PIPOCAMODERNA
Pipoca Moderna
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc

Nenhum widget encontrado na barra lateral Alt!

  • Etc

    Reação de Gabriela Duarte a vídeo da mãe com Bolsonaro repercute na internet

    15 de abril de 2021 /

    As redes sociais viralizaram a reação da atriz Gabriela Duarte ao rever um vídeo de sua mãe, Regina Duarte, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, exibido durante o programa “Conversa com Bial”. A expressão de desânimo, misturando desgosto e vergonha, foi replicada até virar meme após o programa, que foi ao ar na madrugada desta quinta (15/4) na rede Globo. O vídeo que gerou o mal-estar foi a última aparição de Regina com Bolsonaro, em maio de 2020, quando o presidente anunciou que ela não estaria mais à frente da Secretaria Especial da Cultura e iria assumir a presidência da Cinemateca Brasileira – o que nunca aconteceu. Após exibir a cena, o apresentador Pedro Bial questionou se Gabriela se sentiu aliviada com a saída da mãe do governo. “Foi um período muito turbulento, de muitas coisas. Um período que, de certa forma, nos afastou bastante. Não por uma questão ideológica, não é isso. Tem a ver com uma dinâmica muito complicada, de entrar ali, sair… Então, eu posso responder por mim, eu fiquei muito aliviada”, admitiu. Na entrevista, Bial quis saber como ficou a relação entre mãe e filha diante de possíveis divergências políticas. E embora tenha afirmado não falar sobre isso com a mãe, Gabriela Duarte disse: “Uma coisa posso afirmar, nós somos muito diferentes realmente”. Ela ainda revelou que votou em Ciro Gomes no primeiro turno e anulou o voto no segundo turno das últimas eleições presidenciais, para deixar claro que não é eleitora de Bolsonaro. Isso não a impediu de sofrer ameaças por conta das opções da mãe, especialmente durante o período em que Regina Duarte esteve à frente da Secretaria Especial da Cultura. “Fiquei muito assustada, recebi muitas ameaças, nunca me passou pela cabeça isso. Foi Bizarro”, contou. A atriz, que está completando 47 anos nesta quinta, terminou a entrevista agradecendo ao SUS (Sistema Único de Saúde) pelo empenho dos profissionais da saúde durante a pandemia de coronavírus. E recebeu muitas mensagens de apoio ao fim do “Conversa com Bial”. Veja abaixo algumas das reações. Quando eu vejo parente apoiando o Bolsonaro nas redes sociais, faço a mesma cara da Gabriela Duarte ☹️😓😕 #ConversaComBial pic.twitter.com/XTMxhsz6WW — Fernando Mancini (@fermancini) April 15, 2021 Rapaz, acabei de ver a entrevista de Gabriela Duarte no #ConversaComBial que foi ao ar na madrugada de hoje e, sabe, entendi todos os posicionamentos dela enquanto filha da R****a. É muito doloroso ter uma pessoa tão próxima pensar tão diferente de você. Mas força pra Gabi. — Robson Gomes ▽▲ (@robinhogomes) April 15, 2021 A cara da Gabriela Duarte vendo isso kkkk. Vou ter que ver essa entrevista. #ConversaComBial https://t.co/jtcraMhHJD — Olliver (@Evandro_Olliver) April 15, 2021 Eu tô só a Gabriela Duarte desde 2018. pic.twitter.com/ohKgugIR83 — Açúcar invertido 🇨🇦🇧🇷 (@BFFCanadaBrasil) April 15, 2021 a gabriela duarte deve odiar o bolsonaro e as loucuras da mãe#ConversaComBial pic.twitter.com/zmkgCGbS4h — DOMÊNICO #bbb21 (@eumaluma) April 15, 2021 Amei acompanhar essa entrevista super importante do Bial para com Gabriela Duarte e destaco as falas pontuais que foram imprescindíveis para explanar as diferenças entre ela e a mãe dela. Desta entrevista só engrandeceu o orgulho de ser fã desta maravilhosa atriz#ConversaComBial pic.twitter.com/flVY4l5HwT — Tiago Dias (@dia_tiago) April 15, 2021 Coitada da Gabidu, Regina tão grandiosa, não precisava desse peso na sua biografia pessoal e artística. Foi muita mancada. #ConversaComBial pic.twitter.com/tT4XaasYST — PAPO RETO 📢🎙📢 (@papporetoo) April 15, 2021 Ela acabou a entrevista agradecendo ao sus. Fadinha, Eu te amo!!! #ConversaComBial — ✨🌛jOsEpH🌛✨ (@DramadelReyyy) April 15, 2021

    Leia mais
  • Etc

    Humberto Braga (1946 – 2021)

    4 de fevereiro de 2021 /

    Humberto Braga morreu nesta quinta (4/2) no Rio, aos 74 anos, de causa ainda não revelada. Ator e produtor, ele teve atuação mais destacada como servidor público, iniciada em 1968, no então Ministério da Educação e Cultura. Em 1976, ainda sob a ditadura militar, integrou o Serviço Nacional de Teatro (STN), entidade que, em 1982, passou a se chamar Instituto Nacional de Artes Cênicas (Inacen). Depois, em 1989, já na redemocratização, participou da Fundação Nacional de Artes Cênicas (Fundacen). A partir da criação da Funarte, em 1994, tornou-se diretor de Artes Cênicas da instituição, até 2000, quando assumiu a secretaria de Música e Artes Cênicas do Ministério da Cultura (MinC), que ocupou até 2003. Braga também chefiou o setor de teatro de bonecos do extinto SNT, fundou a Escola Nacional de Circo, criador dos projetos Mambembão e Pixinguinha e participou ativamente da regulamentação das profissões de artista e técnico. Ele foi braço direito de Regina Duarte e articulador do plano de cultura da atriz, chegando a ser cotado para ser secretário especial do Ministério da Cultura, em maio do ano passado. Mas foi alvo de uma campanha de ódio dos apoiadores de Bolsonaro, que o rotularam de “esquerdista” tentando se infiltrar no governo do presidente. Seu nome foi vetado. Já a Associação dos Produtores de Teatro do Rio (APTR) o definiu de forma bem diferente, em nota sobre seu falecimento: “Um homem das artes com um legado de honestidade, ética e amor ao teatro”. “Humberto era um aliado e defensor da democracia, do diálogo, da liberdade de expressão e da classe artística”, concluiu a nota da APTR.

