Lewis John Carlino (1932 – 2020)
O cineasta Lewis John Carlino, que escreveu e dirigiu “O Grande Santini – O Dom da Fúria” (1979), morreu na quarta-feira passada (17/6) aos 88 anos em sua casa, na ilha de Whidbey, no estado de Washington (EUA), com síndrome mielodisplásica, uma doença no sangue. Filho de um alfaiate imigrante siciliano e uma dona de casa, ele nasceu no Queens, em Nova York, no dia de ano novo de 1932, e mudou-se com a família para a Califórnia quando ainda era adolescente. Ele serviu na Força Aérea por quatro anos durante a Guerra da Coréia e, ao retornar, formou-se em teatro na USC (Universidade do Sul da Califórnia). Uma das peças que escreveu na USC tornou-se a primeira apresentação da “CBS Television Workshop”, uma série de antologia de histórias curtas e completas, exibida na TV americana em 1960. Dois outros textos de Carlino chegaram no circuito off-Broadway em 1963, como parte de um programa duplo intitulada “Cages”, estrelado por Shelley Winters e Jack Warden. Vieram outros sucessos fora da Broadway, que lhe renderam o convite para escrever seu primeiro roteiro de cinema em 1966. O sinistro thriller sci-fi “O Segundo Rosto” foi dirigido por John Frankenheimer e selecionado para première mundial na competição do Festival de Cannes. A trama marcou época, influenciando inúmeras produções que se seguiram. Na história, um banqueiro infeliz de meia-idade (John Randolph) se inscrevia no procedimento de uma corporação clandestina para virar uma pessoa nova e bonita (Rock Hudson). O impacto da obra o fez trocar o teatro pelo cinema. Ele escreveu os dramas “Apenas uma Mulher” (1967), de Mark Rydell, indicado ao Globo de Ouro de Melhor Roteiro, e “Sangue de Irmãos” (1968), de Martin Ritt, quando começou a demonstrar fascínio pelo crime – e seus efeitos. O reconhecimento, com uma indicação ao prêmio do WGA (Sindicato dos Roteiristas dos EUA), apontou o caminho. Sua obra criminal mais famosa foi “Assassino a Preço Fixo” (1972), um clássico de ação do diretor Michael Winner, em que Charles Bronson vivia um assassino experiente caçado por seu aprendiz. O filme ganhou remake em 2011, com Jason Statham no papel principal. Ele ainda escreveu o filme de mafioso “Crazy Joe” (1974), produzido na Itália, e o drama “Nunca Te Prometi um Jardim de Rosas” (1977), em que Kathleen Quinlan era internada numa instituição psiquiátrica após uma tentativa de suicídio. Este filme lhe rendeu nova indicação ao troféu do WGA e também ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. A esta altura, Carlino resolveu se lançar como diretor. Ele adaptou o livro de Yukio Mishima no intenso “O Marinheiro que Caiu em Desgraça com o Mar” (1976) para começar a nova carreira. E chamou atenção ao ganhar sua terceira indicação ao troféu do WGA com “O Grande Santini – O Dom da Fúria” (1979), adaptação do romance autobiográfico de Pat Conroy, em que Robert Duvall viveu um militar valentão que ignorava os sentimentos do filho. Foi o ponto alto de sua carreira, um sucesso de público e crítica, considerado um dos dramas mais devastadores já feitos. Apesar disso, Carlino demorou quatro anos para dirigir seu filme seguinte. Um dos motivos foi sua dedicação ao roteiro de “Ressurreição” (1980). Dirigido por Daniel Petrie, o filme trazia Ellen Burstyn como uma mulher dada como morta após um acidente de carro, que retornava à vida com poderes sobrenaturais. A atriz foi indicada ao Oscar pelo papel, após a trama dar muito o que falar – e também se tornar influente. Santini retornou à direção com a comédia sexual “Uma Questão de Classe” em 1983. Foi uma encomenda de estúdio, que ele não escreveu. E acabou com sua carreira. O longa em que Jacqueline Bisset era disputada por Rob Lowe e Andrew McCarthy foi considerado o pior trabalho de sua filmografia. Este fracasso foi o que bastou para que nunca mais trabalhasse como diretor. Para piorar, em seguida ele escreveu “Primeiro Verão de Amor” (1988), romance com Laura Dern, que também implodiu. Foi seu último roteiro inédito. Suas histórias, porém, continuaram a ser recicladas por Hollywood, na produção de um remake televisivo de “Ressurreição” em 1999 e no novo “Assassino a Preço Fixo” de 2011, que ainda ganhou continuação em 2016 – com um nome sugestivo, que juntava dois sucessos do autor – , “Assassino a Preço Fixo 2: A Ressurreição”. Ao se mudar para Whidbey Island com a esposa Jilly em 1996, Carlino voltou às suas raízes teatrais e foi fundamental para o lançamento do Centro de Artes da ilha. Ele dirigiu várias produções originais e seu roteiro mais recente, a peça “Visible Grace”, estava em desenvolvimento para estrear no palco local.
