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    Deadpool é a maior estreia da semana, que ainda inclui mais dois candidatos ao Oscar

    11 de fevereiro de 2016 /

    O filme do super-herói “Deadpool” é a principal estreia da semana. Apesar do perfil de blockbuster, o lançamento em fevereiro assume que não se trata de um título típico do verão americano. Exibido com classificação etária para 16 anos no Brasil (mais baixa que o “R” obtido nos EUA), “Deadpool” subverte a fórmula dos super-heróis com um personagem que conversa com o público, fala palavrões, manifesta-se com violência e se porta de forma imprópria para menores. O resultado é ainda mais divertido que o primeiro “Kick-Ass” (2010), o filme que inaugurou esse filão de comédia ultraviolenta com heróis de quadrinhos, com uma diferença crucial: trata-se de uma criação da Marvel! A outra estreia ampla da semana também apela, com resultado diverso. “Um Suburbano Sortudo” é um teste de profundidade para o baixo nível nacional. Um verdadeiro marco histórico, repleto de clichês, caricaturas e piadas de duplo sentido, estrelado por Rodrigo Sant’anna, um humorista de TV que gosta de fazer piada montado como travesti/drag queen/mulher, mas que o roteiro insiste em juntar com a mocinha da história (Carol Castro, a bonitinha dos filmes ruins). A nova comédia brasileira vem da mesma fábrica de “Até que a Sorte nos Separe”: o diretor Roberto Santucci. Por sinal, onde foi mesmo que vimos, recentemente, um pobretão ficar inesperadamente milionário? Já o universo suburbano é o mesmo da série “Os Suburbanos”, estrelada pelo próprio Sant’anna. Até os saudosos filmes dos Trapalhões eram mais criativos. A transexualidade não é motivo de piada em “A Garota Dinamarquesa”, um dos dois filmes indicados ao Oscar que entram em cartaz. História do primeiro homem a realizar uma cirurgia bem-sucedida de troca de sexo, traz Eddie Redmayne, vencedor do Oscar do ano passado por “A Teoria de Tudo”, no papel principal. Mas quem rouba a cena é a sueca Alicia Vikander, favorita ao Oscar de Atriz Coadjuvante, como a esposa incentivadora do pioneiro transexual. Ela já venceu o prêmio do Sindicato dos Atores dos EUA (SAG Awards). Também na disputa do Oscar, “Brooklyn” é um romance mais convencional, passado numa época em que os imigrantes eram bem-vindos nos EUA. Roteirizado pelo escritor Nick Hornby, conta a história de uma jovem irlandesa, vivida por Saoirse Ronan, que viaja para Nova York, onde começa uma nova vida e se apaixona, até se ver forçada a retornar para a Irlanda, onde também encontra motivos para ficar. Pelo papel de mulher dividida, Soairse Ronan repetiu Jodie Foster, tornando-se uma das poucas atrizes-mirins indicadas para um Oscar, no começo de suas carreiras, a confirmarem seu talento com nova nomeação. Ela disputou a estatueta pela primeira vez aos 13 anos de idade, por “Desejo e Reparação” (2007). Completam a programação dois lançamentos invisíveis, o islandês “A Ovelha Negra”, de Grímur Hákonarson, vencedor da mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes do ano passado, e o espanhol “História da Minha Morte”, de Albert Serra, vencedor do Festival de Locarno em 2013. O primeiro conta a história de dois irmãos num vale remoto, que precisam superar o ódio que sentem um pelo outro para salvarem seus rebanhos de agentes da vigilância sanitária, cujo tratamento para o surto de uma doença animal é o extermínio. Já o segundo mostra o improvável encontro entre Casanova e Drácula, registrado em idioma catalão e com uma fotografia que parece pintura, especialmente as obras de Caravaggio, mas seu ritmo é dolorosamente arrastado e os atores não são profissionais. Cada filme estará disponível em apenas três salas em todo o país. Estreias de cinema nos shoppings Estreias em circuito limitado

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    Sylvester Stallone considerou boicotar o Oscar em apoio aos colegas de Creed

