Carolina Dieckmann anuncia saída da Globo após 30 anos
Carolina Dieckmann anunciou nesta quinta-feira (1/2) sua saída da TV Globo após 30 anos de carreira. A atriz fez um longo discurso de despedida em que citou seus personagens mais marcantes e possível retorno na emissora. No Instagram, a artista elogiou sua experiência na Globo ao lado de profissionais renomados, que ela considera como professores. “Não é que comecei na Globo… Foi a Globo que me começou. Eu não era atriz, me tornei, ali dentro, na poeira de tantos talentos, com os melhores professores que alguém poderia desejar”, começou Carolina. “Numa empresa que me nutriu com oportunidades e experiências incríveis, além de ter sido solo e alimento para tantos projetos lindos que fizemos juntos, e que estão marcados nas nossas histórias… Foram muitas”, disse ela antes de mencionar inúmeros papéis que interpretou nas novelas da Globo. “E assim, dia após dia, trabalho após trabalho, eu fui sendo; crescendo; amadurecendo… Até chegar aqui. Hoje, mais de 30 anos depois, chegou a hora de dar meu primeiro voo sozinha… Mas carrego em cada pena das minhas asas o suor de muita gente; a generosidade de muitos colegas; a ajuda inestimável de muitos mestres. […] São milhões de emoções, entre lágrimas e sorrisos, minhas e do público, e que são a parte mais bonita desse turbilhão que vivi desde a primeira cena que fiz…” Por fim, Caroline Dieckmann deixou portas abertas para um possível retorno: “Tá tudo aqui, tatuado na minha alma e no meu coração. Levo ainda a certeza de que toda vez que eu voltar na Globo será sempre um voo de volta para o ninho. Obrigada.” Trajetória de Carolina Dieckmann Carolina Dieckmann estreou nas telinhas em 1993, quando interpretou Claudinha na minissérie “Sex Appeal”. No ano seguinte, ganhou seu primeiro papel de destaque em “Tropicaliente”, e integrou o elenco do seriado teen “Malhação”. Ainda na década de 1990, a artista participou de outros projetos relevantes como “Vira Lata”, “Você Decide” e “Por Amor”, onde realizou seu primeiro trabalho com o autor Manoel Carlos. Já em 2000, Carolina fez história ao interpretar Camila em “Laços de Família”, uma personagem envolvida em conflitos familiares, que descobre ser postadora de leucemia. Na época, a atriz participou de campanhas intituicionais, para incentivar a doação de medula, com a clássica cena em que sua personagem raspa a cabeça devido ao tratamento. Mas não parou por aí. Ela ainda fez parte do elenco de “Mulheres Apaixonadas” (2003), “Senhora do Destino” (2005), “Cobras & Lagartos” (2006), “Passione” (2010), “Fina Estampa” (2011) e “Salve Jorge” (2012). Seus últimos projetos na TV Globo foram “A Regra do Jogo” (2015), “O Sétimo Guardião” (2018) e “Vai na Fé” (2023), além de uma participação na série “Angélica: 50 e Tanto”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por 𝚌𝚊𝚛𝚘𝚕𝚒𝚗𝚊 𝚍𝚒𝚎𝚌𝚔𝚖𝚊𝚗𝚗 (@loracarola)
Aracy Balabanian morre aos 83 anos no Rio de Janeiro
A atriz Aracy Balabanian morreu nesta segunda-feira (7/8) aos 83 anos no Rio de Janeiro. Ela estava internada na Clínica São Vicente, na zona sul da capital fluminense, e lutava contra um câncer de pulmão desde outubro do ano passado. O anúncio da morte aconteceu nesta manhã por César Tralli já na reta final do programa “Encontro”. A triste notícia também foi confirmada por familiares da veterana. “É com muita desolação, é muito triste dar esta notícia. Aracy era uma grande amiga. Meu filho a chamava de ‘dinda’, ele adorava ficar na casa dela, brincar com ela. Era uma mulher muito especial e uma grande artista”, lamentou a apresentadora Patrícia Poeta. No ano passado, o programa “A Tarde é Sua” informou que a atriz descobriu dois tumores no pulmão depois de passar por um tratamento para um derrame pleural, que causa acúmulo de líquido no órgão. Aracy Balabanian não era vista nas telas desde 2019, quando participou de “A Magia Acontece”, um especial de fim de ano exibido na TV Globo. No ano anterior, ela fez uma aparição em “Malhação: Vidas Brasileiras”, quando completava 56 anos de carreira. Carreira de Aracy Balabanian Aracy Balabanian nasceu em 22 de fevereiro de 1940 