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    José Padilha está fazendo documentário sobre a Operação Lava Jato

    12 de setembro de 2019 /

    O cineasta José Padilha está fazendo um documentário sobre a Operação Lava Jato. O UOL apurou que o diretor esteve nesta quinta-feira (12/9) no Rio de Janeiro, para registrar imagens e entrevistas na redação do The Intercept Brasil, o site responsável pelos vazamentos de mensagens trocadas pelos integrantes da força-tarefa. O projeto é uma produção internacional, com participação da Concordia Studio, produtora do documentário “Uma Verdade Inconveniente” (2006), escrito e narrado pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, que venceu dois Oscars em 2007. Diretor do documentário “Ônibus 174” e dos dois filmes da saga “Tropa de Elite”, Padilha também é o criador da série “O Mecanismo”, da Netflix, livremente inspirada na operação da Lava Jato. A produção de streaming retratava a Lava Jato como um feito histórico de enfrentamento à corrupção no Brasil. Mas, em maio, durante promoção da 2ª temporada da atração, Padilha começou a criticar abertamente Sérgio Moro, o juiz que sentenciou Lula à prisão às vésperas das últimas eleições, por aceitar cargo no ministério de Jair Bolsonaro. A previsão de estreia do documentário, que ainda não tem título oficial, é para o primeiro semestre de 2020.

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    Democracia em Vertigem manipulou foto histórica para esconder armas de militantes mortos pela ditadura

