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    Philip K. Dick, autor de “Blade Runner”, vai ganhar cinebiografia

    29 de junho de 2022 /

    Escritor de obras clássicas da ficção científica, que resultaram em filmes e séries como “Blade Runner”, “Vingador do Futuro” e “O Homem do Castelo Alto”, Philip K. Dick vai ter sua vida transformada em filme. O produtor Jon Shestack (“Força Aérea Um”) adquiriu os direitos de uma biografia escrita por Paul Williams, amigo e executor do espólio do escritor. Intitulado “Only Apparent Real”, o filme terá como foco a vida bizarra de Philip K. Dick, mostrando especialmente um episódio de invasão em sua casa no início dos anos 1970, tão nebuloso que pode ter ocorrido realmente ou não. Nesta ocasião, alguns de seus manuscritos teriam sido roubados. Dick estava no meio do quarto divórcio, tentando deixar o vício em anfetaminas e enfrentando um bloqueio criativo. Além disso, segundo a biografia, ele poderia estar sob vigilância do governo americano. Em meio a todo este caos, acontece a suposta invasão e o roubo de seus manuscritos. Qualquer relato sobre a vida do escritor, morto em 1982, aos 53 anos, precisa lidar com o fato de que ele parecia viver em uma realidade alternativa, ou melhor, entre algumas realidades. Após vários anos lidando com problemas de ansiedade e uso de drogas, vieram alucinações, delírios paranoicos e a certeza de que estava entre duas realidades, uma no presente e outra… no Império Romano. Com mais de 40 livros e 100 contos publicados, o trabalho de Dick costuma ser baseado numa visão paranoica em que há, quase sempre, um duelo entre realidade e percepção, o que se traduziu em sua própria vida pessoal. Um de seus trabalhos mais famosos trata, justamente, de realidade paralela: “O Homem do Castelo Alto”, que venceu o prêmio Hugo (o Oscar da sci-fi) de Melhor Livro em 1963 e foi adaptado em 2015 numa das séries de maior audiência da Amazon Prime Video. Já a primeira adaptação para as telas aconteceu em 1982, quando Ridley Scott dirigiu “Blade Runner”, baseado num conto dos anos 1960. Outros longas famosos inspirados nas publicações de Dick incluem “O Vingador do Futuro” (1990), com Arnold Schwarzenegger, e “Minority Report” (2002), estrelado por Tom Cruise. Vários de seus contos também inspiraram a série de antologia “Electric Dreams”, dedicada a sua obra na plataforma da Amazon. Ainda em estágio inicial, “Only Apparent Real” está sendo escrito por Michael Richter (“Torn”, premiado em festivais indies), mas ainda não tem estúdio ou previsão de estreia. Vale observar que o produtor Jon Shestack vem desenvolvendo projetos para a Netflix, como o vindouro thriller de ficção científica “Old Man’s War”. A produção já planeja filmar as primeiras cenas em San Rafael, na Califórnia, onde Dick viveu, no segundo semestre de 2022.

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  • Etc,  Filme

    Ron Cobb (1937 – 2020)