Jim Caviezel negocia reprisar o papel de Jesus na continuação de A Paixão de Cristo
O ator Jim Caviezel (série “Person of Interest”) está negociando retomar o papel de Jesus na continuação de “A Paixão de Cristo” (2004). O filme voltará a ser dirigido por Mel Gibson e será centrado na ressurreição de Jesus. Os representantes do ator confirmaram o projeto ao site The Hollywood Reporter. A informação de que Mel Gibson considerava filmar uma sequência de “A Paixão de Cristo” veio à tona em 2016, revelada pelo roteirista Randall Wallace, com quem Gibson trabalhou em “Coração Valente” (1995) e em seu filme mais recente, “Até o Último Homem” (2016). Segundo o roteirista, a ideia surgiu durante as filmagens de “Até o Último Homem”. “A paixão é o início, mas há muito mais para contar”, disse ele na ocasião, em entrevista à revista The Hollywood Reporter. Gibson confirmou posteriormente o projeto, afirmando que ele teria um longo período de produção e só seria lançado entre 2019 e 2020, “porque é um assunto importante”. “A Paixão de Cristo” é considerado o filme independente de maior sucesso de todos os tempos no cinema americano. A produção, que custou cerca de US$ 30 milhões, rendeu US$ 612 milhões em bilheteria no mundo inteiro.
Mel Gibson prepara continuação de A Paixão de Cristo
Mel Gibson planeja retomar “A Paixão de Cristo” (2004) com uma continuação, focada na história da ressurreição de Jesus. A informação foi revelada pelo roteirista Randall Wallace, com quem Gibson trabalhou em “Coração Valente” (1995) e em seu filme mais recente, o inédito “Hacksaw Ridge”, sobre o médico militar Desmond Doss (1919-2006). Wallace confirmou o projeto, dizendo que ficou difícil mantê-lo em segredo, e que a ideia surgiu durante as filmagens de “Hacksaw Ridge”. Formado pela Duke University, ele se especializou em religião, com foco na ressurreição. “A paixão é o início, mas há muito mais para contar”, disse ele, em entrevista à revista The Hollywood Reporter. “A Paixão de Cristo” é considerado o filme independente de maior sucesso de todos os tempos no cinema americano. A produção, que custou cerca de US$ 30 milhões, rendeu US$ 612 milhões em bilheteria no mundo inteiro. Procurado pela revista, um representante de Gibson não quis comentar o envolvimento do cineasta no projeto.
