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  • Música

    Gary “Mani” Mounfield, baixista dos Stone Roses e Primal Scream, morre aos 63 anos

    20 de novembro de 2025 /

    Músico foi fundamental para o sucesso do rock britânico dos anos 1990 e deixou legado memorável em bandas que marcaram a época

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  • Música

    Primal Scream confirma show único em São Paulo com repertório de 40 anos

    31 de julho de 2025 /

    Banda escocesa celebra quatro décadas de carreira em apresentação na Audio em 11 de novembro

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  • Etc,  Música

    Kate Moss e cantor do Primal Scream lançam moda inspirada em rock

    7 de junho de 2025 /

    Supermodelo e roqueiro assinam coleção que reflete o estilo dos grandes festivais de música em colaboração com grife espanhola

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  • Música

    Bateristas de Cure e Siouxsie and the Banshees formam supergrupo. Veja o clipe

    29 de julho de 2023 /

    O mundo da música foi surpreendido com o anúncio de um novo projeto que une Lol Tolhurst, ex-baterista do The Cure, e Budgie, baterista de Siouxsie And The Banshees, que se juntaram ao produtor e multi-instrumentista Jacknife Lee para lançar o álbum “Los Angeles”. O projeto original partiu de Tolhurst e Budgie, que se conhecem há décadas e têm trabalhado juntos desde 2021 em um podcast chamado “Curious Creatures”. A ideia deles, por sinal, era ainda mais interessante, já que planejavam um disco com três bateristas da geração gótica britânica dos anos 1980, incluindo David J do Bauhaus. No entanto, devido a conflitos de agenda, David J não conseguiu se juntar aos dois amigos. Assim, a dupla completou seu trio com o produtor Jacknife Lee (que já trabalhou com U2 e R.E.M.) para seguir em frente. O primeiro álbum, “Los Angeles”, será lançado no dia 3 de novembro. Primeira música traz cantor do LCD Soundsystem O supergrupo, que tem apenas o nome de seus integrantes como identificação (Lol Tolhurst x Budgie x Jacknife Lee), deu uma prévia de seu som com o lançamento da primeira música e clipe, a faixa-título “Los Angeles”, que conta com outro astro da música alternativa em participação especial. Ninguém menos que James Murphy, cantor e mentor do LCD Soundsystem, contribui com letra e vocais, fornecendo uma visão nova-iorquina sobre a metrópole californiana. O resultado é uma mistura de rock industrial e sonoridade gótica com o apelo pós-punk dançante do LCD Soundsystem. Impulsionado pelas batidas pesadas, Murphy aproveita para atacar a cidade do título. A letra é forte e direta: “Los Angeles come seus bebês! Los Angeles come seus jovens! Los Angeles, você não precisa de água! Los Angeles só precisa de armas!”. Apesar de Murphy emprestar sua voz para a música, ele não aparece no vídeo. O diretor John Liwag optou por imagens da cidade em preto e branco de alto contraste, captando skatistas e líderes de torcida, enquanto os bateristas batem tudo no estúdio e Jacknife Lee dubla a voz de Murphy. Um álbum repleto de participações especiais O líder do LCD Soundsystem participa de duas músicas do disco. E ele não é o único convidado famoso. O álbum “Los Angeles” conta com uma seleção de roqueiros amigos dos bateristas, incluindo The Edge (guitarrista do U2), Bobby Gillespie (cantor do Primal Scream), Isaac Brock (cantor e guitarrista do Modest Mouse), Mark Bowen (guitarrista do Idles) e os artistas solo Lonnie Holley (artista plástico e cantor) e Mary Lattimore (harpista).

