Atriz de “Euphoria” tem gênero alterado para masculino no passaporte após decisão de Trump
Medida faz parte da nova política do governo dos Estados Unidos de restringir reconhecimento de pessoas trans
Georgiy Daneliya (1930 – 2019)
O diretor russo Georgiy Daneliya morreu na quinta-feira (4/4) aos 88 anos, após parada cardíaca, seguindo um período de quase dois meses de internação por pneumonia em um hospital de Moscou. Considerado um dos maiores cineastas russos e premiado durante sua carreira em três dos principais festivais de cinema do mundo, Berlim, Veneza e Karlovy Vary, Daneliya era um arquiteto que virou cineasta ao lançar dois curtas no final dos anos 1950. A aclamação veio logo no primeiro longa-metragem, “O Mundo Novo de Serginho” (1960), que venceu o Globo de Cristal em Karlovy Vary, mais importante festival do Leste Europeu. O drama do menino que se vê subitamente valorizado pelo novo padrasto também foi considerado um dos melhores filmes estrangeiros do ano pela National Board of Review americana. Ele voltou a se destacar com “24 Horas em Moscou” (1964), sobre um jovem em visita à capital russa, que faz novos amigos adolescentes. O longa foi selecionado para a disputa da Palma de Ouro no Festival de Cannes. A Cortina de Ferro dificultou que sua filmografia se tornasse mais conhecida. E também houve certa resistência do Ocidente a seu trabalho, por ser alinhado à ideologia comunista. Daneliya chegou ser eleito “Artista da República Russa” em 1977 e “Artista do Povo da União Soviética” em 1989 pelo governo soviético. O cineasta também venceu o Festival de Moscou em 1977 com “Mimino”, sobre um piloto de helicóptero do interior que sonha comandar aviões e se torna amigo de um motorista de trator durante um curso na capital. A lenta e gradual abertura soviética permitiu maior circulação a seus filmes. E ele acumulou prêmios internacionais em sua obra seguinte, “Maratona de Outono” (1979), conquistando o Leão de Ouro do Festival de Veneza, a Concha de Ouro do Festival de San Sebastian e o prêmio da Mostra Fórum do Festival de Berlim com a história de um professor infiel. Foi o ponto alto de sua carreira, que, a partir daí, tornou-se menos internacional. Seus filmes seguintes foram mais celebrados no mercado doméstico, geralmente vencendo os prêmios Nika (o Oscar russo), como “Passaporte” (1990), que lhe rendeu o troféu de Melhor Roteiro. Ele também diversificou sua obra, fazendo comédias (“Nastya”, “Heads and Tails” e “Fortuna”) e até uma animação, “Ku! Kin-dza-dza”, seu último trabalho, lançado em 2013, que venceu o Nika da categoria.
Steven Seagal vira cidadão russo e recebe passaporte das mãos de Vladimir Putin
Steven Seagal é oficialmente um cidadão russo. O presidente da Rússia Vladimir Putin entregou na sexta-feira (25/11) um passaporte do país ao ator americano, em cerimônia marcada pela presença da mídia no Kremlin. Veja as fotos acima. “Eu o parabenizo”, disse Putin ao ator de filmes de ação, que obteve no início de novembro a nacionalidade russa, declarando que esperava ver neste gesto um sinal de “normalização” nas relações entre Moscou e Washington. Segundo um comunicado do Kremlin, Putin conversava “há bastante tempo” com Seagal sobre seu desejo de obter a nacionalidade russa e entraram em acordo para que isso fosse “um ato totalmente despolitizado”. Além de Seagal, o ator francês Gérard Depardieu conseguiu o passaporte russo em janeiro de 2013. Grande especialista do aikido, Steven Seagal se reuniu em diversas ocasiões nestes últimos anos com Putin, entusiasta do judô. E, enquanto fazia lobby para virar russo, defendeu a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia em 2014. Atualmente colecionando nacionalidades, Seagal também obteve a cidadania sérvia em janeiro.

