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    Retrospectiva | Os 15 melhores filmes brasileiros de 2023

    31 de dezembro de 2023 /

    O cinema brasileiro sofreu com a falta de regulamentação de cotas em 2023. A maioria dos lançamentos ficou só uma semana em cartaz e até as maiores bilheterias viram o número de salas desabar após a estreia. Mas se alguns dos melhores filmes foram pouco vistos, não faltaram produções de qualidade, premiadas em festivais nacionais e internacionais. O listão destaca thrillers de ação, dramas politizados, documentários e cinebiografias.   PEDÁGIO   Com apenas dois longas, a brasileira Carolina Markowicz já é uma diretora reconhecida no circuito internacional. Seu primeiro longa-metragem, “Carvão”, foi selecionado para festivais renomados como Toronto e San Sebastián, estabelecendo sua reputação como uma cineasta inovadora e corajosa, e “Pedágio” repetiu a dose, inclusive com direito a prêmio, o Tribute Award, no Festival de Toronto como talento emergente. A obra emerge como um poderoso drama repleto de angústia e embate familiar, centrado em Suellen, uma cobradora de pedágio na estrada de Cubatão, que busca fazer dinheiro para financiar a participação de seu filho, Tiquinho, em uma controversa terapia de “cura gay”. O elenco, liderado por Maeve Jinkings (“Os Outros”), traz uma performance notável, capturando a essência de uma mãe dilacerada pelo conflito entre o amor pelo filho e as pressões sociais. O novato Kauan Alvarenga (que trabalhou no curta “O Órfão”, da diretora), por outro lado, dá vida a Tiquinho com uma mistura de vulnerabilidade e força, representando a juventude LGBTQIAP+ que luta por aceitação e amor em uma sociedade hostil, dominada por dogmas religiosos. “Pedágio” se destaca também por sua abordagem técnica, com cenários que refletem a solidão dos personagens e uma trilha sonora que aprimora a experiência emocional do filme. O elenco ainda inclui Thomás Aquino (também de “Os Outros”), Aline Marta Maia (“Carvão”) e Isac Graça (da série portuguesa “Três Mulheres”).   O SEQUESTRO DO VOO 375   O filme de ação dirigido por Marcus Baldini (“Bruna Surfistinha”) é baseado em um caso real ocorrido no Brasil durante a década de 1980, marcada por instabilidades econômicas e políticas. A trama gira em torno de Nonato (interpretado por Jorge Paz), um homem humilde do Maranhão frustrado com a falta de oportunidades e decepcionado com as promessas políticas não cumpridas. Em um ato de desespero, Nonato decide sequestrar um avião e jogá-lo contra o Palácio do Planalto, em Brasília, com o objetivo de assassinar o presidente José Sarney. O filme retrata a jornada de Nonato, sua determinação em cumprir a ameaça nos céus e o embate com o comandante Murilo (vivido por Danilo Grangheia), que se destaca na trama por suas habilidades de pilotagem e ações heroicas para salvar os passageiros. As cenas se desenrolam principalmente dentro do espaço claustrofóbico do antigo avião da VASP, mantendo a tensão durante toda a narrativa. A cinematografia e a direção habilmente capturam a emoção e o desespero dos personagens, alternando entre as expressões de Nonato, o comandante Murilo e os passageiros ansiosos. Apesar de alguns momentos em que os efeitos especiais evidenciam se tratar de uma produção brasileira (isto é, sem orçamento hollywoodiano), o filme mantém o espectador engajado com a história e a ação. A abordagem de Baldini faz mais que resgatar um dos momentos mais dramáticos da aviação brasileira, que, apesar de sua magnitude, permaneceu relativamente desconhecido do grande público. A obra também oferece uma narrativa profunda e humana por meio da interação entre os personagens principais, Nonato e Murilo, mostrando o potencial do cinema brasileiro para produzir obras dramáticas com suspense de alta qualidade.   NOITES ALIENÍGENAS   O grande vencedor do Festival de Gramado de 2022 traz um tema bastante atual: o impacto das facções criminosas na Amazônia, ameaçando a vida local. A trama se passa na periferia de Rio Branco, Acre, onde as vidas de três jovens amigos de infância se entrelaçam e, por fim, encontram-se em uma tragédia comum, em uma sociedade em transformação e impactada de forma violenta com a chegada do crime organizado na região. O longa de estreia de Sérgio de Carvalho (da série “O Olhar que Vem de Dentro”) venceu seis Kikitos em Gramado, incluindo Melhor Filme e três troféus de atuação, divididos entre Gabriel Knoxx (Melhor Ator), Chico Diaz (Melhor Ator Coadjuvante) e Joana Gatis (Melhor Atriz Coadjuvante), além de uma Menção Honrosa para Adanilo Reis (“Segunda Chamada”).   MEDUSA   O premiado filme de Anita Rocha da Silveira (“Mate-Me por Favor”) venceu o Festival de Rio e conquistou troféus em festivais internacionais importantes como San Sebastián, Sitges e Raindance. Num paralelo com a punição de Medusa pela deusa Atena, por não ser mais pura, a trama acompanha a jovem Mariana (Mari Oliveira, também de “Mate-Me por Favor”) numa cidade onde deve se esforçar ao máximo para manter a aparência de que é uma mulher perfeita. Para não cair em tentação, ela e suas amigas tentam controlar tudo e todas à sua volta. Num clima dominado pelo conservadorismo, a gangue de meninas “cristãs” assume para si a tarefa de punir as devassas, que fazem sexo fora do casamento, levando terror às ruas. O registro em tom de fábula neon do neoconservadorismo brasileiro conta com grande elenco global, incluindo Lara Tremouroux (“Rota 66: A Polícia que Mata”), Joana Medeiros (“Tropa de Elite”), Felipe Frazão (“Todxs Nós”), Bruna Linzmeyer (“O Grande Circo Místico”), Thiago Fragoso (“Travessia”) e João Oliveira (“Malhação”).   