Sean Connery (1930 – 2020)
O ator Sean Connery, o primeiro e melhor James Bond do cinema, morreu neste sábado (31/10) nas ilhas das Bahamas, enquanto dormia, aos 90 anos, após estar “indisposto há algum tempo”. “Um dia triste para todos que conheciam e amavam meu pai e uma triste perda para todas as pessoas ao redor do mundo que gostaram do maravilhoso talento que ele tinha como ator”, disse seu filho Jason à BBC. Lembrado como o espião mais charmoso e elegante do cinema, e fora das telas como um cavaleiro, nomeado pela Rainha Elizabeth II Sir Sean Connery em 2000, ele não podia ser mais diferente da percepção pública de sua imagem. Em contraste, ele não era nenhum pouco refinado – como os atores britânicos de hoje, que estudaram em faculdades de artes para seguir carreira. Ele quase nem estudou. Para virar ator, foram dois dias de aulas de atuação e canto, que lhe renderam uma vaga no coro de uma montagem itinerante do musical “South Pacific”, no início de sua carreira. A busca pelo teatro surgiu da necessidade de pagar de contas, e era apenas mais uma tentativa numa longa lista de empregos temporários do proletário escocês de sotaque carregado, que cresceu na pobreza e fez muitos trabalhos braçais antes de considerar os palcos. Thomas Sean Connery nasceu em 25 de agosto de 1930, o mais velho de dois filhos de pais operários em Edimburgo (seu pai dirigia um caminhão e trabalhava em uma fábrica de borracha). Ele abandonou a escola pouco antes de completar 14 anos e trabalhou em uma variedade de empregos ocasionais, incluindo como leiteiro, pedreiro e salva-vidas. Convocado para servir na Marinha Real, acabou dispensado depois de três anos por ter desenvolvido úlcera e recebeu uma bolsa do governo para se tornar aprendiz de polidor de caixões. Também trabalhou na impressão de um jornal de Edimburgo antes de tentar fazer carreira no fisiculturismo e levantamento de peso. Em 1950, ele competiu no concurso Mr. Universo, terminando em terceiro. Com quase 2 metros de altura e músculos definidos, ainda modelou nu para uma galeria de arte de Edimburgo. A presença imponente e a maneira rude também lhe renderam dinheiro como figurante em peças, séries e filmes. Até que teve a chance de substituir Jack Palance (“Os Brutos Também Amam”) num teleteatro ao vivo da BBC, em 1957. A aclamação recebida por seu desempenho lhe fez perceber que podia viver apenas como ator. Ele estreou no cinema no mesmo ano, como um capanga com problema de dicção no filme de gângster “No Road Back”, e assim assinou seu primeiro contrato com um estúdio, a 20th Century Fox. Em pouco tempo, progrediu para papéis de coadjuvante, contracenando com Lana Turner em “Vítima de uma Paixão” (1958), mas foi a BBC que o lançou como protagonista, no papel-título de “Macbeth” (1960), como Alexandre, o Grande, em “Adventure Story” (1961) e como o Conde Vronsky em “Anna Karenina” (1961). Após interpretar um soldado em “O Mais Longo dos Dias” (1962), a epopeia de Darryl F. Zanuck sobre o Dia D, da 2ª Guerra Mundial, Connery chamou atenção dos produtores americanos Harry Saltzman e Albert Broccoli, que notaram como ele “caminhava como uma pantera”. Durante a conversa inicial, eles ficaram impressionados com seu magnetismo animal, que emanava de sua presunção e falta de filtros. Antes dele, os produtores procuraram David Niven e Cary Grant, atores bem mais velhos, conhecidos por viverem aristocratas e ricos nas telas, mas ambos recusaram um contrato para cinco filmes, que era a oferta inicial. Ao ouvir que o valor era de US$ 1 milhão, Connery aceitou na hora. E embora fosse muito diferente dos intérpretes que Saltzman e Broccoli inicialmente procuravam, transformou James Bond no personagem que todos imaginam agora, quando fecham os olhos: um homem de forte presença física, enorme apelo sexual e carisma de sobra, mas extremamente brutal quando necessário. Connery definiu cada detalhe de James Bond ao estrelar os primeiros cinco filmes produzidos pela