Novo clipe de Emicida escancara racismo “não assumido” do Brasil
O rapper Emicida lançou o clipe de “Eminência Parda”, que transforma em imagens o preconceito racial “não assumido” pelas classes mais abastadas do país. O vídeo acompanha uma família negra de classe média, que decide celebrar a formatura da filha na faculdade. O pai escolhe um restaurante chique para a comemoração, mas, ao chegar, o quarteto recebe olhares de desaprovação dos demais clientes – todos brancos – , como se estivesse invadindo um espaço que não lhes pertence. Alheios ao que acontece à sua volta, eles continuam celebrando, enquanto as imagens revelam o inconsciente dos incomodados. Em vez de ver uma família feliz e bem-sucedida, a elite branca vê drogados, prostitutas, bandidos, favelados, serviçais, escravos e vítimas de chacina. É uma mensagem sem a menor sutileza, que escancara a divisão racial do Brasil, onde até o sucesso dos negros incomoda. Curiosamente, a letra não tem nada disso. Fala em escapar da morte, sobrevivência, violência e orgulho negro, com críticas mais metafóricas ao racismo – contendo ainda versos de Jé Santiago e Papillon. Mas Emicida também é autor do roteiro do clipe, que foi dirigido por Leandro HBL (Leandro Lara), responsável pelo documentário “Favela on Blast” (2008) e por “Rodantes”, drama filmado há três anos que segue sem previsão de estreia. Após o lançamento do vídeo nesta quinta (9/5), Emicida usou as redes sociais para comentar o trabalho com fãs. E, ao responder uma pergunta sobre o final sangrento, ele resumiu a moral da história. “A partir do momento em que você encontra com uma família não branca, que tá fora do perfil do estereótipo que você espera pros lugares bacanas, os lugares bons da nossa sociedade, e você imagina que eles são todos aqueles estereótipos que passam pelo vídeo, você, mesmo que inconscientemente, vira cúmplice de um apertar do gatilho. É por isso que a gente tem uma verdadeira apatia quando vê várias tragédias acontecendo no nosso país, porque na mentalidade de várias pessoas a vida daquelas pessoas não importa. É isso que o final duro representa. Sacou?”
Retrospectiva: Os 50 melhores clipes nacionais de 2018
2018 foi o ano em que os clipes brasileiros mudaram de patamar com o envolvimento de muitos diretores de publicidade e cinema, fazendo com que até as produções de música indie atingissem uma qualidade muito acima da média de outras retrospectivas. Sejam do rock independente ou da nova MPB, os clipes brasileiros nunca tiveram uma qualidade tão uniforme, passando pelos mais diferentes ritmos. Claro que ninguém foi tão longe quanto Anitta, que deu a volta ao mundo só para gravar um clipe – e lançou pelo menos mais três vídeos fantásticos em 2018, embora apenas um tenha entrado na lista, para dar espaço a 50 artistas diferentes. Mas ela não foi a única a ter músicas transformadas em superproduções. Não faltam, entre as obras selecionadas, efeitos visuais cinematográficos e participações de astros famosos em dramatizações de impacto – com pelo menos uma estrela de cinema atrás também do microfone. Outro detalhe visível é o engajamento da maioria das produções, contra a intolerância e o racismo, e em defesa dos direitos LGBTQIA+ e do empoderamento feminino. Há retratos de trabalhadores e estudantes em seus cotidianos, e histórias de amor que acontecem longe dos cenários tradicionais das novelas da Globo. A diversidade chega a dar esperanças no futuro. Aperte o play para ver e ouvir, numa ordem definida por afinidade sonora, e confira os nomes dos artistas abaixo. 1 Baco Exu do Blues – Bluesman | 2 Criolo – Boca de Lobo | 3 Rincon Sapiência – Crime Bárbaro | 4 Àttooxxá – Caixa Postal | 5 Karol Conka & Sabotage – Cabeça de Nego | 6 Emicida & Fióti – Rap do Motoboy | 7 Iza – Dona de Mim | 8 Xenia França – Pra que me Chamas? | 9 Mawu – Chamamento | 10 Cordel do Fogo Encantado – Liberdade, a Filha do Vento | 11 Scalene – Esc (Caverna Digital) | 12 Molho Negro – O Jeito de Errar | 13 Canto Cego – Eu Não Sei Dizer | 14 The Mönic – Buda | 15 Marcelo Gross – Alô, Liguei | 15 Wasadog – I’m Willin’ | 16 Daniel Groove – Seu Amor | 18 Leela – YouTube Mine | 19 Letrux – Além de Cavalos | 20 Dani Vellocet – A Rainha e o