Estrela da série Bia grava versão nacional de Reflection da trilha de Mulan
A atriz Gabriella Di Grecco, uma das estrelas brasileiras da série “Bia”, da Disney, gravou uma nova versão nacional de “Reflection”. Intitulada “Imagem a Refletir”, a música ganhou um clipe e curiosamente traz uma letra diferente da versão disponibilizada na época do desenho dos anos 1990. A canção da trilha da animação “Mulan”, indicada ao Oscar em 1999, também toca no remake em live-action, disponibilizado nesta sexta (4/12) na plataforma de streaming Disney+ (Disney Plus), entoada por Christina Aguilera, que, por sinal, também regravou a música original especialmente para o filme.
Disney cancela DuckTales: Os Caçadores de Aventuras
A Disney anunciou que a nova versão da série “DuckTales: Os Caçadores de Aventuras” vai acabar em sua 3ª e atual temporada. “A talentosa equipe criativa, liderada por Matt Youngberg e Francisco Angones, apresentou uma narrativa excepcional com personagens reimaginados em três temporadas de 75 episódios e mais de 15 curtas”, disse o canal pago Disney XD, que exibe a atração, em um comunicado. “Embora sua produção esteja terminando, “DuckTales” continuará disponível nos canais Disney e na plataforma Disney+ (Disney Plus) em todo o mundo, e os fãs ainda terão um final de temporada épico em 2021.” Apesar da declaração, muitos fãs tem reclamado que “DuckTales” não está disponível na Disney+ (Disney Plus) do Brasil, apesar do apelo da produção, que ganhou até uma versão da música de abertura cantada por Ivete Sangalo para exibição no Disney Channel nacional. O reboot foi um dos maiores sucessos do Disney XD nos Estados Unidos em sua 1ª temporada, com alto engajamento dos fãs nas redes sociais e repercussão na imprensa, mas as temporadas subsequentes não mantiveram o mesmo êxito. O site Collider apurou que a equipe da série foi informada sobre o cancelamento em setembro passado para ter tempo de preparar um desfecho para sua trama. Além de atualizar a série homônima, exibida originalmente entre 1987 e 1990 e inspirada nos quadrinhos clássicos de Carl Barks, “DuckTales” chegou até a desvendar um dos maiores mistérios da Disney: quem é e que fim levou a mãe de Huguinho, Zezinho e Luisinho, os sobrinhos favoritos do Tio Patinhas. Apesar do cancelamento, o universo de “Ducktales” vai continuar a ser explorado num spin-off. A Disney+ (Disney Plus) encomendou “Darkwing Duck”, série animada sobre um pato vigilante mascarado que apareceu em alguns capítulos da atração cancelada, e que já tinha protagonizado sua própria série nos anos 1990.
La Casa de Papel vai ganhar versão sul-coreana
A Netflix está trabalhando em uma adaptação sul-coreana de um de seus maiores sucessos, a série espanhola “La Casa de Papel”. A informação foi adiantada pelo criador da atração, Álex Pina, em entrevista ao site americano Deadline. O produtor espanhol também revelou que o projeto será dirigido por Kim Hong-sun, que assina outra série de sucesso na Netflix, a sul-coreana “Voice”. “Há anos os criadores coreanos desenvolvem sua própria linguagem e cultura audiovisual. Eles conseguiram, assim como a nossa série, ultrapassar as fronteiras culturais e se tornar uma referência para milhares de telespectadores em todo o mundo, principalmente entre os jovens”, afirmou Pina ao site. Ele também disse estar encantado com o fato que a trama da nova “La Casa de Papel” irá se passar na Ásia Oriental. “Acho fascinante que esse mundo seja tão atraente para os criadores coreanos a ponto deles fazer uma adaptação”, completou. Pina também será creditado como produtor executivo da versão sul-coreana, que ainda não foi oficializada pela Netflix. Já a legítima “La Casa de Papel” está atualmente em fase de gravações de sua quinta e última parte, que começou a ser produzida em meio a pandemia de covid-19, com locações da Dinamarca, Portugal e Espanha. A Netflix também confirmou novidades no elenco, com a participação dos atores Miguel Ángel Silvestre (o Lito, da série “Sense 8”) e Patrick Criado (“Mar de Plástico” e “O Sucessor”), mas ainda não há previsão para a exibição dos 10 episódios finais.