United Artists com a superespião britânico do escritor Ian Fleming. Logo após a estreia do primeiro, “007 Contra o Satânico Dr. No” (1962), feito com o orçamento mais baixo de toda franquia, em locações na Jamaica, Connery passou a receber milhares de cartas de fãs por semana. O segundo, “Moscou Contra 007” (1963), foi a única continuação direta de sua fase como James Bond e ele dizia que também era seu favorito. Mas foi o terceiro, “007 Contra Goldfinger” (1964), que transformou a franquia num fenômeno mundial. Ele ainda fez “007 Contra a Chantagem Atômica” (1965) e ao chegar ao quinto longa, “Com 007 Só Se Vive Duas Vezes” (1967), já tinha se tornado um dos maiores astros de cinema do mundo. Os primeiros filmes de Connery como Bond fizeram tanto sucesso que lançaram moda, inspirando imitadores, paródias e influenciaram para sempre a cultura pop com suas frases icônicas, carros cheio de gadgets, Bond girls e supervilões obcecados em dominar o mundo. Mas quando Saltzman e Broccoli lhe ofereceram mais US$ 1 milhão para renovar seu contrato, Connery disse não. Entre os filmes de 007, ele tinha se diversificado, filmando até um clássico do suspense com Alfred Hitchcock, “Marnie, Confissões de uma Ladra” (1964), e outra produção marcante com Sidney Lumet, “A Colina dos Homens Perdidos” (1965). Portanto, não lhe faltavam ofertas de papéis. Enquanto isso, “007 – A Serviço Secreto de Sua Majestade” (1969) foi rejeitado pelo público, tornando-se um desastre de bilheteria e o único filme do espião estrelado pelo australiano George Lazenby – apesar de, em contraste, ter um dos melhores roteiros da saga. Os produtores voltaram a procurá-lo e Connery então aceitou o maior salário já oferecido para um ator até então, US$ 1,25 milhão por um filme, mais um acordo com o estúdio United Artists para financiar dois outros filmes para ele. E assim James Bond voltou a ser quem era em “007 – Os Diamantes São Eternos” (1971). Com o dinheiro que ganhou para viver 007 mais uma vez, Connery fundou um fundo educacional com o objetivo de ajudar crianças carentes na Escócia. Paralelamente, ele também criou sua própria produtora e retomou sua parceria com Sidney Lumet, estrelando “O Golpe de John Anderson” (1971), “Até os Deuses Erram” (1973) e a adaptação de Agatha Christie “Assassinato no Expresso Oriente” (1974). Mas quando Saltzman e Broccoli lhe procuraram novamente para fazer “Com 007 Viva e Deixe Morrer” (1973), ele disse estar “farto de toda a história de James Bond” e recusou a impressionante oferta de US$ 5 milhões, fazendo com que a franquia trocasse de mãos, para a consagração da versão suave e debochada de Bond, vivida por Roger Moore. Mesmo assim, Connery retrataria 007 uma última vez, aos 52 anos, no apropriadamente intitulado “007 – Nunca Mais Outra Vez”, pelo qual recebeu uma fortuna não revelada da Warner Bros em 1983. O filme só existiu por causa de uma brecha contratual nos direitos do personagem e não foi considerado parte da franquia oficial. O ator continuou sua carreira de sucesso por mais três décadas, variando radicalmente sua filmografia, por meio de títulos como a bizarra e cultuada sci-fi “Zardoz” (1974), de John Boorman, o épico “O Homem que Queria ser Rei” (1975), de John Huston, que lhe valeu uma amizade para toda a vida com Michael Caine, a emocionante aventura medieval “Robin e Marian” (1976), sobre o fim da vida de Robin Hood, dirigida por Richard Lester, o clássico de guerra “Uma Ponte Longe Demais” (1977), de Richard Attenborough, etc. Ele acompanhou os tempos e virou astro de superproduções do cinema hollywoodiano pós-“Guerra nas Estrelas”, repleto de efeitos visuais, estrelando a catástrofe apocalíptica “Meteoro” (1979), de Ronald Neame, o western espacial “Outland: Comando Titânio” (1981), de Peter Hyams, as fantasias “Os Bandidos do Tempo” (1981), de Terry Gilliam, e “Highlander: O Guerreiro Imortal” (1986), mas principalmente “Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989), de