Diretor “cancelado” enfrenta ira feminista ao planejar volta a Hollywood
O diretor e produtor Brett Ratner (“X-Men: O Confronto Final”) estaria planejando um retorno a Hollywood com a direção de um projeto sobre a dupla pop Milli Vanilli. A cinebiografia veio à tona no sábado (20/2), junto com a revelação de que produtora Millennium Media pretendia apresentá-la durante o evento de mercado European Film Market (EFM) na primeira semana de março. O cineasta está ligado à biografia sem título de Milli Vanilli há mais de uma década, quando adquiriu os direitos vitalícios para filmar a história da dupla franco-alemã, envolvida num escândalo de farsa musical. O roteiro é de Jeff Nathanson, com quem o Ratner trabalhou na franquia “A Hora do Rush”. Só que a iniciativa feminista Time’s Up não pretende deixar o filme acontecer. Ratner encontra-se “cancelado” desde que se tornou um dos poderosos de Hollywood denunciados durante o auge do movimento #MeToo. Em novembro de 2017, sete mulheres, incluindo as atrizes Olivia Munn e Natasha Henstridge, acusaram o cineasta de assédio e abuso sexual, com descrições de comportamento de revirar o estômago, que fizeram com que a Warner Bros. rompesse contratos e todos os laços com o produtor-diretor com quem o estúdio tinha um negócio lucrativo de coprodução. A relação de Ratner com a Warner se devia a seu sucesso como produtor. Em 2012, ele fundou a produtora RatPac com o milionário James Packer, ex-noivo de Mariah Carey. Após se fundir com a Dune Entertainment, a empresa foi rebatizada de RatPack-Dune Entertaiment e fechou uma parceria com a Warner Bros, originando os sucessos de “Gravidade” (2013), “Uma Aventura Lego” (2014), “Sniper Americano” (2014), “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015), “O Regresso” (2015) e até… “Liga da Justiça” (2017). A presidente e CEO da Time’s Up, Tina Tchen, divulgou um comunicado que afirma: “A Time’s Up nasceu da reavaliação nacional do assédio sexual no local de trabalho. Nosso movimento é um produto de incontáveis atos de coragem de muitos sobreviventes, incluindo aqueles que falaram sobre o que sofreram nas mãos de Brett Ratner”. O texto acusa: “Ratner não apenas nunca reconheceu ou se desculpou pelo dano que causou, mas também entrou com processos na tentativa de silenciar as vozes das sobreviventes que se apresentaram – uma tática tirada do manual do predador. Você não pode apenas sumir por alguns anos e depois ressurgir e agir como se nada tivesse acontecido. Nós não esquecemos – e não iremos esquecer. E a Millennium Media também não deveria. Não deveria haver retorno”. A Time’s Up também lançou uma hashtag no Twitter: #wewontforgetbrett (nós não esqueceremos Brett). O último filme de Ratner como diretor foi “Hércules” (2014) e antes do movimento #MeToo ele pretendia filmar a cinebiografia de Hugh Hefner, o fundador da Playboy. Not only did he never acknowledge harm or apologize to the survivors, he tried to silence them. We didn’t forget. 2/2 #wewontforgetbrett https://t.co/QvAucNyx9a — TIME'S UP (@TIMESUPNOW) February 20, 2021
Rampage será último filme produzido por Brett Ratner na Warner, após acusações de assédio
A Warner Bros anunciou que está oficialmente encerrada sua parceria com a produtora RatPac-Dune Entertainment, que tem entre seus sócios Brett Ratner, cineasta envolvido em acusações de abusos sexuais. “Rampage – Destruição Total”, que chega aos cinemas neste fim de semana, será o último lançamento produzido por Ratner no estúdio. Ele já tinha se afastado das produções da Warner em novembro, mas na época dizia que tinha sido por vontade própria. Em comunicado sucinto, o produtor afirmou: “Tendo em vista as alegações feitas, eu escolho pessoalmente me afastar de todas as atividades relacionadas à Warner Bros. Não quero trazer impactos negativos ao estúdio até que estas questões pessoais sejam resolvidas”. O cineasta foi denunciado por abusar sexualmente seis mulheres, entre elas as atrizes Olivia Munn (“X-Men: Apocalipse”) e Natasha Henstridge (“A Experiência”). Ratner também foi acusado de homofobia pela atriz Ellen Page, por seu comportamento durante as filmagens de “X-Men: O Confronto Final” (2006), que ele dirigiu para a Fox. A RatPac tinha uma parceria bem-sucedida com a Warner, ajudando a financiar filmes premiados com o Oscar, como “Gravidade” (2013), “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015) e “O Regresso” (2015), além das recentes produções de super-heróis da DC Comics, entre eles “Mulher-Maravilha” (2017). Por isso, assim que as várias alegações de assédio sexual vieram à tona, surgiram boatos de que Gal Gadot teria se recusado a filmar “Mulher-Maravilha 2” se ele continuasse como produtor. Diante de um inevitável impasse, a Warner anunciou que estava cortando os laços com Ratner. O contrato de parceria, que se estendia apenas até 2018, não foi renovado. Graças a isso, Gadot veio a público dizer que “a decisão já estava tomada” antes que ela ou outros integrantes de “Mulher-Maravilha” se mobilizassem em torno de algum ultimato.