    Leia mais
  • Etc

    Regina Duarte ataca vacinação, que Gabriela Duarte comemora

    23 de janeiro de 2021 /

    Regina Duarte usou suas redes sociais para atacar a vacinação. Com tempo livre, após ser afastada do cargo de Secretária de Cultura do governo Bolsonaro, numa passagem sem marcas além das causadas em sua própria biografia, a veterana de 73 anos resolveu questionar a utilidade da vacina. “A injeção não traz imunidade. Não elimina o vírus. Não impede a morte. Isso não garante que você será contaminado. Isso não impede você de ter covid-19. Não elimina a necessidade de proibição de viagens. Não elimina a necessidade de fechar negócios. Não elimina a necessidade de fechamentos em geral. Não elimina a necessidade de uso de máscaras. Então, que diabos esta vacina está realmente fazendo?”, ela postou, em letras garrafais, no Instagram, creditando o texto à Mônica Fraga. O post (curtido por Carlos Bolsonaro) foi amplamente execrado por dezenas de milhares de usuários da rede. Alguns tiveram maior paciência. “Regina, não se faça de idiota e não espalhe o negacionismo! A resposta para todas essas perguntas se deve ao fato de que não iremos vacinar todos ao mesmo tempo. Leva tempo”, tentou explicar um internauta. “Fico na dúvida se é ignorância ou mau-caratismo”, escreveu outro com menor paciência. Já a filha de Regina, a também atriz Gabriela Duarte, tomou atitude oposta, comemorando o início da vacinação contra a covid-19 nas redes sociais. “Alegria é pouco! Como esperamos esse momento! #tapassando #vacinacovid2021”, escreveu Gabriela em post com uma foto da enfermeira Monica Calazans, a primeira pessoa vacinada no Brasil. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Regina (@reginaduarte) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por gabriela duarte (@gabidu)

    Leia mais
  • Etc

    Regina Duarte sofre acidente e quebra os dentes

    30 de agosto de 2020 /

    Regina Duarte sofreu uma queda nas ruas de São Paulo e teve que passar por uma cirurgia após quebrar três dentes. O acidente aconteceu no dia 13 de agosto, mas só agora a atriz resolveu contar o acontecido em suas redes sociais. Em sua conta no Instagram, a ex-secretária especial da cultura explicou que o acidente foi ocasionado pelo mau uso do celular. “O celular pode ser uma arma. Uma distração, um informante de conhecimentos e cultura. O celular pode ser um professor, um fofoqueiro, uma distração, um potencial solucionador e pode ser também uma arma que deve ser mantida pra ser usada em espaços de segurança”, filosofou ela. Ela disse que decidiu falar sobre seu acidente para chamar atenção de seus seguidores para os perigos de caminhar vendo o celular. “Quero partilhar com vocês minha desagradável experiência. Eu não levava em conta os perigos a que estamos expostos quando menosprezamos o quão perigoso pode ser um celular, o mau uso dele. Há duas semanas, caminhando rapidamente numa calçada irregular de São Paulo, vinha eu digitando uma mensagem que considerava ‘urgente’ e não me dei conta de uma depressão que existia logo ali à minha frente. Resultado: pisei em falso nela, aterrissei de boca no chão, queixo, nariz, dente. Não tive tempo de amortecer a queda, fui de boca no chão.” A atriz disse que a queda ocasionou lesões em seu rosto e boca. “Quebrei três dentes, muito sangue, a boca cheia de cacos de porcelana. Pessoas que viram a queda assustadas querendo me levar para um hospital, eu recusando, estava mesmo bem perto de minha casa, agradeci e fui, no aconchego do lar, avaliar o estrago”, escreveu. Em casa, ela ligou para o profissional que cuida dos seus dentes há mais de uma década e revelou ter passado por uma cirurgia plástica de uma hora e meia. “Foram 16 pontos em 3 camadas do epitélio que fiz questão de assistir, claro que depois de 4 tubos de anestesia e sem sentir 1 pingo de dor.” Ao final, ela reforça o alerta. “Só compartilho este assunto chato com vocês porque acho que é tema de utilidade pública. Lembrar que, mais uma vez, é imprescindível ficarmos alertas para os perigos do uso equivocado dos celulares. Esses aparelhinhos tiram de nós a capacidade de concentração, nos mantém atrelados a eles atrasando os reflexos e podendo por em risco a nossa vida”, disse. Regina concluiu dizendo que já está bem e que, a partir de agora, pretende utilizar o aparelho com “responsabilidade”. Ver essa foto no Instagram O celular pode ser uma arma . Uma distração, um informante de conhecimentos e cultura . O celular pode ser um professor , um fofoqueiro , uma distração, um potencial soluçionador e pode ser tb uma arma que deve ser mantida pra ser usada em espaços de segurança . Quero partilhar com vocês minha desagradável experiência. Eu não levava em conta os perigos a que estamos expostos quando menosprezamos o quão perigoso pode ser um celular,o mau uso dele . Há duas semanas, caminhando rapidamente numa calçada irregular de SPaulo , vinha eu digitando uma mensagem que considerava “urgente” e não me dei conta de uma depressão que existia logo ali à minha frente . Resultado : pisei em falso nela, aterrissei de boca no chão, queixo, nariz , dentenão tive tempo de amortecer a queda, fui de boca no chão. Resultado: quebrei 3 dentes, muito sangue, a boca cheia de cacos de porcelana , pessoas que viram a queda assustadas querendo me levar prum hospital, eu recusando, estava mesmo bem perto de minha casa, agradeci e fui , no aconchego do lar, avaliar o estrago . 😬Liguei pro Marcelo do Atelier Oral que cuida dos meus dentes há mais de 10 anos, era emergência . Me recebeu de imediato e já com a boca anestesiada por ele segui pro meu cirurgião plástico no Pronto Socorro do Sirio, p/ uma cirugia de hora e meia. Foram 16 pontos em 3 camadas do epitélio que fiz questão de assistir, claro que depois de 4 tubos de anestesia e sem sentir 1 pingo de dor. Era 13 de agosto. Claro que não creio nessas coisas… pêro que las hay..Hay! E aos meus anjos Herman e sua Equipe, ao Marcelo e Equipe do Atelier Oral, minha gratidão .) Só compartilho este assunto chato c vcs porque acho que é tema de utilidade pública . Lembrar que , mais uma vez!, é imprescindível ficarmos alertas para os perigos do uso equivocado dos celulares. Esses aparelhinhos tiram de nós a capacidade de concentração, nos mantém atrelados a eles atrasando os reflexos e podendo pôr em risco a nossa vida…. 😳 De agora em diante só uso o Celular com responsabilidade , me protegendo dos perigos que possam me causar . Estou bem, gracias, amo vocês e desejo uma boa noite a todos .💞💞💞💞💞😉💝 Uma publicação compartilhada por Regina (@reginaduarte) em 29 de Ago, 2020 às 7:38 PDT