    30 de julho de 2019 /

    A revista Piauí alertou para a manipulação de uma imagem no documentário “Democracia em Vertigem”. Duas armas foram retirados de uma fotografia histórica, que aparece aos seis minutos no documentário dirigido e narrado por Petra Costa. É uma fotografia em preto e branco onde há dois homens mortos, um deles identificado pela cineasta como “o mentor dos meus pais: Pedro Pomar”. Petra explica então que seu nome é uma homenagem feita por seus pais a Pedro. No retrato, o jornalista Pedro Ventura Felipe de Araújo Pomar e Ângelo Arroyo, dirigentes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), aparecem mortos e ensanguentados, após serem executados na manhã do dia 16 de dezembro de 1976 pelas forças sob o comando do Segundo Exército, numa casa térrea na rua Pio XI, em São Paulo. O episódio ficou conhecido como a Chacina da Lapa. No documentário, os corpos aparecem desarmados. Entretanto, a mesma fotografia, anexada a um dos laudos da morte de Pedro Pomar, datado de 27 de dezembro de 1976 e arquivado no Instituto de Criminalística de São Paulo, traz um revólver do lado direito do corpo de Pomar e uma carabina embaixo da mão direita de Arroyo. Procurada pela Piauí, Petra Costa disse que estava esperando alguém reparar para tocar no assunto. Por e-mail, a documentarista confirmou que a foto é a mesma e as armas foram digitalmente retiradas da fotografia usada no filme. “Há uma razão para isso, e eu estava esperando que alguém do público notasse. Como afirmei no documentário, Pedro era o mentor político da minha mãe, e foi amplamente reconhecido que a polícia plantou armas ao redor dos corpos dos ativistas assassinados, como uma desculpa para seus assassinatos brutais”, escreveu Petra. A diretora continuou: “Há um debate significativo sobre a veracidade das armas nesta cena, com muitos comentários. E até a própria Comissão da Verdade trouxe evidências para as alegações de que a polícia plantou as armas após a morte de Pedro, e por isso optei por remover esse elemento e homenagear a Pedro com uma imagem mais próxima à provável ‘verdade’.” De fato, existem documentos públicos, livros e artigos que apontam uma manipulação da cena daquele crime pelas forças militares. Um deles é o relatório da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, criada no governo Fernando Henrique Cardoso para reconhecer mortes e desaparecimentos, e indenizar familiares de vítimas da ditadura militar. Nele, há o relato de Maria Trindade, ocupante da casa na Lapa e única sobrevivente do massacre. Ela afirmou que Pomar não havia caído na posição em que se encontra na fotografia, tampouco estava de óculos no momento em que fora alvejado. O repórter Nelson Veiga, da TV Bandeirantes, que foi o primeiro jornalista a chegar à cena do crime, disse à Folha de S.Paulo, dez anos depois do massacre, que, quando entrou na residência, não havia armas perto dos corpos de Pomar e Arroyo. “Pela disparidade de forças, aconteceu ali uma matança”, disse o repórter. Um laudo independente, do médico Antenor Chicarino, constatou que “diversas lesões existentes na vítima foram omitidas no laudo. Dentre outras, foi omitida a menção a lesões típicas compatíveis com ‘zona de tatuagem’ – lesões que indicam proximidade do disparo – assim como ferimento perfuro contuso em região temporal anterior, possivelmente correspondente a tiro de execução”, diz texto de denúncia do MPF de São Paulo. Segundo testemunhas, foram cerca de vinte minutos de tiros e pânico na vizinhança da Lapa durante a operação. E depois o corpo de Pomar foi enterrado com um nome falso no cemitério de Perus. “Com o intuito de dificultar sua exumação e, assim, a apuração da fraude”, diz a denúncia do MPF. Em 1980, a família de Pomar descobriu o paradeiro dos restos mortais e fez o translado para o Pará, terra natal do jornalista. Assim, há indícios evidentes de que a cena do crime foi forjada pelos militares, colocando as armas perto dos militantes mortos para justificar a execução. E Petra Costa justifica essa manipulação para fazer a sua manipulação em seu filme. “Afirmo que a imagem da morte de Pedro foi marcada por essas armas colocadas ao redor do seu corpo após sua morte. E senti uma oportunidade para corrigir um erro percebido por muitos”, declarou. A revista, então, foi ouvir a opinião de outras pessoas envolvidas na história, para saber o que acharam da falsificação da imagem. O jornalista Pedro Estevam da Rocha Pomar, neto do dirigente comunista e autor de uma coleção de livros chamados “Massacre na Lapa”, sobre o ataque em 1976, disse que não concorda com a retirada. “Tenho certeza de que ela fez isso com as melhores intenções, de boa-fé. Ainda assim, acho um erro. Não há porquê. Devia ter mantido a foto como ela é. A própria foto original já tinha uma adulteração da cena do crime… Era melhor ter mostrado a foto e contado o seu contexto.” Eduardo Escorel, montador de documentários premiados como “Cabra Marcado para Morrer” e “Santiago”, de Eduardo Coutinho, e diretor de “Imagens do Estado Novo – 1937-45”, trabalhou por quatro meses como consultor de montagem de “Democracia em Vertigem” em 2017, e disse que não soube da alteração da imagem até a estreia do longa. A alteração da fotografia também não é mencionada no filme, que está em cartaz no catálogo da Netflix em 150 países. “Há documentaristas que encenam, inventam, fazem referências inexistentes, ou atribuem aos personagens coisas que eles nunca fizeram. Existe uma tendência do cinema de desenvolver uma área comum entre a ficção e o documentário. Isso não quer dizer que não persista uma diferença. Mesmo quando o documentário trabalha com elementos ficcionais, de recriações, e mesmo neste caso, o espectador precisa estar advertido sobre o que está vendo. Adulterar uma imagem qualquer e fazer essa imagem passar por algo que ela não é, acho um procedimento equivocado”, diz Escorel. Na opinião dele, um procedimento possível seria dedicar mais tempo a essa foto e relatar sua história. Outro seria colocar uma nota ou uma legenda no fim do filme, dizer que a foto foi alterada e por qual motivo. “O compromisso ético do documentarista é com o espectador. E iludir o espectador, ao meu ver, não é próprio do documentário”, afirma Escorel. Claro que essa visão de que documentarista tem compromisso ético é tão idealizada quanto a lenda de que jornalista é isento. Na verdade, filmes baseados em imagens reais e depoimentos nada mais são que trabalho de edição para criar uma narrativa. No caso, o filme de Petra Costa se insere na “narrativa do golpe”, como outras produções feitas por cineastas militantes em torno do Impeachment da presidente Dilma Rousseff. Manipular imagem real faz parte da construção dessa narrativa. O que contraria a tese é descartado. Entretanto, o produto manipulado é apresentado como “factual”. Não é um fenômeno exclusivo de documentários da “esquerda”. Vem aí, a seguir, o “filme do mito”, “Nem Tudo se Desfaz”, de Josias Teófilo, que vai abordar o mesmo período de “Democracia em Vertigem” e contar história radicalmente oposta, com conclusão conflitante. Trata-se de uma guerra cultural de retóricas, onde o que menos importa é a “verdade”. Ou melhor, cada lado tem a sua “verdade”, e ela permite maquiar fotos sem aviso para os espectadores. Porque até a manipulação é justificada com o nome dela, da “verdade”.

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    Democracia em Vertigem reflete impasses do cinema militante no Brasil