TIA VIRGINIA   O segundo longa de Fabio Meira (“As Duas Irenes”) venceu oito troféus no Festival de Gramado de 2023, incluindo o prêmio da Crítica e o de Melhor Atriz para Vera Holtz, que interpreta a personagem-título. A Tia Virgínia é uma senhora que, por não seguir os caminhos tradicionais de casamento e maternidade, assumiu o cuidado da mãe enferma. Sua rotina pacata é interrompida na véspera de Natal pela chegada de suas irmãs Vanda e Valquíria, interpretadas respectivamente por Arlete Salles e Louise Cardoso, além de familiares (Antônio Pitanga e outros), que se reúnem para festejar, mas desencadeiam uma série de conflitos e ressentimentos. Toda a história se desenrola num único dia, marcado pelos confrontos, tanto físicos quanto verbais, que destacam a disfuncionalidade da família e a maneira como essas relações moldaram a personagem principal. A casa, cheia de objetos e decorações que remetem a um passado que já não existe, simboliza o estado mental de Virgínia, que se recusa a aceitar o declínio de sua mãe e a realidade de sua situação​​. Para complicar, a casa e os pertences da matriarca são pontos de interesse para as irmãs, embora Virginia acredite que tenha mais direito por ter aberto mão da liberdade e de sonhos não realizados. A direção de arte premiada de Ana Mara Abreu confere à casa uma presença quase anímica, enriquecendo o cenário onde os dramas familiares se desenrolam. O roteiro premiado de Fabio Meira aborda de maneira sensível e crítica uma realidade comum na sociedade: o papel culturalmente imposto às mulheres como cuidadoras primárias no âmbito familiar, muitas vezes em detrimento de suas próprias vidas e aspirações. Virgínia reflete a figura de inúmeras mulheres que assumem a responsabilidade pelo cuidado de parentes enfermos ou idosos, um papel que frequentemente é esperado delas devido a normas de gênero enraizadas. Este aspecto do filme ressoa profundamente, evidenciando não só a dedicação e sacrifício da protagonista, mas também a complexidade e o peso emocional que acompanham essa escolha muitas vezes imposta, não escolhida. O filme também dá a Vera Holtz o melhor papel de sua carreira. Reconhecida por sua versatilidade e profundidade emocional em papéis anteriores, a atriz encarna a personagem-título com uma entrega que transita entre a força e a delicadeza, marcada por nuances que evidenciam não apenas o peso da responsabilidade que carrega como cuidadora, mas também suas camadas mais íntimas de frustração, amor e resiliência.   NOSSO SONHO   Maior bilheteria nacional do ano, o filme biográfico narra a história de Claudinho e Buchecha, interpretados pelos atores Lucas Penteado (“BBB 21”) e Juan Paiva (“Um Lugar ao Sol”). A produção conta como uma amizade de infância se tornou icônica, apresentando os desafios pessoais de Claudinho (Penteado) e Buchecha (Paiva), dos bastidores da fama às dificuldades enfrentadas rumo ao sucesso, antes do final trágico da dupla, com a morte de Claudinho num acidente de trânsito em 2001. A história é contada sob visão de Buchecha, que insistiu para que Claudinho aceitasse formar uma dupla. O destino dos artistas começa a ser traçado quando sua primeira música toca numa rádio local e eles assinam contrato nos anos 1990. A história dirigida por Eduardo Albergaria (“Happy Hour”) ainda é marcada por hits que marcaram época, como “Só Love”, “Coisa de Cinema” e a homônima “Nosso Sonho”, que embalam a trama. O elenco também conta com Tatiana Tiburcio (“Terra e Paixão”), Nando Cunha (“Os Suburbanos”), Clara Moneke (“Vai na Fé”), Antônio Pitanga (“Amor Perfeito”) e Isabela Garcia (“Anos Dourados”) entre outros. Há algumas simplificações narrativas, mas “Bohemian Rhapsody” cometeu os mesmos pecados. “Nosso Sonho” ainda compartilha os mesmos acertos do filme sobre Freddie Mercury, ao enfatizar a emoção de seus personagens, que de forma catártica também emociona o público.   PROPRIEDADE   Suspense em um contexto de tensão social, o filme brasileiro acompanha Teresa (interpretada por Malu Galli, de “Desalma”), cuja vida se transforma após um assalto traumático. Buscando tranquilidade, seu marido a leva para a fazenda da família em um carro blindado. Lá, eles enfrentam uma revolta dos trabalhadores, que reagem à perda iminente de seus empregos. A situação se agrava quando Teresa fica isolada dentro do veículo blindado, enquanto os trabalhadores protestam contra a decisão de transformar a fazenda em um resort. O início do filme, marcado por uma cena violenta gravada em vídeo de celular, estabelece o tom e aprofunda o trauma de Teresa. Este evento define seu caráter e suas ações subsequentes. O diretor Daniel Bandeira (“Amigos de Risco”) explora a dinâmica entre a proprietária e os trabalhadores da fazenda, destacando a crescente desesperança e a espiral de violência. Os trabalhadores, embora retratados em sua maioria como um grupo enfurecido, também têm seus momentos de dor e aspirações por um futuro melhor. A produção é eficaz como um thriller de sobrevivência, criando cenas de tensão e desconforto, especialmente em torno do carro blindado, que se torna tanto um refúgio quanto uma prisão para Teresa. Mas também é um filme de gênero que desafia o espectador a contemplar as nuances da luta de classes e suas implicações em uma sociedade fragmentada.   CASA VAZIA   O drama gaúcho oferece uma visão diferente dos pampas, ao acompanhar a vida de Raúl, um peão desempregado e pai de família que vive em uma casa isolada na imensidão solitária dos campos do Rio Grande do Sul. Assolado pela pobreza e a falta de trabalho, ele se junta a outros peões para roubar gado durante a escuridão. Mas uma noite, ao retornar da atividade criminosa, encontra sua casa vazia: sua mulher e filhos desapareceram. Com uma narrativa marcada por silêncios e uma sensação de isolamento, o filme oferece uma reflexão sobre a incomunicabilidade masculina e a impossibilidade de exteriorizar sentimentos e afetos – com Raúl constantemente olhando de forma melancólica para o nada. A trama também aborda a questão latifundiária, mostrando Raúl vivendo os dois lados da disputa. Estudo de personagem, a obra mostra a relação do peão com o ambiente ao seu redor, sendo engolido pelas vastas terras gaúchas. E para apresentar o universo regional de maneira muito autêntica, o ator principal, Hugo Nogueira, é um morador da região, escolhido pelo diretor Giovani Borba (“Banca Forte”) para fazer sua estreia como ator. Nogueira acabou premiado no Festival de Gramado, assim como o roteiro e a fotografia do longa.   MUSSUM, O FILMIS   Vencedora do Festival de Gramado de 2023, a cinebiografia retrata a vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes (1941-1994), o eterno Mussum. A narrativa é segmentada em três fases da vida do humorista: infância, onde é vivido por Thawan Lucas (“Pixinguinha, Um Homem Carinhoso”), juventude, por Yuri Marçal (“Barba, Cabelo e Bigode”), e a fase de sucesso, por Aílton Graça (“Galeria do Futuro”). Dirigido por Sílvio...