Peter Dinklage vai estrelar remake de Toxic Avenger, trash cultuado dos anos 1980
O ator Peter Dinklage, conhecido como o Tyrion de “Game of Thrones”, vai estrelar um remake do cultuado filme trash de super-herói “Toxic Avenger” para a Legendary Pictures. A nova versão do fenômeno de VHS de 1984 é descrita como uma reimaginação contemporânea, que pretende subverter o gênero dos super-heróis, ao estilo de “Deadpool”. Originalmente produzido pelo estúdio Troma, especialista em filmes trash (comédias ultraviolentas de baixo orçamento), o filme dos anos 1980 acompanha um faxineiro de bom coração chamado Melvin, que cai em um tanque de lixo tóxico, fica completamente desfigurado, mas ganha superforça, passando a lutar contra criminosos sob o nome de Toxic Avenger. A produção se tornou o maior sucesso da Troma, ganhou diversas continuações e virou até um musical de teatro. A adaptação do longa está a cargo do cineasta Macon Blair, conhecido pelo filme “Já Não Me Sinto em Casa Nesse Mundo” (2017), que venceu o Festival de Sundance. Os diretores do filme original, Lloyd Kaufman e Michael Herz, vão produzir o novo lançamento. Eles também são os fundadores da Troma. Ainda não há previsão para a estreia. Veja abaixo o trailer do filme original.
Amazon cancela Utopia na 1ª temporada
A Amazon decidiu cancelar “Utopia”, remake da atração britânica homônima, que foi desenvolvido pela escritora Gilliam Flynn, autora do romance “A Garota Exemplar”. A 1ª temporada dividiu a crítica ao estrear em 25 de setembro, graças ao fato de sua trama abordar uma pandemia criada em laboratório para eliminar uma parte da humanidade. Baseado em teorias de conspiração, o conceito da série foi concebido em 2013 no Reino Unido, muito antes do coronavírus. Entretanto, acabou ganhando remake na pior época possível, quando sua história foi vista como reflexo de uma narrativa extremista real – que diz que a covid-19 foi criada num laboratório chinês. Originalmente desenvolvida para a HBO, a série acabou na Amazon com produção de Jessica Rhoades, que trabalhou na adaptação de “Objetos Cortantes” (Sharp Objects, 2018), baseada num romance de Gilliam Flynn. Refletindo o enredo original de Dennis Kelly, o remake acompanhava um grupo de fãs de quadrinhos que descobre uma conspiração para disseminar um vírus pandêmico, denunciada nas páginas de “Utopia”, sua graphic novel favorita. A constatação de que a história é real torna os fanboys alvos de uma organização sinistra, mas a única pessoa com alguma noção do complô é a jovem filha do falecido criador dos quadrinhos, que está desaparecida há anos, fugindo de assassinos. O elenco destacava John Cusack (“Alta Fidelidade”) em sua primeira série, Sasha Lane (“Hellboy”), Rainn Wilson (“The Office”), Jessica Rothe (“A Morte Te Dá Parabéns”), Dan Byrd (“Cougar Town”), Ashleigh LaThrop (“The Handsmaid’s Tale”), Desmin Borges (“You’re the Worst”), Farrah Mackenzie (“Logan Lucky”), Christopher Denham (“Billions”) e Cory Michael Smith (o Charada de “Gotham”).
Uma Turma Genial: Atriz de One Day at a Time vai estrelar outro remake de série clássica
Com o cancelamento da série “One Day at a Time” pelo canal pago Pop, um ano após ser resgatada de outro cancelamento – na Netflix – , a atriz Isabella Gomez decidiu não esperar por uma improvável segunda salvação da série e já definiu um novo trabalho. A intérprete de Elena Alvarez saiu de um remake para entrar em outro. Ela vai protagonizar o projeto de uma nova versão de “Uma Turma Genial” (Head of the Class), produzido para o serviço de streaming HBO Max. Sua escalação sugere uma grande mudança no remake, já que o principal intérprete da atração original era o ator Howard Hesseman. Desta forma, esta também será a segunda vez que Gabriella viverá uma versão bem diferente de um papel televisivo clássico. No remake de “One Day at a Time”, a família branca da série dos anos 1970 foi reimaginada como uma família latina. E agora o professor veterano de “Uma Turma Genial” virou uma jovem professora. Isabella Gomez interpretará Alicia Adams, uma professora inteligente, engraçada e direta, que terá que lidar com uma classe de alunos inteligentes do Ensino Médio e ensiná-los a equilibrar suas notas altas com situações da vida real. Os demais integrantes o elenco ainda não foram anunciados. E, por enquanto, o projeto só recebeu encomenda de piloto, que, após ser gravado, precisará ser aprovado para virar série. A dupla Amy Pocha e Seth Cohen (roteiristas de “Whiskey Cavalier”) é responsável por escrever a trama. A Warner, empresa-mãe da plataforma, produziu a série original, exibida na rede ABC entre 1986 e 1991. No Brasil, a série de 114 episódios foi exibida pela TV Globo, no início dos anos 1990.