    Leia mais
  • Etc

    Governo federal usa escolta da PF para pegar chaves da Cinemateca

    7 de agosto de 2020 /

    A Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp) não é mais responsável pela Cinemateca Brasileira. A organização social (OS) entregou as chaves da entidade para representantes da secretaria especial de Cultura na manhã desta sexta-feira (7/8). Uma comissão encabeçada pelo secretário nacional do audiovisual substituto, Helio Ferraz de Oliveira, assinou documentos atestando ter recebido as chaves na sede da Cinemateca, no bairro Vila Clementino, em São Paulo, após chegar ao local escoltado pela Polícia Federal – de forma “ostensiva” segundo funcionários do local. A participação de policiais e viaturas levou o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), que passou a manhã no local com representantes dos funcionários, a avisar que acionará os órgãos públicos para questionar o uso da PF na ação. “Me parece que o governo só pretende mesmo fazer guerra ideológica, não tem compromisso com a preservação do nosso patrimônio histórico”, disse o político para a imprensa presente. Sem diálogo com Jair Bolsonaro e seus subalternos, nem dinheiro para evitar uma catástrofe, a Acerp entregou as chaves para também livrar-se da responsabilidade, optando por deixar a União arcar sozinha com a manutenção do acervo para se concentrar na cobrança judicial e na busca de uma indenização por rompimento unilateral de contrato vigente. A Cinemateca deixou de receber repasses federais em dezembro, quando o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, encerrou o contrato da Acerp para a realização da TV Escola. Como o contrato de administração da Cinemateca era um aditivo desse outro, a situação se tornou um imbróglio jurídico. A Acerp entendeu que a parceria não poderia ser rompida, porque o acordo original iria até março de 2021, e continuou a administrar com recursos do próprio caixa. Por conta disso, alega que o governo lhe deve R$ 14 milhões, correspondentes aos valores não repassados desde dezembro e a um montante não recebido ainda em 2019, quando o contrato estava vigente. Segundo a OS, ao longo de 2019, dos R$ 13 milhões do orçamento, o governo entregou à Acerp só R$ 7 milhões. o valor restante será agora cobrados na justiça. O objetivo da secretaria de Cultura, ao congelar o repasse, teria sido justamente inviabilizar o funcionamento da Cinemateca para ser “forçada” pelas “circunstâncias” a assumir o controle administrativo da entidade e, assim, conseguir dar sua presidência de presente para Regina Duarte. Esta intenção, porém, contraria frontalmente o contrato original de doação da Cinemateca — inicialmente privada — à União em 1984, que garante sua autonomia financeira, administrativa e técnica, além da permanência em São Paulo. Ao pegar as chaves, a União passou apenas a assumir a responsabilidade pela preservação do acervo. Isto deveria incluir o pagamento dos profissionais especializados que cuidam desse material precioso. Eles estão há meses sem receber e reivindicavam salários atrasados. Mas o governo já manifestou anteriormente intensão de lavar as mãos e responsabilizar a Acerp pela dívida trabalhista. Em nota à imprensa, o Ministério do Turismo, que abriga a secretaria da Cultura do governo Bolsonaro, confirmou os planos ao afirmar seu “compromisso de resguardar a continuidade dos serviços e a segurança do patrimônio cultural preservado pela Cinemateca”. “A pasta já viabilizou uma série de contratos que garantem a continuidade da prestação de serviços fundamentais para o trabalho desenvolvido pela instituição”, informou. Entre as tais garantias estão novos contratos de prestação de serviço nas áreas de segurança, prevenção a incêndios, primeiros-socorros, manutenção preventiva e corretiva, climatização e refrigeração, controle de pragas, limpeza e higiene, jardinagem, conservação predial, fornecimento de energia elétrica e abastecimento de água. Todos feitos, aparentemente, sem licitação. Os próximos passos do governo são trâmites burocráticos, que incluem a abertura de um edital para a escolha de uma nova OS (organização social) para administrar a Cinemateca. Este edital pode ou não conter a recomendação de que os funcionários atuais sejam recontratados pela nova administração. Recomendação, claro, não é obrigação.

