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    Lelia Goldoni, atriz de “Sombras” e “Um Golpe à Italiana”, morre aos 86 anos

    28 de julho de 2023 /

    A atriz Lelia Goldoni, que brilhou como protagonista em “Sombras” (1958), de John Cassavetes, foi comparsa de Michael Caine em “Um Golpe à Italiana” (1969) e amiga de Ellen Burstyn em “Alice Não Mora Mais Aqui” (1974), morreu no sábado numa residência para atores atores em Englewood, Nova Jersey, aos 86 anos. Nascida em Nova York em 1º de outubro de 1936, Goldoni era prima de segundo grau do famoso jogador do New York Yankees, Phil Rizzuto, e começou a carreira de atriz na infância. Seus primeiros papéis em Hollywood foram como figurante em dois clássicos de 1949: o noir “Sangue do Meu Sangue” de Joseph L. Mankiewicz, e o thriller “Resgate de Sangue” de John Huston.   Papéis marcantes Aos 19 anos, ela retornou a Nova York, onde estudou em uma oficina de teatro dirigida por John Cassavetes e Burt Lane em Manhattan. Cassavetes então a escalou em seu principal papel, como Lelia, a mulher independente que é negra, mas passa por branca, em sua obra-prima “Sombras” (1959). Ela recebeu uma indicação ao BAFTA como estreante mais promissora do ano por sua atuação. No cultuado thriller “Um Golpe à Italiana” (1969), de Peter Collinson, ela interpretou a viúva de um criminoso que contrata Michael Caine para o golpe do filme. Já em “Alice Não Mora Mais Aqui” (1974), foi uma das pessoas que a personagem-título, vivida por Ellen Burstyn, encontra em sua jornada em busca de uma vida melhor. A amizade entre as duas oferece um retrato de solidariedade feminina e apoio mútuo, elementos centrais na narrativa do drama de Martin Scorsese. Outros títulos importantes de sua filmografia incluem o suspense hollywoodiano “O Dia do Gafanhoto” (1975), de John Schlesinger, o drama “Irmãos de Sangue” (1978), de Robert Mulligan, e o remake de “Invasores de Corpos” (1978), de Philip Kaufman. A partir dos anos 1980, ela passou a se dedicar a trabalhos televisivos, mas voltou ao cinema em 2012 para um último longa-metragem, o terror bem-sucedido “Filha do Mal”.   Mais que atuação Além de sua carreira como atriz, Goldoni também dirigiu e produziu o documentário “Genius on the Wrong Coast”, sobre o coreógrafo Lester Horton. Membro vitalício do The Actors Studio, Goldoni também ensinou técnica de atuação e análise de roteiro no The Lee Strasberg Theatre Institute e nas universidades UCLA e Hampshire College, além de ser palestrante em Stanford, CalArts e na Universidade de Massachusetts. Ela foi casada com o ator Ben Carruthers, seu parceiro de tela em “Sombras”, e com o escritor Robert Rudelson.

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    Fred Ward (1942–2022)