One Day at a Time é cancelada pela segunda vez
Durou pouco a alegria da equipe de “One Day at a Time” após ser salva do cancelamento no ano passado. Mais exatamente, durou meia temporada. A ViacomCBS anunciou nesta terça (24/11) o segundo cancelamento da série, agora definitivo, embora os produtores tenham voltado ao mercado atrás de um segundo milagre. A série é um remake latino da atração homônima, um marco da TV americana, exibido ao longo de nove temporadas entre 1975 e 1984, com produção de Norman Lear, um dos principais roteiristas-produtores de sitcoms de famílias americanas dos anos 1970 – também criou “Os Jefferson”, “Maude”, “Tudo em Família” e “Good Times”. A versão original acompanhava uma mãe divorciada (Bonnie Franklin), após ela se mudar com suas duas filhas (Mackenzie Phillips e Valerie Bertinelli) para um prédio de apartamentos em Indianápolis, onde a família conta com a ajuda do zelador Schneider (Pat Harrington) para lidar com os problemas do dia-a-dia. No remake, porém, a família se tornou latina e a série passou a acompanhar três gerações de parentes sob um mesmo teto. Na trama, a mãe e veterana militar Penélope (Justina Machado) alista a “ajuda” de sua mãe cubana Lydia (a lendária Rita Moreno, de “Amor, Sublime Amor”) e do rico proprietário do imóvel Schneider (Todd Grinnell), enquanto cria dois adolescentes: sua filha radical Elena (Isabella Gomez) e o filho introvertido Alex (Marcel Ruiz). Apesar de queridinha da crítica, a série não tinha muita audiência e acabou cancelada pela Netflix em março de 2019. Esta situação, porém, durou só três meses. “One Day at a Time” acabou resgatada pelo canal pago Pop, do conglomerado ViacomCBS, que encomendou uma 4ª temporada, lançada em março deste ano. Mas aí veio a pandemia e a exibição dos episódios acabou cortada pela metade. Dos 13 episódios encomendados, apenas seis foram produzidos e exibidos. Assim, o cancelamento deixa a série interrompida e sem final, na metade de sua temporada. O final abrupto também foi efeito colateral de decisões da ViacomCBS, que tirou do ar todas as produções roteirizadas do canal Pop, justamente quando poderia capitalizar a notoriedade da emissora, lar americano da série de comédia “Schitt’s Creek”, que venceu o Emmy 2020 em sua temporada final. “One Day at a Time” foi a última atração a receber a notícia. De fato, mais que a série, o canal é que foi cancelado. Por conta desse impasse, a produtora Sony e a ViacomCBS estavam em negociações para renovar a comédia e transferir sua exibição para a plataforma de streaming CBS All Access. Mas esse acordo acabou frustrado por limitações contratuais que faziam parte do acordo original do programa com a Netflix, que cria empecilhos para outra empresa de streaming transmitir a série. Isto acabou causando o fim da série no conglomerado dono da CBS e da Paramount. “Muita coisa mudou na Viacom no ano passado e infelizmente não estaremos mais no Pop. Obrigado a todos pela oportunidade de fazer a 4ª temporada. E adivinhem? Ainda estamos tentando a 5ª temporada”, tuitou o co-showrunner Mike Royce, sobre a situação. A co-showrunner Gloria Calderón Kellett acrescentou: “Não estou triste ainda, pessoal. Ainda temos esperança de novos lares. Aguentem firme, meus amores. Vocês sabem que se eu cair, vou cair lutando por essa série (e elenco e equipe) que eu amo.”