    24 de junho de 2019 /

    Lamento profundamente discordar da grande onda de encantamento e comoção em torno de “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa, mas gostaria de propor uma reflexão sobre porque esse filme me pareceu tão insatisfatório. Gostaria de começar lançando uma pergunta: a quem esse filme se destina? Petra tem como objetivo promover uma análise panorâmica sobre as transformações políticas de nosso país. Como um país que guiava em direção à democracia, enfrentou, em tão pouco tempo, uma descontinuidade abrupta, a ponto de a diretora considerar que a democracia foi na verdade “um sonho efêmero”? A base dessa pergunta já revela os pressupostos políticos da realizadora. A questão não é propriamente “de que lado ela (ou o filme) está” mas quais os métodos utilizados pelo filme para dar forma ao seu discurso. E o que o desenvolvimento desse discurso provoca como reflexão sobre o curso de nosso país. Pois bem: a partir dessa ambição panorâmica a nível macro, Petra adiciona um elemento típico de sua filmografia – uma análise pessoal, como uma espécie de documentário em primeira pessoa. Contemplar a presença da morte, do fracasso ou da culpa já estava presente no seu anterior “Elena” (2012). O desafio de “Democracia” é então articular o drama familiar individual em primeira pessoa com a observação macro dos rumos políticos do país. Na dimensão individual, Petra lança alguns elementos. O principal deles é a sua própria voz-over, que se afasta das imponentes “vozes-de-deus” em tom “branco” e preenche a camada sonora com um perfil humano comum. O segundo é a reflexão sobre o choque de perspectivas entre seus pais, antigos militantes de esquerda (sua mãe chegou a ser presa no mesmo local de Dilma), e a tradição de seus avós, ricos empresários da Andrade Gutierrez, uma das empresas denunciadas na Lava Jato. Petra então é herdeira direta desses dois grupos opostos que fracassaram – os militantes de esquerda e a elite empresarial brasileira. No entanto, os impasses dessa filiação não são aprofundados de fato pela realizadora. “Democracia em Vertigem” não é uma reflexão sobre a posição de classe da realizadora ou sobre o fracasso de uma geração, aos moldes de filmes que trabalham as fissuras da linguagem documental, aprofundando e complexificando suas cicatrizes, como “Os Dias com Ele” (2012), de Maria Clara Escobar, um duro acerto de contas da própria realizadora com seu pai, ou mesmo “Santiago” (2007) e “No Intenso Agora” (2017), de João Moreira Salles. A inclusão do elemento familiar ou íntimo acaba servindo na verdade como mero entremeio para a principal função do filme: a construção de uma narrativa sobre as transformações do regime político brasileiro, ou ainda, a perda de legitimação do Partido dos Trabalhadores e a ruptura da tradição democrática. A forma como Petra constrói essa narrativa macropolítica articula as imagens de arquivo com a própria narração de Petra, que, por boa parte do filme, meramente ilustra e costura o que as imagens em si não conseguem propor. Assim, a voz-over, mais do que investir no documentário em primeira pessoa, funciona como alicerce para a corroboração da construção de uma narrativa (um discurso) sobre o país. É ela quem no fundo apresenta o que é o filme. A forma didática e linear, com relações de causa-e-efeito forçadas, sem grandes sutilezas, desvela uma narrativa sem grandes novidades em relação ao discurso hegemônico da esquerda. São raros os momentos em que o filme procura inserir camadas de cinza ou questionamentos sobre algumas contradições e paradoxos internos do PT. São raros os momentos em que o filme reflete sobre a própria produção dessas imagens, sobre suas lacunas ou fissuras. Um deles, notável exceção, ocorre durante a posse de Dilma, quando Lula, Dilma e Marisa descem a rampa do Planalto, com a companhia de Temer. Nesse momento, o filme promove uma leitura dessa imagem como um certo prenúncio do impeachment, visto o nítido isolamento de Temer em relação aos outros três corpos. Em outro deles, Dilma confidencia a Lula, no momento imediatamente após a confirmação do resultado da sua primeira eleição como presidente: “você que inventou essa”. Nesses momentos, parece que o filme escapa de sua vocação apriorística e se abre para as dobras e os paradoxos das imagens. São momentos em que o filme se liberta da necessidade de corroborar um discurso e mergulha em simplesmente olhar para as imagens e tentar entender o que elas dizem, suas camadas e hiatos. Sinto falta no filme de Petra que ela realmente olhe para as imagens, antes de manuseá-las como função no interior da narrativa. Ou seja, as imagens parecem que estão aprisionadas diante do discurso prévio da realizadora. Petra lida com essas imagens sem deixá-las respirar ou falar por si mesmas, mas as mostra apenas se servem como testemunha ou elemento de acusação, ou ainda como mera peça de uma grande