    10 de fevereiro de 2016 /

    Indicado ao Oscar de Melhor Coadjuvante, Sylvester Stallone revelou que pensou em boicotar a premiação da Academia em respeito aos colegas de trabalho em “Creed: Nascido para Lutar”, especialmente o ator Michael B. Jordan e o diretor e roteirista Ryan Coogler, que para o astro também deveriam ter sido nomeados. “Me lembro de conversar com Ryan sobre a polêmica do #OscarsSoWhite. Disse: ‘Como você quer lidar com isso? Eu realmente acredito que você é o responsável por eu estar aqui'”, contou o ator, em entrevista á revista US Weekly. “Eu disse, ‘Se você quiser que eu vá, eu vou. Se você não quiser, não vou”, continuou. “Ele disse, ‘Não, quero que você vá. E é esse o tipo de cara que ele é. Ele quer que a gente represente o filme.” Além de elogiar seu diretor, Stallone ainda destacou a importância da atuação de Jordan. “Toda vez que eu olho nos olhos dele como ator, eu digo que ele está me fazendo um ator melhor. Acho que ele merecia mais respeito e atenção”, disse o ator veterano. “Eu realmente devo muito a esses dois jovens homens”. Para completar, o eterno Rocky previu: “Todos os talentos acabarão subindo ao topo. É apenas uma questão de quebrar um paradigma e criar uma nova forma de pensar.”

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    Annie Awards: “Oscar” da animação consagra Divertida Mente e O Menino e o Mundo

    7 de fevereiro de 2016 /

    Maior premiação da animação nos EUA, o Annie Awards, considerado o Oscar dos filmes animados, consagrou “Divertida Mente” em sua 43ª edição, que aconteceu na noite de sábado (6/2) em Los Angeles. Foram, ao todo, 10 prêmios conquistados pela produção da Disney/Pixar, incluindo Melhor Filme, Direção e Roteiro (ambos compartilhados por Pete Docter), além de Melhor Dublador para Phyllis Smith, intérprete da personagem Tristeza. Com a vitória, o longa confirma seu favoritismo absoluto na disputa pelo Oscar da categoria. O candidato brasileiro, “O Menino e o Mundo”, também foi premiado, considerado a Melhor Animação Independente, superando produções bem mais caras, como seu rival japonês no Oscar, “As Memórias de Marnie”, além de “O Profeta”. A vitória de “O Menino e o Mundo” realça o trabalho do diretor Alê Abreu como uma das principais animações do ano, além de ampliar seu destaque internacional. O filme foi o primeiro brasileiro a concorrer na categoria. Vencedores do Annie Awards 2016 Melhor Animação Divertida Mente Melhor Animação Independente O Menino e o Mundo Melhor Direção Pete Docter (Divertida Mente) Melhor Roteiro Pete Docter e Ronnie Del Carmen (Divertida Mente) Melhor Dublagem Phyllis Smith (Divertida Mente) Melhor Trilha Sonora Michael Giacchino (Divertida Mente) Melhor Edição Kevin Nolting (Divertida Mente) Melhor Desenho de Produção Ralph Eggleston (Divertida Mente) Melhor Desenho de Personagens Divertida Mente Melhor Animação de Personagens Divertida Mente Melhor Storyboarding Tony Rosenast (Divertida Mente) Melhores Efeitos Animados O Bom Dinossauro Melhores Efeitos Animados em Filme Live-Action Vingadores: Era de Ultron Melhor Animação de Personagens em Filme Live-Action O Regresso (Urso) Melhor Animação de Personagens em Filme Live-Action O Regresso (Urso) Melhor Série Animada Os Simpsons

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    Johnny Depp confessa que tratava mal Leonardo DiCaprio

