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    Jean-Claude Carrière (1931 – 2021)

    9 de fevereiro de 2021 /

    O roteirista e intelectual francês Jean-Claude Carrière, de “A Bela da Tarde”, “A Insustentável Leveza do Ser”, “Danton” e “Esse Obscuro Objeto do Desejo”, morreu na segunda-feira (8/2), aos 89 anos, de causas naturais em sua casa em Paris. Carriere teve uma carreira de mais de meio século como escritor, roteirista, ator e diretor, e recebeu uma série de prêmios e reconhecimentos ao longo da vida. As incursões cinematográficas começaram depois de publicar seu primeiro romance em 1957 e conhecer Pierre Etaix (“Rir é o Melhor Remédio”), com quem colaborou em vários projetos, incluindo “Feliz Aniversário” (1962), vencedor do Oscar de Melhor Curta, que os dois escreveram e dirigiram juntos, e os longas “O Pretendente” (1962), “Yoyo” (1965), “Rir é o Melhor Remédio” (1966) e “Esse Louco, Louco Amor” (1969). Entre seus colaboradores frequentes também se destacou o cineasta mexicano-espanhol Luis Buñuel. Carriere e o mestre do surrealismo cinematográfico começaram a relação artística com a adaptação de “O Diário de uma Camareira” (1964), na qual o escritor também estreou como ator, e a parceria se estendeu até o último filme do diretor. Juntos, eles criaram vários clássicos, inclusive o célebre “A Bela da Tarde” (1967), com Catherine Deneuve, “Via Lactea” (1969), “O Fantasma da Liberdade” (1974) e as obras que lhes renderam duas indicações ao Oscar, “O Discreto Charme da Burguesia” (1972) e “Esse Obscuro Objeto do Desejo” (1977). Com mais de uma centena de roteiros escritos, entre textos originais e adaptações, Carriere teve muitos outros parceiros famosos. Na verdade, sua filmografia é quase um compêndio do cinema europeu, repleto de títulos icônicos como “Viva Maria!” e “O Ladrão Aventureiro” (1967), ambos dirigidos por Louis Malle, “A Piscina” (1969) e “Borsalino” (1970), de Jacques Deray, “Procura Insaciável” (1971) e “Valmont – Uma História de Seduções” (1989), de Milos Forman, “Liza” (1972), de Marco Ferreri, “O Tambor” (1979) e “O Ocaso de um Povo” (1981), de Volker Schlöndorff, “Salve-se Quem Puder (A Vida)” (1980) e “Paixão” (1982), de Jean-Luc Godard, “O Retorno de Martin Guerre” (1982), de Daniel Vigne, “Danton – O Processo da Revolução” (1983), de Andrzej Wajda, “A Insustentável Leveza do Ser” (1988), de Philip Kaufman, e muitos outros. Ele também trabalhou com o mestre japonês Nagisa Ôshima, em “Max, Meu Amor” (1986), e com nosso argentino-brasileiro Hector Babenco, em “Brincando nos Campos do Senhor” (1991). Sem parar de escrever, Carriere seguiu produzindo roteiros até a morte. Entre os filmes mais recentes que projetaram suas páginas nas telas estão “À Sombra de Duas Mulheres” (2015), “Amante por um Dia” (2017) e “Le Sel des Larmes” (2020), todos de Philippe Garrel, “Um Mergulho no Passado” (2015), de Luca Guadagnino, “No Portal da Eternidade” (2018), de Julian Schnabel, e “Um Homem Fiel” (2018), de Louis (filho de Philippe) Garrel. Além disso, ele deixou três textos inéditos, atualmente em produção, um deles também dirigido pelo Garrel mais jovem (“La Croisade”). Bibliófilo, apaixonado por desenhos, astrofísica, vinhos, praticante de Tai-Chi-Chuan (arte marcial), disseminador do budismo e amigo do Dalai Lama, Carriere fez mais em sua vida que a maioria das pessoas do mundo, incluindo escrever cerca de 80 livros (entre contos, ensaios, traduções, ficção, roteiros e entrevistas) e várias peças de teatro. No cinema, ainda atuou em mais de 30 filmes e dirigiu quatro curtas, entre eles “La Pince à Ongles” (1969), que foi premiado no Festival de Cannes. Em 2015, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA lhe homenageou com um Oscar honorário por todas as suas realizações.