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    Estreias | Aquaman, Beyoncé e os Três Mosqueteiros chegam aos cinemas

    21 de dezembro de 2023 /

    O lançamento de “Aquaman 2: O Reino Perdido” ocupa a maioria dos cinemas nesta semana, numa última tentativa de fazer os títulos da DC renderem nas bilheterias, antes do reboot completo previsto para 2025. O documentário da turnê de Beyoncé e a nova aventura dos Três Mosqueteiros completam a programação comercial, com exibição em cerca de 200 cinemas. Confira abaixo os detalhes destes filmes e das estreias em circuito limitado.   AQUAMAN 2: O REINO PERDIDO   A sequência de “Aquaman” (2018), maior sucesso da DC no cinema, representa um momento decisivo no cinema de super-heróis, marcando o fim do DCEU, o universo DC criado em torno da visão de Zack Snyder. Com Jason Momoa reprisando seu papel como Aquaman, a produção se afasta do que funcionou no primeiro filme para evocar produções clássicos de “animigos”, numa mistura de ação e humor. No centro da narrativa está a aliança entre Aquaman e seu meio-irmão Orm, interpretado por Patrick Wilson, inimigos declarados no primeiro filme, que se unem contra um terceiro inimigo comum: o Manta Negra, vivido por Yahya Abdul-Mateen II. Manta busca vingança, armado com um tridente místico e uma substância tóxica ameaçadora. Para impedi-lo, os irmãos embarcam numa jornada que desafia suas habilidades e convicções, enquanto tentam proteger não só Atlantis, mas também o mundo da superfície. O enredo também aborda aspectos familiares de Aquaman, incluindo seu papel como pai. O elenco é complementado por Temuera Morrison, Dolph Lundgren, Nicole Kidman, Amber Heard e Randall Park, mantendo uma continuidade com o filme anterior. Dirigido novamente por James Wan, o filme economizou no acabamento dos efeitos visuais, ao estrear em um momento de transição para a DC, com James Gunn e Peter Safran direcionando a franquia para um novo começo. Não por acaso, foca em uma narrativa própria, evitando referências diretas às tramas anteriores do universo DC – participações de dois Batman diferentes foram filmadas e abandonadas. Mesmo assim, não consegue evitar os sinais de esgotamento da fórmula tradicional. Lançado em um contexto de saturação do gênero de super-heróis, representa realmente o fim de uma era. Menos promovido que outros lançamentos de super-heróis e com baixa expectativa de sucesso, nem parece a continuação de um blockbuster de US$ 1,1 bilhão.   OS TRÊS MOSQUETEIROS: MILADY   Sequência do sucesso “Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan”, lançado há oito meses nos cinemas, a nova adaptação do diretor francês Martin Bourboulon transforma os personagens clássicos de Alexandre Dumas numa das franquias de ação mais empolgantes de 2023. A trama continua a ação diretamente do final dramático do primeiro filme, aprofundando-se nas aventuras dos famosos heróis de capa e espada, e de seus complexos antagonistas. Vilã da história, Eva Green (“O Lar das Crianças Peculiares”) brilha no papel de Milady, uma nobre astuta cuja habilidade para seduzir, lutar e conspirar a coloca no centro da trama. Enquanto D’Artagnan (François Civil) se enreda no charme de Milady, que causa caos e testa lealdades, os mosqueteiros Athos (Vincent Cassel), Porthos (Pio Marmaï) e Aramis (Romain Duris) são enviados para combater os protestantes em La Rochelle, sob ordens do Rei Luís XIII (Louis Garrel). A trama se desenrola em um cenário de guerra e estratégia, onde as alianças são tão voláteis quanto as espadas são afiadas. Com uma cinematografia que capta de forma magistral as paisagens rurais e os cenários de batalha da França do século 17, o filme consegue mesclar com habilidade os elementos de ação, drama e comédia, equilibrando lutas de espada com momentos de humor. O resultado é uma celebração do gênero de aventura como há muito não se via, proporcionando uma experiência cinematográfica à moda antiga, só que com o ritmo alucinante das produções mais modernas.   