Gal Gadot fala do ultimato pela saída de Brett Ratner da produção de Mulher-Maravilha 2
Em entrevista realizada nesta quarta (15/11) para a TV americana, a atriz Gal Gadot falou de forma clara sobre o boato de que teria dado um ultimato na Warner, ameaçando não filmar “Mulher-Maravilha 2” se a produtora RatPac, do cineasta Brett Ratner, ajudasse a financiar o filme. Ele é um dos diversos profissionais de Hollywood envolvidos na avalanche de denúncias de abusos sexuais que assola a indústria do entretenimento americana. “Muito foi escrito sobre minhas opiniões e sentimentos sobre o assunto. E todos sabem como me sinto, porque não estou escondendo nada”, disse Gadot, em entrevista realizada para divulgar “Liga da Justiça” no programa matinal “Today Show”, da rede NBC. “A verdade é que tem muita gente envolvida na produção desse filme, não só eu, que ecoa este mesmo sentimento. Todo mundo sabe que isso era o correto a se fazer. Mas não havia nada que eu pudesse dizer ou ameaçar, porque a decisão já estava tomada antes dessa notícia surgir”, concluiu, referindo-se à data em que o boato começou a circular. A RatPac tinha uma parceria com a Warner e ajudou a financiar filmes premiados com o Oscar, como “Gravidade” (2013), “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015) e “O Regresso” (2015), além das recentes produções de super-heróis da DC Comics, entre eles “Mulher-Maravilha” (2017). Mas assim que as várias alegações de assédio sexual contra Ratner vieram à tona, a Warner anunciou que estava cortando os laços com o produtor. Seu nome será tirado dos futuros lançamentos do estúdio e o contrato de financiamento não será renovado. Por isso, Gadot diz que “a decisão já estava tomada” antes que ela ou outros integrantes do filme pudessem pensar em dar um ultimato. Além disso, o acordo original de financiamento com a RatPac estende-se apenas até 2018 e já deixaria “Mulher-Maravilha 2” de fora, tendo em vista a data de estreia em novembro de 2019. A maior dificuldade da Warner será tirar as digitais de Ratner de “Tomb Raider”, que já foi filmado. Veja o vídeo da entrevista abaixo. O esclarecimento sobre Ratner é a última pergunta feita pela apresentadora Savannah Guthrie.
Gal Gadot teria condicionado sua participação em Mulher-Maravilha 2 à saída de Brett Ratner da produção
A estrela da “Mulher Maravilha”, Gal Gadot, estaria condicionando sua participação na continuação do filme à saída de Brett Ratner da produção. Não apenas nominalmente, mas também financeiramente. A afirmação é do site de celebridades Page Six, que pertence ao jornal New York Post. Uma fonte do site afirmou que a atriz não quer que “Mulher-Maravilha” seja associado a “um homem acusado de má conduta sexual”. “Gadot está dizendo que não vai participar da sequência, a menos que a Warner Bros. compre a participação de Brett [de seu acordo de financiamento] e se livre dele”. Gadot já tinha evitado participar de um evento em homenagem a Ratner, na véspera da publicação da denúncia do Los Angeles Times, em que ele foi acusado de abuso sexual. Entre as mulheres que o denunciaram estão as atrizes Natasha Henstridge (“A Experiência”) e Olivia Munn (“X-Men: Apocalipse”). Ela tinha sido escolhida para fazer uma homenagem a Ratner, porque sua empresa de produção, RatPac-Dune Entertainment, ajudou a produzir “Mulher-Maravilha”, como parte de seu acordo de co-financiamento com a Warner Bros. Tanto que, no lugar da atriz, a diretora de “Mulher-Maravilha”, Patty Jenkins, prestou a homenagem – poucos dias antes do escândalo estourar. Ratner virou sócio da Warner após fundar a produtora RatPac com o milionário James Packer, ex-noivo de Mariah Carey, em 2012. Após se fundir com a Dune Entertainment, a empresa foi rebatizada de RatPack-Dune Entertaiment e ajudou a financiar os sucessos de “Gravidade” (2013), “Uma Aventura Lego” (2014), “Sniper Americano” (2014), “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015), “O Regresso” (2015) e até… “Batman vs Superman: A Origem da Justiça” (2016). Graças a este relacionamento bem-sucedido, Ratner tinha um escritório de luxo no set da Warner, que antigamente era usado por Frank Sinatra. A fonte acrescentou que Gadot “sabe que a melhor maneira de derrotar pessoas poderosas como Brett Ratner está na carteira. Ela também sabe que a Warner Bros. tem que tomar partido nessa questão. Eles não podem fazer um filme enraizado no empoderamento feminino com financiamento de um homem acusado de má conduta sexual contra as mulheres”. Na verdade, já um movimento nesse sentido. Na semana passada, o estúdio anunciou que estava cortando os laços com Ratner. Após as várias alegações de assédio sexual, seu nome será tirado dos futuros lançamentos do estúdio coproduzidos pela RatPack-Dune – entre eles, os esperados “Liga da Justiça” e “Tomb Raider”. Para remediar o estrago, o próprio produtor emitiu uma nota dizendo que a iniciativa de se afastar da Warner tinha sido sua. Em comunicado sucinto, ele afirmou: “Tendo em vista as alegações feitas, eu escolho pessoalmente me afastar de todas as atividades relacionadas à Warner Bros. Não quero trazer impactos negativos ao estúdio até que estas questões pessoais sejam resolvidas”. No início deste mês, Gadot postou no Instagram: “O assedio e o assédio sexual são inaceitáveis! Estou ao lado de todas as mulheres corajosas que enfrentam seus medos e denunciaram. Estamos todas unidas neste momento de mudança”. O Page Six buscou confirmar a informação junto com Gadot e Ratner, mas eles não comentaram. Já um representante da Warner Bros. disse apenas: “Falso”.