    Leia mais
  • Etc

    Justiça decide manter a Cinemateca no limbo

    4 de agosto de 2020 /

    A Justiça Federal negou em caráter liminar um pedido do Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo para que a União renovasse o contrato de gestão da Cinemateca Brasileira com a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp). A ação também pedia o repasse imediato de R$ 12 milhões, recursos já previstos e alocados no orçamento para a preservação do acervo da Cinemateca, o que foi negado. Aguardada com ansiedade entre funcionários e gestores da Cinemateca, bem como entre cineastas e pesquisadores do meio, a decisão foi um balde de água fria, porque aprofundou a crise ao jogar a Cinemateca mais fundo no lugar nenhum do limbo. A razão fornecida pela juíza Ana Lúcia Petri Betto, da 1ª Vara Cível Federal de São Paulo, para negar a retomada da gestão foi a ausência de necessidade de urgência, apesar do que a Procuradoria apontava, porque, em seu entendimento, “ao contrário, há elementos que indicam a tomada de providências emergenciais pela União Federal para preservação do acervo da Cinemateca Brasileira.” Ela ainda disse que cabia apenas à União adotar medidas de preservação do patrimônio histórico do acervo. “Se há perigo de dano ao patrimônio histórico-cultural que integram a Cinemateca Brasileira, ou mesmo dano efetivo, cabe à União Federal cessá-los da maneira que julgar mais eficiente, com os recursos que possui”, afirmou em sua decisão. Mas a União interrompeu o pagamento para a preservação do material no ano passado, deixando até as contas de luz atrasarem, sem esquecer dos salários dos funcionários. O cineasta Roberto Gervitz, um dos organizadores do movimento SOS Cinemateca, ficou indignado com a decisão judicial. “Eu achei inacreditável que a juíza não reconheça o caráter emergencial da liminar, é um absurdo. É algo difícil de entender, porque todos sabem a situação que a Cinemateca se encontra”, ele disse ao jornal O Globo. “Quando a ação surgiu, o governo começou a correr para parecer que estava fazendo algo, mas ele não faz nada há mais de um ano. Desde de 2019 que não cumpre com suas obrigações”. Ex-diretor da Cinemateca entre 1987 e 1992, Carlos Augusto Calil também reclamou ao Globo contra a decisão da juíza, “totalmente alienada”. “Ela lavou as mãos. A parte muito estranha é que ela não reconhece urgência da situação da Cinemateca. São oito meses sem receber recursos do governo federal, os salários estão atrasados, as contas de luz não foram pagas. E isso é um risco, pois grande parte dos documentos são preservados em ambientes com temperatura controlada”. Sem recursos federais desde o início do ano, a brigada de incêndio da Cinemateca, que é terceirizada, já abandonou o trabalho. Como o material dos filmes antigos é altamente inflamável, o acervo já enfrentou – e sobreviveu a – quatro incêndios. A liminar que pedia a renovação de contrato com a Acerp esperava mobilizar a verba para a preservação do material e viabilizar a gestão da instituição em 2020. O objetivo da secretaria de Cultura, ao congelar o repasse, seria justamente impedir o funcionamento da Cinemateca para ser “forçada” pelas “circunstâncias” a assumir o controle administrativo da Cinemateca e, assim, conseguir dar sua presidência de presente para Regina Duarte. Esta intenção, porém, contraria frontalmente uma cláusula do contrato de doação da Cinemateca — originalmente privada — à União em 1984, que garante sua autonomia financeira, administrativa e técnica, além da permanência em São Paulo. Para se ter ideia da inconsequência, há alguns dias ventilou-se no desgoverno até a mudança do acervo para Brasília… A decisão judicial apenas aprofundou o impasse, já que juíza entende que a União deve usar seus recursos para preservar a Cinemateca, mas impede que esses recursos sejam destinados a Acerp, a organização social que administrava a entidade. Como a União não administra a Cinemateca nem reconhece a administração da Acerp, na prática, portanto, ninguém administra a Cinemateca. O Caos. Esta situação surreal é resultado direto de um dos muitos atos inconsequentes daquele que Bolsonaro já chamou de seu “melhor ministro”. Então vinculada ao Ministério da Educação para a gestão da TV Escola, a Acerp ganhou a licitação para gerir a Cinemateca Brasileira em 2018 e assinou um termo aditivo ao Contrato de Gestão da emissora. Mas, no final de 2019, o então ministro da Educação Weintraub decidiu encerrar de forma unilateral e abrupta o contrato de gestão da TV Escola e, com isso, também extinguiu o termo aditivo da Cinemateca Brasileira. Genial como é, Weintraub achava que, ao romper o contrato, iria encampar a TV Escola para fazer uma programação a seu gosto (refletindo seu guru astrólogo). Mas a TV Escola, assim como a Cinemateca, não pertencem ao desgoverno e tudo o que ele conseguiu foi acabar com uma e jogar a outra no limbo. Caso o contrato fosse respeitado, ele se encerraria em 2021, data em que a secretaria poderia lançar um novo edital para contratar outra empresa, se não estivesse satisfeita com os serviços atuais.