RENAISSANCE – UM FILME DE BEYONCÉ   Exploração cinematográfica do mais recente tour de Beyoncé Knowles-Carter, que não passou pelo Brasil, o documentário combina performances ao vivo com momentos intimistas dos bastidores. A turnê mundial, realizada de maio a outubro, destacou-se por transformar grandes estádios em espetáculos deslumbrantes de música e dança. A produção é focada no álbum “Renaissance” de 2022, um tributo à cultura das discotecas e sua capacidade de levar, especialmente as comunidades marginalizadas, a um estado de libertação. O filme, dirigido pela própria Beyoncé, oferece uma visão detalhada sobre a execução desse projeto visionário, prestando homenagem ao legado da cultura underground dançante. Na tela, Beyoncé exibe um leque de facetas artísticas, transitando entre deusa radiante e ícone queer, enquanto se mantém fiel à sua autenticidade. O documentário inclui o registro de seu 42º aniversário, com Diana Ross liderando uma serenata no palco, e explora a jornada de artista em busca da excelência absoluta, mostrando sua dedicação minuciosa aos detalhes. O filme vai além de um mero registro de concertos, apresentando ensaios com dançarinos, momentos familiares com Jay-Z e seus filhos, e visitas ao bairro de infância da cantora em Houston. A produção ainda ressalta a importância de cada membro da equipe, desde motoristas a estilistas, e revela detalhes sobre o palco e as inovações tecnológicas utilizadas na turnê. O conceito proporciona uma experiência imersiva, equilibrando íntimos momentos familiares com a grandiosidade dos shows de Beyoncé. Apresentando uma mistura de entrevistas, cenas de bastidores e performances, a obra revela a complexidade e o impacto humano por trás de uma das turnês mais notáveis da música pop atual.   A MENINA SILENCIOSA   Primeiro filme irlandês indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional, a produção é um drama de amadurecimento falado em gaélico irlandês, que capta a complexidade da infância e a luta por amor e aceitação. Passado na Irlanda rural dos anos 1980, o filme gira em torno de Cáit, uma menina de nove anos interpretada por Catherine Clinch. Vivendo em uma casa lotada onde é negligenciada pelos pais e irmãos, Cáit é enviada para morar com os parentes distantes de sua mãe, Eibhlín e Seán, em uma fazenda ainda mais isolada. Esta mudança de ambiente permite que a criança, antes retraída e esquecida, comece a florescer sob os cuidados atenciosos de Eibhlín, vivida por Carrie Crowley, e a aceitação gradual de Seán, interpretado por Andrew Bennett. Como indica o título, o primeiro longa de ficção do documentarista Colm Bairéad destaca-se por sua narrativa contida e sutil, onde as emoções são expressas mais por gestos e olhares do que por diálogos. Bairéad, que também é responsável pelo roteiro – adaptado da novela “Foster”, de Claire Keegan – , explora com habilidade a relação entre o silêncio e a comunicação, levando o espectador a compreender profundamente os personagens sem a necessidade de palavras explícitas. Além disso, a performance de Clinch, em seu primeiro papel no cinema, é notavelmente expressiva, transmitindo a jornada interior de Cáit com uma maturidade além de sua idade. A cinematografia, que captura a beleza do campo irlandês, complementa o retrato tocante da busca da protagonista por um lugar onde possa pertencer e ser amada, além de ilustrar como esse lugar pode afetar vidas.   PROPRIEDADE   Suspense em um contexto de tensão social, o filme brasileiro acompanha Teresa (interpretada por Malu Galli, de “Desalma”), cuja vida se transforma após um assalto traumático. Buscando tranquilidade, seu marido a leva para a fazenda da família em um carro blindado. Lá, eles enfrentam uma revolta dos trabalhadores, que reagem à perda iminente de seus empregos. A situação se agrava quando Teresa fica isolada dentro do veículo blindado, enquanto os trabalhadores se revoltam contra a decisão de transformar a fazenda em um resort. O início do filme, marcado por uma cena violenta gravada em vídeo de celular, estabelece o tom e aprofunda o trauma de Teresa. Este evento define seu caráter e suas ações subsequentes. O diretor Daniel Bandeira (“Amigos de Risco”) explora a dinâmica entre Teresa e os trabalhadores da fazenda, destacando a crescente desesperança e a espiral de violência. Os trabalhadores, embora retratados em sua maioria como um grupo enfurecido, também têm seus momentos de dor e aspirações por um futuro melhor. A produção é eficaz como um thriller de sobrevivência, criando cenas de tensão e desconforto, especialmente em torno do carro blindado, que se torna tanto um refúgio quanto uma prisão para Teresa. Entretanto, ao tentar equilibrar a narrativa com drama de classe, acaba oscilando entre os dois lados do conflito sem desenvolver completamente a complexidade moral proposta. Mesmo assim, é boa a intenção de Bandeira ao criar um filme de gênero que desafia o espectador a contemplar as nuances da luta de classes e suas implicações em uma sociedade fragmentada.