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  • Filme

    Barry Newman, astro de “Corrida contra o Destino”, morre aos 92 anos

    4 de junho de 2023 /

    O ator Barry Newman, que marcou época dirigindo um Dodge Challenger superpotente através do oeste americano em “Corrida contra o Destino” (The Vanishing Point), faleceu aos 92 anos. Newman morreu em 11 de maio no NewYork-Presbyterian Columbia University Irving Medical Center, conforme relatado neste domingo (4/6) por sua esposa, Angela. Nascido em Boston em 7 de novembro de 1930, Barry Foster Newman começou sua carreira na Broadway, interpretando um músico de jazz na comédia “Nature’s Way”, em 1957. Após várias peças, ele se destacou na TV no papel de um jovem advogado na novela “The Edge of Night”, em meados dos anos 1960. E quase foi também o fim de sua carreira, já que teve um desentendimento com um diretor que causou sua demissão – fazendo seu personagem ser enviado para um sanatório. Ele foi dar a volta por cima no cinema, ao interpretar Tony Pretrocelli, um jovem advogado que se envolve num “Crime Perfeito” em 1970. O filme escrito e dirigido por Sidney J. Furie fez grande sucesso e acabou virando uma série da NBC, “Petrocelli”, que Newman estrelou por duas temporadas, de setembro de 1974 a março de 1976. Após “Crime Perfeito”, Newman desempenhou seu papel mais famoso, como Kowalski, o motorista de “Corrida contra o Destino” (1971). “Isso foi muito único”, disse Newman numa entrevista de 2019. “Eu tinha acabado de fazer este filme sobre um advogado, um graduado em Harvard, e pensei que este é um tipo diferente de coisa. O cara era o rebelde, o anti-herói. Eu gostei muito de fazer isso.” Kowalski era um veterano da Guerra do Vietnã, ex-policial e ex-piloto de corrida que virou motorista de entrega de carros. A história começa quando ele aceita uma aposta para entregar um Dodge Challenger branco de 1970 de Denver, Colorado, em São Francisco, Califórnia, em menos de 15 horas. Embora seja uma missão extremamente difícil, ele acredita ser capaz. Mas após cometer várias infrações de trânsito, passa a ser perseguido pelas autoridades. Ainda assim, consegue tempo para encontrar várias personagens, cada uma das quais representando diferentes aspectos da sociedade da época. Além de ser lembrado por suas cenas de perseguição de carros, o filme de Richard C. Sarafian se tornou famoso por focar os temas culturais da época, como percepções de rebelião e alienação social, com a estrada representando a liberdade e a perseguição policial representando a repressão e o controle social. Esta dimensão era extrapolada com o auxílio da narração de um DJ negro, Super Soul (Cleavon Little), que, ao saber das façanhas de Kowalski, passa a estimular o motorista e o transforma em herói em seu programa de rádio. Mas apesar de ter se tornado cultuadíssimo, o lançamento original do longa não chamou atenção nos EUA. O sucesso começou no exterior, quando sua estreia em Londres ocasionou “filas ao redor do quarteirão com pessoas ansiosas para vê-lo”. “Ele foi relançado nos EUA depois de ser exibido na Europa e as pessoas então começaram a se interessar pelo filme. Ele se tornou um filme cult sem que eu mesmo percebesse. Até hoje, estou sempre sendo solicitado a falar sobre o filme em algum lugar”, contou o ator em 2019. Seu filme seguinte tentou capitalizar a popularidade de “Corrida Contra o Destino” ao escalar Newman num conversível em novas cenas de estrada. Mas “O Medo é a Chave” (1972) passou batido por crítica e público. No mesmo ano, o ator ainda foi um espião em “Missão Confidencial”, antes de se dirigir à TV para estrelar o telefilme “Night Games” (1974), que serviu de piloto para a série “Petrocelli”. Newman seguiu alternando-se entre cinema e TV pelo resto da carreira. Mais recentemente, apareceu em filmes como “Daylight” (1996), estrelado por Sylvester Stallone, “Os Picaretas” (1999), com Steve Martin e Eddie Murphy, “O Segredo do Sucesso” (2001), com Charlie Sheen, e na série “The O.C.”, onde interpretou o Professor Max Bloom. Infelizmente, sua carreira foi interrompida em 2009, quando o ator foi diagnosticado com câncer de cordas vocais. No entanto, ele retornou ao sets em 2022, reunindo-se novamente com o diretor de “Crime Perfeito”, Sidney J. Furie, no filme “Finding Hannah”, que ainda não possui previsão de estreia. Graças a “Corrida contra o Destino”, Newman viverá para sempre na cultura pop. Seu personagem inspirou até uma música da banda Primal Scream, “Kowalski”, lançado no álbum “Vanishing Point” (o título do filme em inglês) em 1997. O longa também foi a inspiração do diretor Edgar Wright para criar “Em Ritmo de Fuga” (2017). E Quentin Tarantino o chamou, no roteiro de “À Prova de Morte” (2007), de “um dos melhores filmes americanos já feitos”. Por sinal, o carro daquele filme tinha a mesma placa do Challenger dirigido por Newman. Veja abaixo o trailer clássico de “Corrida contra o Destino”.