    Leia mais
  • Etc

    Mário Frias confirma planos de “dar” a Cinemateca para Regina Duarte

    28 de julho de 2020 /

    O secretário especial da Cultura Mário Frias confirmou que ainda há planos para dar a presidência da Cinemateca Brasileira para Regina Duarte, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. A instituição é responsável pela preservação da produção audiovisual do país e está no centro de dois processos por abandono do governo – um do Ministério Público Federal (MPF) e outro da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), responsável por sua manutenção. “A Regina é um ícone que faz parte da nossa história, merece todo o respeito. É um pedido pessoal do presidente da República. Existe, sim, a possibilidade de ser criada uma secretaria para ela cuidar da Cinemateca e ela vai ser tratada com toda dignidade que merece. Assim que o imbróglio jurídico se resolver, a Regina Duarte vai ter um lugar de destaque na Cinemateca”, afirmou Frias à Rádio Jovem Pan. Durante a entrevista, o ex-ator de “Malhação” disse que há um movimento “forte” para tentar resolver o impasse. “A minha primeira ação como secretário foi fazer uma visita técnica. O contrato acabou em 2019 e não foi renovado. O acervo e os profissionais deveriam ser muito valorizados porque são profissionais únicos. Não tenho dúvida nenhuma de que aquele acervo é do povo brasileiro. Há um imbróglio jurídico, a meu ver lamento o fato de as pessoas não estarem pensando no acervo e no potencial que aquilo tem. Juridicamente a gente não pode intervir nesse momento enquanto não há uma solução. Há um movimento muito forte tanto meu quanto do ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio. Temos um projeto emergencial para ajudar”, disse. Ele ainda acrescentou: “Mandamos um corpo técnico para uma visita e avaliação de inventário, para averiguar as necessidades emergenciais. A nossa equipe foi impedida de entrar, fizemos um boletim de ocorrência porque não podem impedir, pois é patrimônio do brasileiro e responsabilidade nossa cuidar. Hoje estou aguardando um parecer jurídico, com toda vontade do mundo de fazer o bem”, ressaltou. Vale esclarecer as informações falsas contidas nas declarações. O chamado “corpo técnico” da secretaria de Cultura foi enviado para pegar as chaves da instituição, que não é administrada pelo governo federal. A ideia, aparentemente, era assumir a Cinemateca na marra. A justificativa “jurídica” para esta ação foi um dos muitos atos inconsequentes daquele que Bolsonaro já chamou de seu “melhor ministro”. Então vinculada ao Ministério da Educação para a gestão da TV Escola, a Acerp ganhou a licitação para gerir a Cinemateca Brasileira em 2018 e assinou um termo aditivo ao Contrato de Gestão da emissora. Mas, no final de 2019, o então ministro da Educação Weintraub decidiu encerrar de forma unilateral e abrupta o contrato de gestão da TV Escola e, com isso, também extinguiu o termo aditivo da Cinemateca Brasileira. Genial como é, Weintraub achava que, ao romper o contrato, iria encampar a TV Escola para fazer uma programação a seu gosto (refletindo seu guru astrólogo). Mas a TV Escola, assim como a Cinemateca, não pertencem ao governo e tudo o que ele conseguiu foi acabar com uma e jogar a outra no caos. Esta situação típica de desgoverno só veio à público devido a outra iniciativa surreal da República bolsonarista. Ao anunciar a demissão de Regina Duarte do cargo de secretária de Cultura, Jair Bolsonaro disse que ela iria comandar a Cinemateca, “do lado da sua casa”. Mas o cargo que ele queria dar para a atriz nunca existiu, uma vez que a administração da Cinemateca não pode ser exercita pelo poder federal. Embora Mário Frias insista nos planos, que anteriormente já tinham sido confirmados pelo ministro do Turismo, o desgoverno não pode assumir o controle da Cinemateca apenas porque quer. Esta intenção contraria frontalmente uma cláusula do contrato de doação da Cinemateca — originalmente privada — à União em 1984, que garante sua autonomia financeira, administrativa e técnica, além da permanência em São Paulo. Para se ter ideia da inconsequência, nesta semana ventilou-se até a mudança do acervo para Brasília… Ao manter o projeto de dar a Cinemateca “de presente” para Regina Duarte, Mário Frias também contraria uma ação civil pública ajuizada há duas semanas pelo MPF, ordenando a renovação do contrato de gestão e o repasse imediato de R$ 12 milhões para a Acerp, recursos já previstos e não encaminhados pelo governo à organização social (OS) responsável pela manutenção da instituição. A dívida milionária é outro “detalhe” não mencionado por Frias em sua entrevista sobre o “imbróglio jurídico”. Na semana retrasada, ele publicou um vídeo no qual afirmava que “não existe amparo legal” para que o Ministério do Turismo “assuma a dívida de um contrato não vigente”. Não é o que diz o MPF. O prazo para o governo mudar de discurso se encerra nesta semana.