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    Propriedade: Drama brasileiro selecionado pelo Festival de Berlim, ganha trailer tenso

    17 de fevereiro de 2023 /

    “Propriedade”, uma das produções brasileiras selecionadas para o Festival de Berlim 2023, ganhou um trailer tenso que realça o conflito de classes no centro da trama. O filme conta a história de uma mulher, interpretada por Malu Galli (“Paraíso Perdido”), que se tranca num carro blindado para se proteger de uma rebelião formada pelo trabalhadores de sua fazenda. O longa é definido por seu realizadores como “um thriller que se utiliza das convenções de gênero para abordar a incomunicabilidade e a intolerância entre classes no Brasil”. Além de Malu Galli, o elenco ainda conta com as participações de Tavinho Teixeira (“Irmandade”), Edilson Silva (“Bacurau”), Sandro Guerra (“Divino Amor”) e Nivaldo Nascimento (“O Som ao Redor”). “Propriedade” ainda não tem dada de lançamento nos cinemas brasileiros. Confiar o trailer abaixo. Antes de estrear na Europa, o filme fez uma trajetória bem-sucedida em festivais do Brasil. “Propriedade” foi exibido na Mostra de Cinema de São Paulo, foi o filme de encerramento da 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes e ganhou os prêmios de Melhor Montagem no Festival do Rio e os troféus de Melhor Direção, Melhor Figurino, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte e Melhor Desenho de Som no Festival de Aruanda. O longa-metragem pernambucano, escrito e dirigido por Daniel Bandeira (“Amigos de Risco”), será exibido na quinta (23/2) na Mostra Panorama, a seção paralela mais prestigiada da Berlinale.