    13 de maio de 2022 /

    O ator americano Fred Ward, que estrelou os clássicos “Os Eleitos” (1983) e “Henry & June” (1990), morreu no domingo passado (8/5), aos 79 anos. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (13/5) pelo empresário dele à revista Variety sem maiores detalhes. Ward estreou nas telas na minissérie “O Renascimento: A Era dos Médici”, de 1973, dirigida pelo mestre italiano Roberto Rossellini, e começou a se projetar no filme “Fuga de Alcatraz” (1979), de Don Siegel, como um dos aliados de Clint Eastwood num plano ousado para escapar da famosa prisão de São Francisco. Fez ainda “O Confronto Final” (1981), famoso thriller de Walter Hill, como um dos integrantes da Guarda Nacional ameaçados por caipiras violentos na zona rural, antes de virar protagonista com a sci-fi “O Cavaleiro do Tempo” (1982), na pele de um motoqueiro acidentalmente transportado para o Velho Oeste. Ele começou a marcar época como o trágico astronauta Gus Grissom em “Os Eleitos”, filme épico de Philip Kaufman sobre o início do programa espacial americano. Talvez porque Grissom tenha perdido sua vida a serviço da NASA (logo após a história do filme), o personagem vivido por Ward foi um dos que mais impactou o público, precisando lutar pela vida quando seu módulo espacial afundou no oceano – o que o tornou o menos celebrado dos americanos “eleitos” para ir ao espaço. Mas Ward demorou a capitalizar esse desempenho, assumindo papéis coadjuvantes em vários filmes, como “Silkwood, Retrato de uma Coragem” (1983), “Admiradora Secreta” (1985) e “Cuidado com as Gêmeas” (1988), além de ter tentado virar herói de ação com “Remo – Desarmado e Perigoso” (1985), fracasso de bilheteria e crítica. Sem grandes ambições, ele acabou aceitando participar de um terrir, que deveria ser trash, mas em vez disso iniciou sua fase mais popular, ao se tornar cultuadíssimo e originar uma franquia. Dirigido por Ron Underwood, “O Ataque dos Vermes Malditos” (1990) juntou Ward com Kevin Bacon, que demonstraram uma parceria perfeita como os responsáveis por salvar uma comunidade do deserto de Nevada cercada por vermes subterrâneos gigantes – do tipo “Duna”. A produção gerou seis sequências e uma série de TV. No mesmo ano, ele estrelou mais quatro filmes, consolidando seu status com “Atraída Pelo Perigo” (1990), ao lado de Jodie Foster, “O Anjo Assassino” (1990), com Alec Baldwin, mas principalmente “Henry & June” (1990). Voltando a se juntar com o diretor de “Os Eleitos”, Philip Kaufman, o ator interpretou o romancista renegado Henry Miller, que explorava em suas obras e em sua vida os limites aceitáveis da sexualidade no início dos anos 1930. “Henry & June” retratava a dinâmica intelectual e psicossexual entre Miller, sua esposa June (interpretada pela jovem Uma Thurman) e a romancista francesa Anais Nin (a portuguesa Maria Medeiros), totalmente liberada, na Paris da era do jazz. As cenas quentes marcaram época por chocar os responsáveis pela classificação etária do filme, que indicaram proibição absoluta para menores. Na época, isto significava igualá-lo à pornografia, que recebia classificação “X”. Diante de protestos, os censores da MPA (Associação de Cinema dos EUA) resolveram criar uma nova categoria, NC-17, para designar filmes impróprios que não eram explícitos. A classificação existe até hoje, basicamente para filmes europeus ousados e terrores extremos. Depois disso, Ward passou a ser procurado por alguns dos pesos-pesados de Hollywood. Robert Altman o escalou em dois filmes seguidos, “O Jogador” (1992) e “Short Cuts – Cenas da Vida” (1993). Ele também trabalhou com Alan Rudolph em “Equinox” (1992) e Michael Apted em “Coração de Trovão” (1992), além de ter feito o cultuado “Bob Roberts” (1992) de Tim Robbins, seu parceiro de “O Jogador”, encaixando um lançamento atrás do outro. Filmou até com o mestre francês Alain Robbe-Grillet em “Un Bruit qui Rend Fou” (1995), exibido no Festival de Berlim. Mas prejudicou muito este embalo com a decisão de estrelar a sequência “O Ataque dos Vermes Malditos 2”, lançada direto em vídeo em 1996, e que o levou a outras produções de pouco valor artístico. Seus thrillers de baixo orçamento acabaram destinado às locadoras, mas algumas comédias conquistaram algum destaque, como “Caindo na Estrada” (2000), que lançou a carreira do diretor Todd Phillips (hoje mais conhecido por “Coringa”). Sem novos lançamentos de impacto, ele começou a fazer participações em séries, incluindo três episódios em “Plantão Médico” (E.R.) entre 2006 e 2007. A carreira nunca se recuperou. Após viver o presidente Ronald Reagan no thriller de espionagem “O Caso Farewell” (2009), fez apenas mais quatro filmes, encerrando sua trajetória cinematográfica no longa de ação “Dose Dupla” (2013), com Denzel Washington e Mark Wahlberg. Dois anos depois, despediu-se da TV em dois episódios da 2ª temporada de “True Detective”, em que viveu o pai do personagem de Colin Farrell.