    21 de setembro de 2020 /

    Ron Cobb, o cartunista que virou um dos designer de produção mais célebres de Hollywood, morreu em Sydney, na Austrália, nesta segunda (21/9), dia em que completou 83 anos, em decorrência de demência corporal de Lewy. Seu trabalho influenciou a criação de “ET, o Extra-Terrestre” e ajudou a moldar o visual das franquias “Star Wars”, “Alien”, “Indiana Jones”, “Conan, o Bárbaro” e “De Volta para o Futuro”. Cobb começou sua carreira aos 17 anos na Disney, como um animador “intermediário” do clássico “A Bela Adormecida” (1959). Mas logo foi convocado pelo exército e mudou de profissão, virando cartunista num jornal militar durante a Guerra do Vietnã. Ao dar baixa, começou a distribuir seus desenhos em mais de 80 publicações underground de todo o mundo. Fez tanto sucesso que sua arte foi coletada em livros e lhe rendeu contratos como ilustrador de diversas obras – de capas de revistas a cartazes de filmes. O primeiro filme em que Cobb trabalhou foi o longa-metragem de estreia de John Carpenter, a sci-fi “Dark Star” (1974), escrita por Dan O’Bannon. E foi o roteirista quem o chamou para trabalhar em seu próximo projeto, “Alien, o Oitavo Passageiro” (1979), como contraponto ao artista suíço H.R. Giger, que criou a criatura alienígena, mas era considerado malucão pelos produtores. Ele chegou em “Alien” já cacifado por ter trabalhado em dois dos filmes mais influentes da sci-fi da época. Cobb tinha concebido as criaturas da cantina de “Guerra nas Estrelas” (1977) e a nave-mãe de “Contados Imediatos do Terceiro Grau” (1977). Graças a essa experiência, ele foi ouvido quando sugeriu ao diretor Ridley Scott que o sangue da criatura de “Alien” deveria ser corrosivo, resolvendo assim um possível buraco na trama, que justificava porque a tripulação simplesmente não atirava para matar o alienígena. Ele também criou o exterior e o interior da espaçonave Nostromo, e depois do sucesso do primeiro filme continuou ligado na franquia, ao desenvolver a nave Sulaco e o complexo da colônia espacial na continuação “Aliens – O Resgate” (1986), dirigida por James Cameron – os dois ainda trabalhariam juntos em “O Segredo do Abismo” (1989) e “True Lies” (1994). Embora já tivesse prestado serviços para Spielberg em “Contados Imediatos do Terceiro Grau”, ele só se tornou amigo do diretor muito depois e por acaso. Na época em que Cobb iniciava a pré-produção de “Conan, o Bárbaro” (1982), de John Milius, Spielberg estava filmando “Caçadores da Arca Perdida” (1981) na “porta” ao lado do mesmo complexo cinematográfico. Num encontro durante uma folga nos trabalhos de ambos, Cobb teria sugerido ideias para a produção do primeiro filme de Indiana Jones que impressionaram Spielberg. Ele contratou o artista imediatamente, dando-lhe o cargo de artista de produção de “Caçadores da Arca Perdida”. Na época, Spielberg tinha lançado sua produtora Amblin e vinha apadrinhando muitos cineastas, como Tobe Hooper (“Poltergeist”), Joe Dante (“Gremlins”) e Robert Zemeckis (“De Volta para o Futuro”) e queria que Cobb se tornasse diretor. A ideia era que ele dirigisse o projeto sci-fi “Night Skies”, baseado num incidente de 1955 no Kentucky, no qual uma família afirmava ter tido contato com cinco alienígenas em sua casa de fazenda. O filme nunca saiu do papel porque a família retratada ameaçou entrar com um processo para impedir a produção. Mas Cobb se ofereceu para desenvolver uma ideia similar, sobre alienígenas que estariam abandonados na Terra. A história agradou Spielberg, mas o orçamento para criar cinco alienígenas se provou proibitivo para a época, até que o cineasta teve a ideia de filmar apenas um extraterrestre perdido, que seria protegido por um menino. Apesar de ter sido a semente que originou “E.T. – O Extraterrestre” (1982), Cobb só teve uma participação especial no filme, como médico. Na verdade, ele não aprovou o roteiro nem gostou do longa, chamando-o de “uma versão banal da história de Cristo, sentimental e auto-indulgente, um tipo de história patética de cachorro perdido”. Anos mais tarde, ele foi compensado pela ideia, quando sua mulher percebeu que havia uma multa de US$ 7,5 mil caso a Universal não filmasse “Night Skies”, mais 1% do que o filme poderia render. Ao receber a queixa, o estúdio percebeu do que se tratava e enviou um cheque de mais de US$ 400 mil para Cobb. Spielberg também manteve a parceria, ao lhe encomendar o design dos créditos da série “Histórias Maravilhosas” (Amazing Stories), que ele produziu entre 1985 e 1987 na TV americana, e a concepção visual do DuLorean transformado em máquina do tempo no filme “De Volta para o Futuro” (1985). Cobb também desenhou todas as espaçonaves de “O Último Guerreiro das Estrelas” (1984) e foi artista conceptual de várias outras produções, como “O Vingador do Futuro” (1990), de Paul Verhoeven, a animação “Titan A.E.” (2000), o terror apocalíptico “O 6º Dia”, com Arnold Schwarzenegger, a sci-fi “Southland Tales” (2006), com Dwayne “The Rock” Johnson”, e a cultuada série “Firefly” (2000), de Joss Whedon. Ele acabou se mudando para a Austrália onde dirigiu seu único filme, “Garbo”, uma comédia de 1992 sobre dois colecionadores de lixo que compartilhavam uma paixão pela atriz Greta Garbo. Veja abaixo um documentário sobre os bastidores da criação de “Alien”, que destaca a contribuição de Cobb para a produção.

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