos e Canadá) e US$ 274,8M no internacional (os demais países), totalizando US$ 516,3M em todo o mundo. No próximo fim de semana, o filme escrito e dirigido por Rian Johnson (“Looper”) disputará espaço com a comédia “Jumanji: Bem-Vindo à Selva” e o musical “O Rei do Show”, mas não deve perder a liderança da arrecadação.
Diálogos de Leia em Star Wars: Os Últimos Jedi foram criados por Carrie Fisher
O diretor Rian Johnson revelou que cenas de “Star Wars: Os Últimos Jedi” foram criadas com a colaboração de Carrie Fisher. Em entrevista ao site The Daily Beast, ele contou que a atriz era fã de piadas de frases curtas. “Ele pensava em piadas com muita facilidade”. Um desses exemplos aconteceu no reencontro entre Leia e Luke (Mark Hamill). “A cena em que ela senta com Luke e diz ‘eu mudei meu penteado’, obviamente, foi ela”. Durante uma discussão em painel em Star Wars Celebration em abril passado, ele chegou a descrever como foi o processo artístico de mexer um roteiro com ela. “Eu ia para a casa dela. Nós nos sentamos em sua cama por horas e revisávamos os roteiros. Tínhamos um fluxo de consciência que era quase um jazz, com sessões de improviso sobre o texto escrito. Ela gostava de rabiscar no meu roteiro tudo o que ela dizia e, no final de seis horas, surgia uma linha de diálogo de apenas quatro palavras que era a síntese de todo esse esforço, mas era brilhante”. Johnson cita a despedida entre Almirante Holdo (Laura Dern) e Leia. “Toda aquela cena com Holdo foi reescrita pos Carrie e Laura. Nós três nos reunimos e trabalhamos nela. E o coração da cena veio de Laura. O que ela diz não é apenas entre sua personagem e Leia, mas também entre Laura, e Carrie, querendo expressar o que Carrie significava para ela. A sua gratidão”. Na cena, Leia desabafa que está cansada com as perdas de pessoas queridas. “Não posso aguentar mais”. E Holdo sorri e a reconforta. “Claro que você pode”, diz ela. “Você me ensinou como”. Ele também lembra a cena final com Rey (Daisy Ridley), com a Resistência dizimada e a pergunta da jovem: “Como podemos construir uma rebelião com isso?” Leia responde com calma e certeza: “Temos tudo o que precisamos”. “Agora, quando vejo a performance de Fisher, eu me sinto… Deus, eu me sinto sortudo, sabe? Sinto-me afortunado por ter esse desempenho dela, sinto-me afortunado de termos tido esses momentos com ela. Sinto-me tão afortunado de que seus últimos momentos no filme, que estão no final do filme, são palavras de esperança ditas a Rey. Sim. Deus. Eu queria que ela estivesse aqui para vê-las.”
Os Últimos Jedi é o Star Wars mais diferente e surpreendente de todos
Quando JJ Abrams e o roteirista Lawrence Kasdan reiniciaram a franquia “Star Wars” em 2015 com “O Despertar da Força”, a aventura era simpática, divertida, mas, convenhamos, o enredo corria poucos riscos. Por trás dos números de mágica de Abrams, havia a sensação de quase um remake de “Star Wars: Uma Nova Esperança”, com os novos análogos da primeira Ordem e da Rebelião enfrentando novamente uma Estrela da Morte. Os fãs abraçaram a abordagem por nostalgia e por veneração. Nada mais. Felizmente, Rian Johnson, o roteirista e diretor de “Star Wars VIII: Os Últimos Jedi” dá de ombros pra veneração. Não que ele desgoste da mitologia. Há algumas cenas em que o diretor demonstra uma ternura, que talvez nunca tenhamos visto nos sete filmes anteriores da saga ou no spin-off “Rogue One”. Acontece que Johnson invade a sala de brinquedos e comporta-se como uma criança selvagem. Ele lança bonecos pro alto, desmonta as naves, destrói as torres de Lego e reconstrói novas edificações mutantes. Esse é o espírito de “Os Ultimos Jedis”. Johnson mergulha no universo com um entusiasmo sacana, e o filme, no fundo, vira um braço de força entre ele e um estúdio poderoso, detentor de uma visão rigorosa de como quer que os filmes sejam feitos, moldando as visões de seus diretores para apoiar uma estética corporativa unificada – um processo que mastigou e cuspiu Colin Trevorrow, Gareth Edwards, Phil Lord e Christopher Miller. Pensou diferente, e você está fora. Agora, olha o curioso: Rian Johnson pensa diferente. E o modo como ele dribla a máquina de fazer salsichas, é muito interessante. Seu filme respira, quase fisicamente, nesse hiato entre a dificuldade de se pôr em cena ou de obedecer as regras impostas. Se não, vejamos: Poe Dameron (Oscar Issac), o primeiro dos novos heróis que aparece em cena, é um piloto que desacata os superiores. Vive às turras com a General Leia Organa (Carrie Fisher). Coloca-se à frente da frota de destróieres da Primeira Ordem sozinho e provoca o general Hux, torcendo as palavras com a mesma habilidade que pilota um caça e dá cavalos de pau nas nuvens. Luke Skywalker (Mark Hamill) segue a mesma trilha. Um dia, foi um guerreiro destemido como Poe, o tempo passou e ele cansou. Virou o velho ermitão cínico. Não se sensibiliza com causa nenhuma. Quando Rey (Daisy Ridley) lhe entrega o sabre de luz, o cavaleiro jedi arremessa a relíquia no mato. Luke não aceita mais ordens, nem quer se aliar a esse ou a aquele outro grupo. Enquanto isso, Fin (John Boyega) acorda na nave dos rebeldes, já pronto para procurar Rey e lutar se for preciso, só não percebe um detalhe: está completamente nu andando pela nave. Temos ainda a adição de dois personagens adoráveis e igualmente excêntricos, o mercenário DJ, vivido por Benício Del Toro, um malandro decodificador de senhas que luta sempre do lado de quem oferece mais vantagens, e a meiga Rose Tico (Kelly Marie Tran), a simplória fã dos feitos extraordinários de Fin e Rey. Rose vive a ilusão de destruir a cidade-cassino onde os ricos vendedores de armas se divertem. Ela acha que eles não passam de uma escória por vender armas para a Primeira ordem, mas DJ dá um choque de realidade na menina, quando lhe mostra que essa mesma escória também vende armas para Resistência. Esse dilema, esse atrito entre buscar a independência ou se vender, tentando dentro do sistema manter uma certa pureza, reverbera em cada fotograma de “Os Últimos Jedis”. Multiplica-se inclusive, na cabeça de Rey, a heroína. Num dos grandes momentos do filme, Rey entra numa caverna e sua imagem se multiplica. Ela grita, tenta alcançar o fim deste encadeamento de Reys, mas elas continuam aumentando. Finalmente, no momento em que ela encontra o fim, uma sombra se aproxima e Rey fica feliz, assim como os espectadores ficam, porque acreditam que algo finalmente vai ser revelado. E o que seria essa revelação? Cada um deve assistir o filme e buscar sua própria leitura do que esse vulto representa. Enfim, todos são meio insolentes, inclusive Kylo Ren (Adam Driver), ao se recusar a tirar a máscara na frente do Lorde Supremo Snooke (Andy Serkys). O lorde dos vilães irritado chama o pupilo de criança mimada de capacete e Kylo sai da sala possesso. A cena é um alívio cômico para um personagem atormentado e, sem dúvida, o mais rico da história. Ele é odioso, recalcado, e até mesmo infantil em sua crueldade, mas sua resignação é dolorida e consegue ser profundamente tocante. Vem daí, aliás, a tortuosidade do filme, que se espalha em torno do triângulo psicológico que se desenvolve entre Kylo, Rey e Luke. A história desses três está vinculada e compartilhada por um mistério. Há uma revelação aqui que vai deixar os fãs de queixo caído. Mas antes disso, o espectador é brindado com uma abundância de duelos com espadas de luz, rivalidades e batalhas aéreas. O ritmo é espantoso, e a tarimba de Johnson advém de nunca deixar que o público se perca em meio as viagens entre as estrelas ou a profusão de personagens. Verdade, não temos mais Carrie Fisher, uma atriz eloqüente, para viver Leia Organa em outros filmes. A atriz, como todo mundo sabe, morreu no final do ano passado. Mas em cada cena que ela aparece, essa lembrança torna sua presença mais intensa. Carrie é a alma da Resistência. A