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    Cannes: Filme de Paul Verhoeven excita, tensiona e eletriza o festival

    21 de maio de 2016 /

    O suspense “Elle” interrompeu a monotonia das vaias em Cannes com doses eletrizantes de tensão. Produção francesa dirigida pelo veterano holandês Paul Verhoeven, o filme traz Isabelle Huppert como uma empresária implacável que é estuprada, na própria casa, por um homem mascarado, e passa a lidar com a situação de forma ambígua. Ao retomar o gênero do thriller sexual, que traz à tona em sua filmografia o clássico “Instinto Selvagem” (1992), Verhoeven demonstrou que continua um mestre em criar situações perversas e obter desempenhos antológicos. A consagração, por meio de elogios rasgados da crítica, representa a volta por cima de um grande cineasta, que nos últimos anos, graças a sucessivos remakes de seus trabalhos, vem sendo alçado ao status de lenda cult. Inspirado em livro de Philippe Djian (o escritor de “Betty Blue”), “Elle” foi escrito pelo americano David Burke (“Os 13 Pecados”), especialista em terrores baratos, e quase foi rodado nos Estados Unidos, onde Verhoeven não filma desde “O Homem sem Sombra” (2000). Mas Hollywood não saberia lidar com a escuridão madura do filme, após virar as costas para o diretor que fez, ainda, “RoboCop” (1987), “O Vingador do Futuro” (1990) e “Tropas Estelares” (1997), franquias que rendem dinheiro para seus estúdios até hoje. “A ideia inicial do produtor Said Ben Said (coprodutor do brasileiro ‘Aquarius’), que já fez filmes para Roman Polanski, David Cronenberg e Brian DePalma, era, sim, ambientá-lo em uma cidade americana. Mas o livro é francês, Isabelle é uma atriz maravilhosa, e fiquei feliz de filmarmos em Paris. Seria um filme completamente diferente se feito nos Estados Unidos”, contou o cineasta, que está com 77 anos, na entrevista coletiva de Cannes. Sobre seu distanciamento de Hollywood, Verhoeven afirma que não tem encontrado roteiros interessantes nos Estados Unidos. “O que é feito lá hoje em dia não me interessa ou eu mesmo já fiz”, disse, ao mesmo tempo em que se mostrou aberto à propostas. “Se houver um bom roteiro… Dinheiro não importa. Ou melhor, ele chega de qualquer forma, se você é bom naquilo que faz.” Um bom roteiro, por sinal, foi o que fez Isabelle Huppert entrar em “Elle”. A grande atriz, que já foi premiada duas vezes em Cannes – na juventude, por “Violette” (1978), e no auge, por “A Professora de Piano” (2001) – , se disse encantada pela trama cheia de ironia, “que nunca dá explicações, só lança hipóteses, o que facilita a performance”. Sua personagem, Michelle, surge como uma mulher dura e pragmática, que administra tanto a empresa quanto a família da mesma forma, sem muita emoção. Marcada pelos crimes cometidos pelo pai em sua infância, ela mantém distanciamento nas relações com o filho, o ex-marido e a melhor amiga. E não altera sua rotina após sofrer a agressão sexual. Sem envolver a polícia, ela parece apenas curiosa em descobrir a identidade de seu agressor, aparentemente atraída pela ousadia. “A Michelle abre a porta para alguma coisa que gostaria que acontecesse com ela, mas não sabe como confessar isso. Ela é uma mulher que está se questionando o tempo todo, tentando entender quem é”, explicou Huppert. Ela não crê que o sentimento ambíguo despertado pelo estupro vá chocar o público. “A história não é um manifesto sobre um estupro. Não se trata de uma história realista, é como um conto de fadas, uma fantasia”, explica, separando arte e vida real. A consideração da atriz é importante nessa época em a arte vive sob ameaça constante do boicote politicamente correto. Num momento em que as mulheres debatam o machismo do cinema, a personagem de Huppert parece encontrar prazer em sofrer abusos. Sem esconder de ninguém, apenas da polícia, Michelle conta o caso de forma corriqueira para o ex-marido e colegas, que reagem com mais pavor que ela. Logo, fica clara a sua fascinação pelo homem que a violentou. O que deve causar grande rejeição entre as feministas. “A reação dela não é comum a todas as mulheres. Ela vive uma situação particular, que é só dela”, defende Huppert. “O filme não está falando sobre a situação geral das mulheres do mundo”, pondera. Para Verhoeven, porém, a reação de Michelle não é anormal. Anormal é quem se mostra capaz de voar numa produção cinematográfica. “Eu gosto de falar de pessoas, algo que anda se perdendo nas telas, sobretudo no cinema americano, onde os filmes de super-herói prevalecem. Com eles, nós estamos perdendo o contato com a normalidade. Devemos voltar a falar de pessoas normais, porque é nelas que está a riqueza”, disse o diretor. Veja Também: O Trailer