    6 de fevereiro de 2016 /

    O ator Johnny Depp revelou em entrevista que não tinha paciência com Leonardo DiCaprio quando os dois trabalharam juntos em “Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador”, em 1993. “Eu o torturei”, confessou, diante de uma plateia, no Festival de Santa Barbara. Antes de fazer a revelação, ele fez questão de elogiar o colega mais jovem. “Eu realmente o respeito e ele trabalhou pesado naquele filme, passou muito tempo ensaiando. Ele vinha para o set e estava pronto para filmar”, lembrou. “Mas eu realmente o torturei. Ele estava sempre falando sobre videogames, sabe? E eu estava em um período sombrio da minha vida”, contou. “Eu não lhe dava moral, tipo: ‘Não, Leo, eu não vou te dar um cigarro para você fumar escondido da sua mãe’, eu costumava dizer. Foi uma época difícil para mim, eu não sei porquê”, ele admitiu. “Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador” rendeu a primeira indicação ao Oscar para Leonardo DiCaprio, como Melhor Ator Coadjuvante. Na época, ele tinha 20 anos de idade.

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    Indicado ao Oscar, Brooklyn vai virar minissérie da BBC

    5 de fevereiro de 2016 /

    Indicado ao Oscar de Melhor Filme, o drama “Brooklyn” vai ganhar um versão para a televisão. A história do livro de Colm Tolbin será transformado numa minissérie da rede britânica BBC. Passada nos anos 1950, a trama acompanha a chegada de uma jovem imigrante irlandesa (Saoirse Ronan, de “A Hospedeira”) no bairro nova-iorquino que dá título ao filme. A tristeza de estar longe de casa logo dá lugar à alegria de descobrir o amor com um jovem (Emory Cohen, de “O Lugar Onde Tudo Termina”) de divertida família italiana. Mas o romance é bruscamente interrompido quando ela precisa viajar de volta para a Irlanda, retornando para sua antiga comunidade e despertando uma nova paixão (Domhnall Gleeson, de “Questão de Tempo”), que a deixa num dilema, tendo que escolher entre dois homens e dois países. A versão televisiva, porém, deverá mudar de ponto de vista, centrando-se na pensão para moças administrada por Mrs. Keogh, a personagem interpretada no filme por Julie Walters, indicada ao BAFTA de Melhor Atriz Coadjuvante. “Eu sugeri a ideia a Colm Tolbim bastante tempo atrás, antes mesmo de um primeiro esboço do filme. Estamos conversando com alguns escritores e já temos alguns em vista”, contou a produtora Finola Dwyer, em entrevista ao site Screen Daily. Além de concorrer como Melhor Filme, “Brooklyn” também disputa os Oscars de Melhor Roteiro Adaptado (Nick Hornby) e Atriz (Saoirse Ronan). Ainda inédito no país, o filme tem estreia agendada nos cinemas brasileiros para a próxima quinta, dia 11 de fevereiro.

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    O Regresso é o principal lançamento do Oscar nos cinemas brasileiros

