Kirstie Alley, estrela da comédia “Olha quem Está Falando”, morre aos 71 anos
A atriz Kirstie Alley, que ficou famosa com o sucesso da comédia “Olha quem Está Falando”, morreu na segunda-feira (5/12) aos 71 anos, em decorrência de um câncer. A informação foi compartilhada por seus filhos nas redes sociais. “Estamos tristes em informar que nossa mãe incrível, feroz e amorosa faleceu após uma batalha contra um câncer descoberto recentemente. Ela estava cercada por sua família mais próxima e lutou com muita força, deixando-nos com a certeza da sua eterna alegria de viver e das aventuras que vierem pela frente”, escreveram True e Lillie Parker em comunicado. “Por mais icônica que ela tenha sido na tela, ela era ainda mais maravilhosa como mãe e avó”, completaram. Kirstie Alley ficou mais conhecida por comédias, mas chamou atenção pela primeira vez numa sci-fi. Ela viveu uma oficial vulcana à bordo da nave Enterprise no filme “Jornada nas Estrelas 2: A Ira de Khan” (de 1982), que é considerado o melhor filme da franquia espacial. O sucesso do filme a colocou no elenco de sua primeira série, “Missão Secreta” (1983), que só durou uma temporada, mas a impediu de repetir o papel da Tenente Saavik em “Jornada nas Estrelas III: À Procura de Spock” (1984) – acabou substituída por Robin Curtis, que também viveu Saavik em “Jornada nas Estrelas IV: A Volta para Casa” (1986). Ela acabou mudando a direção de sua carreira ao entrar na série “Cheers”. Kristie foi contratada para substituir Shelley Long na 6ª temporada e acabou aparecendo em 148 episódios, entre 1987 e 1993, como a nova da gerente do bar Rebecca Howe. O papel lhe rendeu um Emmy de Melhor Atriz de Comédia em 1991. A experiência em “Cheers” a impulsionou como atriz de comédia. Mas o estouro só veio com o filme “Olha quem Está Falando” (1989), narrado pelo ponto de vista de um bebê falante, que comenda a vida e o namoro de sua mãe solteira com um taxista vivido por John Travolta. Foi um sucesso enorme, que rendeu duas continuações: “Olhe quem Está Falando Também” (1990) e “Olhe quem Está Falando Agora” (1993). Ela também estrelou as comédias “Tem um Morto ao Meu Lado” (1990), “A Casa Maluca” (1990), “As Namoradas do Papai” (1995) com as gêmeas Olsen e até “Desconstruindo Harry” (1997), de Woody Allen. E quando se cansou do gênero, fez um clássico do terror: “A Cidade dos Amaldiçoados” (1995), de John Carpenter. No final dos anos 1990, ela voltou para a TV para estrelar a comédia “Veronica’s Closet”, que durou três temporadas entre 1997 e 2000, seguida pela gordofóbica “Fat Actress”, com apenas cinco episódios em 2005, e mais tarde “Kirstie”, com uma temporada entre 2013 e 2014. Entre esses trabalhos, fez várias participações especiais em séries e virou estrela de realities, como “Kirstie Alley Contra a Balança” (de 2010), em que expôs seu drama para perder peso, e até a edição de 2018 de “Celebrity Big Brother”, quando foi vice-campeã. Nesta época, Kristie revelou ser viciada em cocaína há 40 anos e também sua tática para se afastar das drogas: gastar o dinheiro do vício em flores, que presenteava a si mesma. Seus últimos trabalhos como atriz foram um papel recorrente na série “Scream Queens” (2016) e uma participação num episódio de “Os Goldbergs” (em 2019). Seu grande parceiro nos três “Olha quem Está Falando”, John Travolta lamentou a perda da amiga no Instagram. “Kirstie foi um dos relacionamentos mais especiais que já tive. Eu te amo Kirstie. Sei que nos veremos novamente”, disse. Assim como Travolta, a atriz era uma adepta da Igreja da Cientologia desde a década de 1970. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por John Travolta (@johntravolta)
Olympia Dukakis (1931-2021)