tapeçaria, como se realizasse uma narrativa típica do cinema clássico, mas com imagens que não lhe pertencem. O que sobrevive do filme de Petra não é sua narrativa de costura forçada, em grande máquina industrial, simulando um look semicaseiro, mas os pequenos momentos em que as imagens, sorrateiras e traiçoeiras, se libertam do arremedo totalizante da realizadora e se deixam revelar em suas bordas e lacunas. Mas aqui volto a pergunta inicial: a quem o filme se destina? Pela exposição minuciosa dos grandes temas já exaustivamente apresentados pela grande imprensa, como um grande resumo jornalístico, sem apresentar grandes novidades ou reflexões mais aprofundadas, me parece que o filme se destina primordialmente para um público que não tem muita intimidade com o desenrolar dos fatos, especialmente para o público estrangeiro. Ainda mais pelo fato de o filme ser produzido e distribuído mundialmente pela Netflix, a suspeita se reforça. Alguns poderiam estranhar o fato de uma empresa internacional – que se movimenta para aprovar a regulação do VOD no país, ainda em suspenso, favoravelmente a seus interesses comerciais, inclusive articulando sua inclusão no Conselho Superior de Cinema – produzir um filme com um discurso claramente oposto ao governo no poder. Mas “Democracia em Vertigem” é o outro lado de “O Mecanismo” – série de José Padilha que causou polêmica ao tratar, por meio da ficção, os acontecimentos da Lava Jato de forma um tanto caricata e irresponsável, como um mero thriller policial. É o avesso que confirma a regra, já que, no fundo, o que a empresa busca, para além de sua inclinação ideológica, é a realização de produtos que gerem dinheiro. E o valor, no mundo do capitalismo cognitivo, está diretamente relacionado com o quanto de buzz o filme consegue movimentar nas mídias, nas redes sociais, de uma classe média pronta para consumir esses produtos. Ou seja, a ideologia do capital é o próprio capital. Pois se a democracia está em vertigem, em crise ou em risco, “Democracia em Vertigem” nunca se põe verdadeiramente em risco, nunca provoca de fato o espectador para as contradições de seu momento histórico ou para o papel e a função das imagens. Meramente ilustrativo sobre um discurso firmemente sustentado a priori, descrito pela narração em over, “Democracia” arrola um conjunto de tautologias, repetindo para o público de esquerda os mantras já fartamente conhecidos por ele. Concluo então pensando como pode ser o cinema político. No mundo de grandes dualismos em que vivemos, a política no cinema não deve ser dissociada da questão da liberdade. O fracasso de “Democracia em Vertigem” é que o projeto tautológico da realizadora raramente estimula que o espectador veja o mundo com seus próprios olhos. Guiando-o pelas mãos a partir de uma identificação com a própria posição da realizadora, o público (de esquerda) de “Democracia em Vertigem” passeia pela narrativa confortavelmente, como se estivesse descorporificado, com se flanasse pelas belas imagens de Brasília a bordo de um dos drones que sobrevoam a paisagem. Há aqueles que criticam a posição de Petra analisando as contradições de seu “lugar de fala”, que exacerba sua leitura classista dos acontecimentos – ou seja, a diretora, mesmo filha de militantes, permanece seguramente ancorada no seu lugar de privilégio. Mas nem recorro a esse ponto. Para além da falta de coerência entre a articulação entre o íntimo e o coletivo, destinada aos brasileiros e estrangeiros da “esquerda do Netflix”, o grande problema de “Democracia” está na superficialidade de sua visão de país. Problema que também perpassa, ou atravessa, um elemento crucial, tipicamente cinematográfico: sua falta de ousadia, sua incapacidade de sonhar, sua atrofia em imaginar aquilo que as imagens e os discursos prontos não respondem de supetão. No fundo, a tautologia de “Democracia em Vertigem”, ao construir uma narrativa fechada dos vilões que surrupiaram o poder, reflete a falta de um projeto político-estético para o cinema de esquerda do país de hoje – ou ainda, os impasses de certo cinema militante hoje no país. Por isso, o que me espanta não é propriamente o filme realizado por Petra mas especialmente a recepção – rápida e instantânea – que o filme atingiu num certo público – em especial cineastas e artistas de esquerda. Uma adesão instantânea que bloqueia os paradoxos do discurso apresentado pelo filme. Uma reação que me parece refletir um certo “desespero”, como se esse filme fosse uma âncora, bússola ou mapa, para mostrar à sociedade que é preciso acreditar nessa narrativa para que possamos sobreviver à loucura ou à tormenta. Mais interessante que o filme tem sido acompanhar a recepção de “Democracia em Vertigem”. A comoção em torno do filme acaba evidenciando a profunda falta de perspectivas e a crise de pensamento da hegemonia da esquerda brasileira. Se quisermos virar o jogo, precisamos de narrativas melhores.