na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Filha de imigrantes armênios, ela decidiu seguir carreira de atriz em São Paulo, depois de assistir uma peça do dramaturgo Carlo Godoni na companhia da irmã mais velha, a atriz Maria Della Costa. Aos 14 anos, Aracy passou a estudar no Colégio Bandeirantes, na capital paulista, onde ela assistiu uma palestra do dramaturgo Augusto Boal, que a convidou para um teste no Teatro Paulista do Estudante. Seu primeiro trabalho no grupo foi na peça “Almajarra”. Depois do colégio, a artista entrou para a Universidade de São Paulo (USP) onde estudou na Escola de Arte Dramática (EAD) e no curso de Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), que ela não concluiu. Aracy Balabanian participou de alguns espetáculos do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), como “Os Ossos do Barão” (1963) e integrou o elenco da primeira montagem brasileira do musical “Hair” (1969). Nesse período, ela também encarou a adaptação da obra grega “Antígona” num teleteatro da extinta TV Tupi. A partir daí, sua carreira na televisão se consolidou por mais de 50 anos e mais de 30 novelas televisivas. A artista fez sua grande estreia em novelas no final de 1964 no folhetim “Marcados pelo Amor” da TV Record, escrita por Walther Negrão e Robeiro Freire. Quatro anos depois, fez par romântico com o ator Sérgio Cardoso em “Antônio Maria”, um sucesso enorme de audiência em sua época. Em 1973, Aracy surpreendeu ao mudar de rumo. Ela deu vida à Gabriela e passou a contracenr com os bonecos infantis do programa aclamado “Vila Sésamo”. Seu personagem ficou marcado na memória do público. Apesar da longa jornada, Aracy Balabanian viveu seus maiores sucessos televisivos nos anos 1990, quando ela estreou como a “dona Armênia” em “Rainha da Sucata”, escrita por Silvio de Abreu. A personagem fazia referência à ascendência da própria atriz numa trama cujo tema principal era “a oposição entre os novos-ricos e a elite paulista decadente”. Ela ainda repetiu seu papel em “Deus nos Acuda” (1992). Nos anos seguintes, Aracy interpretou Filomena em “A Próxima Vítima” (1995), papel que a rendeu o prêmio de Melhor Atriz da Associação Paulista de Críticos de Arte, e a eterna socialite Cassandra na sitcom “Sai de Baixo” (1996), um de seus papéis mais populares, inclusive reprisado no cinema – em “Sai de Baixo: O Filme”, de 2019. A atriz também participou das novelas “Da Cor do Pecado” (2004), “Passione” (2010), “Cheias de Charme” (2012) e do remake de “Saramandaia” (2013). Em 2014, Aracy Balabanian se afastou por um mês das gravações de “Geração Brasil” por conta de uma infecção respiratória. Mas superou e voltou a mostrar seu talento em “Sol Nascente” (2016) e “Pega-Pega” (2017). Sua última aparição na TV foi como entrevista do programa “Conversa com Bial”, que foi ao ar em agosto de 2022. O bate-papo será reprisado nesta madrugada, em homenagem à atriz.
Gabriela Duarte é dispensada da Globo após 34 anos de contrato
A atriz Gabriela Duarte Franco não renovou seu contrato fixo com a rede Globo após 34 anos na emissora. No entanto, a artista pode retornar através de contratos por obras. A decisão não foi uma surpresa para Gabriela, já que faz algum tempo que a Globo passou a investir no novo modelo contratual. Além de ajudar no corte de gastos da emissora, a parceria deixa os atores livres para se aventurar em outros canais ou projetos pessoais. Gabriela Duarte fez sua primeira aparição na novela “Top Model” (1989), seguido por “Rainha da Sucata” (1990) e “Irmãos Coragem” (1995). Ela se consolidou na trama de “Por Amor”, em meados de 1997. No papel de Maria Eduarda, a atriz interpretou a filha mimada de Helena, vivida por Regina Duarte, sua mãe na vida real. Tempos depois, Gabriela e Regina dividiram o papel de Chiquinha Gonzaga na minissérie de 1999. A atriz também teve passagem pelas novelas “Kubanacan” (2003), “América” (2005) e “Passione” (2010). O último trabalho de Gabriela aconteceu em 2018, no folhetim “Orgulho e Paixão”. Atualmente, Gabriela Duarte trabalha num livro autobiográfico junto com a jornalista e escritora Brunna Condini.