Leão | 21 Gab – Not Yours | 22 André Cardinali – Contos de Fadas | 23 Marcelo Perdido – Tesoura sem Ponta | 24 Alaska – Vazio | 25 Lupa – Lunático | 26 Fresno – Convicção | 27 Isabel Lenza – Cinematográfico | 28 Verônica Ferriani – Amado Imortal | 29 Luiza Lian – Azul Moderno | 30 Ana Cañas – Eu Amo Você | 31 Baleia – Eu Estou Aqui | 32 Duda Beat – Bixinho | 33 Bel – Esse calor | 34 Alok, Zeeba & IRO – Ocean | 35 Pabllo Vittar – Indestrutível | 36 Prume – 606 On Fire | 37 Filipe Catto – Canção de Engate | 38 Cleo – Jungle Kid | 39 Teach Me Tiger – Drive | 40 Trago – A Ponte | 41 Plutão Já Foi Planeta – Estrondo | 42 Rubel – Colégio | 43 Tagua Tagua – Rastro de Pó | 44 Alex Sant’Anna – Insônia | 45 Leo Moraes – Incrível | 46 Fran Rosas – Relatividade | 47 Nana – Gato É Crime, Denuncie | 48 Francisco, El Hombre – Tá com Dólar, Tá com Deus | 49 Adriana Calcanhotto – O Cu do Mundo | 50 Anitta – Medicina
Baco Exu do Blues subverte expectativas com clipe-manifesto de hip-hop blueseiro
Para acompanhar “Bluesman”, um dos melhores álbuns brasileiros de 2018, o rapper Baco Exu do Blues liberou as primeiras imagens de seu manifesto de hip-hop blueseiro, um curta-metragem que reúne a faixa-título à trechos de “Preto e Prata” e “Queima Minha Pele”. Com direção de Douglas Ratzlaff Bernardt, o “clipe” é um épico de oito minutos, que subverte expectativas ao transformar a narrativa visual, de “negro correndo da polícia”, estilo “Cidade de Deus”, para um “jovem Basquiat”, artista correndo atrás de seu destino, estilo “Tudo Que Aprendemos Juntos”. Quem corre é o ator Kelson Succi (da série “1 Contra Todos”), deixando para trás um monte de preconceitos, ao manifestar em sua disparada a mensagem da letra. “Eles querem um preto com arma pra cima /Num clipe na favela gritando cocaína/ Querem que nossa pele seja a pele do crime/ Que Pantera Negra só seja um filme”. Entretanto, o protagonista do clipe é um jovem da classe média, atrasado para uma aula de música. Um jovem estudioso. “Eles têm medo pra c* de um próximo Obama”. Segundo disco de Baco Exu do Blues, “Bluesman” é o herdeiro de “Esú”, lançado no ano passado – e de Luis Melodia, o blueseiro que rima com brasileiro. Procure, ouça e queime na pele.
Legalize Já acerta praticamente tudo ao contar a gênese do Planet Hemp
É raro uma cinebiografia acertar a mão. Muitas tentam dar conta da vida completa do artista ou da pessoa em questão e acabam por tornar tanto a narrativa quanto o personagem rasos. Não é o caso de “Legalize Já – Amizade Nunca Morre”, dirigido por Johnny Araújo e Gustavo Bonafé, que faz um recorte destacando a amizade entre Marcelo D2 e Skunk, responsáveis pela criação de uma das bandas mais importantes do cenário brasileiro dos anos 1990, o Planet Hemp. Bastava estar vivo naquela década para lembrar o que o rolava nas rádios e nas televisões: era o boom do pagode e do axé. O surgimento das novas bandas da turma de 1994 foi crucial para dar uma oxigenada no rock daquele período, ainda que as bandas da década anterior ainda estivessem ativas e interessantes. Mas era preciso sangue novo e essa nova turma em geral soube lidar com a transgressão de maneira muito mais efetiva que a turma anterior. Colocar a legalização da maconha como principal bandeira por si só já foi um trunfo. Mas o Planet Hemp tinha também muito a oferecer no que se refere à qualidade de sua música. Uma coisa que muita gente não sabia era a importância de Skunk para a criação do conceito da banda. Marcelo não acreditava em si mesmo, embora as letras tenham partido dele desde o começo. Skunk, soropositivo, tentou lidar com a doença até onde deu. Na época, os coquetéis para combater o avanço do HIV eram muito desconfortáveis e tinham efeitos colaterais desagradáveis. “Legalize Já” ganhou o subtítulo “Amizade Nunca Morre” justamente por focar mais na amizade da dupla do que na criação musical. As linhas paralelas das vidas de Marcelo, camelô que vendia camisetas de banda de rock na rua, e Skunk, que morava com um amigo argentino dono de bar e de uma espécie de mini-estúdio caseiro, cruzam-se em um momento em que o rapa aparece para desmontar as bancas de alguns vendedores de rua. Chega a ser tocante ver a aproximação e a ótima