“Um Filme Minecraft” já é o maior sucesso de bilheteria do ano
Animação da Warner Bros. supera "Capitão América: Admirável Mundo Novo" com U$S 550 milhões de arrecadação mundial
“Five Nights at Freddy’s” leva 1 milhão de pessoas aos cinemas e bate recorde no Brasil
A estreia de “Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo sem Fim” bateu um recorde durante o fim de semana nos cinemas brasileiros. O filme arrecadou R$ 20,3 milhões e foi assistido por 1,07 milhão de pessoas entre quinta-feira e domingo (29/10), segundo dados da consultoria Comscore. Com isso, a produção da Universal se tornou a maior estreia de terror de 2023 no Brasil. Nos Estados Unidos, “Five Nights At Freddy’s” também dominou as bilheterias, conquistando US$ 80 milhões e ficando bem à frente das outras produções. Em todo mundo, a estreia da adaptação do videogame de terror rendeu US$ 132,6 milhões em seu primeiro fim de semana de exibição. O resto do Top 5 Os números foram cerca de oito vezes maiores que o segundo filme mais visto do período, a animação “Trolls 3 – Juntos Novamente”, que teve 131 mil espectadores e faturou R$ 2,77 milhões. Em 3º lugar ficou “Assassinos da Lua das Flores”, o western de Martin Scorsese, com renda de R$ 2,18 milhões e 83 mil espectadores. O Top 5 ainda teve “Som da Liberdade”, com R$ 1,42 milhão de 60 mil pessoas, seguido pela estreia de “Hypnotic – Ameaça Invisível”, protagonizado por Ben Affleck e Alice Braga, com R$ 1,35 mil de público similar. Destaque nacional Vale apontar que a cinebiografia nacional “Meu Nome é Gal” segue entre os dez títulos mais assistidos pela terceira semana consecutiva, fechando o Top 10 com R$ 273 mil. A bilheteria do fim de semana somou R$ 32,64 milhões em todos os cinemas brasileiros. O público foi de 1,64 milhão de pessoas.
“Trolls 3″ é o filme mais visto do fim de semana no Brasil
Em sua estreia oficial, “Trolls 3 – Juntos Novamente” foi o filme mais visto nos cinemas brasileiros no fim de semana. A animação foi assistida por 202 mil pessoas e arrecadou R$ 4,35 milhões entre quinta-feira e domingo (22/10), segundo dados da consultoria Comscore. O curioso é que, em sua pré-estreia na semana passada, o longa ficou em 2º lugar com muito mais público e bilheteria, visto por 357 mil espectadores e com faturamento de R$ 7,66 milhões. A distorção mostra como o parque exibidor brasileiro é diferente dos EUA, onde as exibições antecipadas acontecem em circuito limitado. O Top 3 Em 2º lugar no filme de semana ficou “Som da Liberdade”, longa conservador que distribuiu ingressos gratuitos. Teve público de 123 mil pessoas e receita de R$ 2,98 milhões para a distribuidora, que cobrou todos os ingressos dados por terceiros ao público. A estreia de “Assassinos da Lua das Flores” completou o pódio. O novo filme do diretor Martin Scorsese faturou R$ 2,96 milhões e atraiu 110 mil pessoas. Cadê a cota de tela? Único filme brasileiro no Top 10, “Meu Nome é Gal” caiu do 7º para a 9º lugar, graças à diminuição de salas de exibição e a falta de uma política de cotas de tela – iniciativa que protege o cinema nacional e que, em países como França e Coreia do Sul, é responsável não só pela sobrevivência da indústria local, mas por sua projeção internacional. No total, os cinemas atraíram 913 mil pessoa e arrecadaram R$ 19,97 milhões no final de semana.