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    IndieLisboa chega aos 15 anos apontando tendências

    2 de maio de 2016 /

    Um dos maiores eventos de cinema alternativo de Portugal, o festival IndieLisboa terminou este final de semana sua 15ª edição. Entre curtas e longas-metragens, foram exibidos quase 300 filmes ao longo de 11 dias e em quatro espaços principais. O prêmio principal do júri coube ao filme chinês “The Family”, de Shumin Liu, uma obra com mais de quatro horas de duração que tem sido descrita com uma espécie de versão do clássico de Yasujiro Ozu “Era uma vez em Tóquio”. O brasileiro “Mate-me por Favor”, de Anita Rocha da Silva, também concorria à distinção. Ao longo de 15 anos, o festival deixou para trás sua origem humilde, de pequenos ciclos de cinemas de autor entre entusiastas, organizados num mítico e bolorento espaço hoje desaparecido da capital portuguesa – o Cine Estúdio 222. Hoje, segundo dados de um dos diretores e programadores, Carlos Ramos, o IndieLisboa reúne anualmente entre 30 e 40 mil espectadores, gozando de um hype único na cidade. A homenagem principal, na seção Herói Independente, coube ao holandês Paul Verhoeven, de prestígio recentemente “recuperado” pela (ainda) influente revista Cahièrs du Cinema. Já não era sem tempo: Verhoeven, cujo novo filme terá première mundial no Festival de Cannes, beneficiou-se de uma retrospetiva completa onde se puderam visualizar as ousadias temáticas de um cineasta que nunca deixou de ser “indie”, mesmo com grandes sucessos no mainstream. Mas dada a idade avançada (77 anos) e a estreia de “Elle” em Cannes, que inicia em dez dias, ele não pôde comparecer ao evento. O outro homenageado foi o ator francês Vincent Macaigne, presença assídua na produção alternativa do seu país. Já entre as obras mais “midiáticas” e fora de competição estiveram filmes como a aventura militante-feminista de Mia Hansen-Love “L’Avenir” (filme de encerramento) e uma comédia de época de um dos darlings indies, Whit Stilman, “Love & Friendship” (sessão de abertura). O cinema brasileiro teve boa presença: além do filme citado, os lisboetas lotaram a sala para ver “Boi Neon” (exibido fora de competição), mais um ponto para o espantoso currículo do filme de Gabriel Mascaro estreado em Veneza (setembro de 2015). As coproduções também apareceram, seja em bom nível – com o novo filme de Petra Costa (realizado em parceria com Lea Glob), “O Olmo e a Gaivota” – ou nem tanto, como com “Eu Estive em Lisboa e Lembrei de Você”, de José Barahona, filme com vários momentos de amadorismo. De uma maneira muito geral, as misturas de documentário e ficção (ou “ficção do real”, como chamam alguns por aqui) mostram-se uma das abordagens preferidas do festival – seguindo tendências dos eventos internacionais por onde passaram muitas das obras exibidas – caso de Veneza, Sundance e Berlim (particularmente a seção Fórum). A competição internacional do festival não faz distinção entre ficção e documentário, o que cada vez mais se justifica com a predominância dos docudramas nos últimos anos. Houve obras de não-ficção mais tradicionais: em “Flotel Europa” o bósnio Vladimir Tomic faz uma reconstituição da dramática crise de refugiados da guerra do seu país, em 1992, através das filmagens em VHS utilizadas pelos seus amigos e familiares quando foram alojados pelos dinamarqueses no navio que dá nome ao filme. Já em “Kate Plays