    Leia mais
  • Etc

    Senador confirma plano para transferência “ilegal” da Cinemateca para Brasília

    24 de julho de 2020 /

    A confusão causada pelo desgoverno Bolsonaro em torno da Cinemateca Brasileira continua a produzir notícias surreais. Há alguns dias, a secretaria de Cultura enviou uma pessoa para pegar as chaves da instituição, que não é administrada pelo governo federal. Depois dessa iniciativa não colar, as cabeças pensantes tiveram outra ideia genial. Já que não conseguem tomar a sede em São Paulo, manifestaram intenção de transferi-la para Brasília. No início da semana, a coluna Radar, da revista Veja, apurou que o governo federal já tinha colocado um plano de transferência em marcha. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) disse à coluna ter sido escalado para encontrar uma sede para a instituição na capital federal. “Estou tentando identificar um local para poder disponibilizar ao Ministério do Turismo [atual responsável pela Cinemateca]”, assumiu o político, que ainda listou possíveis sedes. “Temos o CCBB do Banco do Brasil, por exemplo, e outras opções de lugares dentro do patrimônio público da União”, ele afirmou. O detalhe é que prédio da Vila Mariana foi restaurado nos anos 1990 já tendo em vista que abrigaria o acervo da Cinemateca – que é o maior acervo audiovisual da América Latina. Por isso, possui salas climatizadas, biblioteca, salas de exibição, etc. O material arquivado também é preservado em condições de refrigeração específicas. Não é algo que se resolva numa mudança simples de endereço. Além disso, qualquer transferência desse material para Brasília seria “ilegal”, de acordo com o procurador Gustavo Torres Soares, do Ministério Público Federal (MPF). Uma cláusula do contrato de doação da Cinemateca — originalmente privada — à União, em 1984, exige sua permanência em São Paulo, bem como sua autonomia financeira, administrativa e técnica. “Desrespeitar os termos da doação seria uma covardia, uma deslealdade e uma imoralidade”, afirmou Soares, também à revista Veja. “Se a União consultar sua Advocacia Geral antes de tomar a decisão, o órgão seguramente irá alertá-la para o fato de que se trata de uma medida ilegal”, diz o procurador — que, no passado, já atuou como advogado da União. Além de ilegal, esse movimento contraria ação civil pública ajuizada na semana passada pelo próprio Soares contra a União, ordenando a renovação do contrato de gestão da Cinemateca Brasileira com a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp) e o repasse imediato de R$ 12 milhões, recursos já previstos e não encaminhados pelo governo à organização social (OS) responsável pela manutenção da instituição. A dívida milionária está no centro de uma disputa entre a Acerp e o governo federal. Na semana passada, o secretário especial de Cultura, Mário Frias, publicou um vídeo no qual afirma que “não existe amparo legal” para que o Ministério do Turismo “assuma a dívida de um contrato não vigente”. A discussão já parou na Justiça e o desgoverno tem até o final de julho para se manifestar sobre ação da Procuradoria para a renovação emergencial do contrato “pelo período (transitório) de um ano, a contar (retroativamente) de 01.01.2020, com o consequente repasse orçamentário que originariamente já estava previsto e alocado para a execução do contrato de gestão da Cinemateca Brasileira para o ano de 2020”. Mas em vez disso – ou seja, em vez de pagar quem já está cuidando da Cinemateca – , a secretaria de Cultura anunciou que 19 contratos emergenciais estão sendo realizados para manutenção predial, serviços de água e luz, segurança e contratação de técnicos especializados em acervo audiovisual para manter protegido o acervo da instituição. Não se sabe com qual valor ou com quem. Nos últimos meses, funcionários e ativistas vinham denunciando a total renúncia de responsabilidades do governo Federal em relação à manutenção do acervo, dos funcionários, da sede na Vila Clementino e de um depósito de material na Vila Leopoldina. Com a falta de pagamentos, a energia que mantém o material em temperatura baixa pode ser cortada a qualquer momento, criando condições para a repetição de uma tragédia como a do incêndio do Museu Nacional em 2018 no Rio. A diferença é que, desta vez, trata-se de uma tragédia anunciada, alardeada, com responsabilidades conhecidas e cobradas pela Justiça com antecipação. Diante desse perigo, vereadores, deputados estaduais e o próprio prefeito de São Paulo, Bruno Covas, envolveram-se nas negociações, gerando especulações de que a Prefeitura pretendia assumir o espaço. Este movimento gerou a ida atabalhoada de “fiscais” de Brasília para pedir a chave da Cinemateca. Sem decisão judicial ou documento de amparo, a Acerp não levou o pedido – e o governo – a sério. Vale lembrar que o responsável pela bagunça é aquele que Bolsonaro já chamou de seu “melhor ministro”. Então vinculada ao Ministério da Educação para a gestão da TV Escola, a Acerp ganhou a licitação para gerir a Cinemateca Brasileira em 2018 e assinou um termo aditivo ao Contrato de Gestão da emissora. Mas, no final de 2019, o desastroso ministro da Educação Abraham Weintraub decidiu encerrar de forma unilateral e abrupta o contrato de gestão da TV Escola e, com isso, também extinguiu o termo aditivo da Cinemateca Brasileira. Esse imbróglio político e jurídico colocou a administração da Cinemateca no limbo. A situação só veio à público devido a outra iniciativa surreal do desgoverno. Ao anunciar a demissão de Regina Duarte do cargo de secretária de Cultura, Jair Bolsonaro disse que ela iria comandar a Cinemateca, “do lado da sua casa”. Mas o cargo que Bolsonaro queria dar para a atriz não existia, uma vez que a Cinemateca não é administrada diretamente pelo governo federal e sim por uma organização social, a citada Acerp. A União não tinha poderes para nomear a atriz, mas desde então trabalha para “tirar as chaves” da Acerp e colocar a instituição sob controle estatal, quem sabe para finalmente dar o “presente” que Regina pediu – e contrariando frontalmente a campanha eleitoral de Bolsonaro, que prometeu um governo liberal anti-estatizante.