Dia das Crianças faz de “Patrulha Canina 2” o filme mais visto no Brasil
O Dia das Crianças foi bom para cachorro. De acordo com levantamento do Comscore, o feriado ajudou “Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso” a se tornar o filme mais visto do Brasil. O segundo longa da franquia animada teve 397 mil espectadores e uma bilheteria de R$ 8,06 milhões entre quinta (12/10) e domingo (15/10). Na mesma pegada, outra animação ficou com o 2º lugar, mas esta nem lançamento oficial teve. Exibida como “pré-estreia” paga em horários comerciais, “Trolls 3 – Juntos Novamente” faturou R$ 7,66 milhões e teve 357 mil espectadores. Com isso, “O Som da Liberdade” caiu para a terceira posição com R$ 7,1 milhões, após três semanas no topo, seguido pela estreia de “O Exorcista – O Devoto” e “O Protetor: Capítulo Final”, com R$ 6,8 milhões e R$ 3,82 milhões respectivamente. | Cinema brasileiro O principal lançamento nacional da semana, a cinebiografia “Meu Nome é Gal” conquistou a 7ª posição, com renda de R$ 1,44 milhão e público de 61 mil pessoas. No total, as bilheterias registraram R$ 41,09 milhões e atraíram 1,89 milhão de espectadores durante o feriadão, marcando uma movimentação significativa nos cinemas brasileiros.
“Som da Liberdade” lidera bilheterias com farra de ingressos gratuitos
“Som da Liberdade” liderou as bilheterias do Brasil pela segunda semana consecutiva com R$ 7,2 milhões arrecadados entre quinta e domingo (1/10), superando as estreias de “Jogos Mortais X” (R$ 4,6 milhões) e “Resistência” (R$ 2 milhões), graças a uma verdadeira farra de ingressos “gratuitos”. Entidades ligadas a igrejas evangélicas e policiais, a produtora Brasil Paralelo e a produtora americana responsável pelo filme, Angel Studios, têm dado entradas para assistir ao longa. Só a Associação Nacional dos Servidores da Polícia Federal teria distribuído milhares de ingressos. Algumas entidades alegam que os ingressos doados são resultado de uma “colaboração” da própria Angel e da distribuidora Paris Filmes, o que gera considerações. Seria “Som da Liberdade” o primeiro filme lançado no Brasil com o propósito explícito de dar prejuízo milionário aos que deveriam lucrar com ele? Ou a “colaboração” indica que as entidades compraram os ingressos a preço promocional com fundos não explicados? A hipótese de se tratar de “lavagem de dinheiro” não deve ser levantada levianamente, mas o financiamento de terceiros na bondade alheia é um detalhe que merece ser melhor aprofundado. Afinal, embora sejam gratuitos para o público, esses ingressos foram cobrados pelas salas de cinema. Isto significa que alguém pagou. Anteriormente, filmes ligados à Igreja Universal, como “Os Dez Mandamentos” e “Nada a Perder”, também distribuídos pela Paris, foram acusados de seguir a mesma tática, após denúncias de distribuição de entradas por pastores e sessões vazias, em que todos os ingressos tinham sido vendidos. A diferença é que, agora, tudo é feito de forma explícita e às claras, com organizações dando ingressos publicamente pela internet. Sucesso polêmico Assim como nos EUA, o sucesso de “Som da Liberdade”, que retrata a vida de Tim Ballard, é impulsionado por grupos da direita no país. Originalmente, o filme foi bancado por investidores individuais simpáticos à direita, e ganhou impulso quando recebeu apoio de figuras como o ex-presidente Donald Trump. Mesmo sem o suporte de grandes estúdios, a produção conseguiu fazer sucesso por apelar a esse segmento, em parte devido ao seu alinhamento com visões de mundo propagadas por teorias da conspiração como QAnon – o principal delírio da extrema direita dos EUA. A trama se concentra na busca implacável de Ballard para reunir uma família separada pelo tráfico de pessoas. Inicialmente, ele resgata um menino chamado Miguel na fronteira entre os EUA e o México e, posteriormente, descobre que a irmã de Miguel ainda está desaparecida. Isso o leva a Cartagena, onde ele planeja uma operação ousada para resgatar a menina. O filme inclui uma cena de epílogo com imagens em preto e branco da operação real de Ballard, embora ele seja seguida por uma controversa cena de créditos intermediários que tem sido criticada por seu caráter manipulativo, com o objetivo de alimentar questões de guerra cultural. Como cinema, trata-se de um thriller convencional de ação ao estilo dos longas dos anos 1990, quando americanos heroicos invadiam repúblicas de bananas da América do Sul para fazer Justiça com as próprias mãos. É basicamente a premissa do primeiro filme da franquia “Os Mercenários” e do último filme de Rambo. O que há de diferente é a questão do tráfico de crianças, mostrada de forma apelativa e relacionada às teorias da direita extrema, que acusam a esquerda de liderar um cartel internacional de pedófilos. Trata-se de uma fantasia derivada do clichê de que “comunistas comem criancinhas”. Denúncias contra o filme Há algumas ironias na tese defendida pelo filme, já que um de seus financiadores, Fabian Marta, provou-se um pedófilo de direita, preso por, justamente, participar do tráfico de crianças. Defensores do filme alegam que foi só um entre vários financiadores coletivos, argumentando isso no mesmo fôlego com que generalizam toda a esquerda como pedófila. Mas tem mais. Logo após o lançamento da produção, sete mulheres denunciaram o verdadeiro Tim Ballard por abuso sexual. Elas afirmaram que Ballard usava a desculpa de combate ao tráfico infantil para convencê-las a se passar por suas esposas em missões de infiltração, obrigando-as a ter relações sexuais. Sob essa ótica, “Som da Liberdade” poderia ser encarado como um filme financiado por pedófilo para glorificar um predador sexual.