    4 de fevereiro de 2016 /

    “O Regresso”, que estreia nesta quinta (4/2) em 534 salas, não é apenas o maior lançamento da semana. É o maior lançamento de um filme selecionado para o Oscar 2016. Isto representa o apelo de Leonardo DiCaprio, que conseguiu se tornar um ator prestigiado, após diversos papéis lhe renderem sucessivas indicações ao prêmio da Academia, sem, entretanto, perder a popularidade conquistada na juventude, quando as fãs idolatravam seu rosto bonito. Pois “Leo” não está nada bonito em “O Regresso”. Barbudo, sujo, marcado por cicatrizes e feridas abertas pelo corpo, ele interpreta uma força da natureza, superando feras, neve, corredeiras, traições e seu próprio funeral, tamanha sua determinação para sobreviver e se vingar. E vencer o cobiçado Oscar. A história de Hugh Glass é verídica, na medida em que os mitos surgem com bases reais. E esta é a segunda vez que inspira um filme. Outro grande ator, Richard Harris, interpretou o personagem (rebatizado de Zachary Bass) no western “Fúria Selvagem” (1971). Mas a direção do mexicano Alejandro Iñarritu, auxiliado pela fotografia de tirar o fôlego de Emmanuel Lubezki (praticamente um codiretor), fazem de “O Regresso” um espetáculo visceral bem diferente do cinema de outrora. A cena do ataque do urso já entrou para a história, só superada em sua brutalidade por filmes de terror, e de tão realista é capaz de induzir o público a acreditar que DiCaprio realmente contracenou com um urso verdadeiro. Mas há tantas outras sequências impressionantes, materializadas em ritmo intenso, que mal dá tempo para o cérebro processar o que, além da iluminação natural, é de fato real e o que não passa de ilusionismo cinematográfico. Não é à toa que “O Regresso” teve 12 indicações ao prêmio da Academia. A programação de estreias inclui outro drama indicado ao Oscar, o húngaro “O Filho de Saul”, favorito na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. O favoritismo reflete tanto o reconhecimento prévio, que inclui o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes e o Globo de Ouro da categoria, quanto seu assunto. A Academia adora premiar filmes sobre o Holocausto. Mesmo assim, o longa de László Nemes é mais sombrio que a maioria das produções sobre o tema, ao se concentrar no judeu responsável por incinerar os cadáveres das vítimas das câmeras de gás. Sem Leonardo DiCaprio, esse “filme do Oscar” chega em apenas 22 salas. O circuito limitado também destaca um dos “injustiçados” da Academia, o filme indie “Tangerine”, premiado em diversos festivais, inclusive nos respeitados Karlovy Vary e Deauville. Por sinal, ele é um dos favoritos ao “Oscar independente”, o Spirit Awards. Se muito se lamenta a falta de diversidade entre os indicados ao prêmio máximo de Hollywood, “Tangerine” não pode ser mais diverso. Sua trama acompanha transexuais negros na Califórnia. Quando Sin-Dee Rella descobre que seu namorado a está traindo com outra, que não só é uma branquela como também uma mulher de verdade, sua reação é uma explosão de violência, representada de um jeito estabanado e bem-humorado. Filmado com iPhones, que realçam a iluminação das ruas e dão à produção uma textura artificial, “Tangerine” já virou um marco do cinema independente americano e entrou em diversas listas da crítica como um dos melhores filmes de 2015. Infelizmente, será lançado em circuito invisível, em poucas salas do Rio e São Paulo. Enquanto isso, três filmes muito ruins completam a ocupação das salas dos shopping centers de todo o país. Só o sucesso de “Os Dez Mandamentos” pode explicar o destaque conseguido por “Epa! Cadê o Noé?”, uma animação europeia de quinta categoria, sobre os bichinhos falantes da Arca de Noé, que chega em 232 salas. O besteirol americano “Tirando o Atraso” expõe Robert De Niro ao papel ridículo de vovô tarado, em 135 salas. Por fim, “A Escolha” serve para comprovar que os livros de Nicholas Sparks mudam de título, mas não de história, que inevitavelmente inclui um casal interiorano, que se apaixona de forma relutante, até que um acidente acontece no meio do lugar comum. A reciclagem ocupa 123 salas. Confira abaixo os trailers de todas as estreias da semana. Estreias de cinema nos shoppings Estreias em circuito limitado

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    Sem apoio federal, O Menino e o Mundo apela ao público por ajuda na disputa do Oscar 2016