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  • Filme,  Música

    Filme sobre a icônica gravadora Creation ganha primeiro trailer

    22 de janeiro de 2022 /

    A RLJE Films divulgou o primeiro trailer americano de “Creation Stories”, filme sobre a influente gravadora britânica Creation Records, que realizou uma revolução musical nos anos 1980. A prévia revela um foco narrativo centrado na história pessoal de Alan McGee, o fundador e dono da gravadora, que é vivido pelo escocês Ewen Bremner (o Spud de “Trainspotting” e sua continuação) em sua versão mais velha. O ator não é o único egresso de “Trainspotting” no projeto. O roteiro foi escrito por Irvine Welsh, autor do livro que virou “Trainspotting”, e a produção está a cargo de Danny Boyle, o diretor daquele filme. “Creation Stories” é baseado na autobiografia de McGee, intitulada “The Creation Records Story: Riots, Raves and Running a Label”. O lendário empresário escocês ganhou projeção ao montar um club londrino, The Living Room, que virou palco do movimento que culminou na formação da geração indie original, em meados da década de 1980 – a cena batizada como “C86” (classe de 86). Ele também tinha uma banda, a Biff Bang Pow, e foi o primeiro empresário do Jesus and Mary Chain, além de ter gravado o primeiro single do grupo. The Jesus and Mary Chain não foi a única banda famosa lançada pela Creation, que ainda gravou discos do Primal Scream, My Bloody Valentine, Teenage Fanclub, House of Love, Ride e até Oasis. Depois de vender metade de sua gravadora para a Sony nos anos 1990 e ver o Oasis explodir nas paradas, McGee ainda se envolveu na política, ajudando a passar uma lei de apoio financeiro a músicos insolventes. O último lançamento da Creation foi o disco “XTRMNTR”, da banda Primal Scream, em 2000. McGee fechou a gravadora após ficar insatisfeito com a direção comercial da Sony. O velho produtor ainda se aventurou a criar novas gravadoras e clubs, mas encontrou mais sucesso ao ressuscitar o nome Creation em 2014 para empresariar músicos, como seus velhos amigos do Jesus and Mary Chain e Happy Mondays. Ele também está produzindo um novo festival de rock, Creation Day, que vai acontecer no último fim de semana de maio no Reino Unido. O filme tem direção do ator Nick Moran, que virou diretor com outra cinebiografia de produtor-prodígio, “Telstar: The Joe Meek Story” (2008). O elenco inclui Suki Waterhouse (“Pokémon: Detetive Pikachu”), Rupert Everett (“O Lar das Crianças Peculiares”), Jason Flemyng (“X-Men: Primeira Classe”), Jason Isaacs (“Star Trek: Discovery”), Kirsty Mitchell (“Dupla Explosiva”), Mel Raido (“Lendas do Crime”), Matthew Durkan (“Coronation Street”) e Leo Flanagan (“Hanna”) como a versão adolescente de McGee. A première aconteceu no Festival de Glasgow, na Escócia, em fevereiro do ano passado, um ano antes da estreia nos EUA, que vai acontecer em VOD no dia 25 de fevereiro.