Ressurreição tenta nova abordagem do milagre de Jesus sem mudar a conclusão
Levar às telas uma história tão conhecida e fantástica quanto a de Jesus, especialmente a parte que envolve sua ressurreição, não é fácil. Aliás, as histórias bíblicas em geral se prestam a abordagens cada vez mais controversas. Há cineastas que preferem tratar os aspectos mitológicos de forma mais realista, dando o benefício da dúvida para os céticos, como Ridley Scott, em “Êxodo – Deuses e Reis” (2014), e aqueles que até extrapolam o caráter fantasioso das histórias, como Darren Aronofsky, em “Noé” (2014). “Ressurreição” opta pelo caminho mais seguro, usando o ponto de vista de um cético, até que, inevitavelmente, ele se torna crente. A verdade é que, desde “A Paixão de Cristo” (2004), de Mel Gibson, não aparece uma obra baseada na Bíblia (ou, no caso, no Novo Testamento cristão) que seja poderosa e emocionante de verdade. Naquele inspirado trabalho, Gibson não abriu mão do fantástico, do sobrenatural e da fé, mas fez um filme centrado na carne arrancada e no sangue derramado, com resultado extremamente realista. A história de “Ressurreição” começa depois daquela. Tem direção de Kevin Reynolds, cineasta que entrou numa espécie de “lista negra” após sofrer o repúdio da crítica e o martírio nas filmagens de “Waterworld – O Segredo das Águas” (1995), uma ficção científica que nem é tão ruim quanto sua fama, possuindo bons momentos. O amigo Kevin Costner (que estrelou “Waterworld”), inclusive, o convidou mais recentemente para dirigir uma minissérie para a televisão e o resultado foi muito satisfatório, o western “Hatfields & McCoys” (2012). O projeto de “Ressurreição” encontra Reynolds ainda em busca de redenção (na verdade, ele nunca pertenceu ao primeiro escalão). Na trama, Joseph Fiennes (“Hércules”) interpreta Clavius, um tribuno romano que entra em cena sem saber quem era aquele Jesus julgado e condenado à morte na cruz. Recém-chegado de uma luta contra judeus rebeldes, é convocado por Pilatos (Peter Firth, da série britânica “Spooks”) para ir até o Monte Gólgota, local da crucificação de Jesus, onde se passam as melhores cenas da produção. Clavius chega ao local no fim de tarde, após as últimas palavras do Nazareno terem sido ditas e enquanto os dois ladrões crucificados ao seu lado ainda gritavam e agonizavam de dor. O fato de Jesus ter morrido tão rápido já lhe parecia algo surpreendente, levando em consideração que muitos desses homens passavam até três dias para morrer. Daí a necessidade de quebrar-lhes as pernas para acelerar o processo. A premissa poderia resultar em imagens violentas, mas “Ressurreição” não busca o mesmo impacto de “A Paixão de Cristo”. Ainda assim, não deixam de ser perturbadores os gritos e a imagem da cruz caindo ao chão, para jogar os corpos em um buraco cheio de cadáveres. O corpo de Jesus, no entanto, não precisou ter suas pernas quebradas e foi reivindicado por José de Arimateia, homem que forneceu o sepulcro de sua família para acolher o corpo do “Rei dos Judeus”. Toda essa sequência é muito bem desenvolvida por Reynolds, mas a história sofre quando se torna um roteiro de investigação policial, levada adiante por Clavius, depois que se descobre que o corpo de Jesus desapareceu. O cineasta começa a perder a mão com problemas de timing nas sessões de interrogatório do romano, revelando as limitações da premissa de “CSI cristão” diante de um desfecho de uma anti-mistério, um fato de amplo conhecimento público. Por mais que se possa achar intrigante o inevitável encontro de Clavius com Jesus ressuscitado (Cliff Curtis, de “Fear the Walking Dead”, que, vale a pena reparar, não é branco nem tem olhos azuis), a situação cria um problema incontornável. Tratando até então de fatos históricos com extremo realismo, o filme precisa criar, a partir daí, uma atmosfera sobrenatural, de grande suspensão da descrença, para que o ceticismo de Clavius seja desmontado e usado como instrumento de transformação em fé pelo espectador. Ainda que reserve a panfletagem ostensiva para seu final, o resultado não é muito diferente da lição embutida na história da conversão de São Paulo.