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    Jean-Claude Carrière (1931 – 2021)

    9 de fevereiro de 2021 /

    O roteirista e intelectual francês Jean-Claude Carrière, de “A Bela da Tarde”, “A Insustentável Leveza do Ser”, “Danton” e “Esse Obscuro Objeto do Desejo”, morreu na segunda-feira (8/2), aos 89 anos, de causas naturais em sua casa em Paris. Carriere teve uma carreira de mais de meio século como escritor, roteirista, ator e diretor, e recebeu uma série de prêmios e reconhecimentos ao longo da vida. As incursões cinematográficas começaram depois de publicar seu primeiro romance em 1957 e conhecer Pierre Etaix (“Rir é o Melhor Remédio”), com quem colaborou em vários projetos, incluindo “Feliz Aniversário” (1962), vencedor do Oscar de Melhor Curta, que os dois escreveram e dirigiram juntos, e os longas “O Pretendente” (1962), “Yoyo” (1965), “Rir é o Melhor Remédio” (1966) e “Esse Louco, Louco Amor” (1969). Entre seus colaboradores frequentes também se destacou o cineasta mexicano-espanhol Luis Buñuel. Carriere e o mestre do surrealismo cinematográfico começaram a relação artística com a adaptação de “O Diário de uma Camareira” (1964), na qual o escritor também estreou como ator, e a parceria se estendeu até o último filme do diretor. Juntos, eles criaram vários clássicos, inclusive o célebre “A Bela da Tarde” (1967), com Catherine Deneuve, “Via Lactea” (1969), “O Fantasma da Liberdade” (1974) e as obras que lhes renderam duas indicações ao Oscar, “O Discreto Charme da Burguesia” (1972) e “Esse Obscuro Objeto do Desejo” (1977). Com mais de uma centena de roteiros escritos, entre textos originais e adaptações, Carriere teve muitos outros parceiros famosos. Na verdade, sua filmografia é quase um compêndio do cinema europeu, repleto de títulos icônicos como “Viva Maria!” e “O Ladrão Aventureiro” (1967), ambos dirigidos por Louis Malle, “A Piscina” (1969) e “Borsalino” (1970), de Jacques Deray, “Procura Insaciável” (1971) e “Valmont – Uma História de Seduções” (1989), de Milos Forman, “Liza” (1972), de Marco Ferreri, “O Tambor” (1979) e “O Ocaso de um Povo” (1981), de Volker Schlöndorff, “Salve-se Quem Puder (A Vida)” (1980) e “Paixão” (1982), de Jean-Luc Godard, “O Retorno de Martin Guerre” (1982), de Daniel Vigne, “Danton – O Processo da Revolução” (1983), de Andrzej Wajda, “A Insustentável Leveza do Ser” (1988), de Philip Kaufman, e muitos outros. Ele também trabalhou com o mestre japonês Nagisa Ôshima, em “Max, Meu Amor” (1986), e com nosso argentino-brasileiro Hector Babenco, em “Brincando nos Campos do Senhor” (1991). Sem parar de escrever, Carriere seguiu produzindo roteiros até a morte. Entre os filmes mais recentes que projetaram suas páginas nas telas estão “À Sombra de Duas Mulheres” (2015), “Amante por um Dia” (2017) e “Le Sel des Larmes” (2020), todos de Philippe Garrel, “Um Mergulho no Passado” (2015), de Luca Guadagnino, “No Portal da Eternidade” (2018), de Julian Schnabel, e “Um Homem Fiel” (2018), de Louis (filho de Philippe) Garrel. Além disso, ele deixou três textos inéditos, atualmente em produção, um deles também dirigido pelo Garrel mais jovem (“La Croisade”). Bibliófilo, apaixonado por desenhos, astrofísica, vinhos, praticante de Tai-Chi-Chuan (arte marcial), disseminador do budismo e amigo do Dalai Lama, Carriere fez mais em sua vida que a maioria das pessoas do mundo, incluindo escrever cerca de 80 livros (entre contos, ensaios, traduções, ficção, roteiros e entrevistas) e várias peças de teatro. No cinema, ainda atuou em mais de 30 filmes e dirigiu quatro curtas, entre eles “La Pince à Ongles” (1969), que foi premiado no Festival de Cannes. Em 2015, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA lhe homenageou com um Oscar honorário por todas as suas realizações.