Christine”, de Robert Greene, que venceu o Prêmio Especial do Júri, é o próprio trabalho de criação que está em questão, mostrando uma atriz preparando-se para viver a trágica figura de uma apresentadora que se suicidou em pleno ar, em 1974. O filme é feliz no retrato do trabalho da construção de uma personagem, mas falha ao dar enorme tempo a pessoas que não fazem a menor ideia de sobre o que estão falando. A mistura de formatos é mais notória em “O Olmo e a Gaivota”, filme que, curiosamente, recebeu o prêmio de Melhor Documentário no Festival do Rio – quando traz, manifestamente, várias situações e diálogos “inventados” para mostrar os desafios da maternidade da sua protagonista. O fato só demonstra o grande embaralhamento dos formatos. Este retrato agridoce da gravidez ficou na lista final como um dos prediletos do público. Em outro destaque da tendência, “In the Last Days of the City”, o egípcio Tamer el Said filmou os tempos antes, durante e depois a Primavera Árabe no Cairo, misturando memória coletiva com invenção, na trajetória de um diretor que tenta fazer um filme sobre a sua família. Por sua vez, o cineasta Roberto Minervini já anda há muito nesta fronteira – desde seu primeiro filme, o belo “Low Tide” (2012). Em “Lousiana – The Other Side” ela volta a um registo semi-documental mostrando o lado negro da América profunda com os seus junkies e chauvinistas políticos do sul. O resultado é intenso. Os ciganos, uma das minorias étnicas mais excluídas da Europa, surgem também no limite da ficção no drama austríaco “Brüder der Nacht” (os protagonistas são reais) e no registro humorístico “Balada de um Batráquio”, curta-metragem documental de “ação” (os “protagonistas” saem invadindo lojas e quebrando sapos de porcelana, símbolo do preconceito, pelas ruas de Lisboa) que rendeu o Urso de Ouro na categoria na última edição do Festival de Berlim. O prêmio da crítica, porém, foi para o norte-americano “Short Stay”, do estreante Ted Fendt, que repesca as noções do “mumblecore”, um dos patriarcas destas tendências de mesclagem de gêneros (o primeiro filme é de 2002), com pobreza de recursos total e atores não profissionais O IndieLisboa também fez um belo apanhado das novas tendências do terror. Há quem associe cinema de terror com execráveis franquias sem qualquer interesse ou qualidade. Mas os não-neófitos bem sabem que muita coisa de valor pode ser feita sob a gigantesca capa do selo “horror”. Não muito respeitosamente, Anita Rocha foi buscar elementos dos slashers mas, menos obviamente, em filmes de terror onde os signos visuais agressivos (sangue, cadáveres) são espelhos do mundo interior para o seu “Mate-me por Favor” – onde o simbolismo serve para retratar o tumultuado processo de coming-of-age da sua protagonista. Mais sutil é “Evolution”, aliás um filme tão etéreo que beira a evanescência. Aqui a francesa Lucille Hadzihalilovic recupera histórias de crianças sinistras e ilhas semi-desertas para fazer um comentário, justamente, sobre a evolução. “A Bruxa”, de Robert Eggers, há pouco tempo estreado no Brasil, investe pelo caminho da reconstituição histórica e no mergulho na mentalidade de uma época, com cuidados redobrados no trabalho de décor deste antigo diretor de arte. Deu certo: do burburinho de Sundance, a bruxa segue assombrando salas e festivais ao redor do mundo… Uma última menção ainda vale para “Sociedade Indiferente” (título que no Brasil se