Com ingressos gratuitos, “Som da Liberdade” lidera bilheterias no Brasil
O filme “Som da Liberdade” liderou as bilheterias do Brasil em sua estreia, desbancando “A Freira 2” com R$ 5,77 milhões em ingressos vendidos nos cinemas brasileiros no fim de semana, segundo dados da Comscore. O detalhe é que os ingressos não foram vendidos para as 242 mil pessoas que assistiram ao filme entre quinta-feira e domingo (24/9). Eles foram pagos por alguém não identificado e dados para o público. Tanto o site da produtora Angel Studios como o da distribuidora Paris Filmes distribuíram vários ingressos sem necessidade de pagamento, “graças à generosidade de outras pessoas”, segundo declararam publicamente. A produtora cristã teria usado a mesma estratégia nos Estados Unidos para alavancar as bilheterias norte-americanas. No Brasil, filmes ligados à Igreja Universal, como “Os Dez Mandamentos” e “Nada a Perder”, foram acusados de seguir a mesma tática, após denúncias de sessões vazias em que todos os ingressos tinham sido vendidos. As pessoas generosas que bancaram a ida do público ao cinema não foram identificadas. Mas o filme ganhou campanha aparentemente espontânea da produtora Brasil Paralelo, maior especialista no país na produção de vídeos baseados em teorias de conspiração e “desinformação”, que teve seu canal desmonetizado pelo YouTube a pedido do TSE durante as últimas eleições. A Brasil Paralelo também distribuiu ingressos para o filme e depois alardeou seu “sucesso” nas bilheterias. Sucesso polêmico O sucesso norte-americano de “Som da Liberdade”, que retrata a vida de Tim Ballard, foi impulsionado principalmente pelo apoio de grupos da direita do país, que investiram no projeto e o divulgaram – incluindo uma exibição organizada por Donald Trump. Mesmo sendo lançado sem o apoio de grandes estúdios, o longa conseguiu grande sucesso, em parte devido ao seu alinhamento com visões de mundo propagadas por teorias da conspiração como QAnon – o principal delírio da extrema direita dos EUA. A trama se concentra na busca implacável de Ballard para reunir uma família separada pelo tráfico de pessoas. Inicialmente, ele resgata um menino chamado Miguel na fronteira entre os EUA e o México e, posteriormente, descobre que a irmã de Miguel ainda está desaparecida. Isso o leva a Cartagena, onde ele planeja uma operação ousada para resgatar a menina. O filme inclui uma cena de epílogo com imagens em preto e branco da operação real de Ballard, embora essa cena seja seguida por uma controversa cena de créditos intermediários que tem sido criticada por seu caráter manipulativo, com o objetivo de alimentar questões de guerra cultural. Como cinema, trata-se de um thriller convencional de ação ao estilo dos longas dos anos 1990, quando americanos heroicos invadiam repúblicas de bananas da América do Sul para fazer Justiça com as próprias mãos. É basicamente a premissa do primeiro filme da franquia “Os Mercenários” e do último filme de Rambo. O que há de diferente é a questão do tráfico de crianças, mostrado de forma apelativa e relacionando às teorias da direita extrema. Após o lançamento do filme, sete mulheres denunciaram o verdadeiro Tim Ballard por abuso sexual. Elas afirmaram que Ballard usava a desculpa de combate ao tráfico infantil para convencê-las a se passar por suas esposas em missões de infiltração, obrigando-as a ter relações sexuais.