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    Linda Manz (1961 – 2020)

    15 de agosto de 2020 /

    A atriz Linda Manz, que na adolescência estrelou os clássicos “Cinzas no Paraíso” (Days of Heaven) e “Anos de Rebeldia” (Out of the Blue), morreu na sexta-feira (14/8), aos 58 anos, após lutar contra um câncer de pulmão e pneumonia. “Linda era uma esposa amorosa, uma mãe carinhosa, uma avó maravilhosa e uma grande amiga que era amada por muitos”, escreveu seu filho nas redes sociais. Ela conseguiu seu primeiro papel aos 15 anos em “Cinzas no Paraíso” (1978), como a adolescente que viaja com seu irmão mais velho (ninguém menos que Richard Gere) e a namorada dele (Brooke Adams) em busca de trabalho itinerante, pulando clandestinamente em trens de carga durante a Grande Depressão dos anos 1930. Considerado um dos grandes clássicos dos anos 1970, o drama de Terrence Malick era narrado por Manz, e sua voz é considerada uma parte fundamental do estilo poético do filme. Manz continuou a carreira com filmes cultuados, como “A Gangue da Pesada” (1979), de Philip Kaufman, “Flores e Espinhos” (1979), de Stephen Verona, e “Anos de Rebeldia” (1980), de Dennis Hooper. O terceiro longa de Hooper, filmado após os icônicos “Easy Rider – Sem Destino” (1969) e “O Último Filme” (1971), chegou a ser selecionado para a competição do Festival de Cannes. Nele, Manz deu vida a uma adolescente fã de Elvis Presley e punk rock em conflito com o pai ex-presidiário, vivido pelo próprio diretor, num trabalho impressionante. Mas ela largou o cinema logo em seguida, após a comédia “Longshot” (1981), em que fez par romântico com o cantor galã Leif Garrett, que foi acompanhada por um pequeno papel na produção alemã “Mir Reicht’s – Ich Steig Aus” (1983). Só foi voltar às telas em 1997, ao ser persuadida pelo diretor Harmony Korine a interpretar a mãe amorosa de Solomon (Jacob Reynolds), um dos adolescentes marginalizados de “Vida sem Destino”, drama não convencional ambientado em uma pequena cidade de Ohio atingida por um tornado – e outro cult em sua filmografia. “Eu sempre a admirei”, disse Korine em uma entrevista para a Index Magazine na época. “Havia uma sensação sobre ela que eu gostava – não era nem mesmo sua atuação. Era como me senti ao conhecer Buster Keaton. Havia uma espécie de poesia nela, um brilho. Os dois queimaram a tela.” Uma de suas co-estrelas de “Vidas sem Destino”, Chloë Sevigny, chamou Manz de sua atriz favorita e chegou a defender a restauração e o relançamento da pequena mas impressionante filmografia da atriz. Além dela, Natasha Lyonne (“Orange Is the New Black”) expressou admiração por seus dons únicos como atriz adolescente. “O mundo em geral nem sempre faz sentido para mim, mas existem portos seguros”, disse Lyonne em 2013 para a revista Interview. “Linda Manz em ‘Anos de Rebeldia’ é um deles.” O último papel da carreira de Manz foi lançado no mesmo ano de “Vidas sem Destino”, e consistiu de uma pequeno aparição como colega de quarto da personagem de Deborah Kara Unger no thriller de mistério “Vidas em Jogo” (1997), de David Fincher, estrelado por Michael Douglas e Sean Penn. Manz era casada com operador de câmera Bobby Guthrie, com quem teve dois filhos.

