Warner Bros anuncia remake de “Planeta Proibido”
Nova versão do clássico de 1956 será escrita pelo criador de "Y, O Último Homem" e "Os Fugitivos da Marvel"
James Drury (1934 – 2020)
O ator James Drury, que por nove temporadas protagonizou a famosa série de western “O Homem de Virgínia” (The Virginian), morreu nesta segunda (6/4) aos 85 anos. A assistente do ator, Karen Lindsey, confirmou a notícia no Facebook e citou que a more ocorreu por causas naturais. Uma das séries mais populares da era de ouro do western televisivo, “O Homem de Virgínia” acompanhava os empregados do rancho Shiloh Ranch, gerenciado pelo personagem de Drury. Ele era conhecido como o homem de Virgínia, em alusão ao estado americano em que nasceu, e nunca teve seu verdadeiro nome revelado na atração, exibida entre 1962 e 1971 na TV americana. O protagonista e o seu braço direito, Trampas (Doug McClure), foram os únicos que ficaram na série por toda a duração, visto que o proprietário do rancho mudou várias vezes com o passar dos anos. Entre as diferentes temporadas, o elenco também destacou Lee J. Cobb, Clu Gulager e John McIntire. Antes de conseguir o papel que marcaria sua carreira, Drury atuou num dos maiores clássicos da ficção científica “Planeta Proibido” (1956), além de ter estrelado westerns cinematográficos, como os igualmente célebres “A Última Carroça” (1956), dirigido por Delmer Daves, e “Pistoleiro do Entardecer” (1962), do mestre Sam Peckinpah. Ele também contracenou com Elvis Presley no western “Ama-Me com Ternura” (1956) e estrelou a versão da Disney de “Pollyanna” (1960). Ao contrário do colega Doug McClure, que protagonizou vários filmes de sucesso, a carreira de Drury não prosperou após “O Homem de Virgínia”, resumindo-se a participações especiais em séries, como “Têmpera de Aço”, “Chuck Norris: Homem da Lei” e “As Aventuras de Brisco County Jr.”, e pequenas aparições em filmes derivados de séries do Velho Oeste, como “Maverick” (1994, com Mel Gibson) e a própria adaptação de “O Homem de Vírginia” (2000), estrelada por Bill Pullman no canal pago TNT. Seu último papel foi no telefilme “Billy and the Bandit”, atualmente em pós-produção.
Robô de Planeta Proibido é comprado por US$ 5,4 milhões e vira acessório mais caro do cinema
Robby the robot, o robô do clássico de ficção científica “Planeta Proibido” (1956), tornou-se o acessório cinematográfico mais caro de todos os tempos, ao ser vendido por US$ 5,3 milhões em um leilão de Nova York, na terça-feira (22/11). A casa de leilões Bonhams, que realizou a venda, confirmou que o preço superou o recorde anterior para um item cenográfico, superando os US$ 4 milhões da estátua de falcão do noir “Relíquia Macabra” (1941), estrelado por Humphrey Bogart, e que os US$ 4,6 milhões pagos pelo vestido branco usado por Marilyn Monroe em “O Pecado Mora ao Lado” (1955). Robô mais famoso do cinema, Robby é reconhecido pela cabeça em formato de domo de vidro e membros que imitam uma criatura bípede, incluindo pernas que parecem pilhas de bolas de boliche. No famoso filme dos anos 1950, ele é um servo devoto do Professor Morbius (Walter Pidgeon), e seu design – avançadíssimo para a época – chamou mais atenção que a beleza de Anne Francis na produção. Não só isso. Programado com um senso de humor seco, ele ofuscou até o futuro comediante Leslie Nielsen, que comandava a nave espacial da trama, e se tornou a maior inspiração para dois robôs clássicos da sci-fi – o Robô, de “Perdidos no Espaço”, e C-3PO, de “Guerra nas Estrelas”. Dirigido por Fred M. Wilcox, “O Planeta Proibido” também influenciou os phasers de “Star Trek”, o disco voador de “Perdidos no Espaço” e o complexo tecnológico do “Túnel do Tempo”, que saíram diretamente de suas imagens. Mas sua importância vai além do aspecto visual e tecnológico, graças à incorporação de uma temática mais adulta no gênero – a trama era inspirada em “A Tempestade”, de William Shakespeare – , até então marcado por aventuras juvenis como “Flash Gordon” e “Buck Rogers”. Fazer o robô não foi barato. Ele foi construído pelo engenheiro Robert Kinoshita por aproximadamente US$ 125 mil, valor que, ajustado pela inflação, equivaleria a quase US$ 1 milhão de nos dias de hoje. Mesmo com esse preço, Robbie nunca foi um robô de verdade. Seu interior não tem fios e circuitos, mas espaço para um ator manobrá-lo. O mais curioso é que o sucesso de “O Planeta Proibido” transformou Robbie em ator. Isto mesmo. Ele é creditado como ator no IMDb, por aparecer em mais produções que não tinham nenhuma relação com a sci-fi clássica. O robô foi visto em nada menos que 27 produções diferentes, entre filmes e séries, sem contar documentários e programas de variedades. A lista inclui episódios de “Além da Imaginação”, “Perdidos no Espaço”, “A Família Addams”, “Banana Splits”, “Columbo”, “Projeto UFO”, “Mork & Mindy” e “Mulher-Maravilha”, além de filmes como “O Menino Invisível” (1957), “Desapareceu um Espião” (1966), “Heavy Metal: Universo em Fantasia” (1981), “Gremlins” (1984), “Meu Amante É do Outro Mundo” (1988) e até “Looney Tunes: De Volta à Ação” (2003). A identidade do comprador de Robbie não foi revelada.