Zootopia é a maior e melhor estreia em semana repleta de bons lançamentos no cinema
Numa semana repleta de bons lançamentos, o mais amplo é “Zootopia – Essa Cidade É o Bicho”, nova animação da Disney, que chega em 950 salas (600 em 3D e 12 em Imax). O estúdio de Walt Disney, que tem como símbolo um animal falante que se veste como gente, trouxe a premissa antropomórfica à sua maturidade com “Zootopia”, uma obra repleta de intertexto, capaz de lidar com preconceitos e estereótipos, e trazer uma mensagem relevante de inclusão, enquanto diverte como poucas. Não só a coelha Judy Hopps e o raposo Nick Wilde são ótimos personagens, mas o ambiente elaborado em que vivem, repletos de coadjuvantes hilários, vira do avesso a história dos desenhos antropomórficos, gênero que, no passado, serviu para perpetuar inúmeros preconceitos raciais. Ágil, esperta, vibrante e bastante engraçada, a produção é simplesmente a melhor animação de bicho falante da Disney desde que os curtas do Mickey Mouse se tornaram falados. Não há como elogiá-la mais que isso. O épico “Ressurreição” tem a segunda maior distribuição da semana, ocupando 470 salas no vácuo do sucesso de “Os 10 Mandamentos”. Entretanto, apesar de sua narrativa estar fortemente ligada à origem do cristianismo, a produção é menos estridente em sua pregação religiosa. Na verdade, opta pela abordagem oblíqua, como “O Manto Sagrado” (1953), “Ben-Hur” (1959) e “Barrabás” (1961), clássicos do gênero sandália e espada que incluem histórias de Jesus. Na trama, Joseph Fiennes (que já foi “Lutero”) vive um centurião romano cético, que tem a missão de averiguar a ressurreição de Jesus e desmentir o boato do milagre. O resultado é uma aventura bem melhor que o esperado, com direito a um Jesus finalmente retratado como (Yeshua) um homem de pele mais escura e sem olhos azuis (o maori Cliff Curtis, da série “Fear the Walking Dead”). Em 86 salas, o suspense brasileiro “Mundo Cão” marca o reencontro do diretor Marcos Jorge com o roteirista Lusa Silvestre, que fizeram juntos o ótimo “Estômago” (2007). Mas os clichês de gênero e a dificuldade com que o clima tenso se encaixa no início mais leve e cômico deixam o filme nas mãos do elenco, que impressiona por sua capacidade de fazer o espectador embarcar na sua história de vingança setentista, sobre um homem violento, em busca de justiça pela morte de seu cachorro nas mãos de um funcionário do Departamento de Controle de Zoonoses (a popular carrocinha). Lázaro Ramos (“O Vendedor de Passados”) e Babu Santana (“Tim Maia”) estão ótimos como protagonistas, Adriana Esteves (“Real Beleza”) perfeita como a esposa evangélica, mas a surpresa fica por conta da jovem Thainá Duarte, em sua estreia no cinema, poucos meses após debutar como atriz na novela “I Love Paraisópolis” (2015). O circuito limitado destaca mais dois filmes brasileiros, ambos documentários. “Eu Sou Carlos Imperial” resgata uma figura histórica, fomentador da Jovem Guarda e cafajeste assumido, que escreveu hits, estrelou pornochanchadas e foi jurado de calouros do Programa Sílvio Santos. Repleto de imagens de arquivo e entrevistas exclusivas com Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Eduardo Araújo, Tony Tornado, Dudu França, Mário Gomes e Paulo Silvino, o filme tem direção da dupla Renato Terra e Ricardo Calil, que já havia realizado um ótimo resgate da história musical brasileira em “Uma Noite em 67” (2010). Chega em apenas três salas do Espaço Itaú, no Rio e em São Paulo. Por sua vez, “Abaixando a Máquina 2 – No Limite da Linha” é desdobramento de um documentário anterior sobre a ética do fotojornalismo, do “uruguaio carioca” Guillermo Planel. Com imagens muito potentes (de fato, sensacionais) e tom crítico, o filme