Annie Ross (1930 – 2020)
A atriz e cantora Annie Ross, conhecida pelo hit de jazz “Twisted” e por papéis em filmes como “Superman 3” (1983) e “Short Cuts – Cenas da Vida” (1993), morreu na terça (21/7) por complicações cardíacas. Nascida Annabelle Macauley Allan Short, ela começou sua longa carreira ainda na infância, graças à influência da tia, a atriz e cantora Ella Logan, aparecendo em curtas dos Batutinhas aos sete anos de idade. Sua estreia em longa-metragem foi como irmã mais jovem de Judy Garland na comédia musical “Lilly, A Teimosa” (1943). Mas o trabalho que lhe deu projeção acabou sendo uma música. Ela virou a queridinha do jazz americano na década seguinte, com o lançamento de “Twisted”, música de 1952 sobre as memórias perturbadas de uma paciente psiquiátrica. Durante os anos 1950 e 1960, Annie Ross cantou ao lado de Dave Lambert e Jon Hendricks no trio Lambert, Hendricks & Ross, que lançou o disco “Sing a Song of Basie” (1957) considerado um clássico do jazz. Em 1962, eles venceram um Grammy pelo álbum “High Flying”. O sucesso musical a afastou das telas. Ela ficou tão famosa que, quando aparecia em alguma produção, interpretava a si mesma, como aconteceu num episódio da série britânica “O Santo”, em 1965. Mas após duas décadas dedicadas à música, Annie precisou voltar aos cinemas a partir dos anos 1970, após um divórcio que a deixou falida. Ela alternou participações em musicais de teatro com pequenos papéis em filmes como “Alfie – O Eterno Sedutor” (1975), “Os Yankees Estão Voltando” (1979) e principalmente “Superman III” (1983), em que interpretou a irmã do vilão Ross Webster (Robert Vaughn), transformada em um ciborgue na história. Curiosamente, acabou tendo maior projeção em duas continuações da franquia de terror “Basket Case”, produzidas em 1990 e 1991, além de ter interpretado a diretora da escola de Christian Slater no cultuado “Um Som Diferente” (1990), um filme sobre o poder subversivo do rock alternativo. Neste período, ela descobriu que tinha um fã no diretor Robert Altman, que a incluiu em dois filmes consecutivos. Após viver a si mesma em “O Jogador” (1992), Altman a escalou em “Short Cuts – Cenas da Vida” (1993), como uma cantora de jazz que lutava para se recuperar do vício em heroína e voltar aos holofotes. A personagem parecia ter sido escrita sob medida, já que Annie Ross enfrentou o vício da droga na vida real. “Short Cuts” representou um renascimento da carreira musical de Ross, que também cantou em sua trilha sonora. O filme lhe rendeu convites para retomar as turnês artísticas. Reinventando-se como cantora de cabaret, com espetáculos lotados, ela despediu-se dos cinemas pela última vez no ano seguinte, encerrando sua filmografia com “Céu Azul” (1994), um romance estrelado por Jessica Lange e Tommy Lee Jones. Ross se apresentou regularmente no Metropolitan Room até o fechamento da sala de espetáculos nova-iorquina em 2017, e, em 2014, lançou seu último álbum, “To Lady with Love”, uma homenagem a Billie Holiday.
Ex-ator mirim de Os Batutinhas é preso por drogas nos EUA
O ator Bug Hall, que viveu o Alfafa na versão dos anos 1990 de “Os Batutinhas”, foi preso nos Estados Unidos, acusado de estar usando drogas inalantes. De acordo com o site TMZ, ele estava hospedado num hotel no interior Texas. A polícia foi acionada no sábado (20/6) pelos funcionários do hotel devido ao temor de que ele estivesse sofrendo uma overdose — o que não aconteceu. Ele acabou sendo levado preso pelas autoridades quando os policiais encontraram embalagens de aerosol, que estavam sendo usadas para inalação de gases químicos. De acordo com as autoridades, ele admitiu culpa e foi preso por posse e ingestão de substâncias químicas voláteis. Hoje com 35 anos, Hall nunca repetiu o sucesso da infância, mas continuou atuando em produções baratas e séries de TV, como “CSI”, “Nikita” e “Revolution”. Ele também participou do remake mais recente da franquia centenária (“Os Batutinhas” é da época do cinema mudo), figurando como sorveteiro e entregador em “Os Batutinhas: Uma Nova Aventura” (2014).