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    Donald Moffat (1930 – 2018)

    21 de dezembro de 2018 /

    Morreu o veterano ator Donald Moffat, que fez sucesso na Broadway, no cinema e na televisão. Ele morreu na quinta-feira (20/12) em Sleepy Hollow, Nova York, aos 87 anos, após complicações de um derrame recente. Durante a longa carreira, que durou quase 50 anos, ele apareceu em 80 peças teatrais, dirigiu outras 10, fez 70 filmes e telefilmes e pelo menos 60 episódios de séries televisivas. Moffat nasceu em Plymouth, na Inglaterra, e se mudou para os EUA aos 26 anos. Ele começou sua trajetória no teatro e chegou a ser indicado ao prêmio Tony de Melhor Ator em 1967. A essa altura, já tinha uma década de experiência, tanto nos palcos quanto na televisão. Sua primeira participação televisiva foi num episódio da série noir “Cidade Nua”, em 1958. A estreia no cinema, porém, só foi acontecer depois da consagração teatral. Seu primeiro papel veio em “Rachel, Rachel” (1968), que também marcou o debut do astro Paul Newman como diretor. Durante os anos 1970, alternou aparições em episódios de séries clássicas, como “Missão Impossível”, “Lancer”, “Chaparral”, “Bonanza”, “Galeria do Terror”, “Gunsmoke”, “Tempera de Aço”, “O Homem de Seis Milhões de Dólares”, “Os Waltons” e “Os Pioneiros”, antes de ser escalado em seu primeiro papel fixo numa série, como o androide Rem na cultuada sci-fi “Fuga das Estrelas” (Logan’s Run), versão televisiva do filme “Fuga no Século 23” (1976). Paralelamente, caprichou em sua seleção de personagens em filmes icônicos, incluindo “R.P.M.: Revoluções por Minuto” (1970), de Stanley Kramer, o western “Sem Lei e Sem Esperança” (1972), de Philip Kaufman, a sci-fi “O Homem Terminal” (1974), de Mike Hodges, e o desastre clássico “Terremoto” (1974), de Mark Robson. O auge da carreira cinematográfica aconteceu na década de 1980, inaugurada por “Política do Corpo e Saúde” (1980), de Robert Altman. Em seguida, ele participou de dois dos filmes mais comentados do período. Viveu o comandante de uma estação de pesquisa antártica na cultuada sci-fi de terror “O Enigma de Outro Mundo” (The Thing, 1982), de John Carpenter, e roubou a cena como o vice-presidente Lyndon B. Johnson em “Os Eleitos” (The Right Stuff, 1983), seu segundo filme dirigido por Philip Kaufman, sobre o início do programa espacial americano. Os dois papéis foram sucedidos por uma enxurrada de trabalho. Moffat participou de um arco em “Dallas”, mas quase não teve tempo de fazer TV, brilhando em filmes diversos, do drama “A Baía do Ódio” (1985), de Louis Malle, ao trash “O Monstro do Armário” (1986). Ele retomou sua parceria bem sucedida com Kaufman em outro longa cultuado, “A Insustentável Leveza do Ser” (1988), e continuou acumulando obras de mestres do cinema. Vieram “Muito Mais que um Crime” (1989), de Costa-Gavras, “A Fogueira das Vaidades” (1990), de Brian De Palma, “Uma Segunda Chance” (1991), de Mike Nichols, “A Fortuna de Cookie” (1999), de Robert Altman, sem esquecer o papel de presidente corrupto dos Estados Unidos em “Perigo Real e Imediato” (1994), de Phillip Noyce, entre uma variedade de títulos. Em 2000, ele entrou em “Bull”, primeira série do canal pago TNT, focada no mercado financeiro. Mas a experiência se provou amarga. A série foi cancelada na metade da 1ª temporada e ele só fez mais três trabalhos depois disso – o telefilme esportivo “A História de um Recorde” (2001) e episódios individuais de “West Wing” (em 2003) e “Law & Order: Trial by Jury” (em 2005).

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    Tom Wolfe (1931 – 2018)