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  • Filme,  Música

    Charles Aznavour (1924–2018)

    1 de outubro de 2018 /

    Morreu Charles Aznavour, o último dos grandes nomes da canção francesa do século 20. O cantor e compositor faleceu na madrugada desta segunda-feira (1/10), aos 94 anos em sua casa em Apilles, no sul da França. Filho de imigrantes armênios, seu verdadeiro nome era Shahnour Varinag Aznavourian. Mas também era chamado de o Frank Sinatra da França. A carreira deslanchou após a 2ª Guerra Mundial, quando Edith Piaf foi conferir seus shows de cabaré. Encantada, ela o consagrou ao convidá-lo para abrir o seu show no famoso Moulin Rouge e o levou em uma turnê pelos Estados Unidos e Canadá. Assim, Aznavour passou a compor alguns dos sucessos mais populares da cantora, tornando-se também conhecido por conta de seu talento. A carreira durou oito décadas, vendeu mais de 100 milhões de discos e rendeu canções mundialmente conhecidas como “La Bohème”, “La Mamma” e “Emmenez-moi”. Além de sucessos próprios, ele também compôs para artistas como Maurice Chevalier e Charles Trenet. Aznavour também teve uma carreira paralela muito bem-sucedida como ator, que a maioria dos talentos de Hollywood não consegue igualar. Foram cerca de 80 filmes, a princípio em pequenas participações vivendo a si mesmo, como em “Até Logo, Querida!” (1946). Mas a atuação se tornou uma atividade séria a partir de “Os Libertinos” (1959), de Jean-Pierre Mocky. O cantor logo virou protagonista de clássicos franceses, como “A Passagem do Reno (1960), do mestre André Cayatte, e o famoso nouvelle-noir “Atirem no Pianista” (1960), dirigido simplesmente por François Truffaut. Estes filmes o lançaram de vez como astro de cinema, levando-o a multiplicar sua presença nas telas, a ponto de fazer três filmes por ano na década de 1960. A safra incluiu “As Virgens” (1963), de Mocky, “Breve Encontro em Paris” (1966), de Pierre Granier-Deferre, e seu primeiro filme falado em inglês, o psicodélico “Candy” (1968), de Christian Marquand. A estreia em Hollywood propriamente dita veio logo em seguida, como par romântico de Candice Bergen em “O Mundo dos Aventureiros” (1970), de Lewis Gilbert. Ele também se aventurou pelo cinema inglês, com “Os Jogos” (1970), de Michael Winner, pelo cinema policial italiano, estrelando “Tempo de Lobos” (1970) e “O Belo Monstro” (1971), ambos dirigidos por Sergio Gobbi, e até pelo suspense alemão em “O Último dos Dez” (1974), uma adaptação de “E Não Sobrou Nenhum” (mais conhecido como “O Caso dos Dez Negrinhos”), de Agatha Chistie. Tornou-se um astro de cinema internacional. E embora fizesse filmes dispensáveis em Hollywood, como o thriller “Fortaleza Proibida” (1976), acabou aparecendo em clássicos que marcaram época, como “O Tambor” (1979), do alemão Volker Schlöndorff, “Os Fantasmas do Chapeleiro” (1982), do conterrâneo Claude Chabrol, e “Viva la Vie (1984), do também francês Claude Lelouch. A partir dos anos 1990, passou a fazer mais séries e telefilmes, diminuindo sua presença no cinema. Mesmo assim, estrelou algumas produções recentes, como “Ararat” (2002), do egípcio Atom Egoyan, sobre um tema que lhe interessava em particular, o genocídio armênio. Também contracenou com Henry Cavill (o Superman) em “Laguna” (2001). E estava finalizando um último longa, “Une Revanche à Prendre”, do francês Kader Ayd, com quem tinha trabalhado em 2005 em “Ennemis Publics”. Mesmo quando não era visto, Aznavour também era lembrado pelo cinema em suas trilhas sonoras. Ele é o compositor, por exemplo, de “She”, a canção tema do filme “Um Lugar Chamado Notting Hill”, estrelado por Julia Roberts. Lançada em 1974, a música liderou as paradas britânicas por 14 semanas e ficou entre as mais tocadas em diversos países. E voltou a demonstrar sua atualidade como parte da trilha do filme de 1999, na voz de Elvis Costello. Nos últimos 40 anos, ele ainda teve suas composições gravadas por cantores tão diferentes quanto Elton John, Sting, Bob Dylan, Placido Domingo, Céline Dion, Julio Iglesias, Liza Minnelli e Ray Charles.

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