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    Trailer do documentário Democracia em Vertigem reflete a queda do petismo

    5 de junho de 2019 /

    A Netflix divulgou o pôster e o trailer de “Democracia em Vertigem”, um dos muitos documentários gravados durante o processo de Impeachment de Dilma Rousseff. O diferencial é que a diretora Petra Costa se coloca na trama como narradora, assumindo o parcialismo da narrativa, ao mesmo tempo em que amplia a abordagem para além do Impeachment, mostrando a prisão de Lula e a ascensão de Bolsonaro. A prévia tem ótimas imagens, que confirmam o talento da ainda jovem Petra Costa como uma das melhores documentaristas brasileiras. Mas isso não significa que a verdade pessoal da narradora possa ser confundida com a verdade de uma apuração isenta. Documentários tendem a ser parciais, já que não seguem regras jornalísticas, e podem ser manipuladores quando adotam uma abordagem impressionista. A forma como Lula surge no vídeo, quase um santo milagreiro, e a forma como Petra narra a ascensão do petismo passam longe da isenção. A família da documentarista é muito ligada ao ex-presidente preso. Petra é herdeira da Andrade Gutierrez, uma das empresas enredadas na Lava-Jato, que teria pago despesas da eleição de Dilma. Um médico afirma que a família pagou uma cirurgia plástica para Lurian, filha de Lula, que morou com Marília Andrade, mãe de Petra, em Paris. Lurian diz que trabalhou como babysitter no período, possivelmente da própria cineasta, que era uma criança na época. Além disso, a mãe da cineasta também comprou um sítio ao lado do de Lula, em Atibaia. Frequentavam-se. A diretora pode ter explorado essa familiaridade para conseguir acesso exclusivo (uma das frases do pôster destaca o “acesso sem igual”), como nos registros das últimas horas de ‘Lula livre”. Uma das cenas do vídeo mostra Lula por volta deste momento, num carro, bem perto da câmera, dizendo que queria ter feito mais. O tom de mártir, sugerido pela montagem, contrasta com reportagens que revelaram o arrependimento de importantes petistas em não ter feito “mais” para aparelhar a máquina estatal, de modo a manter o partido no poder. Aparelhamento que acabou rendendo corrupção, a Lava-Jato, polarizou o país e culminou na eleição de Bolsonaro. A prévia de “Democracia em Vertigem” exalta uma parte importante da história recente do Brasil. E demonstra contar muito bem, de forma extremamente profissional e artística. Mas o próprio filme serve de exemplo para os motivos que levaram à queda do petismo – a narrativa mitológica, imbuída numa missão de salvação nacional, em tom de seita. É de extremo bom senso redobrar a atenção diante de narrativas que confundem democracia com um projeto de poder. Democracia não pertence a um partido – isto costuma ser outra coisa. Não acaba quando o rival vence uma eleição. Ao contrário, consiste em aceitar a alternância de poder, mesmo que o adversário seja… Bolsonaro. De fato, a falta de autocrítica do partido de Lula e a visão acrítica de seus seguidores, bem representada no trailer de “Democracia em Vertigem”, acabou sendo o maior responsável pela vitória da extrema direita ultraconservadora, eleita com o voto anti-petista. Vale lembrar que a empresa da família da documentarista fez a autocrítica que os petistas se recusam a formalizar: “Reconhecemos que erros graves foram cometidos nos últimos anos e, ao contrário de negá-los, estamos assumindo-os publicamente”, disse um anúncio da Andrade Gutierrez, publicado após firmar um acordo de leniência com o Ministério Público Federal, ao ser pega na operação Lava-Jato. O pôster diz que o filme já está disponível. O trailer revela que a estreia está marcada para 19 de junho em streaming. Até nisso, há duas “verdades” distintas.

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    2ª temporada de O Mecanismo troca Lula por Temer como vilão da história

    11 de maio de 2019 /

    Criticada por petistas pela forma como tratou os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff em sua 1ª temporada, a série “O Mecanismo” mudou seu discurso e agora até elogia o PT. Numa guinada narrativa, a produção encontrou novo alvo em outro ex-presidente, Michel Temer, por meio de seu avatar Samuel Thames na trama da ficção. Chamado de “vampirão”, o político é descrito como o maior corrupto e o mais perigoso do Brasil. E seu partido, (P)MDB, seria o responsável por toda a corrupção após a ditadura militar no país. Numa das cenas que mais chama atenção nos novos episódios, o braço direito da delegada Verena (Caroline Abras) na Operação Lava Jato da série, o policial Vander (Jonathan Haagensen), tem uma crise de consciência quando é escalado para fazer a condução coercitiva de Lula (ou melhor, Gino, interpretado por Arthur Kohl). Ele revela que foi o primeiro membro de sua família a fazer faculdade, tudo por causa das políticas inclusivas do ex-presidente. Verena também começa a questionar as investigações ao perceber que a Lava Jato estava sendo usada por políticos para levar adiante seus próprios interesses. Para ilustrar esse questionamento, “O Mecanismo” voltou atrás até em um dos momentos mais polêmicos. No primeiro ano, a ficção botou na boca de Gino/Lula a frase “temos que estancar a sangria”, que na realidade foi dita por Romero Jucá, seu ex-ministro e um dos articuladores do impeachment de Dilma Rousseff. No segundo ano, o deslize é compensado com a repetição da frase por Lúcio Lemes (Michel Bercovitch), o Aécio Neves da trama, que ainda aparece cheirando cocaína. Mesmo Janete Ruscov (Sura Berditchevsky), a Dilma da história, vira vítima das manipulações de seu vice, embora também tropece na própria incompetência. Tudo culmina na descrição de sua queda como um “golpe”, a palavra mágica da narrativa petista, em vez de uma traição entre facções criminosas que até então saqueavam o país juntas. A 2ª temporada de “O Mecanismo” chegou à Netflix na sexta-feira (10/5), com mais oito episódios estrelados por Selton Mello, Caroline Abras, Enrique Diaz e Jonathan Haagensen.