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  • Música

    20 shows clássicos: Jesus and Mary Chain, Primal Scream, Stone Roses e mais

    9 de maio de 2021 /

    A nova seleção de shows clássicos apresenta o nascimento da cena indie. Era uma vez os anos 1980, quando o Reino Unido tinha quatro jornais de música (NME, Melody Maker, Music Week e Sounds), que resolveram se juntar na iniciativa de contabilizar os vários lançamentos de discos independentes – que começavam a se multiplicar em meados da década – numa parada de sucessos alternativa. O nome indie veio do diminutivo da tal parada independente. Em 1985, The Jesus and Mary Chain ganhou manchetes por músicas ensurdecedoras e shows destruidores – com tumultos generalizados – , que inspiraram tantas bandas quando os lendários desastres dos Sex Pistols, uma década antes. E no ano seguinte as publicações pareciam só falar em indie. Buscando se destacar, o NME decidiu exemplificar a mudança sonora que a nova cena representava com o lançamento de uma fita cassette, reunindo alguns dos artistas da época em seus primeiros singles. Batizada de “C86”, em homenagem à classe musical de 1986, a fitinha fez História, mostrando ao mundo o nascimento de bandas como Primal Scream, The Pastels, Shop Assistants e muitas outras. Sons de guitarras estridentes de Glasgow e vozes murmurantes do interior inglês depois ganhariam adjetivos como shoegazer e twee nos anos seguintes. Bandas de bubblegum ácido com garotas loiras virariam as guitar heroes daquela geração e um pequeno selo indie fundado pelo cantor do Biff Bang Pow! logo se tornaria a gravadora mais influente do Reino Unido – Creation Records. Essa história pode ser revivida nos 20 vídeos abaixo com as mais diferentes experiências de lives, desde breves aparições em estúdio de TV da época até shows lotados em palcos históricos. De Jesus and Mary Chain tocando seu primeiro single na BBC Two até o show dos Stone Roses no espaço vitoriano Empress Ballroom, na cidade de Blackpoool, quando uma nova classe, vinda do interior industrial – especialmente de Manchester – já começava a ensaiar os anos 1990. Fãs de flashbacks podem encontrar outras mostras nos atalhos abaixo, que cobrem diferentes gerações musicais (mas como são antigas, sujeitas à baixas do YouTube). > Shows dos 1960 (iê-iê-iê, mod, folk e psicodelia) > Shows dos 1970 – Parte 1 (hard rock e glam) > Shows dos 1970 – Parte 2 (progressivo e funk) > Shows dos 1970 – Parte 3 (disco, new wave e punk rock) > Shows dos 1980 – Parte 1 (punk, hardcore e grunge) > Shows dos 1980 – Parte 2 (reggae, ska, new wave, pós-punk) > Shows dos 1980 – Parte 3 (punk comercial e os revials mod, rockabilly, folk & blues) > Shows dos 1980 – Parte 4 (rock gótico e neopsicodélico) > Shows dos 1980 – Parte 5 (synthpop, new romantic, new wave) > Shows dos 1980 – Parte 6 (pop, funk, rap e house) > Shows dos 1980 – Parte 7 (British soul, indie, college rock)     The Jesus and Mary Chain | 1985     My Bloody Valentine | 1989     The Pastels | 1988     Biff Bang Pow! | 1987     Ride | 1989     House of Love | 1987     Primal Scream | 1987     The Church | 1988     The Go Betweens | 1987     Felt | 1985     Young Marble Giants | 1980     The Shop Assistants | 1986     Talulah Gosh | 1986     Voice of the Beehive | 1989     The Darling Buds | 1989     The Primitives | 1988     Transvision Vamp | 1989     We’ve Got A Fuzzbox and We’re Gonna Use It | 1987     Sugarcubes | 1988     Stone Roses | 1989

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  • Filme,  Música

    Ator de Trainspotting vira dono da gravadora Creation em primeira foto de cinebiografia

    25 de junho de 2019 /

    A produtora Burning Wheel divulgou a primeira foto de “Creation Stories”, filme sobre a influente gravadora britânica Creation Records, que realizou uma revolução musical nos anos 1980. A imagem traz o ator escocês Ewen Bremner (o Sput de “Trainspotting” e sua continuação) caracterizado como Alan McGee, o fundador e dono da gravadora. O ator não é o único egresso de “Trainspotting” no projeto. O roteiro foi escrito por Irvine Welsh, autor do livro que virou “Trainspotting”, e a produção está a cargo de Danny Boyle, o diretor daquele filme. “Creation Stories” é baseado na autobiografia de McGee, intitulada “The Creation Records Story: Riots, Raves and Running a Label”. O lendário empresário escocês ganhou projeção ao montar um club londrino, The Living Room, que virou palco do movimento que culminou na formação da geração indie original, em meados da década de 1980 – a cena batizada como “C86” (classe de 86). Ele também tinha uma banda, a Biff Bang Pow, e foi o primeiro empresário do Jesus and Mary Chain, além de ter gravado o primeiro single do grupo. The Jesus and Mary Chain não foi a única banda famosa lançada pela Creation, que também gravou discos do Primal Scream, My Bloody Valentine, Teenage Fanclub, House of Love, Ride e até Oasis. Depois de vender metade de sua gravadora para a Sony nos anos 1990 e ver o Oasis explodir nas paradas, McGee ainda se envolveu na política, ajudando a passar uma lei de apoio financeiro a músicos insolventes. O último lançamento da Creation foi o disco “XTRMNTR”, da banda Primal Scream, em 2000. McGee fechou a gravadora após ficar insatisfeito com a direção comercial da Sony. O velho produtor ainda se aventurou a criar novas gravadoras e clubs, mas encontrou mais sucesso ao ressuscitar o nome Creation em 2014 para empresariar músicos, como seus velhos amigos do Jesus and Mary Chain e Happy Mondays. Ele também é crítico musical e blogueiro, e atualmente escreve na versão britânica do site Huffington Post. O filme tem direção do ator Nick Moran, que virou diretor com outra cinebiografia de produtor prodígio, “Telstar: The Joe Meek Story” (2008). O elenco inclui Suki Waterhouse (“Pokémon: Detetive Pikachu”), Rupert Everett (“O Lar das Crianças Peculiares”), Jason Flemyng (“X-Men: Primeira Classe”), Jason Isaacs (“Star Trek: Discovery”), Kirsty Mitchell (“Dupla Explosiva”), Mel Raido (“Lendas do Crime”) e Matthew Durkan (“Coronation Street”) como William Reid, o guitarrista do Jesus and Mary Chain. Ainda não há previsão para o lançamento.