Leonardo Villar (1923 – 2020)
O ator Leonardo Villar, consagrado pelo Festival de Cannes em “O Pagador de Promessas” (1962), morreu na manhã desta sexta-feira (3/7) em São Paulo, aos 96 anos, vítima de uma parada cardíaca. Ele tinha sido internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após se sentir mal na noite de quarta. Nascido em Piracicaba, no interior de São Paulo, Leonildo Motta (seu nome de batismo) foi virar Leonardo Villar no teatro. Ele atuou em peças da Companhia Dramática Nacional (CDN), no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e no programa televisivo de clássicos da dramaturgia “Grande Teatro Tupi” (entre 1952 e 1959) antes de ser alçado ao estrelato mundial como Zé do Burro, o personagem principal de “O Pagador de Promessas”. O filme tinha sido rejeitado pelo autor da peça original, Dias Gomes, após mudanças no texto promovidas pelo então galã transformado em cineasta Anselmo Duarte. Até os diretores do Cinema Novo atacaram a produção, jamais superando a inveja por sua consagração. Mas o fato é que “O Pagador de Promessas”, com um galã atrás das câmeras e um estreante no cinema diante delas, encantou a crítica mundial e faturou a Palma de Ouro. É até hoje, 58 anos depois, o único filme brasileiro vencedor de Cannes. E com o seguinte detalhe: venceu “apenas” os clássicos absolutos “O Anjo Exterminador”, de Luís Buñuel, “Cléo das 5 às 7”, de Agnès Varda, “O Eclipse”, de Michelangelo Antonion, e “Longa Jornada Noite Adentro”, de Sidney Lumet. Foi também o primeiro filme da carreira de Villar. Ator de teatro, ele ficou com o papel por insistência de Duarte, que recusou “sugestões” sucessivas para que Mazzaropi estrelasse o longa, o que facilitaria seu sucesso comercial. A grande ironia é que o filme tornou-se um sucesso justamente pela interpretação crível e inesquecível do ator, que deu vida ao simples Zé do Burro, um homem que só queria pagar uma promessa, carregando uma cruz gigante contra a vontade da Igreja local. Villar foi a alma de “O Pagador de Promessas”, carregando-o nas costas como o personagem, até o tapete vermelho da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, que encerrou a trajetória consagradora do longa com uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Graças à fama de Zé do Burro, Villar se estabeleceu como um dos principais astros do cinema brasileiro, dando vida a outros personagens e obras icônicas, como os papéis-títulos de “Lampião, Rei do Cangaço” (1964), de Carlos Coimbra, e o excepcional “A Hora e a Vez de Augusto Matraga” (1965), de Roberto Santos, que lhe rendeu o troféu Candango de Melhor Ator no Festival de Brasília. Estabelecendo uma bem-sucedida parceria com Coimbra, ainda estrelou dois sucessos do diretor, “O Santo Milagroso” (1967) e “A Madona de Cedro” (1968), sem esquecer o maior título da carreira de Cacá Diegues, “A Grande Cidade ou As Aventuras e Desventuras de Luzia e Seus 3 Amigos Chegados de Longe” (1966). Ele viveu até Jean Valjean na versão brasileira de “Os Miseráveis”, clássico de Victor Hugo transformado em novela por Walther Negrão em 1967, na Bandeirantes. Mas a partir da entrada na rede Globo, com “Uma Rosa Com Amor” em 1972, praticamente trocou o cinema pelas novelas, com passagens por cerca de 30 sucessos da emissora, incluindo “Estúpido Cupido”, “Tocaia Grande”, a versão original e o remake de “Os Ossos do Barão”, “Barriga de Aluguel”, “Laços de Família”, “Pé na Jaca”, até “Passione”, seu último trabalho em 2011, em que viveu o divertido Antero Gouveia. Entre uma novela e outra, intercalou telefilmes da Globo, entre eles “O Duelo” (1973) e “O Crime do Zé Bigorna” (1974), com Lima Duarte, mas isso também significou longos períodos afastado do cinema. De todo modo, os poucos filmes da fase final de sua carreira marcaram época, como “Ação Entre Amigos” (1998), de Beto Brant, “Brava Gente Brasileira” (2000), de Lúcia Murat, e “Chega de Saudade” (2007), de Laís Bodanzky.