    1 de fevereiro de 2016 /

    O cineasta brasileiro Alê Abreu, que concorre a uma indicação ao Oscar de Melhor Animação por “O Menino e o Mundo”, lançou uma campanha de crowdfunding para divulgar seu filme e tentar conquistar os votos dos eleitores da Academia. A tarefa é inglória, pois o filme está concorrendo com produções de orçamentos milionários. A campanha foi lançada no site Catarse, a primeira plataforma brasileira de financiamento coletivo online. A meta inicial é arrecadar R$ 100 mil que serão utilizados para ações de investimento em relações públicas, envio de DVDs e organização de sessões especiais para os votantes. No primeiro fim de semana, as contribuições chegaram à 40% da meta inicial, mostrando o apoio do público brasileiro à iniciativa. Para ajudar, basta entrar no site oficial da campanha. Mas… e o apoio das “autoridades”? É engraçado que o filme não conte com apoio do governo federal em sua campanha. Afinal, “Que Horas Ela Volta?”, indicado pelo Ministério da Cultura para disputar uma vaga no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, recebeu aporte financeiro da Ancine de R$ 250 mil, para uso na fase inicial de sua divulgação internacional, visando obter uma indicação ao Oscar. Ou seja, gastou mais que o dobro do que pede “O Menino e o Mundo” sem chegar tão longe quanto o filme de Alê Abreu. Até onde se saiba, “O Menino e o Mundo” é tão brasileiro quanto “Que Horas Ela Volta?”. Mas, em seu site oficial, a Ancine apenas “parabeniza o diretor Alê Abreu e toda a equipe do filme ‘O Menino e o Mundo’ pela indicação ao Oscar 2016 de melhor longa-metragem de animação”. Bacana, né? Veja abaixo o vídeo em que Alê Abreu pede apoio para a campanha de “O Menino e o Mundo” no Oscar 2016.

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    Veteranos da Academia se revoltam contra mudanças na votação do Oscar

    29 de janeiro de 2016 /

    Nem todos gostaram das mudanças anunciadas pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas após os protestos por mais diversidade entre os indicados ao Oscar. No anúncio feito na sexta-feira (22/1) em Los Angeles, a principal novidade foi que o voto dos acadêmicos – profissionais da indústria cinematográfica que somam cerca de 7 mil membros – não será mais perpétuo. Os integrantes da Academia terão direito a votar no Oscar por dez anos desde sua filiação, prolongando este direito por nova década se permanecerem ativos – isto é, se continuarem filmando ao longo do período. Com isso, vários membros atuais perderão o direito a votar no Oscar 2017, eliminando um dos maiores obstáculos para as mudanças desejadas. Mas a solução já virou problema, originando uma nova controvérsia. Os eleitores mais velhos, que perderão o direito a votar, começam se insurgir contra a reforma, argumentando terem sido, injustamente, transformados em bodes expiatórios para um suposto racismo de Hollywood. O cineasta Sidney J. Furie, de 82 anos, alega que sua geração foi pioneira ao premiar Sidney Poitier, o primeiro negro vencedor do Oscar de Melhor Ator, em 1963, e a indicar “No Calor da Noite”, estrelada pelo mesmo ator, como Melhor Filme em 1968. “Os mesmos que votaram para aqueles prêmios agora estão sendo acusados de serem entraves para a diversidade”, ele desabafou em um email. Furie, entretanto, continua na ativa e não será afetado pela mudança das regras. O mesmo não acontece com o diretor Sam Weisman (“Perdidos em Nova York”), que não filma desde 2003. Ele assinou artigo na revista The Hollywood Reporter em que lista suas realizações, questionando porque deveria pagar o pato. “Estou sendo condenado por ter vivido quando vivi, após trabalhar duro e fazer sucesso o suficiente para me juntar à Academia. O torna a minha experiência de vida menos digna para não merecer um lugar ativo na Academia?”, ele questiona. Segundo as publicações especializadas dos EUA, nos últimos dias a Academia recebeu diversas cartas raivosas. A ponto de Rod Lurie, diretor do remake de “Sob o Domínio do Medo” (2011), pedir “calma”. “A conversa se tornou muito violenta. Ninguém na Academia deve ser taxado de racista, mas obviamente há preconceitos criados pela demografia dos votantes”, disse, defendendo o ponto de vista da diretoria da entidade. O fato é que a maioria dos membros da Academia não compreendem porque há uma insatisfação profunda pela falta de diversidade no Oscar. Afinal, até aqui, a premiação do Oscar sempre foi um consenso entre homens brancos idosos. De acordo com relatórios da mídia, 94% dos integrantes da Academia são brancos, 77% do sexo masculino e a média de idade entre os votantes é superior a 60 anos. “Nós, os homens brancos, tivemos o poder nos últimos dez mil anos. Neste país, há pelo menos 250 anos. Você se acostuma a falar alto e a não ouvir ninguém. Então, essa insatisfação na Academia é semelhante ao barulho de dinossauros morrendo”, decretou o polêmico documentarista Michael Moore.