achou mais interessante que “Um Monstruo de Mil Cabezas”), de Rodrigo Plá: somado a outros filmes, fez parte de uma das sessões mais originais e instigantes do IndieLisboa: a Boca do Inferno! Confira abaixo a lista completa dos filmes premiados Vencedores do IndieLisboa 2016 Grande Prêmio de Longa Metragem Cidade de Lisboa Jia/The Family, de Shumin Liu (Austrália, China) Prêmio Especial do Júri Kate Plays Christine, de Robert Greene (EUA) Prêmio do Público de Longa Metragem Le Nouveau, de Rudi Rosenberg (França) Grande Prêmio de Curta Metragem Nueva Vida, de Kiro Russo (Argentina, Bolívia) Prêmio do Público – Curta Metragem Small Talk, de Even Hafnor, Lisa Brooke Hansen (Noruega) Menção Especial de Animação Velodrool, de Sander Joon (Estônia) Menção Especial de Documentário La Impresión de una Guerra, de Camilo Restrepo (Colômbia, França) Menção Especial de Ficção Another City, de Lan Pham Ngol (Vietnã) Melhor Longa Metragem Português Treblinka, de Sérgio Tréfaut (Portugal) Melhor Curta Metragem Português The Hunchback, de Gabriel Abrantes, Ben Rivers (Portugal, França) Prêmio Novo Talento Fnac – Curta Metragem Campo de Víboras, de Cristèle Alves Meira (Portugal) Menção Honrosa Viktoria, de Mónica Lima (Alemanha, Portugal) Prêmio FCSH/NOVA para Melhor Filme na secção Novíssimos Maxamba, de Suzanne Barnard, Sofia Borges (Portugal, EUA) Prêmio RTP para Longa Metragem na Secção Silvestre Eva no Duerme, de Pablo Agüero (França) Prêmio FIPRESCI (Primeiras Obras) Short Stay, Ted Fendt (EUA) Prêmio Format Court (Silvestre Curtas) World of Tomorrow, de Don Hertzfeldt (EUA) Prêmio Árvore da Vida para Filme Português Ascensão, de Pedro Peralta, Portugal Prêmio Árvore da Vida – Menção Honrosa Jean-Claude, de Jorge Vaz Gomes (Portugal) Prêmio IndieJúnior Le Nouveau, Rudi Rosenberg (France) Prêmio do Público – IndieJúnior The Short Story of a Fox and a Mouse, de Camille Chaix, Hugo Jean, Juliette Jourdan, Marie Pillier, Kevin Roger (França) Prêmio Amnistia Internacional Flotel Europa, de Vladimir Tomic (Dinamarca, Sérvia) Prêmio Amnistia Internacional – Menção Honrosa Balada de Um Batráquio, de Leonor Teles (Portugal) Prêmio Culturgest Universidades Flotel Europa, de Vladimir Tomic (Dinamarca, Sérvia) Prêmio Culturgest Escolas Le Gouffre, de Vincent Le Port (França) Prêmio IndieMusic Schweppes Sonita, de Rokhsareh G. Maghami (Alemanha, Suíça, Irã)

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    Elle: Isabelle Huppert é vítima de ataque sexual em trailer que marca a volta de Paul Verhoeven ao suspense

    19 de janeiro de 2016 /

    A SBS Films divulgou o pôster e o primeiro trailer de “Elle”, filme que marca a volta do cineasta holandês Paul Verhoeven ao gênero do thriller sexual, que ele explorou famosamente em “Instinto Selvagem” (1992). “Elle” é uma produção francesa, estrelada por Isabelle Huppert (“Amor”) e baseada no romance homônimo de Philippe Djian, autor já adaptado em “Betty Blue” (1986) e “O Amor É um Crime Perfeito” (2013). Com roteiro de David Birke (“Prisioneira do Medo”), o filme se desenrola em torno de um ataque brutal que a protagonista sofre, em sua própria casa, por um invasor mascarado, as sequelas traumáticas que isso deixa e o plano traçado para descobrir a identidade do agressor. A estreia está marcada para 21 de setembro na França e ainda não há previsão de lançamento no Brasil.

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