Daisy Lúcidi (1929 – 2020)
A atriz Daisy Lúcidi, que estrelou diversas novelas da Globo, morreu na madrugada desta quinta-feira (7/5), aos 90 anos, vítima de covid-19. Ela estava internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital São Lucas, no Rio, desde o dia 25 de abril para tratar a infecção. Além de atriz, Daisy trabalhou como radialista e elegeu-se vereadora e deputada estadual pelo Rio de Janeiro. Ela foi sucesso desde criança no rádio. Começou aos 6 anos declamando poemas, fez radionovelas com Paulo Gracindo e Mário Lago na época de ouro da Rádio Nacional, e seu programa de variedades “Alô Daisy” ficou 46 anos no ar. Essa popularidade a levou ao cinema muito jovem, lançando-a nas telas com 19 anos, no musical “Folias Cariocas” (1948). A estreia na televisão, porém, aconteceu apenas na década de 1960, na minissérie “Nuvem de Fogo” (1963), de Janete Clair, na TV Rio. A carreira inclui também novelas na Tupi, antes de estrear na Globo com “Supermanoela”, em 1974. Também atuou na inovadora “O Casarão” (1976), de Lauro César Muniz. Mas, ao preferir se dedicar à política, acabou passando 31 anos longe de TV. Só retornou em “Paraíso Tropical” (2007), de Gilberto Braga, como a síndica viúva do prédio onde moravam vários personagens da trama. Daisy ainda se destacou em “Passione” (2010), de Silvio de Abreu, como Valentina, que escondia uma ambição inescrupulosa sob um sorriso amigável, fez uma participação especial na série “Tapas & Beijos”, interpretando a mãe de PC (Daniel Boaventura), e viveu Marlene, a irmã de Madá (Lady Francisco) em “Geração Brasil” (2014), antes de se despedir da TV num episódio de “Os Homens São de Marte… E é pra Lá que Eu Vou”, exibido em 2015 no canal pago GNT. Ela foi casada com o jornalista esportivo Luiz Mendes, que morreu em 2011 em decorrência da leucemia. “Semana passada, apesar de toda precaução que estávamos tendo com ela, minha avó passou mal. A caminho do hospital disse para minha irmã: ‘Não se preocupe não minha filha, não peguei essa doença’. Ironia do destino”, lamentou o neto da atriz, Luiz Claudio Mendes, no Facebook. “Seu forte amor pela vida, o motor que sempre a moveu, não a fazia enxergar a dura realidade dos números e a levou falsamente a acreditar que a morte não era opção”, continuou. “Mas, infelizmente já com 90 anos, dessa vez estava enganada, foi vencida pela frieza das estatísticas e por uma doença terrível que alguns loucos irresponsáveis teimam em querer minimizar.” “Nesse momento de dor para tanta gente no mundo e tão triste também para nossa família, nos confortamos em saber que ela teve uma vida plena e feliz, cheia de amor, vitórias e realizações, e que seu legado sempre estará presente entre nós!”, completou.
Maria Estela (1942 – 2017)
Morreu no último dia 6 de julho a atriz Maria Estela, aos 75 anos de idade. A causa da morte ainda é desconhecida, e o fato só veio à tona agora, através da publicação de mensagens de amigos e ex-colegas da atriz. Maria Estela foi uma das mais importantes atrizes de novela dos anos 1970, protagonizando várias produções da Excelsior, Record e Tupi, geralmente no papel de mocinha. Ela começou a carreira em 1965, na TV Excelsior, que, à época, fazia novelas de sucesso. A estreia aconteceu em “O Caminho das Estrelas”, em que o ídolo musical Agnaldo Rayol interpretava um cantor boêmio. Na Excelsior, ela também estrelou “A Pequena Karen”, a primeira adaptação de “O Tempo e o Vento” e uma versão do clássico gótico britânico “O Morro dos Ventos Uivantes”. Transferiu-se para a Record em 1968, durante a época de ouro das novelas da emissora, e participou de “As Pupilas do Senhor Reitor”, “Os Deuses Estão Mortos”, “Quarenta Anos Depois”, “Sol Amarelo”, “O Leopardo” e “Os Fidalgos da Casa Mourisca”. A mudança para a Tupi veio em 1973, e logo de cara ela fez a primeira versão de “Mulheres de Areia”. A história das gêmeas Ruth e Raquel (vividas por Eva Wilma) marcou época e chegou a ganhar remake da Globo em 1993. Também participou de “Meu Rico Português”, “Um Dia o Amor” e as das últimas novelas na Tupi: “Aritana” e “Roda de Fogo”. Nos anos 1980, entrou em produções da Band e do SBT, como “Os Imigrantes”, “O Campeão” e “Vida Roubada”. E só foi chegar na Globo na década de 1990, participando da minissérie “Boca do Lixo” e das novelas “Meu Bem Meu Mal” e “Despedida de Solteiro”. Em 1994, voltou para o SBT e atuou em “Éramos Seis”, passando a se destacar em tramas de sucesso do canal, a maioria adaptadas de novelas latinas, como “Chiquititas”, “Pícara Sonhadora”, “Esmeralda” e “Marisol”, mas também “Vende-Se Um Véu de Noiva”, de Íris Abravanel. Seu último papel, porém, foi na Globo, registrado em 2010 na novela “Passione”, em participação especial. Desde então, estava afastada das telas.