    15 de maio de 2018 /

    Morreu o escritor Tom Wolfe, que misturou jornalismo e literatura para criar, nos anos 1960, o híbrido cultural que ficou conhecido como “New Journalism”. Ele faleceu na segunda (14/5), aos 88 anos em Nova York, após ser hospitalizado com uma infecção. Além de autor premiado de best-sellers, que retratou desde astronautas e hippies a magnatas de Wall Street, Wolfe também ajudou a materializar alguns filmes famosos. O cinema se interessou pela prosa do escritor ainda nos anos 1970, quando artigos que ele escreveu sobre as corridas de stock car da NASCAR foram adaptados no filme “O Importante É Vencer” (1973), dirigido por Lamont Johnson e estrelado por Jeff Bridges. Muito mais bem-sucedido foi “Os Eleitos” (1983), em que Philip Kaufman levou às telas a extensa cobertura realizada por Wolfe sobre o início do programa espacial americano e de seus primeiros astronautas. O próprio Wolfe colaborou como consultor do roteiro de Kaufman. Belíssimo, o filme conquistou quatro Oscars, três deles técnicos e outro pela trilha de Bill Conti, mas merecia muito mais, num ano em que a Academia preferiu o convencional “Laços de Ternura”. Por conta disso, a expectativa em relação à adaptação de “A Fogueira das Vaidades” (1990), com direção de Brian De Palma, o mais famoso diretor a abordar o universo narrativo de Wolfe, foi às alturas. De Palma vinha do sucesso de “Os Intocáveis” (1987) e levaria para as telas a primeira ficção de Wolfe – e maior êxito comercial do escritor. Mas a história ácida do yuppie de Wall Street, que sai na rua errada e acaba atropelando e matando um jovem negro, foi tratada de forma convencional e – apesar de trazer Tom Hanks no papel principal – apresentada com personagens totalmente antipáticos, que não engajaram o público. O filme foi queimado pela crítica e acabou fracassando nas bilheterias. Tom Wolfe nunca mais voltou ao cinema, embora o site IMDb insista que ele escreveu o besteirol de época “Os Quase Heróis” (1998), que tem apenas 8% de aprovação. Trata-se de um homônimo. Mas ele fez algo melhor e mais divertido: duas aparições memoráveis na série animada de “Os Simpsons”. Numa delas, exibida em 2000, Homer cometia a heresia de derrubar chocolate sobre o imaculado terno branco que era marca registrada do escritor. Rápido diante do desastre, Wolfe simplesmente rasgava o terno sujo para revelar outro idêntico sob a roupa. Icônico.

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    Sam Shepard (1943 – 2017)