Steven Spielberg, como o pai do personagem de Harrison Ford. A década também lhe rendeu consagração em dois blockbusters: a adaptação do best-seller “O Nome da Rosa” (1986), dirigida por Jean-Jacques Annaud, pela qual foi premiado com o BAFTA (o “Oscar britânico”) de Melhor Ator, e o célebre filme “Os Intocáveis” (1987), maior sucesso da carreira do diretor Brian de Palma. O papel do policial honesto Jim Malone, integrante da equipe intocável de Elliot Ness (Kevin Costner), marcou seu desempenho mais elogiado e seu primeiro e único Oscar, como Melhor Ator Coadjuvante de 1988. Seu nome continuou a lotar cinemas durante os anos 1990, em sucessos como “A Caçada ao Outubro Vermelho” (1990), que lançou o personagem Jack Ryan nas telas, a aventura “O Curandeiro da Selva” (1992), em que veio filmar no Brasil, e em thrillers como “A Rocha” (1996), ao lado de Nicolas Cage, e “Armadilha” (1999), ao lado de Catherine Zeta-Jones. Mas aos poucos foi se envolvendo em produções que, apesar de extremamente caras, tinham cada vez menor qualidade. “Os Vingadores” (1998), que adaptou a série homônima da TV britânica, e principalmente “A Liga Extraordinária” (2003), baseado nos quadrinhos de Alan Moore, marcaram seu desencanto pelo cinema, levando-o a decidir-se por uma aposentadoria precoce. Connery recusou fortunas e apelos de vários cineastas, ao longos dos anos, para mudar de ideia. Mas sua decisão era final, feito o título de seu último filme de 007. “Nunca mais outra vez”. Fora das telas, ele se casou duas vezes: com a falecida atriz australiana Diane Cilento (“Tom Jones”, “O Homem de Palha”), com quem teve um filho, e a artista francesa Micheline Roquebrune, que permaneceu a seu lado desde 1975 – e em meio a muitos casos bem documentados de infidelidade do ator. Os produtores atuais dos filmes de 007, Michael G. Wilson e Barbara Broccoli, emitiram um comunicado sobre sua morte. “Estamos arrasados com a notícia do falecimento de Sir Sean Connery. Ele foi e sempre será lembrado como o James Bond original, cuja marca indelével na história do cinema começou quando ele pronuciou aquelas palavras inesquecíveis, ‘O nome é Bond … James Bond’. Ele revolucionou o mundo com seu retrato corajoso e espirituoso do agente secreto sexy e carismático. Ele é, sem dúvida, o grande responsável pelo sucesso da série de filmes, e seremos eternamente gratos a ele.”
Michael Lonsdale (1931 – 2020)
O ator Michael Lonsdale, que ficou conhecido como o herói de “O Dia do Chacal” e o vilão de “007 Contra o Foguete da Morte”, morreu nesta segunda-feira (21/8) em sua casa em Paris aos 89 anos, após uma carreira de seis décadas. Filho de pai britânico e mãe francesa, Lonsdale cresceu em Londres e no Marrocos, onde descobriu o cinema de Hollywood em sessões com as tropas americanas durante a 2ª Guerra Mundial, mas só foi se dedicar às artes ao regressar a Paris em 1947, por influência de seu tio Marcel Arland, diretor da revista literária NRF. Ele estreou no teatro aos 24 anos e logo se mostrou interessado por experiências radicais, em adaptações de Eugène Ionesco e em parcerias com Marguerite Duras. A estreia no cinema aconteceu em 1956, sob o nome Michel Lonsdale. Ele participou de várias produções francesas até sofrer sua metamorfose, virando Michael ao ser escalado por Orson Welles em “O Processo” (1962), adaptação do célebre texto de Kafka rodada na França com Anthony Perkins e Jeanne Moreau. Dois anos depois, voltou a ser dirigido na França por outro mestre de Hollywood, Fred Zinnemann, no drama de guerra “A Voz do Sangue” (1964). Mas apesar da experiência com dois dos maiores cineastas hollywoodianos, decidiu retomar o nome Michel e mergulhar no cinema de arte francês, atuando em clássicos da nouvelle vague como “A Noiva Estava de Preto” (1968) e “Beijos Proibidos” (1968), ambos de François Truffaut, “Sopro no Coração” (1971), de Louis Malle, e “Não me Toque” (1971) e “Out 1: Spectre” (1972), os dois de Jacques