A atriz Olympia Dukakis, que venceu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel na comédia romântica “Feitiço da Lua” (1987), morreu neste sábado (1/5) em sua casa na cidade de Nova York. Ela tinha 89 anos e já estava doente há algum tempo. Filha de imigrantes gregos, Dukakis começou sua carreira nos palcos no começo dos anos 1960, após se formar na Universidade de Boston com mestrado em artes cênicas. A estreia no circuito nova-iorquino aconteceu na montagem de “The Aspern Papers” em 1962, mesmo ano em que se casou com o ator-produtor Louis Zorich (da série “Louco por Você”/Mad About You), com quem teve três filhos. Em 1963, ela ganhou um Obie Award por “A Man’s a Man”, e ainda conquistou seu segundo prêmio dois anos depois por “The Marriage of Bette and Boo”. O sucesso no teatro lhe abriu as portas no cinema. Após começar como figurante em “Lilith” (1964), como uma paciente de hospício, ela passou a ganhar mais espaço, aparecendo nos clássicos “Irmãs Diabólicas” (1972), de Brian De Palma, “Desejo de Matar” (1974), de Michael Winner, “A Gangue da Pesada” (1979), de Philip Kaufman, e “A Sombra de um Ídolo” (1980), de Taylor Hackford. Mas demorou para encontrar um papel de destaque. O que só aconteceu aos 56 anos, quando pôde mostrar sua veia cômica ao interpretar a mãe sarcástica de Cher em “Feitiço da Lua”. O filme de Norman Jewison lhe rendeu o Oscar e uma nova carreira como estrela de comédias. Ela emendou o prêmio com participações em “Uma Secretária de Futuro” (1988) e no fenômeno popular “Olha Quem Está Falando” (1989), que ganhou mais duas sequências com sua participação. Também estrelou com Shirley Maclaine, Dolly Parton e Sally Field um dos “filmes de mulheres” mais famosos da época, “Flores de Aço” (1989). A atriz seguiu fazendo comédias leves como “Agitando os Espíritos” (1990), “O Clube das Viúvas” (1993) e “Adoro Problemas” (1994) e até apareceu como ela mesma em “Corra que a Polícia vem Aí! 33 1/3: O Insulto Final” (1994), até ter um último ano de ouro em 1995, ao integrar os elencos de dois filmes indicados ao Oscar, “Poderosa Afrodite”, de Woody Allen, e “Mr. Holland: Adorável Professor”, de Stephen Herek. Suas comédias seguintes não tiveram o mesmo sucesso e aos poucos ela trocou o cinema pela TV, estrelando a cultuada série “Crônicas de San Francisco”, que lhe rendeu indicação ao Emmy e teve muitas encarnações diferentes desde os anos 1990. A mais recente versão da série foi exibida em 2019 na Netlix, com Dukakis retomando o papel clássico de Anna Madrigal, proprietária de uma pensão para jovens modernos em San Francisco. Ela também ensinou teatro na Universidade de Nova York e era prima do ex-governador de Massachusetts Michael Dukakis, que concorreu à presidência dos EUA pelo Partido Democrata em 1988. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por The Academy (@theacademy)
Olha Quem Está Falando vai ganhar remake do diretor de Padrinhos Ltda.
A Sony contratou o cineasta Jeremy Garelick (“Padrinhos Ltda.”) para escrever e dirigir uma nova versão de “Olha Quem Está Falando”, comédia infantil estrelada por Kirstie Alley e John Travolta em 1989. O detalhe é que esta não é a primeira vez que a Sony anuncia o projeto, que tenta sair do papel desde 2010. Para quem morou em algum lugar sem televisão nos últimos 30 anos, “Olha Quem Está Falando” é aquela Sessão da Tarde do bebê falante. Na trama, o público acompanha o cotidiano de um casal (Travolta e Alley) sob o ponto de um bebê (que tinha seus pensamentos dublados por Bruce Wiilis). O detalhe mais importante é que “Olha Quem Está Falando” estreou em uma época em que ainda havia poucas mães solteiras retratadas no cinema, e o filme conseguiu tratar o tema com naturalidade e bom humor. Em comunicado, Garelick disse que considera o remake um desafio “porque foi um filme realmente bom”. “Travolta e Kirstie Alley tiveram uma ótima química e Amy Heckerling escreveu um ótimo roteiro. Estamos nos estágios iniciais de descobrir qual é a versão moderna daquela história”, explicou. Com um orçamento de US$ 7,5 milhões, o filme original arrecadou mais de US$ 300 milhões no mundo todo. Fez tanto sucesso que teve duas continuações: “Olha Quem Está Falando Também”, sobre o nascimento da irmãzinha do bebê original, e “Olha Quem Está Falando Agora”, onde os dois cães da família começavam a ter seus pensamentos narrados – sério. Relembre o trailer do filme original abaixo.