    1 de agosto de 2017 /

    O ator, roteirista e dramaturgo Sam Shepard morreu na última quinta-feira (26/7), aos 73 anos, em sua casa no estado americano de Kentucky. Ele foi vítima de complicações da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), e estava cercado pela família no momento da morte, segundo anunciou um porta-voz na segunda-feira (31/7). Vencedor do Pulitzer por seu trabalho teatral – pela peça “Buried Child” (1979) – e indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por “Os Eleitos” (1983), Samuel Shepard Rogers III nasceu em 1943, no estado de Illinois, filho de pai militar. Antes de ficar conhecido em Hollywood, ele tocou bateria na banda The Holy Modal Rounders (que está na trilha de “Sem Destino/Easy Rider”), e decidiu escrever peças num momento em que buscava trabalhos como ator em Nova York. Em 1971, escreveu a peça “Cowboy Mouth” com a então namorada Patti Smith, que marcou sua traumática estreia nos palcos. Já no início das apresentações, Shepard ficou tão perturbado por se apresentar diante do público que abandonou o palco e, sem dar nenhuma explicação, foi embora da cidade. Ele decidiu se concentrar em escrever. Acabou assinando até roteiros de cinema, como o clássico hippie “Zabriskie Point” (1970), de Michelangelo Antonioni, e a adaptação da controvertida peça “Oh! Calcutta!” (1972). Também escreveu, em parceria com Bob Dylan, “Renaldo and Clara” (1978), único longa de ficção dirigido por Dylan. O filme marcou a estreia de Shepard diante das câmeras, numa pequena figuração. Sentindo menos pânico para atuar em estúdio, enveredou de vez pela carreira de ator, trabalhando a seguir no clássico “Cinzas do Paraíso” (1978), de Terrence Malick, como o fazendeiro que emprega Richard Gere e Brooke Adams. Fez outros filmes até cruzar com Jessica Lange em “Frances” (1982). A cinebiografia trágica da atriz Frances Farmer iniciou uma longa história de amor nos bastidores entre os dois atores, que só foi encerrada em 2009. Na época, ele já era casado e o divórcio só aconteceu depois do affair. Shepard finalmente se destacou em “Os Eleitos”, o grandioso drama de Philip Kaufman sobre os primeiros astronautas americanos, no qual viveu Chuck Yeager, que quebrou a barreira do som e sucessivos recordes como o piloto mais veloz do mundo. Sua história corria em paralelo à conquista do espaço, mas chegava a ofuscar a trama central, a ponto de lhe render indicação ao Oscar – perdeu a disputa para Jack Nicholson, por “Laços de Ternura” (1983). Fez seu segundo filme com Lange, “Minha Terra, Minha Vida” (1984), enquanto escrevia o fabuloso roteiro de “Paris, Texas” (1985), dirigido por Wim Wenders, que venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Paralelamente, ainda alinhavou a adaptação de sua peça “Louco de Amor” (1986). Dirigido por Robert Altman, “Louco de Amor” foi o filme que consagrou Shepard como protagonista, na pele do personagem-título, apaixonado por Kim Basinger a ponto de largar tudo para encontrá-la num motel de beira de estrada e convencê-la a dar mais uma chance ao amor. O ator e roteirista resolveu também virar diretor, e foi para trás das câmeras em “A Casa de Kate é um Caso” (1988), comandando sua mulher, Jessica Lange, num enredo sobre uma família que passou anos separada até finalmente decidir acertar as contas. O filme não teve a menor repercussão e Shepard só dirigiu mais um longa, o western “O Espírito do Silêncio” (1993), que nem sequer conseguiu lançamento comercial. Por outro lado, entre estes trabalhos ele se tornou um ator requisitado para produções de temática feminina, como “Crimes do Coração” (1986) e “Flores de Aço” (1989), que giravam em torno de vários mulheres e seus problemas, e de histórias de amor, como “O Viajante” (1991), “Unidos pelo Destino” (1994) e “Amores e Desencontros” (1997). Como contraponto a essa sensibilidade, também fez thrillers de ação em que precisou mostrar-se frio e calculista, como “Sem Defesa” (1991), de Martin Campbell, “Coração de Trovão” (1992), de Michael Apted, e “O Dossiê Pelicano” (1993), de Alan J. Pakula. Ele conseguiu o equilíbrio e se manteve requisitado, aparecendo em alguns dos filmes mais famosos do começo do século, como o thriller de guerra “Falcão Negro em Perigo” (2001), de Ridley Scott, e “Diário de uma Paixão” (2004), de Nick Cassavetes. Em 2005, estrelou seu último filme com Lange, “Estrela Solitária”, dirigido por Wim Wenders, como um astro de filmes de cowboy que abandona uma filmagem e tenta se reconectar com a família, apenas para descobrir que tem um filho que não conhece. Dois anos depois, fez um de seus melhores trabalhos como ator, “O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford” (2007), de Andrew Dominik, no papel de Frank James, o irmão mais velho de Jesse, interpretado por Brad Pitt. Ele voltou a trabalhar com o diretor e com Pitt em “O Homem da Máfia” (2012). Entre seus últimos trabalhos ainda se destacam o suspense político “Jogo de Poder” (2010), de Doug Liman, o thriller de ação “Protegendo o Inimigo” (2012), de Daniel Espinosa, e os dramas criminais “Amor Bandido” (2012), de Jeff Nichols, “Tudo por Justiça” (2013), de Scott Cooper, e “Julho Sangrento” (2014), de Jim Mickle. Em alta demanda, Shepard permaneceu requisitado e desempenhando bons papéis até o fim da vida. Só no ano passado estrelou três filmes (“Ithaca”, “Destino Especial” e “Batalha Incerta”). Mas depois de tanto viver namorado e amante, no fim da carreira especializou-se em encarnar o pai de família. Eles fez vários filmes recentes nesta função, como “Entre Irmãos” (2009), de Jim Sheridan, como o pai de Jake Gyllenhaal e Tobey Maguire, e “Álbum de Família” (2013), de John Wells, cuja morte volta a reunir a família disfuncional, formada por Julia Roberts, Meryl Streep e muitos astros famosos. A sua última e marcante aparição foi na série “Bloodline”, da Netflix, como o patriarca da família Rayburn, sobre a qual girava a trama de suspense. A atração completou sua trama na 3ª temporada, lançada em maio deste ano. Sam Shepard deixa três filhos — Jesse, Hannah e Walker.

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