Rivette. Entretanto, Fred Zinnemann não o esqueceu e se tornou responsável por introduzi-lo no cinema britânico, ao lhe dar um papel de destaque na adaptação do thriller “O Dia do Chacal” (1973), como o obstinado detetive Lebel, que enfrentou o vilão Carlos Chacal. Ele chegou a ser indicado ao BAFTA (o Oscar britânico), mas não foi desta vez que voltou a ser Michael, permanecendo no cinema francês com papéis em “Deslizamentos Progressivos do Prazer” (1974), de Alain Robbe-Grillet, e “O Fantasma da Liberdade” (1974), de Luis Buñuel, onde chegou a mostrar seu traseiro em cenas sadomasoquistas, pelo “amor à arte”. Paralelamente, aprofundou sua relação com a escritora Marguerite Duras, estrelando quatro filmes que ela dirigiu: “Destruir, Disse Ela” (1969), “Amarelo o Sol” (1971) e “India Song” (1975), onde se destacou como um vice-cônsul torturado, repetindo o papel em “Son Nom de Venise dans Calcutta Désert” (1976). No mesmo ano de “India Song”, que o projetou como protagonista, Lonsdale estrelou o clássico “Sessão Especial de Justiça” (1975), de Costa-Gravas, cuja denúncia do sistema penal à serviço de governos corruptos (no caso, da França ocupada por nazistas) rendeu discussões acaloradas – assim como censura – em vários países. A repercussão do filme de Costa-Gravas o projetou para além da França, levando-o a trabalhar com o inglês Joseph Losey (“Galileu”, “A Inglesa Romântica” e “Cidadão Klein”) e o austríaco Peter Handke (“A Mulher Canhota”), o que o colocou no radar dos produtores da franquia “007”. Em “007 Contra o Foguete da Morte” (1979), Lonsdale viveu o diabólico Drax, um industrial bilionário e pianista, que pretendia envenenar a população da Terra e, em seguida, repovoar o planeta com alguns escolhidos, que ele selecionou para viver em sua estação espacial. O ator comparou seu personagem a Hitler em uma entrevista de 2012. “Ele queria destruir todo mundo e fazer surgir uma nova ordem de jovens muito atléticos… ele estava completamente louco.” Para enfrentar o James Bond vivido por Roger Moore, Lonsdale decidiu voltar a ser Michael e assim foi “adotado” pelo cinema britânico, aparecendo em seguida num dos filmes ingleses mais bem-sucedidos de todos os tempos, “Carruagens de Fogo” (1981). Lonsdale também participou do blockbuster “O Nome da Rosa” (1986) e de vários filmes notáveis dos anos seguintes, firmando parceria com o mestre do drama de época britânico James Ivory nos clássicos “Vestígios do Dia” (1993) e “Jefferson em Paris” (1995), no qual interpretou o imperador Luis XVI. Apesar do sucesso em inglês, ele nunca filmou nos EUA, mas trabalhou em mais três thrillers de diretores americanos famosos. Dois desses filmes foram dirigidos na Inglaterra por John Frankenheimer: “O Documento Holcroft” (1985), estrelado por Michael Caine, e “Ronin” (1998), em que contracenou com Robert De Niro. O terceiro foi “Munique” (2005), de Steven Spielberg, em cenas rodadas na França. Mesmo com essas experiências, ele nunca se interessou por Hollywood, preferindo trabalhar com cineastas europeus como Milos Forman (“Sombras de Goya”), François Ozon (“O Amor em 5 Tempos”), Catherine Breillat (“A Última Amante”), Ermanno Olmi (“A Aldeia de Cartão”), Xavier Beauvois (“Homens e Deuses”) e até o centenário cineasta português Manoel de Oliveira (no último longa do diretor, “O Gebo e a Sombra”). Ativo até 2016, quando se aposentou, Lonsdale só foi receber seu primeiro grande prêmio na véspera de seus 80 anos, o César (equivalente francês do Oscar) por seu papel coadjuvante como sacerdote livre e heroico em “Homens e Deuses” (2010). A consagração como homem de fé foi importante não apenas para a carreira de Lonsdale. Ele professava fé cristã pela influência de uma madrinha cega e, em 1987, ingressou na Renovação Carismática Católica antes de fundar o “Magnificat”, um grupo de oração para artistas. Solteiro e sem filhos, Lonsdale também foi pintor e emprestou sua voz inconfundível a inúmeros documentários e audiolivros.
