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    Sid Haig (1939 – 2019)

    23 de setembro de 2019 /

    O ator Sid Haig, lenda do cinema B americano, morreu no sábado (21/9), aos 80 anos. A morte foi anunciada por sua esposa, Susan L. Oberg, no Instagram: “Isto veio como um choque para todos nós. Como família, nós pedimos privacidade e tempo para que nosso luto seja respeitado”. Segundo a Variety, Haig faleceu de uma infecção pulmonar, após complicações respiratórias causadas por uma queda, sofrida semanas atrás. A vasta filmografia do ator tem quase 150 títulos, a maioria de temática violenta. Mas antes de encarar as telas, ele tentou a música. Na adolescência, foi baterista da banda T-Birds e chegou a gravar um hit, “Full House”, que atingiu o 4º lugar na parada de sucessos em 1958. Graças a essa experiência, conseguiu um de seus primeiros papéis no cinema, aparecendo como baterista dos Righteous Brothers no filme “Farra Musical” (1965). A tendência de viver monstros, psicopatas, assassinos e degenerados teve início no mesmo ano num episódio da sitcom “The Lucy Show”, de Lucille Ball, em que encarnou uma múmia. Mas foi por diversão, assim como sua passagem pelos quadrinhos, como capanga do Rei Tut (Victor Buono) na série clássica “Batman” (em 1966), e pela sci-fi, como alienígena na 1ª temporada de “Jornada nas Estrelas” (em 1967). Os primeiros papéis aproveitavam-se de seu visual exótico. Descendente de armênios, ele tinha um ar de estrangeiro perigoso. Ao decidir raspar a cabeça, também adquiriu uma aparência demente. Mas sua transformação definitiva em astro de filmes sanguinários se deu pelas mãos do cineasta Jack Hill. O primeiríssimo trabalho de Haig como ator foi num curta universitário de Hill, feito em 1960 como parte do currículo da UCLA. Assim, quando conseguiu financiamento do rei dos filmes B, Roger Corman, o diretor o convocou para participar de seu primeiro longa oficial, “O Rastro do Vampiro” (1966), cujo título original era mais explícito em relação ao tom da produção – “Blood Bath”, literalmente “banho de sangue”. De todo modo, foi o filme seguinte de Hill, “Spider Baby” (1967), que transformou ambos, diretor e ator, em ícones do cinema B americano. Lançado sem fanfarra, “Spider Baby” saiu da obscuridade para se tornar um dos filmes mais cultuados dos anos 1960, ao ser redescoberto pelas novas gerações. A história girava em torno do personagem vivido pelo veterano astro de terror Lon Chaney (“O Lobisomem”), um cuidador de três irmãos mentalmente perturbados, que tenta proteger os jovens de primos gananciosos. De olho na velha mansão da família em que eles vivem, os parentes resolvem trazer advogados para despejá-los da propriedade. Mas a situação sai do controle, com violência generalizada, culminando na explosão da residência por parte do cuidador, numa mistura de ato de desespero, misericórdia e suicídio. Haig viveu o único irmão homem, incapaz de falar, mas capaz de atos terríveis, como o estupro de sua prima. Ator e diretor continuaram a pareceria em outros gêneros de filmes B, como o cultuado filme de prisão feminina “As Condenadas da Prisão do Inferno” (1971) e dois dos maiores clássicos da era blaxploitation “Coffy: Em Busca da Vingança” (1973) e “Foxy Brown” (1974), todos estrelados por Pam Grier. Essa conexão, por sinal, fez com que Haig fosse lembrado por Quentin Tarantino em sua homenagem ao gênero, “Jackie Brown” (1997), protagonizado pela mesma atriz. Sem abandonar violência, Haig também apareceu em clássicos do cinemão classe A, como “À Queima-Roupa” (1967), de John Boorman, “007 – Os Diamantes São Eternos” (1971), de Guy Hamilton, “O Imperador do Norte” (1973), de Robert Aldritch, e até “THX 1138” (1971), primeira sci-fi de um jovem visionário chamado George Lucas (sim, o criador de “Star Wars”). Mas as produções que costumavam escalá-lo com frequência eram mesmo de baixo orçamento, e elas entraram em crise com o fim das sessões duplas noturnas e dos drive-ins na metade final dos anos 1970. Por conta disso, o ator passou boa parte desse período fazendo séries. Chegou a viver nove vilões diferentes em “Missão Impossível”, quatro em “Duro na Queda”, três em “A Ilha da Fantasia”, dois em “MacGyver”, além de enfrentar “As Panteras”, “Police Woman”, “Buck Rogers”, “Os Gatões”, “Esquadrão Classe A”, “O Casal 20″m etc. Ele anunciou oficialmente sua aposentadoria em 1992, dizendo-se cansado de viver sempre o vilão que morria no episódio da semana. Assim, quando Tarantino o procurou para viver Marcellus Wallace em “Pulp Fiction” (1994), ele se recusou. O papel acabou consagrando Ving Rhames. Mas Tarantino não desistiu de tirar Haig da aposentadoria. Ele escreveu o personagem do juiz de “Jackie Brown” pensando especificamente no ator. E ao insistir foi bem-sucedido em convencê-lo a atuar novamente. Após aparecer em “Jackie Brown”, Haig foi convidado a participar de um clipe do roqueiro Rob Zombie, “Feel So Numb” (2001). E a colaboração deu início a uma nova fase na carreira de ambos. Zombie resolveu virar diretor de cinema e escalou Haig em seu papel mais lembrado, como o Capitão Spaulding, guia turístico de “A Casa dos 1000 Corpos” (2003), filme francamente inspirado em “Spider Baby”, entre outras referências de terror ultraviolento. O nome Capitão Spaulding também era citação a outro personagem famoso, o grande contador de “lorotas” vivido por Groucho Marx na célebre comédia “Os Galhofeiros” (1930). Spaulding voltou a matar, acompanhado por seus parentes dementes, na continuação “Rejeitados pelo Diabo” (2005), melhor filme da carreira de Rob Zombie. E Haig seguiu participando dos filmes do roqueiro cineasta, como “Halloween: O Início” (2007), “The Haunted World of El Superbeasto” (2009) e “As Senhoras de Salem” (2012). Ele ainda trabalhou em “Kill Bill: Volume 2” (2004), de Tarantino, no cultuado western de terror “Rastro de Maldade” (2015), de S. Craig Zahler, e em dezenas de títulos de horror lançados diretamente em vídeo na fase final de sua carreira. Para completar sua prodigiosa filmografia, vai se despedir das telas com o personagem que mais viveu, retomando o Capitão Spaulding em “Os 3 Infernais”, final da trilogia de Rob Zombie, que tem estreia prevista para outubro.