mergulha nos protestos que se seguiram à grande manifestação de junho de 2013, questionando a cobertura da mídia tradicional, ao mesmo tempo em que abre espaço para a autoproclamada “mídia ninja”, buscando refletir o jornalismo na era das mídias sociais – que, entretanto, é tão ou até mais tendencioso. Desde que o filme foi editado, por sinal, aconteceram as maiores manifestações de rua do Brasil, que, além de historicamente mais importantes, politizaram o país com um debate que escapou da reflexão filmada – e que a tal “mídia ninja” faz de tudo para menosprezar. Será exibido em apenas uma sala, no Cine Odeon no Rio. Entre os filmes de arte que pingam nos cinemas, o que chega mais longe é “Cemitério do Esplendor”, nova obra climática do tailandês Apichatpong Weerasethakul, que venceu a Palma de Ouro em 2010 com “Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas”. Ocupa oito salas – quatro no Rio e as demais em Niterói, Maceió, Porto Alegre e São Paulo. A trama se desenvolve em torno de um hospital na Tailândia que recebe 27 soldados vítimas de uma estranha doença do sono. O drama francês “A Linguagem do Coração”, de Jean-Pierre Améris (“O Homem que Ri”) faz o público chorar em apenas seis salas (quatro em São Paulo, mais Porto Alegre e Campinas). Passada em 1885, mostra a dedicação de uma freira para ajudar uma menina nascida surda e cega a ter convívio social. A história é baseada em fatos reais. Por fim, a comédia dramática argentina “Papéis ao Vento” ocupa uma única sala, o Cine Belas Artes em Belo Horizonte. Trata-se da mais recente adaptação do escritor Eduardo Sacheri (“O Segredo dos Seus Olhos”), que a direção de Juan Taratuto (“Um Namorado para Minha Esposa”) transforma em filme sensível e envolvente, comprovando a qualidade atual do cinema argentino. A história gira em torno de três amigos que decidem recuperar o investimento do quarto integrante da turma, recém-falecido, que apostou tudo o que tinha num jogador de futebol decadente. Divertido e humanista, pena o lançamento ser invisível pra a maioria dos brasileiros, pois é questão vital aprender como o cinema de nuestros hermanos consegue ser popular e artístico simultaneamente. Estreias de cinema nos shoppings Estreias em circuito limitado
Oficialmente “um fenômeno”, Deadpool quebra novo recorde de bilheteria nos EUA
O sucesso de “Deadpool” continua imbatível em seu segundo fim de semana em cartaz. O filme do super-herói desbocado não só se manteve em 1º lugar como também quebrou um novo recorde nos EUA, superando a arrecadação de US$ 200 milhões em seu nono dia de exibição, mais rapidamente que qualquer outra produção com classificação “R” (para maiores de 17 anos). Além disso, chegou quase a US$ 500 milhões em todo o mundo, o que o coloca no rumo de outro recorde, visando a maior bilheteria de um filme “R” em todos os tempos. O recordista mundial da categoria é “Matrix Reloaded”, que fez US$ 742,1 milhões em 2003. “‘Deadpool’ se tornou um fenômeno cultural”, conclamou o chefe de distribuição doméstica da Fox Chris Aronson, em entrevista ao site The Hollywood Reporter. “O público está repercutindo o filme em todo o planeta”. “Kung Fu Panda” também manteve sua posição, solidificado em 2º lugar. Em seu quarto fim de semana, o longa da DreamWorks Animation superou os US$ 100 milhões nos EUA, mas já encontra pela frente a concorrência de “Zootopia” em vários mercados internacionais. A nova animação da Disney saiu na frente em diversos países, já batendo recorde de arrecadação do estúdio na França, antes de chegar aos EUA – e no Brasil – em março. Com isso, as três estreias amplas da semana replicaram os desempenhos modestos dos lançamentos da semana passada, acomodando-se entre o 3º e o 6º