Boca de Ouro é a versão mais violenta de Nelson Rodrigues
Um filme como “Boca de Ouro”, com um elenco estelar, tempos atrás teria ótimas chances de conseguir uma boa bilheteria. Mas está passando em cinemas vazios. Tempos estranhos estes de pandemia. Há vários motivos para ver o filme. Para começar, o texto de Nelson Rodrigues, que é um autor que costuma garantir o sucesso de suas adaptações. Há também a volta de Daniel Filho na direção, depois de um hiato longo – desde a comédia “Sorria, Você Está Sendo Filmado”, de 2014. E há um elenco muito atraente, que traz outra volta, Malu Mader, e destaca nomes como Marcos Palmeira no papel-título, Guilherme Fontes, Fernanda Vasconcellos, Anselmo Vasconcelos, além do próprio Daniel Filho. Apesar disso, o grande atrativo acaba sendo a revelação da jovem Lorena Comparato, no papel de Celeste, a mulher casada que cai nas graças do gângster de dentes de ouro. Outro ator jovem, mais conhecido pelas telenovelas, Thiago Rodrigues, faz o papel de seu marido, Leleco, personagem que, na adaptação de Nelson Pereira dos Santos, exibida em 1963, tinha sido interpretado pelo próprio Daniel Filho. A estrutura, por sinal, é igual à do filme de Nelson Pereira dos Santos, uma espécie de “Rashomon” (1950), com a personagem de Malu Mader contando três histórias diferentes, ao mesmo tempo contraditórias e complementares sobre o temido Boca de Ouro, bicheiro que acabou de ser encontrado morto. A dupla de repórteres que entra na casa de Guigui (Mader) para colher depoimentos, acaba por ouvir essas histórias, mudadas de acordo com o humor ou a vontade da narradora. As narrativas se equilibram em momentos muito bons e outros menos interessantes, mas todas elas são atraentes e poderosas no uso da violência rodrigueana e que agora pode ser vista de maneira mais explícita. Daniel Filho segue um caminho de sangue e nudez, que já era trilhado pelos melhores especialistas em adaptações de Nelson Rodrigues, como Neville D’Almeida e Braz Chediak. Mas em “Boca de Ouro” ela é mais gráfica, derivada do cinema de horror, e mais bonita plasticamente. É uma violência que vai além do visual, já que Boca de Ouro é um personagem extremamente perturbador, seja quando procura estuprar uma mulher e matar seu marido, quando faz concurso de seios mais bonitos e quando planeja a execução de uma mulher em sua casa. Assim, há espaço para fazer bombear fortemente o coração do espectador diversas vezes, com os atos cruéis desse fascinante personagem da literatura brasileira.
Chris Pratt fará comédia dos diretores de Vingadores: Ultimato
O astro Chris Pratt vai voltar a trabalhar com os irmãos Joe e Anthony Russo após o blockbuster “Vingadores: Ultimato”. O intérprete do Senhor das Estrelas nos filmes da Marvel foi escalado ao lado de Wu Jing, protagonista do blockbuster chinês “Wolf Warrior”, no remake americano da comédia de ação vietnamita “Saigon Bodyguards”, que terá os irmãos Russo como produtores. O longa vietnamita de 2016 acompanhava dois guarda-costas que precisam localizar um herdeiro milionário que foi sequestrado quando estava sob seus cuidados. Além de estrelar, Pratt vai coproduzir o longa por meio de sua empresa, Indivisible Productions, em parceria com a produtora dos Russo, a AGBO. O lançamento, por sua vez, terá distribuição mundial da Universal Pictures. O roteiro está sendo desenvolvido por Alex Gregory e Peter Huyck, que assinaram episódios da série “Veep” e as comédias “Uma Boa e Velha Orgia” (2011) e “Do que os Homens Gostam” (2019). O filme ainda não tem diretor definido, nem cronograma de produção. Veja abaixo o trailer da produção original.