química entre os dois, com Skunk sempre sendo o cara que motiva Marcelo a acreditar em si, em pensar grande com a ideia de montar uma das melhores bandas de rock do país. Apesar de haver aspectos dramáticos muito fortes, devido às situações nada fáceis da vida de ambos, o filme tem uma pegada leve, com cenas bem divertidas. E há também momentos musicais, que são de arrepiar. O que dizer da primeira vez em que ouvimos “Phunky Bhuda”? O que é aquele riff de guitarra, aquela energia? Vale destacar aqui as excelentes performances dos atores. Tanto Renato Góes (“Pequeno Dicionário Amoroso 2”) como Marcelo D2 quanto Ícaro Silva (“Sob Pressão”) como Skunk estão ótimos. Principalmente o segundo, que exala um carisma impressionante. E também a evolução do diretor Johnny Araújo, que filma rock desde sua estreia, “O Magnata” (2007), com roteiro de Chorão e participação do Marcelo Nova, e seguiu firme no tema com “Depois de Tudo” (2015), uma espécie de ode à canção “Soldados”, da Legião Urbana. “Legalize Já” é poesia urbana que, em vez de rimas, usa imagens.
Emicida e Fióti lançam clipe do Rap do Motoboy com participações de motoboys de verdade
A parceria de Emicida e Fióti, “Rap do Motoboy”, ganhou um clipe rodado nas ruas de São Paulo. E rodado literalmente, com duas rodas girando sem parar, pois o vídeo acompanha a rotina de motoboys – e motogirls – de verdade. A abertura já dá o tom, com depoimentos dos “figurantes” do trânsito paulistano, registrados em estilo de documentário. Seguem-se cenas de aceleração em espaço reduzido, para driblar os congestionamentos e cumprir o trabalho cotidiano, compiladas enquanto os cantores rimam em outros closes pela cidade. Tudo muito bem fotografado sob a direção de Fred Ouro Preto (sobrinho do cantor do Capital Inicial), que tem assinado os trabalhos mais recentes de Emicida. Vale apontar um detalhe: não é coincidência que todos os motoboys tenham o mesmo uniforme vermelho com o logotipo do aplicativo iFood – e da produtora do clipe, Laboratório Fantasma Produções. Neste caso, a publicidade não é tão explícita e está alinhada ao tema, além de oferecer uma unidade visual à produção. Não é como se Emicida pegasse um sorvete aleatório e exibisse o rótulo para a câmera com um sorriso canastrão, feito outros artistas.
Brasil sofre destruição apocalíptica no novo clipe de Criolo, candidato a melhor do ano
O rapper Criolo divulgou o clipe de “Boca do Lobo”. E sem exagero dá para dizer que é candidato a melhor clipe do ano. É uma loucura, que combina cenas reais da destruição do Brasil com efeitos surreais de sci-fi apocalíptica, em que mutações gigantes se encarregam de exterminar os últimos sobreviventes. São muitas citações à realidade nacional, do incêndio do Museu Nacional, no Rio, à tragédia da barragem de Mariana, em Minas Gerais, com imagens chocantes de corrupção explícita e da violência policial cotiana contra a população negra pobre do país. Além do corpo estendido no chão e do menor cheio de hematomas, também estão lá a falência do sistema de saúde, o avanço dos incêndios no centro de São Paulo, as correrias dos protestos reprimidos à bombas de gás, o blackout da crise energética, a multiplicação das pestes urbanas, com ratos gigantes surgindo de obras abandonadas do metrô paulistano e mosquitos transmitindo novas epidemias em série, em meio ao lixão que se tornaram as grandes cidades brasileiras. “É que a industria da desgraça pro governo é um bom negócio/ Vende mais remédio, vende mais consórcio/ Vende até a mãe, dependendo do negócio”, comenta a letra certeira, à queima-roupa. Óbvio que a imagem final, do morcego voando em Brasília, é uma metáfora para o presidente vampiro. Mas todos os atores políticos, da extrema direita à extrema esquerda, compactuam para criar este retrato apocalíptico, fruto da corrupção extrema sem ideologia, que se materializa na obra sombria-expressionista dirigida por Denis Kamioka, profissionalmente conhecido como Denis Cisma. Diretor de comerciais internacionais, ele já tinha feito dois clipes futuristas para Criolo há quatro anos, “Duas de Cinco” + “Cóccix-ência”. E este novo trabalho é mais apocalíptico que o próximo projeto “Cloverfield”, do produtor hollywoodiano J.J. Abrams.