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    Polícia Federal: A Lei É Para Todos vai virar trilogia com impeachment de Dilma, prisão de Lula e eleição de Bolsonaro

    14 de novembro de 2018 /

    O filme “Polícia Federal: A Lei É Para Todos” vai virar trilogia. O produtor Tomislav Blazic revelou seus planos ao UOL, contando que o segundo filme mostrará a prisão de Lula e o terceiro repercutirá a eleição de Jair Bolsonaro, com o juiz Sergio Moro alçado a Ministro da Justiça. A história de “Polícia Federal – A Lei é Para Todos 2” mostrará os eventos ocorridos logo depois do final do primeiro filme. Dentre os fatos previstos estão o impeachment da então presidente Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Lula. “Quando o Lula foi preso, nós estávamos na porta da Polícia Federal, em Curitiba, e gravamos, do lado de fora, a chegada do ex-presidente. Possivelmente usaremos essas cenas no final do filme”, adiantou Blazic. Também entrarão no longa as investigações e prisões do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a morte do Ministro do Supremo Teori Zavascki, a gravação da conversa entre Joesley Batista e Michel Temer e as acusações contra o senador Aécio Neves. Já o projeto do terceiro filme mostraria a eleição de Jair Bolsonaro e novos desdobramentos da Lava Jato. “Ainda acho muito cedo apontar qual será o roteiro do filme, mas, sim, está tudo encaminhado para mostrarmos o Moro no Ministério da Justiça”. O orçamento dos dois próximos filmes gira em torno de R$ 16 milhões, cada um. As filmagens da parte 2 deverão começar em março e o lançamento poderá ocorrer ainda no segundo semestre do ano que vem, com a parte 3 prevista para 2020. O diretor e o roteirista deverão ser os mesmos, Marcelo Antunes e Gustavo Lipsztein. Mas há dificuldade de reunir o elenco original. Dos atores já confirmados estão Bruce Gomlevsky e Rainer Cadete. “Sobre o restante do elenco, ainda precisamos conciliar as agendas”. No primeiro filme, o papel de Sérgio Moro foi interpretado por Marcelo Serrado, mas o nome dele ainda não está confirmado na continuação. Ao contrário do filme original, feito sem dinheiro público, o segundo longa que conta a história da operação Lava Jato foi autorizada a captar R$ 13,7 milhões por meio da Lei do Audiovisual. Para Blazic, as pessoas que criticavam o uso do dinheiro público no filme achavam que ele iria fazer um filme com viés partidário contra a esquerda. “Depois de lançado, o público percebeu que falávamos da corrupção. Mas além do PT tem também o PMDB, o PSDB”, explicou. “Agora, ninguém poderá questionar as nossas questões partidárias. Na verdade, quem berra sobre as leis de incentivo são os acusados”. Para o produtor, a Lei do Audiovisual é importante para a área. “Sem ela, não se faz filmes. No primeiro filme, quando tomamos a decisão de não usar a lei, fiquei com medo de não conseguir bancar. O filme foi muito criticado. A gente sabia que iria sofrer ataques, mas hoje sabemos que estamos no caminho certo”, contou. “Polícia Federal: A Lei É Para Todos” foi um dos títulos brasileiros mais vistos em 2017, com 1,3 milhão de espectadores, segundo dados da empresa Filme B.

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    Intérprete do vilão de O Mecanismo apoia Lula e acha prisão “um absurdo”

    14 de abril de 2018 /

    O ator Enrique Diaz, que interpreta um doleiro inspirado em Alberto Youssef na série “O Mecanismo”, da Netflix, disse que não concorda com a abordagem dada pelo diretor José Padilha a alguns trechos da série. “Para mim é complexo falar, porque sou totalmente de esquerda e humanista. É muito delicado”, afirmou o ator, em entrevista ao portal UOL, sobre as decisões polêmicas da série, como atribuir ao personagem inspirado em Lula a frase “estancar a sangria”, dita por seu ex-ministro Romero Jucá em 2016, numa alusão à manobras para barrar a Operação Lava-Jato. Definindo-se como esquerdista, ele se assume apoiador de Lula e diz que a prisão do ex-presidente por corrupção, após julgamento em duas instâncias, foi um absurdo. “Acho a prisão do Lula um absurdo. A gente tem que lutar para mudar isso porque está vindo uma coisa horrível em cima do país. Acho que a série não ajuda nesse sentido, mas aí é um discurso do Padilha. E não sou eu, não assino por aquilo”, disse o ator ao UOL. Questionado porque, então, fez a série do cineasta José Padilha, Enrique Diaz citou a qualidade do elenco e da produção, e que diferencia o lado pessoal do profissional. As declarações foram feitas durante o lançamento da nova novela (que a Globo chama de supersérie) “Onde Nascem os Fortes” nesta semana, em Lajedo do Pai Mateus, no Sertão da Paraíba. Segunda série brasileira da Netflix, após a sci-fi “3%”, “O Mecanismo” se tornou o programa mais falado do país em 2018, graças aos protestos de militantes petistas. O próprio Lula ameaçou processar a Netflix por causa da série, antes de ser preso, alimentando ainda mais a curiosidade do público. Caso a série seja renovada, ela deve mostrar a prisão de Lula.