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    Playlist (Vapour Trail): 10 clipes do “guitar pop” dos anos 1980

    9 de maio de 2016 /

    Três anos após apontar o caminho para a cena indie com seus primeiros singles de microfonia exasperante, The Jesus and Mary Chain lançou novo par de canções que renderam outra mudança na paisagem musical britânica. Domando o feedback, a ponto de torná-lo melódico, e acrescentando batidas eletrônicas, que podiam ser dançadas, Jesus inventou uma nova religião. Se “Psychocandy” (1985) era radical demais para o mainstream, “Darklands” (1987) apontou o caminho para o surgimento de uma espécie de “guitar pop”, um pop de guitarras saturadas e vocal meloso, que tomou as paradas e ainda lançou modinhas, como o “Blonde movement”, um cruzamento de Jesus and Mary Chain com Go-Go’s que multiplicou as bandas de cantoras loiras na música britânica do final dos anos 1980. Para fechar a década, Jesus lançou “Automatic” (1989), cujo sucesso finalmente fez a banda estourar nos EUA. A esta altura, as batidas tornaram-se ainda mais dançantes, influenciadas pela acid house e pela cena que florescia entre o contato dos roqueiros com as primeiras raves. Logo, o grupo de seu primeiro baterista, Primal Scream, ganharia remixes de um DJ, dando início a um novo capítulo.

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    Gravadora Creation, que lançou Jesus and Mary Chain, Primal Scream e Oasis, vai virar filme do autor de Trainspotting

    7 de maio de 2016 /

    O escritor Irvine Welsh, autor do livro que virou o cultuado filme “Trainspotting” (1996), está escrevendo um roteiro de cinema sobre a lendária Creation Records, principal gravadora indie dos anos 1980, que lançou as bandas The Jesus and Mary Chain, My Bloody Valentine, Primal Scream, House of Love, Teenage Fanclub, Ride e Oasis, entre muitas outras. O filme vai se chamar “Creation Stories” e será baseado na autobiografia de seu fundador, o escocês Alan McGee, intitulada “The Creation Records Story: Riots, Raves and Running a Label”. McGee também foi cantor da banda Biff Bang Pow! e montou um club londrino, The Living Room, que virou palco do movimento que culminou na formação da geração indie original, em meados da década de 1980 – a cena batizada como “C86” (classe de 86). A reverência às suas realizações era tanta que, após The Jesus and Mary Chain assinar com a Warner em 1985, ele continuou trabalhando com a banda na função de empresário. Depois de vender metade de sua gravadora para a Sony nos anos 1990 e ver o Oasis explodir nas paradas, McGee ainda se envolveu na política, ajudando a passar uma lei de apoio financeiro a músicos insolventes. O último lançamento da Creation foi o disco “XTRMNTR”, da banda Primal Scream, em 2000. McGee fechou a gravadora após ficar insatisfeito com a direção comercial da Sony. O velho produtor ainda se aventurou a criar novas gravadoras e clubs, mas encontrou mais sucesso ao ressuscitar o nome Creation em 2014 para empresariar músicos, como seus velhos amigos do Jesus and Mary Chain e Happy Mondays. Ele também é crítico musical e blogueiro, e atualmente escreve na versão britânica do site Huffington Post. Welsh, que também é escocês e amigo próximo de McGee, testemunhou boa parte dessa história. Ele vai dividir o roteiro com Dean Cavanagh, com quem já trabalhou na comédia britânica “Good Arrows” (2009). A distribuição está a cargo da Kaleidoscope Films e ainda não há previsão de estreia.