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    Conheça as produções brasileiras selecionadas para o Festival de Berlim

    23 de janeiro de 2023 /

    O Festival de Berlim, um dos eventos cinematográficos de maior prestígio no mundo, divulgou nesta quinta (23/1) os filmes selecionados para sua 73º edição. E o Brasil conquistou algum destaque na lista. Até o momento, dois longas e três curtas brasileiros já foram confirmados na programação do evento alemão, que acontece entre os dias 16 e 26 de fevereiro. O longa-metragem “O Estranho” fará sua estreia mundial na mostra Forum, que abre espaço para trabalhos ousados e que ofereçam novas linguagens cinematográficas. O principal cenário de “O Estranho” é o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. O terminal é retratado no filme pelo olhar dos trabalhadores do aeroporto. Quem conduz a narrativa de “O Estranho” é Alê, uma funcionária cuja história familiar se entrelaça com a construção do próprio aeroporto em terras que, no passado, pertenceram aos indígenas. Escrito e dirigido por Flora Dias e Juruna Mallon, o longa foi gravado no próprio aeroporto. Este é o segundo longa dirigido pela dupla, que antes realizaram “O Sol nos Meus Olhos”, de 2012. O filme é uma produção da Lira Cinematográfica e da Enquadramento Produções e os diretores definem o processo de criação da obra como “uma total imersão” no território de Guarulhos. Outro longa nacional revelado na seleção do Festival de Berlim é o longa-metragem pernambucano “Propriedade”, de Daniel Bandeira. O filme acompanha a revolta dos trabalhadores da fazenda de Tereza (Malu Galli), uma reclusa estilista, que se enclausura em seu carro blindado para se proteger do ataque de seus empregados. Estrelado pela atriz Malu Galli, o filme teve a sua estreia no Festival do Rio de 2022, onde recebeu boas avaliações da crítica, que o classificou como “incisivo e desafiador”. No último dia 13 de janeiro, o festival anunciou a seleção de curtas da mostra Berlinale Shorts. Entre as obras, figura o curta-metragem brasiliense “As Miçangas”. O filme é vencedor do Primeiro Edital de Produção da Cardume, streaming de curtas que desenvolve ações de fomento e desenvolvimento para cineastas brasileiros. Lançado no final de 2021, o Edital da Cardume recebeu centenas de inscrições e premiou o projeto gravado em Brasília no mesmo ano. Dirigido por Emanuel Lavor e Rafaela Camelo, o filme propõe uma reflexão sobre o aborto a partir da história de duas irmãs que viajam para que uma delas possa interromper uma gravidez não planejada. As personagens são interpretadas pelas atrizes Tícia Ferraz e Pâmela Germano. Os diretores afirmam que a intenção da obra não é só falar sobre como o aborto é comum e cotidiano na vida das mulheres, mas também refletir sobre culpa e fraternidade. O curta-metragem alagoano “Infantaria” entrou na mostra Generation 14Plus. O filme foi o grande vencedor do último Festival Curta Cinema, o que automaticamente o qualificou para disputar uma vaga no Oscar de 2023, mas acabou não figurando na shortlist publicada pela Academia. “Infantaria” acompanha a família de Joana, uma garota que se prepara para seu aniversário de 10 anos enquanto deseja entrar na puberdade. “Infantaria” já participou de festivais como Olhar de Cinema, Mostra de Cinema de Gostoso, Festival de Vitória, Mostra de Cinema de Gostoso e CineCeará, de onde saiu com três prêmios. Além disso, foi o grande vencedor da Mostra Sururu de Cinema Alagoano, onde arrematou 7 dos 10 prêmios oferecidos na mostra, incluindo os troféus de Melhor Filme concedidos pelo júri oficial, júri popular e crítica. Por último, o curta A Árvore (2023), de Ana Vaz, é uma co-produção entre Brasil e Espanha. O curta será exibido na mostra Forum Expanded. Definido por sua realizadora como um “filme-meditação em sequências de 30 segundos”, a obra rememora o pai do artista, ligando geografias, tempos, vivos e mortos “com uma espada de metal”. O Brasil ainda comparece na mostra Forum Special – que tem curadoria de Jacqueline Nsiah e Can Sungu – com a cópia restaurada de “A Rainha Diaba”, de Antonio Carlos da Fontoura, realizado e lançado em 1974, durante a ditadura militar. Protagonizado por Milton Gonçalves, esse clássico do cinema queer brasileiro conta a história do marginal Rainha Diaba, que controlava com mão de ferro o crime organizado da cidade. Para evitar que um de seus homens de frente caisse nas mãos da polícia, ele encarrega Catitu de inventar um bandido perigoso e entregá-lo à polícia no lugar do homem procurado. A história foi inspirada no criminoso real João Francisco dos Santos, conhecido como Madame Satã, e rendeu a Milton Gonçalves o troféu de Melhor Ator no Festival de Brasília. A restauração do longa foi realizada pela CinemaScópio e Cinelimite. Com Kristen Stewart presidindo o júri oficial, a seleção principal de Berlim também conta com filmes estrelados por Willem Dafoe e Sydney Sweeney, além de produções oriundas de diversas partes do mundo inteiro.