Remake de Walker, Texas Ranger com astro de Supernatural ganha primeiro teaser
A rede The CW divulgou os primeiros pôster e teaser de Walker, remake da série clássica “Walker, Texas Ranger”. Para quem não lembra, a série original era estrelada por Chuck Norris e foi exibida no Brasil nos anos 1990 como “Chuck Norris: Homem da Lei”. Nenhum dos materiais traz imagens da série. O teaser inclui uma animação com elementos da trama e narração do intérprete do personagem principal, Jared Padalecki (o Sam de “Supernatural”). “Por muito tempo, eu escolhi o dever sobre a família, até um dia em que isso não foi mais opção”, diz pausadamente o astro. A frase faz referência direta à premissa da atração. Na sinopse divulgada, Walker volta para sua cidade natal após servir na força policial de elite do Texas. Pai viúvo de dois filhos, ele chega em sua casa em Austin depois de dois anos trabalhando infiltrado em um caso de alta prioridade, e acaba descobrindo que tem muito mais o que fazer em sua comunidade. Ele tentará se reconectar com seus filhos, negociar confrontos familiares e encontrar um consenso com sua nova parceira (uma das primeiras mulheres na história do Texas Rangers), enquanto investiga as circunstâncias que cercaram a morte de sua esposa. Como curiosidade, a atriz Genevieve Padalecki, casada com Jared Padalecki na vida real, foi contratada para viver a esposa do ator em flashbacks da série. Os dois se conheceram no set de “Supernatural”, quando a atriz interpretou a demônio Ruby. Ela também morreu nessa série após se envolver com o personagem de Jared, Sam Winchester, um matador de demônios – na 4ª temporada. Além do casal, “Walker, Texas Ranger” terá outro egresso de “Supernatural”. O ator Mitch Pileggi, que interpretou o avô materno de Sam na 6ª temporada de “Supernatural”, vai viver o pai de Cordell Walker. O elenco tem mais atores conhecidos da TV americana, como Lindsey Morgan (a Raven de “The 100”), Keegan Allen (o Toby de “Pretty Little Liars”), Coby Bell (o Jesse de “Burn Notice”) e Violet Brinson (a Kelsey de “Sharp Objects”), entre outros. “Walker” tem roteiro de Anna Fricke (criadora de outro remake, “Being Human”), produção executiva de Dan Lin (“Lethal Weapon”) e do próprio Jared Padalecki, e deve estrear em janeiro de 2021 nos EUA.
Anne Hathaway se desculpa pela “dor causada” a deficientes por papel em Convenção das Bruxas
A atriz Anne Hathaway, vencedora do Oscar por “Os Miseráveis”, resolveu se manifestar, após a controvérsia causada por sua aparição como uma vilã com deficiência no filme “Convenção das Bruxas”. ONGs, atletas e até a organização das Paraolimpíadas reclamaram da forma como a etrodactilia, uma anomalia de membros comumente conhecida como “mão rachada”, é usada para caracterizar a personagem da atriz, que é uma bruxa maligna, e assim perpetuar os estereótipos de que as malformações são anormais ou assustadoras. Na refilmagem do clássico infantil de 1990, a bruxa encarnada por Hathaway tem dedos faltando em suas mãos, e isso é apresentado na trama como sinal de que ela é um monstro terrível. Depois da Warner, que produziu o filme dirigido por Robert Zemeckis (“De Volta ao Futuro”), emitir um comunicado desculpando-se para a comunidade dos portadores da deficiência, a atriz também lamentou a “dor causada”. “Sinto muito”, escreveu Hathaway no Instagram na quinta-feira (5/11). “Eu não conectei a maquiagem com a [anomalia de] diferença de membros quando o visual do personagem me foi apresentado; se eu tivesse, eu asseguro a vocês que isso nunca teria acontecido.” “Como alguém que realmente acredita na inclusão e realmente detesta a crueldade, devo a todos vocês um pedido de desculpas pela dor causada”, ela escreveu, como legenda de um vídeo informativo do Lucky Fin Project, uma organização sem fins lucrativos que aumenta a conscientização sobre as diferenças dos membros. A reação que gerou maior repercussão foram comentários de Amy Marren, uma nadadora paralímpica britânica de 22 anos, que publicou um tuíte na segunda-feira, dizendo que estava “decepcionada” com a representação do filme. “Sim, estou totalmente ciente de que este é um filme e as personagens são bruxas. Mas bruxas são essencialmente monstros. Meu medo é que as crianças assistam a este filme, sem saber que ele exagera enormemente o original de Roald Dahl e que as diferenças de membros comecem a ser temidas”, escreveu ela. “Isso abre novas conversas difíceis para aqueles com diferenças de membros e atrasa o que estamos tentando alcançar, que