Legalize Já: Filme sobre a história da banda Planet Hemp ganha primeiro trailer
A Imagem Filmes divulgou o pôster, fotos e o primeiro trailer de “Legalize Já – Amizade Nunca Morre”, que narra a história do Planet Hemp por meio da amizade entre os formadores da banda, Marcelo D2 (Renato Góes) e o falecido rapper Skunk (Ícaro Silva). A prévia supera expectativas e até o título genérico-preguiçoso com hífen, mostrando o encontro dos músicos e as dificuldades da vida de D2 – expulso de casa, sem dinheiro e com a namorada grávida – antes de formarem a banda que se tornaria a mais famosa do Brasil nos anos 1990, ao juntar rock, funk, rap e defender abertamente a legalização da maconha. O filme, porém, não tem final feliz. Logo depois da gravação da primeira demo, Skunk morreu de complicações decorrentes da Aids. Marcelo D2 participou ativamente da produção desde o início do projeto, que durou nove anos. Ele é um dos responsáveis pela trilha sonora do longa, já premiado na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro. Dirigido por Johnny Araújo e Gustavo Bonafé, que antes fizeram a comédia de boy band da meia-idade “Chocante” (2017), o longa destaca em seu elenco Renato Góes (“Pequeno Dicionário Amoroso 2”) como D2, Ícaro Silva (“Sob Pressão”) como Skunk, além de Ernesto Alterio (“Infância Clandestina”), Marina Provenzzano (“A Frente Fria que a Chuva Traz”), Stepan Nercessian (“Os Penetras”) e Rafaela Mandelli (“O Negócio”). A estreia está marcada para o dia 18 de outubro.
Rincon Sapiência lança um dos melhores clipes do ano
Rincon Sapiência lançou um de seus melhores clipes, “Crime Bárbaro”, que, pela sincronicidade, tem rendido comparações com “This is America”, de Donald Glover/Childish Gambino, em sua página no YouTube. Em comum, os dois tem cenas desesperadas de perseguição, em que os rappers correm da polícia. Mas as concepções são completamente diferentes. O clipe americano integra o cenário – um estúdio vazio, que se revela um galpão enorme – de forma teatral na trama, enquanto o brasileiro não tem cenário algum. “Crime Bárbaro” é um clipe de cenário virtual, um buraco negro escuro, do qual Rincon corre sangrando, com a polícia no seu encalço. O ótimo trabalho do diretor Nixon Freire, com experiência em publicidade, faz uso de computação para criar ilusão de espaço, tempo, clima – com direito a chuva. Nisso, lembra a violência estilizada de “Sin City”. A correria sem fim complementa a letra – “Canela fina é pra correr! Se me pegarem vai doer!” – , mas também é uma metáfora crítica, capaz de juntar a alusão lírica ao Senhor do Engenho da época da escravidão à materialização da figura do capitão do mato dos dias de hoje, fardado como agente da lei. Vai pra lista de fim de ano com os melhores clipes de 2018.