beleza do filme, contudo, reside no controle e orquestração de Johnson. Um sujeito que organiza cada etapa, do roteiro a filmagem, da edição, a finalização, imprimindo sua filosofia própria: em cada detalhe sente-se a personalidade do diretor, nos diálogos, nas tiradas, nos desenvolvimentos dos personagens. Um defeito que foi se ampliando nos filmes de George Lucas, era a questão dos personagens secundários. Lucas sempre foi muito bom em criar novos vilões, mutantes e extraterrestres, mas as novas estrelas nem sempre tinham uma função forte. Não havia um desenho de desenvolvimento. Vide a profundidade que tiveram personagens como Boba Feet, Darth Maul ou o General Grievous. Lucas aumentava seu universo de bonecos, pensando em vender os brinquedos. Johnson criou um novo grupo, que obviamente também serão vendidos como brinquedos. Mas há uma sensível diferença aqui. Cada um dos novos tipos apresentados tem uma razão, uma motivação orgânica para estar em cena. Sejam os Porgs, as Raposas de Cristal ou os Fathiers, cavalos espaciais de orelhas cumpridas. O diretor nunca perde o fio da meada: o corpo físico briga com o psicológico, e no final, a questão de quem triunfa, é relativa. Quem bom que temos um filme onde o conforto é mandado pro espaço e onde as fronteiras são claras apenas para os que preferem se iludir. A arte de Johnson, como ele já tinha nos mostrado em “Looper – Assassinos do Futuro”, é empolgante por que não se fecha em raciocínio simples. É a arte da aventura da inquietude e da tormenta humana.
Star Wars: Os Últimos Jedi ganha elogios rasgados da crítica americana
“Star Wars: Os Últimos Jedi” é um dos melhores filmes da franquia espacial. O melhor pelo menos desde “O Império Contra-Ataca”. Épico, deslumbrante, comovente, emocionante. Etc, etc. Os elogios começaram a jorrar nas redes sociais assim que terminou a primeira sessão do filme para a imprensa, que aconteceu no sábado (9/12) nos Estados Unidos. Até o diretor James Mangold (“Logan”) foi ao Twitter aplaudir. Em coro, todos elogiaram o trabalho do cineasta Rian Johnson (“Looper”), que escreveu e dirigiu o que muitos estão considerando um épico diferente de tudo o que já foi feito na franquia, com cenas tão memoráveis que renderam pedidos de não compartilhamento de spoilers. A Força parece ser (literalmente) forte com o cineasta, porque, após ver seu trabalho, a Lucasfilm o contratou para desenvolver uma nova trilogia de “Star Wars”. Confira abaixo alguns dos tuítes da crítica americana exaltando o filme, que estreia na quinta-feira (14/12) no Brasil. #TheLastJedi is absolutely fantastic – gripping, touching, funny and powerful w/ gorgeous shots and the most badass battles. When it gets going, holy crap does it get going. Hands down the best #StarWars movie since Empire pic.twitter.com/nWWAhlNMJo — ErikDavis (@ErikDavis) 10 de dezembro de 2017 “‘Os Últimos Jedi’ é absolutamente fantástico. Emocionante, comovente, engraçado, poderoso, com fotografia linda e as batalhas mais incríveis. Quando ele pega o ritmo, meu deus como ele pega o ritmo. O melhor filme ‘Star Wars’ desde ‘O Império Contra-Ataca'” - Erik Davis – Fandango #StarWarsTheLastJedi floored me. @rianjohnson and the team nail so much – thrills, laughs, heart and most of all, pushing the characters/overall franchise a major step forward. Some really rich material to explore in the future. Can’t wait for more. — Perri Nemiroff (@PNemiroff) 10 de dezembro de 2017 “‘Star Wars: Os Últimos Jedi’ me deixou no chão. Rian Johnson e o time acertaram em cheio. Arrepios, risos, coração e mais do que tudo, levando os personagens um passo além. Muito material a ser explorado no futuro. Mal posso esperar para ver mais” – Perri Nemiroff – Collider Star Wars: The Last Jedi is everything. Intense, funny, emotional, exciting. It’s jam-packed with absolutely jaw dropping moments and I loved it so, so much. I’m still shaking. pic.twitter.com/fHddWjo201 — Germain Lussier (@GermainLussier) 10 de dezembro de 2017 “‘Star Wars: Os Últimos Jedi’ é tudo. Intenso, engraçado, emocionante, excitente. É cheio de ação e com momentos de cair o queixo. Eu amei muito. Ainda estou tremendo” – Germain Lussier, Gizmodo Luke was right: “This is not going to go the way you think.” #TheLastJedi will shatter you – and then make you whole again. pic.twitter.com/PJyYpH5loP — Anthony Breznican (@Breznican) 10 de dezembro de 2017 “Luke estava certo: Isto não vai ser do jeito que você acha. ‘Os Últimos Jedi’ vai destruir você. E depois te fazer inteiro novamente” #TheLastJedi is the first Star Wars movie that's not just about growing up, but growing old. New characters mature and strengthen, and veterans show power & resolve even they may have never imagined possible. — Anthony Breznican (@Breznican) December 10, 2017 “Roubando uma frase de um velho mestre: ‘Os Últimos Jedi’ é mais poderoso do que você possa imaginar. Me deixou surpreso por sua ousadia. ‘Os Últimos Jedi’ é o primeiro filme ‘Star Wars’ que não é apenas sobre crescer, mas também sobre envelhecer. Novos personagens amadurecem, veteranos aprendem sobre ser mais poderosos do que você imagina” – Anthony Breznican, Entertainment Weekly Star Wars: The Last Jedi is so very different, exciting, surprising. So many emotions, so many amazing moments. Stay away from spoilers. — Peter Sciretta (@slashfilm) 10 de dezembro de 2017 “‘Star Wars: Os Últimos Jedi’ é tão diferente, excitante, surpreendente. Tantas emoções, tantos momentos incríveis. Fique longe dos spoilers” – Peter Sciretta, Slash Films Guys. @rianjohnson has made the most epic, emotionally powerful @starwars film ever. Hands down. My strong advice is to be very wary of spoilers. The less you know about #TheLastJedi, the better. Bravo, bravo, bravo. — Clayton Sandell (@Clayton_Sandell) 10 de dezembro de 2017 “Caras. Rian Johnson fez o filme ‘Star Wars’ mais épico e poderoso emocionalmente que todos. Sem comparação. Meu conselho maior é fique longe de spoilers. Quanto menos você souber sobre ‘Os Últimos Jedi’, melhor. Bravo, bravo, bravo” – Clayton Sandell, ABC THE LAST JEDI: A little too long & dragged in the middle, but great fun overall! As good as The Force Awakens; Rogue One is better! More humor than expected, great #StarWars moments, #MarkHamill is awesome! A worthy Episode VIII pic.twitter.com/HHihSa788D — Scott Mantz (@MovieMantz) 10 de dezembro de 2017 “‘Os Últimos Jedi’: Um pouco longo demais e arrastado no meio, mas divertido no geral! Tão bom quanto O Despertar da Força, mas Rogue One é melhor! Mais humor que o esperado, ótimos momentos ‘Star Wars’, Mark Hamill está ótimo. Digno de Episódio VIII” – Scott Mantz, Access Hollywood There’s a scene in #StarWars #TheLastJedi that I keep playing over and over in my head, that is so stunning and unexpected that I don’t want to forget how I felt seeing it for the first time. This movie feels unlike any other Star Wars movie in all the ways I hoped. pic.twitter.com/zlDW4yOjp2 — Terri Schwartz (@Terri_Schwartz) 10 de dezembro de 2017 “Há uma cena em ‘Star Wars: Os Últimos Jedi’ que eu fico lembrando e lembrando novamente, que é tão incrível e inesperada que eu não quero esquecer como eu me senti da primeira vez que vi. Este filme não se parece em nada com qualquer filme ‘Star Wars’, do melhor jeito possível” – Terri Schwartz, IGN Massive congrats to my friend @rianjohnson for the dazzling writing and directing work he shared tonight! Yes, a great chapter of a blockbuster franchise, spectacular and unpredictable, but also his own voice shining through… kudos! — Mangold (@mang0ld) 10 de dezembro de 2017 “Parabéns de verdade ao meu amigo Rian Johnson por ter escrito e dirigido o trabalho que ele compartilhou hoje. Sim, é um grande capítulo da franquia blockbuster, espetacular e inesperado, mas também tem sua própria voz. Parabéns!” – James Mangold, diretor de “Logan”











