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    O Presente transcende os filmes de psicopata com suspense convincente

    10 de dezembro de 2015 /

    Quando muitos já estão fechando suas listas de melhores do ano, ainda é possível encontrar surpresas no circuito, como este “O Presente”, primeiro longa dirigido pelo ator Joel Edgerton (“Aliança do Crime”), que já vinha desenvolvendo uma carreira paralela como roteirista – são dele as histórias de “Felony” (2013) e “The Rover – A Caçada” (2014). Ele também escreveu a trama deste “O Presente”, que a princípio parece muito simples, mas ao poucos se revela ambiciosa. Edgerton tece a história e conduz a tensão de forma primorosa. Na trama, Rebecca Hall (“Transcendence”) e Jason Bateman (“Quero Matar Meu Chefe”) são Robyn e Simon, um jovem casal de mudança para uma cidade nova que é reconhecido por um estranho, Gordon (o próprio Edgerton), um sujeito que já foi colega de escola de Simon, embora este demore a lembrar-se neste encontro. Gordon, ou Gordo, como era conhecido na escola, descobre facilmente onde o casal mora e passa a dar-lhes presentes e a visitá-los, embora fique no ar uma sensação de desconforto com sua presença. A primeira metade de “O Presente” lembra “Pacto Sinistro” (1951), de Alfred Hitchcock, por apresentar um personagem estranho e que ameaça a paz do casal. Mas nem tudo é preto no branco, como veremos mais adiante, já que a Robyn sofreu recentemente algo parecido com um colapso nervoso, e Simon não é um exemplo de homem íntegro e bondoso. Na verdade, sem querer entregar muito da trama e já entregando um pouco, um dos grandes méritos de “O Presente” é também lidar com um assunto que vem sendo discutido bastante atualmente, a questão do bullying, e no quanto isto é capaz de mexer com a cabeça de alguém. Isso faz com que o trabalho de Edgerton transcenda o tradicional filme de psicopata, trazendo tons de cinza para os personagens. Por outro lado, esse detalhe não seria suficiente se “O Presente” não deixasse o público tenso, assustado e se segurando na cadeira em vários momentos, com uma construção atmosférica que o qualifica como um dos melhores suspenses da atualidade. A escolha do elenco também foi muito acertada. Jason Bateman, embora mais conhecido por suas comédias, é capaz de transmitir o ar de quem não inspira confiança, assim como Rebecca Hall, a mulher bela, adorável e psicologicamente frágil da trama. Ambos combinam perfeitamente com os papéis. Mas é Edgerton quem toca o terror, literalmente, manifestando fisicamente a tensão evocada por seu roteiro e direção competentes.

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    Estreias: Filmes brasileiros enfrentam Moby Dick e Angelina Jolie em semana de 17 lançamentos

    3 de dezembro de 2015 /

    Nada menos que 17 filmes estreiam nos cinemas nesta quinta (13/2) e metade (descontado o decimal) são brasileiros. De estilos e propostas bem diferentes, as produções vão do lazer de shopping center ao documentário micróbio – aquele que precisa de microscópio para ser encontrado em algum cinema. Entre os dois pólos, bons filmes lutam para chamar atenção em meio à saturação. Os trailers de todas as estreias podem ser conferidos abaixo. Parece muita coisa, mas a maioria só vai passar no Rio e em São Paulo, em circuito limitadíssimo. Nos shoppings, o maior lançamento é “No Coração do Mar”, cheio de som, fúria e vento. Embora seja dirigido por Ron Howard (“O Código Da Vinci”) e estrelado por Chris Hemsworth (“Os Vingadores”), é um filme de efeitos e, ao contrário de seu título, sem coração. A trama baseia-se na história real que inspirou o romance “Moby Dick”. Há mais quatro filmes americanos, bem diferentes entre si. “O Natal dos Coopers” é a típica comédia natalina que Hollywood lança todo o ano – Diane Keaton, a matriarca da trama, já passou Natal mais feliz em “Tudo em Família (2005). O feriado cristão também pode levar público a “Quarto de Guerra”, drama evangélico que parece telefilme e promete lavagem cerebral. Já o vazio existencial de “À Beira-Mar” celebra dois fetiches de Angelina Jolie: seu marido Brad Pitt, com quem divide as cenas, e o cinema de Michelangelo Antonioni, que ela emula em cada segundo de tédio bem fotografado. Mas é outro ator-diretor quem surpreende – sem afetação e fazendo o básico. Estreia na direção de Joel Edgerton, “O Presente” explora o suspense de forma intensa e efetiva, configurando-se na melhor opção do grande circuito. As estreias brasileiras também se repartem em gêneros e resultados distintos. Dois lançamentos têm apelo popular e distribuição ampla: “Bem Casados” segue a linha das comédias histriônicas, que tem feito sucesso e arrasado – em todos os sentidos – o cinema nacional, enquanto “Tudo que Aprendemos Juntos” aposta no melodrama, com história de superação e professor bonzinho, seguindo fórmula americana. As duas ficções restantes são mais autorais. “Califórnia” revela o drama de uma adolescência “poética”, mas bem convencional em seus clichês, passada nos anos 1980 entre o pós-punk e a Aids. Já “O Fim e os Meios” transforma a atual conjuntura política, marcada pela corrupção, em suspense anticonvencional, com narrativa estruturada fora de ordem. Vale destacar que o diretor deste filme, Murilo Salles, também está lançando dois documentários, “Passarinho Lá de Nova Iorque” e “Aprendi a Jogar com Você”, com patrocínio do BNDES – banco público, alvo de questionamentos mais graves que os apontados na obra de ficção. Mais dois documentário completam a seleção brasileira: “5 Vezes Chico – O Velho e Sua Gente”, produção da Globo sobre o rio que será tema de sua próxima novela, e “Através”, viagem a Cuba na carona de uma jovem cubana que planeja sair do país, mas, no meio do caminho, encontra uma ficção perdida em sua história. Como sempre, o circuito limitado preenche sua programação com arte, exibindo obras dos principais festivais internacionais. Dois filmes vem de Cannes: a comédia “Dois Amigos”, também dirigida por um ator, o francês Louis Garrel, e o drama “Sabor da Vida”, da japonesa Naomi Kawase, eleito Melhor Filme pelo público da recente Mostra de São Paulo. Há também uma atração do Festival de Veneza, “O Cheiro da Gente”, novo longa de sexo adolescente/polêmico do diretor Larry Clark, 30 anos após “Kids” (1995). Contudo, assim como nos shoppings, o principal destaque pertence a um suspense. Lançado com uma “tradução” bizarra, “Pecados Antigos, Longas Sombras” (La Isla Mínima, no original) transforma a caça a um serial killer num tratado cinematográfico sobre tensão. O longa de Alberto Rodríguez é o filme espanhol do ano, vencedor de 10 prêmios Goya (o Oscar espanhol) e 9 prêmios da crítica espanhola. Mesmo assim, só vai estrear em 8 salas em todo o país. Para ter um parâmetro da lógica do mercado, imagine agora em quantas salas será exibido o futuro remake piorado hollywoodiano… [symple_divider style=”dashed” margin_top=”20″ margin_bottom=”20″] Estreias de cinema da semana Estreias em circuito limitado

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