Brett Ratner se afasta das produções da Warner após acusações de abuso sexual
O diretor Brett Ratner, responsável pela franquia “A Hora do Rush” e por “X-Men: O Confronto Final” (2006), anunciou o seu afastamento da Warner Bros. após diversas alegações de abuso. Em comunicado sucinto, ele afirmou: “Tendo em vista as alegações feitas, eu escolho pessoalmente me afastar de todas as atividades relacionadas à Warner Bros. Não quero trazer impactos negativos ao estúdio até que estas questões pessoais sejam resolvidas”. Ratner foi acusado de abuso sexual por seis mulheres, entre elas as atrizes Olivia Munn (“X-Men: Apocalipse”) e Natasha Henstridge (“A Experiência”). Poucas horas após a publicação da reportagem, a Warner emitiu seu próprio comunicado, afirmando que “estava ciente das alegações” e “ponderando a situação”. A relação de Ratner com a Warner se deve a seu sucesso como produtor. Em 2012, ele fundou a produtora RatPac com o milionário James Packer, ex-noivo de Mariah Carey. Após se fundir com a Dune Entertainment, a empresa foi rebatizada de RatPack-Dune Entertaiment e fechou uma parceria com a Warner Bros, originando os sucessos de “Gravidade” (2013), “Uma Aventura Lego” (2014), “Sniper Americano” (2014), “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015), “O Regresso” (2015) e até… “Batman vs Superman: A Origem da Justiça” (2016). Graças a este relacionamento bem-sucedido, Ratner tinha um escritório de luxo no set da Warner, que antigamente era usado por Frank Sinatra. Com a confirmação de seu afastamento, ele não vai poder mais utilizá-lo e seu nome será tirado dos futuros lançamentos da Warner, com produção da RatPack-Dune – entre eles, os esperados “Liga da Justiça” e “Tomb Raider”. O último filme de Ratner como diretor foi “Hércules” (2014) e ele pretendia filmar a cinebiografia de Hugh Hefner, o fundador da Playboy. Apesar de Jared Leto ter sido cogitado como protagonista, após as alegações o projeto foi suspenso e Leto negou seu envolvimento.
Jared Leto vai viver Hugh Hefner em cinebiografia do criador da Playboy
O ator Jared Leto (“Blade Runner 2049”) vai estrelar a cinebiografia de Hugh Hefner, que já estava sendo desenvolvida pelo cineasta Brett Ratner (“X-Men: O Conflito Final”) antes da morte do criador da revista Playboy. “Jared é um velho amigo”, contou Ratner à revista The Hollywood Reporter. “Quando ele ouviu que tinha direitos sobre a história de Hef, ele me disse: ‘Eu quero interpretá-lo. Eu quero entendê-lo’. E eu realmente acredito que Jared pode fazê-lo. Ele é um dos grandes atores atuais”. O projeto está em desenvolvimento inicial na produtora RatPac Entertainment de Ratner. O diretor vem trabalhando no projeto desde 2007, quando os direitos estavam com a Imagine Entertainment e a Universal Pictures, e o longa seria estrelado por Robert Downey Jr. (“Homem de Ferro”). Quando os direitos dos estúdios originais expiraram, eles foram comprados pelo produtor Jerry Weintraub (“Onze Homens e um Segredo”) e o projeto passou a Warner Bros, sem a garantida de que Ratner dirigiria o filme. Mas depois que Weintraub morreu em 2015, o diretor foi atrás dos direitos e os comprou para sua própria empresa. Nos últimos anos, Ratner deixou a direção de lado para se dedicar mais à produção. Sua RatPac Entertainment é responsável, entre outros sucessos, pelo premiado “O Regresso”, vencedor de três Oscars em 2016. Em abril deste ano, Ratner convidou Leto para visitar a Mansão Playboy durante a première do documentário “American Playboy: The Hugh Hefner Story”, da Amazon, lançado durante o aniversário de 91 anos de Hefner. Hugh Hefner faleceu em 27 de setembro.