Minissérie baseada em O Nome da Rosa ganha trailer americano e coleção de pôsteres
O canal pago americano Sundance TV divulgou o primeiro trailer em inglês e a rede italiana RAI uma coleção de pôsteres de personagens da minissérie baseada no best-seller “O Nome da Rosa”, fenômeno literário dos anos 1980. A adaptação teve seu roteiro supervisionado pelo próprio escritor Umberto Eco, antes de falecer em 2016, e já está sendo exibida na Itália. Apesar de ser uma coprodução italiana e alemã, a série foi lançada com dublagem italiana na Europa. As gravações foram originalmente feitas em inglês, visando o público internacional, com um elenco encabeçado pelo americano John Turturro (“Transformers”). O ator vive o monge franciscano William de Baskerville, que chega, com seu jovem aprendiz Adso de Melk (vivido pelo alemão Damien Hardung), num mosteiro isolado nos alpes italianos, durante o século 14. Incumbido de participar das discussões de uma disputa de propriedade entre franciscanos e o papado, Baskerville acaba se defrontando com uma série de assassinatos macabros. O elenco ainda destaca o inglês Rupert Everett (“O Casamento do Meu Melhor Amigo”) como o inquisidor Bernard Gui, inimigo de Baskerville, enviada pelo papa para investigar os crimes, além do americano Michael Emerson (“Lost”), o escocês James Cosmo (“Legítimo Rei”), os alemães Sebastian Koch (“Ponte dos Espiões”) e Richard Sammel (série “The Strain”) e os italianos Fabrizio Bentivoglio (“Capital Humano”), Greta Scarano (“Diva!”), Stefano Fresi (“Paro Quando Quero”) e Antonia Fotaras (“SKAM Italia”). O roteiro é assinado pelo cineasta Andrea Porporati (“Missão Romana”) em parceria com o britânico Nigel Williams (“Elizabeth I”), e todos os oito episódios são dirigidos por Giacomo Battiato (“O Jovem Casanova”). As gravações duraram cinco meses nos estúdios históricos da Cinecittà, em Roma, com orçamento de US$ 26 milhões. “O Nome da Rosa” foi publicado em 1980, vendendo 50 milhões de cópias pelo mundo, e já teve uma adaptação para o cinema. Dirigida pelo francês Jean-Jacques Annaud em 1986, a produção foi estrelada por Sean Connery e Christian Slater, respectivamente como Baskerville e Melk. A série vai estrear em 1 de maio no canal pago Sundance TV nos Estados Unidos e ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.
O Nome da Rosa vai virar minissérie estrelada por John Turturro
O clássico best-seller “O Nome da Rosa”, fenômeno literário dos anos 1980, vai virar minissérie. Segundo a revista Variety, o próprio escritor Umberto Eco supervisionou o roteiro, antes de falecer em 2016. A produção é italiana, mas será falada em inglês, visando o público internacional. O roteiro ficou a cargo do cineasta Andrea Porporati (“Missão Romana”) em parceria com o britânico Nigel Williams (“Elizabeth I”), e os oito episódios serão dirigidos por Giacomo Battiato (“O Jovem Casanova”). O ator americano John Turturro (“Transformers”) viverá o protagonista, o monge franciscano William de Baskerville, e o alemão Damien Hardung (“Transpapa”) será seu aprendiz. Na trama de mistério medieval, os dois investigam uma série de assassinatos macabros num longínquo mosteiro nos alpes italianos, no século 14. O elenco ainda destaca o britânico Rupert Everett (“O Casamento do Meu Melhor Amigo”) como o inquisidor Bernard Gui, inimigo de Baskerville, enviada pelo papa para investigar os crimes, além dos alemães Sebastian Koch (“Ponte dos Espiões”) e Richard Sammel (série “The Strain”). As gravações começaram nesta semana e devem durar cinco meses, nos históricos estúdios de Cinecittà, em Roma. “O Nome da Rosa” foi publicado em 1980, vendendo 50 milhões de cópias pelo mundo, e já teve uma adaptação para o cinema. Dirigida pelo francês Jean-Jacques Annaud em 1986, a produção foi estrelada por Sean Connery e Christian Slater.