lugares. Na luta direta entre Deus e o diabo, o vencedor foi “Ressurreição”, épico religioso sobre a busca dos romanos pelo cadáver desaparecido de Jesus Cristo, que faturou US$ 11,8 milhões (sobre um orçamento de produção de US$ 20 milhões). Enquanto isso, o terror “A Bruxa”, oficialmente endossado pelo Templo Satânico, fez US$ 3 milhões a menos. Porém, repercutiu muito mais. A obra foi adquirida no Festival de Sundance de 2015 por apenas US$ 1 milhão para ser lançado direto em VOD. Mas suas diversas premiações inspiraram uma mudança de planos, visando uma distribuição modesta nos cinemas, com pouca divulgação para manter um break even (ponto em que passa a dar lucro) na faixa de US$ 4 milhões. O resultado foi mais que o dobro. A estreia de US$ 8,6 milhões tornou-se, na verdade, a maior abertura da curta história do estúdio A24, inaugurado em 2013. O diabo também pareceu mais atraente para a crítica, que deu 88% de aprovação para “A Bruxa”, refletindo as conquistas da produção, como o prêmio de Melhor Direção para Robert Eggers em Sundance e vitórias em festivais como Londres, New Hampshire e Austin. O público, porém, discordou frontalmente, dando nota C- na pesquisa do CinemaScore – o que não é incomum entre filmes de terror que agradam a crítica. “Ressurreição”, por sua vez, converteu 59% da crítica, o que representa uma conquista significativa, já que críticos costumam ser avessos a filmes de temática religiosa. Isto o deixou praticamente empatado com a avaliação de “Race” (60%), a cinebiografia do atleta Jesse Owens, velocista negro que venceu a Olimpíada de Berlim sob o olhar perplexo de Adolph Hitler. Ambos, inclusive, foram bem aceitos pelo público, com notas A no CinemaScore. Mas o drama racial rendeu apenas US$ 7,6 milhões, abrindo em 6º lugar. BILHETERIA: TOP 10 EUA 1. Deadpool Fim de semana: US$ 55 milhões Total EUA: US$ 235,3 milhões Total Mundo: US$ 491,8 milhões 2. Kung Fu Panda 3 Fim de semana: US$ 12,5 milhões Total EUA: US$ 117,1 milhões Total Mundo: US$ 279,7 milhões 3. Ressurreição Fim de semana: US$ 11,8 milhões Total EUA: US$ 11,8 milhões Total Mundo: US$ 11,8 milhões 4. A Bruxa Fim de semana: US$ 8,6 milhões Total EUA: US$ 8,6 milhões Total Mundo: US$ 8,6 bilhões 5. Como Ser Solteira Fim de semana: US$ 8,2 milhões Total EUA: US$ 31,7 milhões Total Mundo: US$ 55,8 milhões 6. Race Fim de semana: US$ 7,2 milhões Total EUA: US$ 7,2 milhões Total Mundo: US$ 7,2 milhões 7. Zoolander 2 Fim de semana: US$ 5,5 milhões Total EUA: US$ 23,7 milhões Total Mundo: US$ 40,8 milhões 8. Star Wars: O Despertar da Força Fim de semana: US$ 3,83 milhões Total EUA: US$ 921,6 milhões Total Mundo: US$ 2 bilhões 9. O Regresso Fim de semana: US$ 3,8 milhões Total EUA: US$ 165,1 milhões Total Mundo: US$ 369,1 milhões 10. Ave, César Fim de semana: US$ 2,6 milhões Total EUA: US$ 26,1 milhões Total Mundo: US$ 31,9 milhões
Ressurreição: Joseph Fiennes caça Jesus ressuscitado em trailer de épico religioso
A Sony Pictures divulgou o pôster e o segundo trailer de “Ressurreição”, épico religioso dirigido por Kevin Reynolds (“Tristão & Isolda”), centrado na ressurreição de Jesus Cristo. A prévia prende a atenção, ao mostrar Joseph Fiennes (“Hercules”) como o legionário romano encarregado por Pôncio Pilatos a comandar uma das mais importantes caçadas humanas da História: encontrar o corpo desaparecido de Jesus Cristo após a crucificação, e evitar que os boatos da ressurreição inspirem uma revolta em Jerusalém – sem falar, numa nova religião. O elenco também inclui Tom Felton (franquia “Harry Potter”), Cliff Curtis (série “Fear the Walking Dead”) e Peter Firth (série “Spooks”). A estreia está marcada para 17 de março no Brasil, um mês após o lançamento nos EUA (19/2).