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    Playlist (Vapour Trail): 15 clipes que inauguraram o indie rock nos anos 1980

    6 de abril de 2016 /

    Existem várias teorias para explicar como surgiu o rock indie. Há quem prefira apontar os primeiros discos (EPs e singles) independentes, lançados pelas próprias bandas a partir de 1977, durante o auge da estética DIY (Do It Yourself) do punk rock. Em 1980, já havia tantos compactos de gravadoras independentes circulando que o semanário britânico Record Week criou a primeira parada de sucessos voltada apenas para refletir os hits com distribuição alternativa, influenciando outras publicações a seguirem a iniciativa. Mas foi só na metade daquela década que o termo “indie” passou a ser usado como definição musical e não apenas econômica. Em novembro de 1985, o primeiro álbum radicalmente diferente do que havia surgido no pós-punk chegou às lojas: “Psychocandy”, de The Jesus and Mary Chain. Sem saber direito como lidar com a banda, a crítica a rotulou como “o novo Sex Pistols”, tecendo uma analogia entre seu som barulhento e os tumultos que marcavam seus primeiros shows. Mas havia sinais que aquele barulho não era isolado. O empresário do Jesus and Mary Chain, Alan McGee, lotava seu clube londrino, The Living Room, com bandas novas. Ele mesmo era integrante de uma delas (Biff Bang Pow) e dava os primeiros passos com sua própria gravadora, a Creation Records, por onde lançaria a banda paralela do baterista do Jesus, chamada Primal Scream. A verdade é que desde 1984 as bandas se multiplicavam, alimentando, por sua vez, o surgimento de diversas gravadoras pequenas. E foi um movimento tão súbito e intenso que deixou até a imprensa musical perdida, sem conseguir identificar para seus leitores os inúmeros artistas que pareciam surgir de uma só vez. Para cumprir essa tarefa, o semanário NME (New Musical Express) teve a ideia de lançar uma amostragem desses novatos, disponibilizando uma fita K7 junto de uma de suas edições. A iniciativa rendeu a primeira coletânea indie de todos os tempos, a “C86”, assim batizada em homenagem à “classe de 1986”. A “C86”, que completa 30 anos, acabou simbolizando o ponto de virada da música indie. Além de reunir diversos artistas diferentes, ela foi acompanhada por uma longa reportagem da publicação, contextualizando sua representatividade. O objetivo de seus idealizadores era demonstrar como a nova música britânica independente tinha evoluído nos últimos anos, afastando-se do pós-punk, de forma quase desapercebida, enquanto o pop com sintetizadores e influenciado pelo R&B americano dominava as paradas de sucesso. Em contraste, a nova geração priorizava guitarras sobre os sons eletrônicos do período, o que também rendeu a definição genérica “guitar bands” para definir aquela geração no Brasil. O impacto do lançamento do “C86” uniu a imprensa musical britânica em torno da bandeira indie. As publicações rivais da NME, como Melody Maker e Sounds, passaram a incluir novas reflexões sobre a revolução em andamento, nem que fosse para declarar que aquele K7 não era, assim, tão representativo. De fato, se lá havia Primal Scream, The Pastels, Close Lobsters e The Wedding Present, por exemplo, sobravam bandas que não foram a lugar algum, enquanto as ausências de The Jesus and Mary Chain, Spaceman 3 e The Loft, entre outros, gritavam. Aproveitando a discussão, a Creation Records passou a lançar suas próprias coletâneas, revelando My Bloody Valentine, House of Love, Jasmine Minks, The Weather Prophets (sucessor de The Loft) e a geração shoegazer. O fato é que 1986 representou uma grande virada. Ainda havia muitos artistas interessados em levar adiante a sonoridade pós-punk, influenciados por PIL e até Echo and the Bunnymen, por exemplo. Mas os talentos que passaram a monopolizar a atenção da crítica citavam influências mais antigas, incomuns até então, de artistas dos anos 1960: o jangle pop de bandas como The Byrds e outros artistas com guitarras de 12 cordas, o wall of sound dos girl groups como Shangri-Las e The Ronettes e a explosão de microfonia entronizada no clássico “Sister Ray”, do Velvet Underground, banda que também contava com os vocais “frágeis” de Lou Reed e “gélidos” de Nico. Essas sementes, que renderam as primeiras bandas da música indie, acabaram frutificando em novas ramificações musicais na década seguinte, o twee pop e o shoegazer. Em suma, foi assim que tudo começou. Relembre, abaixo, os sons mais distorcidos dessa era, responsáveis por tirar o Velvet Underground da obscuridade para transformá-la na banda mais influente do mundo – como atestam as microfonias, as melodias murmuradas e os kits minimalistas de bateria (tocada em pé) que, desde então, se tornaram indissociáveis da cena indie.

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