    Leia mais
  • Etc

    Advogados vão recorrer de decisão que livrou Regina Duarte de processo

    22 de julho de 2020 /

    Não acabou. A autora de ação contra Regina Duarte por apologia a crimes de tortura vai recorrer da decisão judicial que livrou a atriz do processo. A jornalista e advogada Lygia Jobim, filha de José Jobim, diplomata morto pelo regime militar, cobrava uma retratação pública e R$ 70 mil de danos morais da atriz e ex-secretária de Cultura em processo motivado pela polêmica entrevista de Regina Duarte à CNN Brasil, em maio passado. Lygia Jobim alega que Regina relativizou os atos dos militares. Na ocasião, a então Secretária de Cultura disse que “sempre houve tortura” e que discutir os casos de violência nos governos militares seria “olhar para trás”. Em sua decisão, a juíza Maria Amélia Almeida Senos de Carvalho, da 23ª Vara Federal do Rio de Janeiro, afirmou que Lygia só poderia ter apresentado a ação contra o órgão que a atriz representava. Ou seja, ela não poderia responder como pessoa física. Já o governo federal continua como réu. “Já conversei com meus advogados. Vamos recorrer da decisão, tendo em vista que Regina Duarte é uma pessoa pública, formadora de opinião e emitiu declarações de apologia a crimes de tortura na condição de secretária de Cultura, ou seja, como representante do Estado brasileiro, o mesmo Estado que assassinou o meu pai e tantas outras pessoas que representavam alguma ameaça ao regime militar. Exclui-la do processo é exclui-la da responsabilidade que a cabe”, disse a autora da ação, por meio de comunicado. “Nosso escritório vai recorrer da decisão, porque é impossível desassociar a senhora Regina Duarte da ação, tendo em vista que ela protagonizou as declarações de apologia a crimes de tortura. Não houve por parte dela qualquer tipo de pedido de desculpas ou manifestação de arrependimento. Nenhum tipo de empatia pela dor das famílias que perderam seus entes queridos, vítimas de violência de violações cometidas por militares durante a ditadura. Fazer apologia a crimes de tortura praticados na ditadura estão previstos no Código Penal (Lei nº 2.848/1940), Lei dos Crimes de Responsabilidade (Lei nº 1.079/1950) e na Lei de Segurança Nacional (Lei nº 7.170/1983)”, sustentaram Carlos Nicodemos e Gustavo Proença, advogados do escritório Nicodemos & Nederstigt Advogados Associados, que defende Lygia Jobim. Como filha de vítima da repressão no Brasil, Lygia Jobim se sentiu ofendida e indignada com as declarações de Regina Duarte. A autora do processo é filha de José Jobim, embaixador aposentado, de 69 anos, cujo corpo foi encontrado em 24 de março de 1979, pendurado numa árvore, com uma corda de náilon no pescoço, no Itanhangá, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, numa simulação de enforcamento similar à do falecido jornalista Vladimir Herzog. Segundo relatos de testemunhas, o corpo apresentava sinais de tortura. Na época, o então delegado do caso, Rui Dourado, alegou que o diplomata havia se “suicidado”. Na verdade, José Jobim foi assassinado após ser sequestrado, quando iria denunciar corrupção no regime militar. Ele foi considerado oficialmente uma das vítimas da ditadura pela Comissão Nacional da Verdade.

    Leia mais
  • Filme

    Processo contra Regina Duarte por apologia a crimes da ditadura é arquivado

    22 de julho de 2020 /

    Não deu em nada o processo movido por Lygia Jobim contra Regina Duarte, por apologia a crimes de tortura e mortes praticados na ditadura. A juíza federal Maria Carvalho determinou o arquivamento da ação em que a filha de José Jobim, diplomata morto pelo regime militar, cobrava R$ 70 mil de danos morais da atriz e ex-secretária de Cultura Regina Duarte. O processo foi motivado pela polêmica entrevista de Regina Duarte à CNN Brasil, em maio passado. Lygia Jobim alega que Regina relativizou os atos dos militares. Na ocasião, a então Secretária de Cultura disse que “sempre houve tortura” e que discutir os casos de violência nos governos militares seria “olhar para trás”. Em sua decisão, a juíza da 23ª Vara Federal do Rio de Janeiro afirma que Lygia só poderia ter apresentado a ação contra o órgão que a atriz representava.

    Leia mais
  • Etc,  Série,  TV

    Del Rangel (1955 – 2020)

    17 de julho de 2020 /

    O diretor e produtor de TV Antônio “Del” Rangel morreu aos 64 anos na quinta-feira (16/7). A informação foi confirmada pela Diretoria Executiva da Fundação Padre Anchieta. Desde 2019, Rangel era diretor de programação da TV Cultura, em São Paulo. Segundo a fundação, o diretor morreu em decorrência de um infarto fulminante. Antes de comandar a TV Cultura, Del Rangel dirigiu várias novelas e séries em outros canais. Na Globo, realizou vários trabalhos nas décadas de 1980 e 1990, à frente de novelas como “Cambalacho” (1986), “O Outro” (1987) e “Bebê a Bordo” (1987), entre outras. Seu último trabalho na emissora foi em 2001, na direção da minissérie “Os Maias” em parceria com Emilio Di Biasi. Ele foi casado com a atriz Regina Duarte entre 1983 e 1995, e a dirigiu na série “Joana”, uma produção independente que foi exibida pelo SBT e pela extinta TV Manchete em 1984. A parceria com a esposa ainda rendeu o seriado “Retrato de Mulher”, na Globo, em 1993. Rangel também comandou algumas das novelas mais bem-sucedidas do SBT – “Éramos Seis” (1994), “As Pupilas do Senhor Reitor” (1994), “Sangue do Meu sangue” (1995), “Razão de Viver” (1996), “Vende-se Um Véu de Noiva” (2009), “Uma Rosa com Amor” (2010) e o fenômeno “Carrossel” (2012). Além disso, teve trabalhos desenvolvidos no teatro e no cinema. Produziu sete filmes dos Trapalhões, entre 1979 e 1983, e ainda dirigiu “O Trapalhão na Arca de Noé” (1983) e “Uma Escola Atrapalhada” (1990), ambos escritos por Renato Aragão, e o drama “Contos de Lygia” (1998), inspirado por histórias da escritora Lygia Fagundes Telles.