Richard Anderson (1926 – 2017)
Morreu Richard Anderson, o ator que interpretou o chefe de “O Homem de Seis Milhões de Dólares” e da “Mulher Biônica”. Ele faleceu na quinta (31/8) aos 91 anos. Nascido em 8 de agosto de 1926, em Long Branch, Nova Jersey, Anderson se mudou para a Califórnia aos 10 anos. Depois de servir no Exército durante a 2ª Guerra Mundial, ele se matriculou no Laboratório de Atores em Los Angeles, que mais tarde tornou-se o célebre Actor’s Studio em Nova York. Mas seu começo de carreira em Hollywood não teve nada a ver com sua capacidade como ator. Ele entrou na indústria cinematográfica como office-boy dos estúdios MGM, até conseguir um papel de figurante em “A Pérola” (1947). Anderson fez mais de 180 produções de cinema e TV ao longo de seis décadas. Entre seus papéis, incluem-se participações em clássicos como a a aventura de capa e espada “Scaramouche” (1952), de George Sidney, o western “A Fera do Forte Bravo” (1953), de John Sturges, a sci-fi “Planeta Proibido” (1956), de Fred M. Wilcox, o filme de guerra “Glória Feita de Sangue” (1957), de Stanley Kubrick, o drama “O Mercador de Almas” (1958), de Martin Ritt, e o thriller “Sete Dias de Maio” (1964), de John Frankenheimer, entre outros. Foi na TV que ele se mostrou realmente prolífico. A partir de um papel recorrente em “Zorro” (1958-59), como amigo do herói, Anderson passou a ser escalado em várias produções. Ele participou de algumas das séries mais famosas da era de ouro da televisão, entre elas “Bonanza”, “O Fugitivo”, “Gunsmoke”, “Os Destemidos”, “Daniel Boone”, “Big Valley”, “O Agente da UNCLE”, “Missão Impossível”, “Mod Squad”, “Perry Mason”, “Têmpera de Aço”, “Havaí 5-O”, “As Panteras”, “A Supermáquina”, “Ilha da Fantasia”, “Esquadrão Classe A”, “Assassinato por Escrito” e “Dinastia”. Mas nenhum papel o marcou tanto como Oscar Goldman, o chefe manipulador da dupla biônica formada por Steve Austin e Jaime Sommers, interpretado por Lee Majors e Lindsay Wagner. Ao longo das duas séries – “Mulher Biônica” era um spin-off – , Anderson viveu o personagem por mais de 150 episódios de 1973 a 1978, além de vários telefilmes derivados da franquia, dois dos quais ele próprio produziu. Houve, inclusive, um período de duas temporadas em que ele co-estrelou ambas as séries ao mesmo tempo, como o mesmo personagem – uma façanha que ele inaugurou e que permanece rara na história da televisão. O papel de Oscar Goldman se tornou tão popular que rendeu até uma action figura – que vinha com uma “pasta explosiva” que “detonaria” se fosse aberta incorretamente. Steve Carell tinha uma miniatura do personagem no filme “O Virgem de 40 Anos” (2005). Apesar de ser introduzido como um homem manipulador, Goldman sempre tratou Steve Austin e Jamie Sommers mais como família do que funcionários ou agentes secretos. Segundo os atores, Anderson era assim também na vida real. “Conheci Richard em 1967, quando participou como ator convidado de ‘Big Valley’ – trabalhamos juntos em cinco episódios”, disse Lee Majors nas redes sociais. “Em 1974, ele se juntou a mim como meu chefe, Oscar Goldman, no ‘Homem de Seis Milhões de Dólares’. Richard tornou-se um amigo querido e leal, e nunca conheci um homem como ele. Eu o chamava de ‘Old Money’. Seu traje sempre elegante, sua classe, calma e conhecimento nunca vacilaram em seus 91 anos. Ele amava suas filhas, tênis e seu trabalho como ator. Ele ainda era o mesmo homem doce e charmoso quando falei com ele algumas semanas atrás. Vou sentir sua falta, meu amigo”. Lindsay Wagner também recordou do antigo chefe. “Eu mal posso dizer o quanto eu sempre o admirei e fui grata pela elegância e amizade amorosa que tive a bênção de ter com Richard Anderson. Ele fará muita falta.”