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    Cinco Graças mostra a beleza reprimida pela cultura patriarcal

    28 de janeiro de 2016 /

    “Cinco Graças”, estreia da cineasta turca radicada na França Deniz Gamze Ergüven, é um exemplo representativo de cinema feminista, mas, por se passar em um vilarejo na Turquia, também se projeta como filme de resistência contra certas tradições culturais e religiosas, que se revelam desumanas. Mais que feminista, é uma obra humanista. Concorrente francês ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, a produção acompanha cinco irmãs de idades diferentes, que querem ser felizes, mas tudo o que encontram são imposições, barreiras, grades. A mais velha e mais esperta até consegue fugir de casa para transar com o namorado, usando métodos ousados para evitar perder a virgindade ou engravidar. Mas é a mais nova, uma criança ainda, quem narra o filme, e é por seus olhos que vemos a história se desenrolar. Olhos que já começam o filme chorando, ao se despedir da professora, no final do ano letivo. A natureza chama as meninas para os prazeres do amor e do sexo, e isso leva sua família a tomar atitudes drásticas. Encarceradas, elas são condenadas a casamentos de conveniência, para que possam sair de casa sem envergonhar os parentes. E assim as “Cinco Graças” vão se desmantelando. Mas como a trajetória de cada uma delas é singular, a história é rica em surpresas e momentos comoventes. De fotografia deslumbrante, a obra lida muito bem com a beleza dos corpos das moças, em fase de autodescoberta e também da descoberta do mundo em que habitam, que subitamente se revela cheio de maldade. Uma maldade não necessariamente deliberada, mas fruto de anos e anos de cultura arcaica, que exige submissão feminina em pleno século 21. A trama é apresentada com muita simplicidade, até para tornar sua denúncia mais eficaz, como um soco no estômago. E embora retrate uma situação específica, refletindo uma sociedade sob influência da religião muçulmana, poderia se passar em qualquer outro lugar ermo, até no interior do Brasil, onde o patriarcado ainda ditar as regras da convivência.

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    Charlotte Rampling diz ter sido mal-interpretada e também defende maior diversidade no Oscar

    23 de janeiro de 2016 /

    A atriz inglesa Charlotte Rampling, que chamou atenção como voz dissonante na discussão sobre a falta de diversidade no Oscar 2016, disse que sua declaração a uma rádio européia, de que as ameaças de boicote ao evento seriam “racismo contra brancos”, foi “mal interpretada”. Em entrevista ao programa “Sunday Morning”, da rede americana CBS News, a atriz declarou: “Lamento que meu comentário tenha sido mal interpretado. Eu quis dizer que, no mundo ideal, toda atuação deve ter oportunidades iguais de apreciação. Estou muito honrada de integrar o maravilhoso grupo de atores e atrizes indicados este ano”. Charlotte também fez questão de demonstrar-se a favor da busca por mais diversidade na premiação, declarando-se entusiasmada com as novidades apresentadas pela Academia para promover mudanças entre seus membros. “A diversidade na indústria do cinema precisa mesmo ser analisada. Estou muito entusiasmada com as mudanças anunciadas para fomentar a diversidade entre os membros da Academia”, ela apoiou.

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    Academia reage à polêmica racial e anuncia mudanças para o Oscar 2017