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    Christopher Knopf (1927 – 2019)

    16 de fevereiro de 2019 /

    Morreu o roteirista Christopher Knopf, que escreveu filmes e séries famosas dos anos 1960 e 1970. Ele tinha 91 anos e teve uma parada cardíaca em sua casa, em Santa Monica, na Califórnia, na quarta-feira (13/2), mas só agora os familiares comunicaram o falecimento. Christopher era filho do cineasta e produtor Edwin H. Knopf, cujo filme “Lili” (1953) recebeu seis indicações ao Oscar. E, curiosamente, estreou no cinema como ator, fazendo figuração numa produção de seu pai, “Veneração” (1951). Sua carreira de roteirista só iniciou graças ao apoio de Edwin, que lhe encomendou o roteiro da aventura de capa e espada “O Ladrão do Rei” (1955), estrelada por David Niven. Mas ele logo se desgarrou da família com a sci-fi “A Vinte Milhões de Léguas da Terra” (1957), cultuada pelos efeitos do mestre do stop-motion Ray Harryhausen, que dão vida ao monstro da trama. Após um par de westerns de baixo orçamento – “Audácia de um Estranho” (1957), com Joel McCrea, e “Com o Dedo no Gatilho” (1960), com Audie Murphy – Knopf passou a escrever produções televisivas do gênero, como as séries “O Homem do Rifle”, “Procurado Vivo ou Morto” e “O Texano”. Fez sucesso e ganhou a oportunidade de ajudar a escrever o piloto de “Big Valley” em 1965 e criar sua primeira série, “Cimarron”, em 1967, com astros que marcaram o cinema – Barbara Stanwyck na primeira e Stuart Whitman na segunda. Seu trabalho televisivo mais admirado, porém, foi “Scott Joplin” (1977), telebiografia do pianista conhecido como “rei do ragtime”, pelo qual venceu o prêmio do Sindicato dos Roteiristas, o WGA Awards. Já seu maior destaque cinematográfico aconteceu em “O Imperador do Norte” (1973), um clássico dirigido por Robert Aldrich, em que Lee Marvin vivia um viajante especializado em andar clandestinamente em trens e Ernest Borgnine o homem obstinado em detê-lo durante a Grande Depressão. Roteirizou ainda o western “Ambição Acima da Lei” (1975), dirigido pelo ator Kirk Douglas, e a comédia “Garotos do Coro” (1977), nova parceria com Aldrich, antes de se focar inteiramente na produção televisiva. Nesta fase final da carreira, especializou-se em obras religiosas, como a minissérie bíblica “Pedro e Paulo”, estrelada por Anthony Hopkins e Robert Foxworth em 1981, e o telefilme sobre o Papa João Paulo II, de 1984, estrelado pelo recém-falecido Albert Finney. Mas seu último trabalho televisivo foi a criação de uma série jurídica, “Equal Justice”, que durou duas temporadas entre 1990 e 1991. Seu envolvimento com a escrita também o levou a atuar como vice-presidente do Sindicato dos Roteiristas.

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