    Leia mais
  • Etc

    Ministério Público entra com ação contra o governo por “abandono” da Cinemateca

    16 de julho de 2020 /

    O Ministério Público Federal ajuizou uma ação civil pública contra a União nesta quarta-feira (15), considerando a situação em que se encontra a Cinemateca Brasileira, em São Paulo, como “abandono” por parte do governo. A instituição encontra-se “carente de ininterruptas medidas de conservação”, “estrangulamento financeiro e abandono administrativo”, entre outros pontos, diz o documento ajuizado na 1ª Vara Cível Federal de São Paulo, que pede a renovação do contrato de gestão da Cinemateca Brasileira com a Associação Roquette Pinto (Acerp), o repasse imediato de R$ 12 milhões, recursos já previstos e alocados no orçamento, além da reestruturação, manutenção e empoderamento do Conselho Consultivo da Cinemateca em um prazo de 60 dias, entre outras demandas. A Procuradoria pede providências de preservação patrimonial cultural e de continuidade do serviço público prestado no órgão, responsável pela preservação e a difusão do acervo audiovisual brasileiro. Fundada em 1946, a Cinemateca guarda registros inestimáveis, como filmes feitos durante as incursões do Exército brasileiro na 2ª Guerra Mundial, clássicos do Cinema Novo, documentários do Brasil do começo do século 20, coleção de imagens raras da TV Tupi, primeira emissora de TV do país, inaugurada em 1950, 1 milhão de documentos relacionados à área do audiovisual, 245 mil rolos de filmes e 30 mil títulos de cinema, entre obras de ficção, documentários, cinejornais, filmes publicitários e registros familiares de personalidades históricas. O descaso com o acervo precioso que trata da própria História do Brasil é consequência da política anticultural do governo Bolsonaro, que paralisou os investimentos no setor. Em maio, o governo federal chegou a anunciar que pretendia reincorporar a instituição à União, mas nenhuma medida foi anunciada ou tomada nesse sentido desde então, além da autodeclaração da ex-secretária da Cultura Regina Duarte dizendo que tinha ganhado a Cinemateca de “presente” de Bolsonaro. “Acabo de ganhar um presente, que é o sonho de qualquer profissional de comunicação, de audiovisual, de cinema e de teatro, um convite para fazer a Cinemateca que é um braço da cultura em São Paulo. Ficar secretariando o governo na cultura dentro da Cinemateca. Pode ter presente maior do que isso?”, disse Regina, em vídeo em que “comemorou” sua demissão da Secretaria da Cultura por Bolsonaro. Entretanto, a Cinemateca não é administrada pelo governo. Há quatro anos, ela teve sua gestão transferida para a Sociedade Civil e há dois era administrada pela Acerp. Então vinculada ao Ministério da Educação para a gestão da TV Escola, a Acerp ganhou a licitação para gerir a Cinemateca Brasileira em 2018 e assinou um termo aditivo ao Contrato de Gestão da emissora. No final de 2019, o desastroso ministro da Educação Abraham Weintraub decidiu encerrar de forma unilateral e abrupta o contrato de gestão da TV Escola e, com isso, também extinguiu o termo aditivo da Cinemateca Brasileira. Esse imbróglio político e jurídico colocou a administração da Cinemateca no limbo. Nos últimos meses, funcionários e ativistas vêm denunciando a total renúncia de responsabilidades do governo Federal em relação à manutenção do acervo, dos funcionários, da sede na Vila Clementino e de um depósito de material na Vila Leopoldina. Com a falta de pagamentos, a energia que mantém o material em temperatura baixa pode ser cortada a qualquer momento, criando condições para a repetição de uma tragédia como a do incêndio do Museu Nacional, em 2018 no Rio. A diferença é que, desta vez, trata-se de uma tragédia anunciada, alardeada, com responsabilidades conhecidas e cobrada pela Justiça com antecipação. A Procuradoria pleiteia que a renovação emergencial do contrato de gestão seja feita em até cinco dias, “pelo período (transitório) de um ano, a contar (retroativamente) de 01.01.2020, com o consequente repasse orçamentário que originariamente já estava previsto e alocado para a execução do contrato de gestão da Cinemateca Brasileira para o ano de 2020, no valor de R$ 12.266.969,00, em favor da Acerp”. Outra demanda é que não haja o desligamento de nenhum funcionário da instituição. A ação afirma que uma “desmobilização (por mera dispensa ou ausência reiterada de pagamento) causará irreparável prejuízo imaterial à União (que demorou anos, décadas, para formar ali um polo reprodutor de tal conhecimento especializado)”.

    Leia mais
 Mais Pipoca
Mais Pipoca 
@Pipoca Moderna 2025
Privacidade | Cookies | Facebook | X | Bluesky | Flipboard | Anuncie