    23 de janeiro de 2016 /

    A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas reagiu rapidamente às críticas contra a falta de diversidade entre os indicados ao Oscar 2016. Historicamente avessa à mudanças, sempre buscando alterações sutis e de forma lenta, a entidade surpreendeu com um anúncio de medidas radicais. Antes mesmo de considerar o aumento de candidatos nas categorias da premiação, visando acomodar as minorias, a Academia optou por sacudir suas próprias estruturas. A presidente Cheryl Boone Isaacs, que havia se declarado “desapontada” com a lista dos indicados pelo segundo ano consecutivo, tomou uma decisão histórica, com apoio de sua diretoria, para alterar as regras de filiação, que dão direito ao voto no Oscar. Uma mulher negra será responsável por trazer mais mulheres e minorias à tradicional instituição americana. No anúncio feito na sexta-feira (22/1) em Los Angeles, a principal novidade foi que o voto dos acadêmicos – profissionais da indústria cinematográfica que somam cerca de 7 mil membros – não será mais perpétuo. Os integrantes da Academia terão direito a votar no Oscar por dez anos desde sua filiação, prolongando este direito por nova década se permanecerem ativos – isto é, se continuarem filmando ao longo do período. Apenas aqueles que tiverem uma carreira de mais de três décadas manterão o direito de votar permanentemente no Oscar, independente de sua aposentadoria. Com isso, vários membros atuais perderão o direito a votar no Oscar 2017, eliminando um dos maiores obstáculos para as mudanças desejadas. Ao mesmo tempo, a Academia tentará buscar maior diversidade ao convidar novos integrantes para ocupar suas vagas. De acordo com relatos da mídia, as premiações do Oscar sempre refletiram o gosto de homens brancos idosos. Os dados são brutais: 94% dos integrantes da Academia são brancos, 77% do sexo masculino e a média de idade entre os votantes é superior a 60 anos. Por isso, por mais que incluísse representantes de minorias entre os votantes nos últimos anos, a maioria formada pelo veteranos da indústria continuava a barrar qualquer alteração significativa no conservadorismo do Oscar. Além dessas mudanças entre os eleitores, a Academia adicionou três novos assentos para mulheres e minorias no conselho de sua administração. Assim, a governança da entidade passará a contar com 54 membros, que serão responsáveis por aprovar novas reformas no Oscar, visando dobrar o número de mulheres e minorias até 2020. “As novas regras relativas à governança e votação terão impacto imediato e darão início ao processo de mudança significativa de nossa composição”, disse Isaacs. Mais mudanças ainda serão discutidas em nova reunião da governança da Academia, marcada para terça (26/1), que, segundo apurou o site The Hollywood Reporter, deve abordar o aumento de candidatos nas categorias do Oscar 2017. Com o anúncio de reformas, a Academia reage às críticas relativas à falta de artistas negros entre as indicações do Oscar deste ano. Pela segunda vez consecutiva, os eleitores da Academia esqueceram completamente de incluir negros nas principais categorias da premiação, embora tenham selecionado integrantes brancos de filmes dirigidos e estrelados por afro-americanos. A ausência de negros inspirou um movimento de boicote, ensaiado pelo diretor Spike Lee e o casal de atores Jada Pinkett Smith e Will Smith, e até críticas de astros brancos, como George Clooney e Mark Ruffalo. Mais significativa, porém, foi a decisão do veterano compositor e produtor Quincy Jones de condicionar sua presença no evento, após ser convidado a entregar um prêmio, ao direito de discursar sobre o assunto. A reação rápida de Isaacs também visa impedir que outros convidados se sintam estimulados a acrescentar comentários potencialmente danosos à reputação da Academia, durante a exibição da premiação, que é transmitida para todo o mundo. A cerimônia de premiação do Oscar 2016 acontecerá no próximo dia 28 de fevereiro em Los Angeles, com apresentação do comediante Chris Rock e transmissão no Brasil pelos canais Globo e TNT.

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    Charlotte Rampling alimenta a polêmica ao dizer que boicote ao Oscar é racismo contra brancos