é celebrar quem você é!” Ver essa foto no Instagram I have recently learned that many people with limb differences, especially children, are in pain because of the portrayal of the Grand High Witch in The Witches. Let me begin by saying I do my best to be sensitive to the feelings and experiences of others not out of some scrambling PC fear, but because not hurting others seems like a basic level of decency we should all be striving for. As someone who really believes in inclusivity and really, really detests cruelty, I owe you all an apology for the pain caused. I am sorry. I did not connect limb difference with the GHW when the look of the character was brought to me; if I had, I assure you this never would have happened. I particularly want to say I’m sorry to kids with limb differences: now that I know better I promise I’ll do better. And I owe a special apology to everyone who loves you as fiercely as I love my own kids: I’m sorry I let your family down. If you aren’t already familiar, please check out the @Lucky_Fin_Project (video above) and the #NotAWitch hashtag to get a more inclusive and necessary perspective on limb difference. Uma publicação compartilhada por Anne Hathaway (@annehathaway) em 5 de Nov, 2020 às 11:11 PST
Convenção das Bruxas gera protestos de pessoas com deficiências
A Warner Bros. enfrentou uma campanha negativa nas redes sociais após o lançamento do remake de “Convenção das Bruxas” na plataforma HBO Max, nos EUA, e após reações de ONGs, atletas e até das Paraolimpíadas, optou por se desculpar pela forma como retratou a vilã com deficiência no filme. Na refilmagem do clássico infantil de 1990, a vilã vivida por Anne Hathaway tem dedos faltando em suas mãos, e isso é apresentado na trama como sinal de pessoa malévola. Muitos deficientes apontaram que ela parece ter etrodactilia, uma anomalia de membro comumente conhecida como “mão rachada”. Os críticos da forma como o filme dirigido por Robert Zemeckis utilizou isso para marcar a personagem afirmam que retratar vilões com defeitos físicos pode perpetuar os estereótipos de que as deficiências são anormais ou assustadoras. A atleta paraolímpica Amy Marren disse que estava “decepcionada” com a Warner Bros. e questionou se “houve muita reflexão sobre como essa representação das diferenças de membros afetaria a comunidade com diferença de membros”. Ela acrescentou: “Meu medo é que as crianças assistam a este filme, sem saber que ele exagera enormemente o original de Roald Dahl, e que as diferenças de membros comecem a ser temidas.” A conta oficial dos Jogos Paraolímpicos no Twitter ecoou os sentimentos de Marren, protestando: “A diferença de membros não é assustadora. As diferenças devem ser celebradas e a deficiência tem que ser normalizada.” A ONG RespectAbility, uma organização que defende as pessoas com deficiência, também disse que a tendência de Hollywood de desfigurar personagens malignos, mesmo sem querer, pode fazer com que as pessoas tenham medo daqueles que não se parecem com elas. “A decisão de fazer essa bruxa parecer mais assustadora por ter uma diferença de membros – o que não era uma parte original da trama – tem consequências na vida real”, disse a vice-presidente de comunicações da RespectAbility, Lauren Appelbaum, defensora de retratos mais autênticos da deficiência na tela. “Infelizmente, essa representação em ‘Convenção de Bruxas’ ensina às crianças que as diferenças de membros são horríveis ou algo de que devemos ter medo. Que tipo de mensagem isso envia para crianças com diferenças de membros? ” Diante da repercussão, o estúdio disse que “lamenta qualquer ofensa causada”. Em comunicado, a Warner Bros. afirmou ter ficado “profundamente triste ao saber que nossa representação dos personagens fictícios em ‘Convenção das Bruxas’ pode ter incomodado pessoas com deficiência ‘”. “Ao adaptar a história original, trabalhamos com designers e artistas para chegar a uma nova interpretação das garras felinas que são descritas no livro”, diz a declaração. “Nunca foi nossa intenção que os espectadores sentissem que as criaturas fantásticas e não humanas deveriam representá-los. Este filme é sobre o poder da bondade e da amizade. É nossa esperança que famílias e crianças possam desfrutar do filme e abraçar este tema empoderador e cheio de amor”, ponderou o estúdio. Apesar de lançado em streaming nos EUA, a Warner tem planos de distribuir o remake nos cinemas brasileiros em 19 de novembro. Veja abaixo o trailer legendado do filme.