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    Produtor de Polícia Federal: A Lei É para Todos ataca a série O Mecanismo

    2 de abril de 2018 /

    O produtor Tomislav Blazic, do filme “Polícia Federal: A Lei É Para Todos”, resolveu aproveitar a crítica petista contra a série “O Mecanismo” para desdenhar da produção da Netflix, que aborda a mesma operação policial de seu filme, a Operação Lava-Jato. O filme também causou polêmica quando entrou em cartaz, acusado pelos mesmos políticos e pelos mesmos motivos: supostamente distorcer falas e eventos da Operação Lava-Jato para atacar o PT. O longa teria sofrido 18 processos e o advogado de Lula chegou a tentar impedir a reconstituição da cena da condução coercitiva do ex-presidente. Além disso, políticos do PT aproveitaram a produção para atacar a própria Operação Lava-Jato, inclusive o juiz Sergio Moro. Mesmo assim, a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, afirmou que Blazic considerou equivocado o uso da frase “estancar a sangria” na série. A expressão dita pelo senador Romero Jucá – do MDB, mas ex-líder de Lula e Dilma no Congresso – , aparece na boca de João Higino, o personagem que seria o ex-presidente Lula na Netflix. Além disso, o produtor ampliou a crítica. “Colocar na série o caso do Banestado [de corrupção nos anos 1990] é também querer prejudicar só o PT. Não é baseado em uma história real”, ele comentou. Blazic está em fase de pré-produção da continuação de “Polícia Federal: A Lei É Para Todos”, na qual afirma que todos os partidos serão impactados. “O PT é corrupto como os demais partidos. No próximo filme será um salve-se quem puder”, diz. Ou seja, exatamente como mostrou “O Mecanismo”, mas apenas para quem realmente viu a série.

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    Polícia Federal: A Lei é Para Todos sofreu 18 processos de acusados na Operação Lava-Jato

    27 de março de 2018 /

    De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o filme “Polícia Federal: A Lei é Para Todos” já sofreu 18 processos de advogados de acusados na Operação Lava-Jato, que foram retratados na trama. Os processos são similares ao movido pela atriz americana Olivia de Havilland contra a série “Feud” e que foi recusado por um tribunal da Califórnia na segunda (26/8) por ferir a liberdade de expressão garantida pela Constituição dos Estados Unidas. O produtor do longa, Tomislav Blazic, afirmou ao jornal que boa parte dos processos já foi retirada. “Usamos o argumento da liberação das biografias não autorizadas e todos recuaram”, ele contou. Atualmente, Blazic trabalha no desenvolvimento da continuação do longa, que está em fase de roteiro. Ainda não há previsão para a estreia.

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    Vídeo de bastidores explica o que é O Mecanismo do título da série inspirada na Operação Lava-Jato

    26 de março de 2018 /

    A Netflix divulgou um vídeo de bastidores de “O Mecanismo”, que traz o diretor José Padilha (“Tropa de Elite”) e os atores Selton Mello (“O Filme da Minha Vida”), Caroline Abras (“Gabriel e a Montanha”) e Enrique Diaz (“Justiça”) falando da série, livremente inspirada na Operação Lava-Jato. Na prévia, eles explicam o que é o mecanismo do título e reforçam as semelhanças da ficção com a realidade. Apesar disso, a série altera os nomes que foram manchetes no noticiário político-policial brasileiro e até algumas denominações de instituições públicas, como a Polícia Federal, que vira Polícia Federativa na ficção. Criada por José Padilha e a roteirista Elena Soarez (“A Busca”, “Xingu”), a série vem ganhando bastante publicidade gratuita de simpatizantes do PT, inclusive de um site encrencado na própria Lava-Jato, além da ex-presidente Dilma, que decidiram se manifestar contra a produção na internet. “O Mecanismo” é a segunda série brasileira da Netflix, após a sci-fi “3%”, e a segunda atração produzida por Padilha para a plataforma de streaming. Ele também produz a bem-sucedida “Narcos”, atualmente renovada para sua 4ª temporada. Com oito episódios, a série foi disponibilizada na sexta na plataforma de streaming, inclusive no exterior.