    22 de janeiro de 2016 /

    A controvérsia envolvendo a falta de diversidade no Oscar ganhou vozes dissonantes. A inglesa Charlotte Rampling, indicada ao prêmio de Melhor Atriz por “45 Anos”, disse, em entrevista à rádio francesa Europe1, que o boicote à premiação levado adiante por artistas negros, como Spike Lee e Will Smith, é, na verdade, “racismo contra os brancos”. Ela completou a afirmação, acrescentando: “É difícil saber se é o caso, mas pode ser que atores negros não merecessem estar na lista”. Por isso, ela se diz contrária à criação de cotas para melhorar a diversidade na premiação. “Por que classificar as pessoas? Vivemos numa época onde somos mais ou menos aceitos. Mas sempre haverá problemas. Por isso é preciso criar milhares de pequenas minorias em todo canto?”, questionou. A ela se juntou a voz de outro ator veterano inglês, Michael Caine, que não foi indicado por seu desempenho em “Juventude”, apesar de ter premiado pela Academia Europeia de Cinema. Vencedor de dois Oscars, Caine disse em entrevista à rádio BBC que não deveria ser obrigatório votar em um ator só porque ele é negro. “Há vários atores negros. Você não pode votar em um ator só porque ele é negro. Você não pode simplesmente dizer, ‘Ele não é muito bom, mas ele é negro. Vou votar nele.’ Você tem que votar em uma boa performance.” Entretanto, Caine também disse ter ficado surpreso ao saber que o ator negro Idris Elba não foi indicado ao Oscar pelo seu trabalho em “Beasts of No Nation”. Perguntado se ele pretende ir à premiação, respondeu que “é uma viagem muito longa para apenas ficar sentado e aplaudir o Leonardo DiCaprio”.

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    Após polêmica racial, Academia vai se reunir para modificar as regras do Oscar 2017

    22 de janeiro de 2016 /

    A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas sentiu o peso das críticas e ameaças de boicote pela falta de diversidade no Oscar 2016. De acordo com o jornal The New York Times, a organização planeja mudar o formato da premiação, na tentativa de evitar que 2017 se torne o terceiro ano consecutivo sem artistas negros nas categorias principais. De acordo com o jornal, a Academia está estudando fixar o número de indicados a Melhor Filme em dez candidatos. Atualmente, a relação pode incluir até dez, mas tem preferido eleger menos. O critério para a seleção seria a qualidade. Assim, para a Academia, no ano passado “Selma” não teve qualidade suficiente e este ano “Creed – Nascido para Lutar” e “Straight Outta Compton – A História do NWA” tampouco, o que limitou a lista de Melhor Filme a oito longa-metragens. Assim como nenhum filme de diretor negro foi considerado bom o suficiente, seus cineastas tampouco entraram na lista do Oscar de Melhor Direção. Também não há bons roteiristas negros, segundo a Academia. E entre os 20 candidatos nas categorias de interpretação, nenhum ator negro se destacou nem no ano passado nem neste. Curiosamente, integrantes brancos de filmes dirigidos e estrelados por negros conseguiram indicações, casos dos roteiristas de “Straight Outta Compton” e o coadjuvante de “Creed”, Sylvester Stallone. Além de fixar a lista de concorrentes a Melhor Filme, a direção da Academia, que é presidida por uma negra, Cheryl Boone Isaacs, estuda aumentar a quantidade de indicados a Melhor Ator e Atriz, o que possibilitaria a inclusão de mais etnias. Mas esta saída pode se voltar contra a própria Academia, se apenas aumentar o número de brancos indicados ao prêmio. A mudança mais polêmica, porém, pode atingir os votantes. Os organizadores do Oscar estudam aumentar a representação das minorias e aposentar integrantes da Academia que estão efetivamente aposentados – isto é, não atuam na indústria cinematográfica há mais de uma década. Atualmente, apenas 2% dos membros da Academia são negros, sendo essa porcentagem ainda menor entre os latinos. A maioria dos cerca de 7 mil votantes é branca, masculina e idosa, o que dá um viés conservador à premiação. A eliminação dos integrantes mais velhos, que já não fazem cinema há muito tempo, pode ter uma influência profunda não apenas no processo de seleção de indicados, mas também nos próprios premiados. Como esquecer de Tony Curtis dizendo que jamais apoiaria um filme de gays para justificar não ter visto “Brokeback Mountain”, mentalidade que permitiu que o fraquíssimo “Crash” vencesse o Oscar de 2005? As mudanças serão discutidas em reunião da Academia marcada para o dia 26 de janeiro.

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