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    Festival de Berlim destaca seleção de filmes sobre conflitos na Ucrânia e no Irã

    23 de janeiro de 2023 /

    A organização do Festival de Berlim divulgou a lista dos títulos selecionados para sua edição de 2023, que contará com diversos filmes de temática política. O destaque fica por conta de “Superpower”, documentário dirigido por Sean Penn e Aaron Kaufmann sobre a invasão russa à Ucrânia. Selecionado para a Première Mundial no Festival, o documentário também teve a sua primeira imagem divulgada, em que Sean Penn aparece conversando com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. A todo, foram selecionados cinco documentários sobre a Ucrânia. Os outros são: “Iron Butterflies”, “Eastern Front”, “We Will Not Fade Away” e “In Ukraine”. Para completar, a relação ainda inclui o filme dramático “Do You Love Me?”, de Tonia Noyabrova, uma obra de ficção que aborda a temática da guerra e de questões políticas envolvendo o país europeu. O posicionamento político do festival será visível até no tradicional broche de lapela da Berlinale, que este ano mudou suas cores para o amarelo e azul. Segundo a organização do evento, a mudança nas cores é uma forma de “fornecer ampla visibilidade para a causa entre os participantes da Berlinale, convidados credenciados da indústria e convidados de filmes”. Além da invasão da Ucrânia, a programação do festival também dá bastante destaque para os protestos e conflitos políticos no Irã. Há igualmente vários documentários selecionados sobre essa temática, como “My Worst Enemy”, que conta com a atriz Zar Amir Ebrahimi (“Holy Spider”), e “And, Towards Happy Alleys”, que inclui entrevistas com o diretor dissidente Jafar Panahi (“Taxi Teerã”). E em uma demonstração de que a escolha foi proposital, o Festival de Berlim proibiu todas as empresas, jornalistas ou delegações cinematográficas com vínculos diretos com os governos iraniano ou russo de participarem do evento. A politização de Berlim acabou fazendo com que Hollywood tivesse pouco espaço na programação. Para se ter noção, os títulos mais “comerciais” do evento são o francês “The Plough”, novo filme de Philippe Garrel, o canadense “Infinity Pool”, de Brandon Cronenberg, e o alemão “Afire”, novo trabalho de Christian Petzold. Já o Brasil será representando, por enquanto, por dois longas: “Propriedade”, dirigido por Daniel Bandeira e selecionado para a mostra Panorama, e “O Estranho”, de Flora Dias e Juruna Mallon, que vai compor a seleção Fórum. A lista também inclui os curtas “As Miçangas”, de Emanuel Lavor e Rafaela Camelo, na mostra Berlin Shots, “A Árvore”, de Ana Vaz, na mostra Forum Expanded, e “Infantaria”, de Laís Santos Araújo, na mostra Generation, além da exibição do clássico “A Rainha Diaba” (1974), de Antônio Carlos Fontoura. O Festival de Berlim vai acontecer entre 16 e 26 de fevereiro, com a atriz americana Kristen Stewart à frente do júri internacional. Confira abaixo a lista completa dos selecionados. Noite de Abertura “She Came to Me”, direção: Rebecca Miller– Fora de competição Competição “20,000 Species of Bees”, direção: Estibaliz Urresola Solaguren (Espanhaaaa) “Afire”, direção: Christian Petzold “Bad Living”, direção: João Canijo “BlackBerry”, direção: Matt Johnson “Disco Boy, direção: Giacomo Abbruzzese “Ingeborg Bachmann – Journey into the Desert”, direção: Margarethe von Trotta “Limbo”, direção: Ivan Sen “Manodrome”, direção: John Trengove “Music”, direção: Angela Schanelec “On the Adamant”, direção: Nicolas Philibert “Past Lives”, direção: Celine Song “Someday We’ll Tell Each Other Everything”, direção: Emily Atef “Suzume”, direção: Makoto Shinkai “The Plough”, direção: Philippe Garrel “The Shadowless Tower”, direção: Zhang Lu “The Survival of Kindness”, direção: Rolf de Heer “Till the End of the Night”, direção: Christoph Hochhäusler “Tótem”, direção: Lila Avilés Especial Berlinale “Golda”, direção: Guy Nattiv “Infinity Pool”, direção: Brandon Cronenberg “Kill Boksoon”, direção: Byun Sung-hyun “Kiss the Future”, direção: Nenad Cicin-Sain “Loriot’s Great Cartoon Revue”, direção: Peter Geyer “Last Night of Amore”, direção: Andrea Di Stefano “#Manhole”, direção: Kazuyoshi Kumakiri “Massimo Troisi: Somebody Down There Likes Me”, direção: Mario Martone “Ming On Mad Fate”, direção: Soi Cheang “Seneca – On the Creation of Earthquakes”, direção: Robert Schwentke Première Mundial “Sun and Concrete”, direção: David Wnendt “Superpower”, direção: Sean Penn e Aaron Kaufman “Talk to Me”,direção: Danny Philippou e Michael Philippou “TÁR”, direção: Todd Field “Untitled Boris Becker Documentary”, direção: Alex Gibney Encontros “Absence”, direção: Wu Lang “Eastern Front”, direção: Vitaly Mansky e Yevhen Titarenko “Family Time”, direção: Tia Kouvo Finland “Here”, direção: Bas Devos “In the Blind Spot”, direção: Ayşe Polat “In Water”, direção: Hong Sangsoo “Living Bad”, direção: João Canijo “My Worst Enemy”, direção: Mehran Tamadon “Orlando, My Political Biography”, direção: Paul B. Preciado “Samsara”, direção: Lois Patiño “The Cage is Looking for a Bird”, direção: Malika Musaeva “The Echo”, direção: Tatiana Huezo “The Klezmer Project, direção: Leandro Koch e Paloma Schachmann “The Adults”, direção: Dustin Guy Defa “The Walls of Bergamo”, direção: Stefano Savona “White Plastic Sky”, direção: Tibor Bánóczki e Sarolta Szabó Panorama “After”, direção: Anthony Lapia “All the Colours of the World Are Between Black and White”, direção: Babatunde Apalowo “Ambush”, direção: Chhatrapal Ninawe “And, Towards Happy Alleys”, direção: Sreemoyee Singh “Do You Love Me?”, direção: Tonia Noyabrova “Drifter”, direção: Hannes Hirsch “Femme”, direção: Sam H. Freeman e Ng Choon Ping “Green Night”, direção: Han Shuai “Heroic”, direção: David Zonana “Joan Baez I Am A Noise”, direção: Karen O’Connor, Miri Navasky e Maeve O’Boyle “Kokomo City”, direção: D. Smith “Matria”, direção: Álvaro Gago “Midwives”, direção: Léa Fehner “Opponent”, direção: Milad Alami “Propriedade”, direção: Daniel Bandeira “Sira”, direção: Apolline Traoré “Sisi & I”, direção: Frauke Finsterwalder “Stams”, direção: Bernhard Braunstein “Transfariana”, direção: Joris Lachaise “The Beast in the Jungle”, direção: Patric Chiha “The Eternal Memory”, direção: Maite Alberdi “The Teachers’ Lounge”, direção: İlker Çatak “Under the Sky of Damascus”, direção: Heba Khaled, Talal Derki e Ali Wajeeh Geração “A Greyhound of a Girl”, direção: Enzo d’Alò “Almamula”, direção: Juan Sebastian Torales “And the King Said, What a Fantastic Machine”, direção: Axel Danielson e Maximilien Van Aertryck “Autobio-Pamphlet”, direção: Ashish Avinash Bende “Dancing Queen”, direção: Aurora Gossé “Deep Sea”, direção: Tian Xiaopeng “Delegation”, direção: Asaf Saban “Hummingbirds”, direção: Silvia Del Carmen Castaños e Estefanía “Beba” Contreras “I Woke Up With a Dream”, direção: Pablo Solarz “Kiddo”, direção: Zara Dwinger “Mimi (She – Hero)”, direção: Mira Fornay “Mutt”, direção: Vuk Lungulov-Klotz “Ramona”, direção: Victoria Linares Villegas “Sweet As”, direção: Jub Clerc “We Will Not Fade Away”, direção: Alisa Kovalenko “When Will It Be Again Like It Never Was Before”, direção: Sonja Heiss Fórum “About Thirty”, direção: Martín Shanly “A Golden Life”, direção: Boubacar Sangaré “Allensworth”, direção: James Benning “Anqa”, direção: Helin Çelik “Being in a Place – A Portrait of Margaret Tait”, direção: Luke Fowler “Between Revolutions”, direção: Vlad Petri “Calls from Moscow”, direção: Luís Alejandro Yero “Cidade Rabat”, direção: Susana Nobre “De Facto”, direção: Selma Doborac “Forms of Forgetting”, direção: Burak Çevik “In Ukraine”, direção: Piotr Pawlus e Tomasz Wolski “Leaving and Staying”, direção: Volker Koepp “Our Body”, direção: Claire Simon “Regardless of Us”, direção: Yoo Heong-jun “Remembering Every Night”, direção: Yui Kiyohara “O Estranho”, direção: Flora Dias e Juruna Mallon “The Bride”, direção: Myriam U. Birara “The Face of the Jellyfish”, direção: Melisa Liebenthal “The Temple Woods Gang”, direção: Rabah Ameur-Zaïmeche “There Is a Stone”, direção: Tatsunari Ota “The Trial”, direção: Ulises de la Orden “Where God Is Not”, direção: Mehran Tamadon Berlinale Séries “The Swarm” – Fora de competição “Agent Denmark” “Bad Behaviour” “Roar” “Spy/Master” “The Architect Norway” “The Good Mothers” “Why Try to Change Me Now”

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