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  • Filme

    Site denunciado na Lava-Jato ataca O Mecanismo e ensina “como protestar junto à Netflix”

    24 de março de 2018 /

    As fronteiras entre realidade e ficção ruíram neste fim de semana com a estreia da série “O Mecanismo” na Netflix. A série que se inspirou na Operação Lava-Jato para denunciar o maior esquema de corrupção política do Brasil foi atacada neste sábado (24/3) por um site denunciado justamente por receber dinheiro de propina dos indiciados na investigação da Polícia Federal. O site Brasil 247 definiu a série como “criminosa” e está em campanha contra José Padilha, exigindo um pedido de desculpas da Netflix pela produção. “É criminosa a série ‘O Mecanismo’, lançada pela Netflix na antevéspera do que seria a prisão do ex-presidente Lula”, diz um dos muitos textos não assinados publicados pelo site nas últimas horas. “Embora diga ser baseada em fatos reais, a série é uma coleção de preconceitos e ‘fake news’. Entre as cenas mais grotescas, dirigidas pelo brasileiro José Padilha, o doleiro Alberto Youssef frequenta o comitê da campanha do PT, a presidente Dilma Rousseff grava um pronunciamento eleitoral sobre como ‘estocar vento’ e o ex-presidente Lula diz a Michel Temer para não se preocupar com os ‘açougueiros’ da JBS”. Entretanto, ao contrário do filme “Polícia Federal: A Lei É para Todos”, a série não identifica nenhuma pessoa real com os nomes citados nessa reclamação. O texto ainda diz que vai ensinar “como protestar junto à Netflix” e em seguida publica o telefone do serviço de atendimento aos clientes da plataforma. Apesar de não ser assinado, o texto abre aspas para dar voz – e identidade – a um suposto leitor indignado, Alexandre Mendes Santos, que define a série como “lamentável”, especialmente por dizer que “o maior problema do Brasil é a ‘corrupção'”. Ao final, ele conclama “os companheiros” a exigir “da diretoria da empresa um pedido de desculpas à imensa maioria dos brasileiros e brasileiras que foram ultrajados na pela (sic) série de Padilha”. Outros textos similares foram publicados, dando vozes a internautas indignados, que dizem que Padilha é “pior que coxinha” e a série é “fake news”. “Fake news”, por sinal, é usado como slogan vazio, repetido várias vezes na cobertura do site, embora a série, obviamente, seja… uma série. Para ser mais didático: série não produz fake news porque não é noticiário. Já site… Segundo o delator da Operação Lava Jato, Milton Pascowitch, o site da Editora 247, representada pelo jornalista Leonardo Attuch, que foi alvo de condução coercitiva da PF, recebeu dinheiro do esquema de corrupção da Petrobras. Em despacho, o juiz Sérgio Moro identificou que o apoio do site Brasil 247 teria sido comprado pelo ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto. Às vésperas do impeachment, Dilma Rousseff ainda firmou um contrato de RS$ 2,1 milhões com o site. Antes de fundar o Brasil 247, Attuch foi alvo de investigação da Operação Satiagraha, acusado pelo jornalista Mino Pedrosa de usar seu cargo e função na revista IstoÉ Dinheiro para defender o banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas, também denunciados por corrupção, por meio de… “fake news” – a expressão é usada aqui de forma anacrônica, já que só virou slogan após ser popularizada por Donald Trump no ano passado.

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  • Série

    Selton Mello promete não dormir até desvendar todo o Mecanismo, em comercial da série

    23 de março de 2018 /

    A Netflix divulgou um novo comercial de “O Mecanismo”, série inspirada pela Operação Lava-Jato, narrado por Selton Mello (“O Filme da Minha Vida”). Ele interpreta um policial e promete não dormir até desvendar o mecanismo do título, que mantém o funcionamento da corrupção do país. Criada pelo diretor José Padilha (“Tropa de Elite”, “Narcos”) e a roteirista Elena Soarez (“A Busca”, “Xingu”), a série contrasta com a suposta fidelidade de “Polícia Federal: A Lei É para Todos” pela opção por se identificar como ficção e dar mais liberdade criativa e ritmo de thriller à produção. Por conta disso, todos os nomes dos noticiários da Lava-Jato foram alterados. Não apenas dos delegados, mas também dos juízes, políticos, empresários e doleiros. E mais: Petrobras virou PetroBrasil e até a Polícia Federal é identificada como Polícia Federativa. Só faltou chamar o Brasil de… Patópolis. Além de Selton Mello no papel de um delegado à frente das investigações, o elenco destaca Caroline Abras (“Gabriel e a Montanha”), Enrique Diaz (“Justiça”), Lee Taylor (“Entre Nós”), Antonio Saboia (“Lamparina da Aurora”), Jonathan Haagensen (“Cidade de Deus”), Alessandra Colasanti (“Magnífica 70”), Leonardo Medeiros (“Polícia Federal: A Lei é para Todos”) e Susana Ribeiro (“As Duas Irenes”). Dirigida por Padilha em parceria com Marcos Prado (“Paraísos Artificiais”) e Felipe Prado (“Partiu”), a série tem oito episódios, disponibilizados nesta sexta-feira (23/3). Anunciada há quase dois anos, “O Mecanismo” é a segunda série brasileira da Netflix, após a sci-fi “3%”, e a segunda atração produzida por Padilha para a plataforma de streaming. Ele também produz a bem-sucedida “Narcos”, atualmente renovada para sua 4ª temporada.

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