Vida de Emicida vai virar filme do produtor de Me Chame pelo Seu Nome
A vida do rapper Emicida vai virar filme. E com produção de Rodrigo Teixeira, o produtor brasileiro por trás de sucessos marcantes do cinema indie americano, como “A Bruxa”, “Frances Ha” e o drama indicado ao Oscar 2018 “Me Chame pelo Seu Nome”. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o projeto está sendo escrito pelo próprio Emicida, que ainda deverá estrelar a produção, interpretando a si mesmo. A direção está a cargo de Aly Muritiba (“Para Minha Amada Morta”), que também divide o roteiro com Emicida, a roteirista Jessica Candal (com quem Muritiba trabalhou em “Ferrugem”) e o escritor Toni C., ligado à cena hip-hop. As primeiras reuniões entre o rapper e o produtor foram em abril do ano passado. As negociações chegaram até o Natal, quando o contrato para a produção foi assinado na casa de Teixeira. O filme vai se concentrar nos primeiros anos da carreira do rapper e marcará a segunda cinebiografia de músico brasileiro da carreira de Teixeira, após “Tim Maia”. Mas ele também produziu, nos EUA, “Patty Cake$”, sobre uma aspirante a rapper. A expectativa é que o roteiro final esteja pronto até o final do mês, para rodar o filme entre novembro e janeiro. A estreia vai acontecer em 2019.
Emicida canta cover de Charlie Brown Jr. em vídeo extraído de DVD ao vivo
O rapper Emicida lançou em seu canal do YouTube um vídeo extraído de seu futuro DVD ao vivo. Trata-se de “Como Tudo Deve Ser”, um cover de Charlie Brown Jr., dedicado ao cantor Chorão, falecido em 2013. A gravação registra um show de Emicida realizado em novembro, no Dia da Consciência Negra, na Audio em São Paulo. Todo o show foi gravado para lançamento em DVD, num registro comemorativo dos “10 Anos de Triunfo” – título da obra, que tem duplo sentido, já que trata da primeira década desde o lançamento do primeiro single, “Triunfo”, em 2008, como também do sucesso da carreira do rapper paulista. “Como Tudo Deve Ser” é o segundo clipe extraído do show. Anteriormente, Emicida liberou “Levanta e Anda”, com participação de Rael. Além dele, o show contou com diversos convidados – Caetano Veloso, Pitty, Karol Conka, Rashid, Guimê, entre outros A direção musical é de Dudu Marote e a direção do DVD de Fred Ouro Preto. O lançamento está previsto para abril.
Trilha de Pantera Negra lidera as paradas de sucesso dos Estados Unidos
Depois de dominar as bilheterias dos cinemas, “Pantera Negra” também conquistou as paradas de sucesso dos Estados Unidos. O disco “Black Panther: The Album”, trilha sonora produzida por Kendrick Lamar, foi o mais vendido da semana, com o equivalente a 154 mil unidades comercializadas – das quais 52 mil foram vendas físicas. A quantia marca o maior vendagem de estreia de uma trilha sonora em mais de um ano e meio, desde que o álbum de “Esquadrão Suicida” (2016) vendeu 182 mil cópias. O levantamento dos dados foi da empresa de pesquisa Nielsen. A parada oficial da revista Billboard, que é o principal parâmetro da indústria fonográfica, só será publicada na quarta-feira (21/1). “Black Panther: The Album” traz músicas inéditas de Lamar, com participações de SZA, Khalid, Future, The Weeknd e outros. O disco foi lançado em 9 de fevereiro.
Novo rap da trilha de Pantera Negra ganha clipe
Mais uma música do disco da trilha de “Pantera Negra” ganhou clipe. “King’s Dead” se beneficia da forma como Jay Rock, Kendrick Lamar e Future transformam a melodia com raps de características distintas, numa progressão de rimas contrastantes, apesar de alinhadas sobre a mesma batida persistente. O cantor James Blake também participa da composição, mas não aparece no vídeo dirigido pela dupla Dave Free (the little homies) e Jack Begert – que já trabalhou em vídeos anteriores de Kendrick Lamar, o responsável pela curadoria da trilha sonora. O ponto alto traz Lamar cantando num cruzamento, enquanto veículos passam tirando fininho de seu corpo (um efeito visual sem risco real). Mas também há pontos altos literais, com rappers no topo de palmeiras e no terraço de arranha-céus, além de cenas tão distintas quanto rap no mercado de ações e uma negociação resolvida à bala no mercado de drogas. “King’s Dead” é o segundo clipe extraído do disco da trilha, após “All the Stars”, de Kendrick Lamar e SZA. As músicas do disco produzido por Lamar não fazem, necessariamente, parte do filme. Foram inspiradas pela produção, cuja trilha oficial foi, na verdade, composta pelo sueco Ludwig Göransson, parceiro do diretor Ryan Coogler em todos os seus três longa-metragens – além de produtor de Childish Gambino, o projeto de rap do ator Donald Glover (série “Atlanta”).











