Brigitte Bardot, ícone do cinema francês, é internada em estado grave no sul da França
Atriz de 91 anos passou por cirurgia e segue sob observação médica em Toulon, segundo jornal local
Festival Varilux traz o melhor do cinema francês atual e homenagem a Brigitte Bardot
O Festival Varilux de Cinema Francês começa nesta quinta (9/11) sua 14ª edição, que vai até 22 de novembro, trazendo o melhor do cinema contemporâneo francês e uma homenagem ao ícone Brigitte Bardot. São ao todo 19 produções com exibições em 52 cidades, incluindo o filme vencedor do Festival de Cannes deste ano. Normalmente realizado em junho, o festival teve sua agenda modificada justamente para incluir obras do Festival de Cannes. Além disso, a mudança afastou sua programação da concorrida temporada de blockbusters americanos nos cinemas. Filmes imperdíveis Entre os destaques, “Anatomia de uma Queda”, dirigido por Justine Triet, chega ao Brasil com a credencial de vencedor da Palma de Ouro em Cannes. O filme narra a investigação do falecimento misterioso de um homem nos Alpes, trazendo um enredo que envolve um cão, uma criança e uma mulher como testemunhas, sendo esta última a principal suspeita. Outra obra significativa é “Making Of”, de Cédric Kahn, que oferece um olhar metalinguístico sobre o processo cinematográfico. A narrativa acompanha a tensão e os desafios enfrentados por uma equipe de filmagem, destacando-se pelas atuações marcantes do elenco e pela abordagem realista dos bastidores da indústria do cinema. “Culpa e Desejo”, dirigido por Catherine Breillat, apresenta uma trama que explora as complexidades de uma relação proibida. Estrelado por Léa Drucker, o filme se destaca por abordar questões delicadas como violência sexual e os limites éticos das relações pessoais. Com uma proposta que foge do convencional, “O Desafio de Marguerite”, de Anna Novion, se concentra na relação entre dois jovens matemáticos, tocando em temas de ambição e insegurança, e oferecendo uma perspectiva contemporânea e inovadora ao romance. “As Bestas”, dirigido por Rodrigo Sorogoyen, é outro filme que merece atenção por sua abordagem crítica e sua presença marcante em Cannes e no Goya. A obra explora conflitos sociais e ambientais em uma aldeia galega, desdobrando-se em uma narrativa de suspense e tensão. Homenagem a Brigitte Bardot A programação também destaca a série biográfica “Bardot”, juntamente com as exibições dos dois clássicos estrelados por Brigitte Bardot – “E Deus Criou a Mulher” (1956), de Roger Vadim, que a catapultou ao estrelato, e “O Desprezo” (1963), de Jean-Luc Godard, que explora a nudez e o sex appeal da estrela em sua única passagem pela nouvelle vague. Para acompanhar a première da série, o festival trouxe a intérprete de Bardot, a atriz Julia de Nunez, ao Brasil. Além de ter sessões em cinemas, “Bardot” também será disponibilizada gratuitamente no site oficial do festival após o término do evento – ou seja, a partir de 22 de novembro – , permitindo ao público amplo acesso à produção pelo período de um mês. Para assistir, basta acessar o site Festival Varilux em Casa (https://www.looke.com.br/movies/festival-varilux-em-casa) no período indicado. Estrelas internacionais Outros artistas que prestigiam o evento incluem o ator e diretor Nicolas Giraud de “O Astronauta”, a diretora Anna Novion de “O Desafio de Marguerite, a diretora Baya Kasmi de “O Livro da Discórdia”, o diretor Bruno Chiche de “Maestro(s)”, o diretor Cédric Kahn e o ator Stefan Crépon de “Making Of” e o diretor Rémi Bezançon de “O Renascimento”. Mais informações sobre o festival, como horários e salas de exibição, podem ser conferidos no site oficial: https://variluxcinefrances.com/2023/
Morre Jacques Rozier, último cineasta da Nouvelle Vague
O cineasta Jacques Rozier, o último membro sobrevivente do movimento Nouvelle Vague, a “nova onda” do cinema francês dos anos 1960, faleceu na última sexta-feira (2/6) na França, sua cidade Natal, aos 96 anos. O cineasta já estava hospitalizado há um curto período e a notícia de sua morte foi confirmada por um conhecido próximo. Ele ganhou notoriedade pelos longas franceses “Maine Ocean” (1986), “Fifi Martingale” (2001) e “Adeus Philippine” (1962). Embora nunca tenha alcançado o mesmo sucesso de contemporâneos como Jean-Luc Godard (“Masculino-Feminino”), François Truffaut (“Contatos Imediatos do Terceiro Grau”), Agnès Varda (“Os Renegados”), Jacques Demy (“Pele de Asno”), Claude Chabrol (“Mulheres Diabólicas”) ou Eric Rohmer (“Conto de Verão”), seu trabalho teve um lugar importante no movimento francês, abrindo caminho para os cineastas contemporâneos. Após estudar na escola de cinema francesa IDHEC (Instituto de Altos Estudos Cinematográficos), Rozier iniciou sua carreira como assistente de TV, ao mesmo tempo em que produziu seus próprios curtas-metragens, incluindo “Rentrée des Classes” (1956) e “Blue Jeans” (1958). Com este último trabalho, ele participou do Festival de Curtas-Metragens da cidade de Tours, onde foi destacado pela crítica, ao lado de curtas de Varda e Demy. Filmes que marcaram época Seu primeiro longa-metragem, “Adeus Philippine” (1962), estreou na primeira edição da Semana Internacional da Crítica, no Festival de Cannes. Ambientado no verão de 1960, o filme gira em torno de um jovem assistente de TV prestes a partir para o serviço militar obrigatório na Argélia. Determinado a aproveitar seus últimos dias de liberdade, ele abandona o emprego e parte para a Córsega com duas amigas que conheceu recentemente em Paris. Com um elenco jovem e amador, capturado nas ruas de Paris e caracterizado por uma estética neorrealista italiana, o filme retratou de forma autêntica o espírito da juventude francesa da época. Esse aspecto conceitual foi algo que se estendeu no segundo filme de Rozier, intitulado “Du Côté d’Orouët” (1971), lançado quase dez anos depois. A trama acompanha três jovens em férias na Bretanha. Ao longo de sua carreira, Rozier dirigiu apenas cinco longas-metragens, mas também se manteve ocupado com curtas, videoclipes e séries de TV. Um de seus curtas notáveis é “Paparazzi” (1964), explorando a relação da atriz e ativista francesa Brigitte Bardot com os fotógrafos que tentavam captar imagens da mesma durante sua estadia na ilha italiana de Capri, nas filmagens do clássico “O Desprezo”. Inclusive, este foi um dos primeiros trabalhos a abordar o surgimento da cultura das celebridades e a perda de privacidade que acompanha o estrelato internacional. Entre seus outros trabalhos estão “The Castaways of Turtle Island” (1976), ambientado no trem que percorre o trajeto entre Paris e a cidade portuária de Saint-Nazaire. Anos mais tarde, o longa ganhou o Prêmio Jean Vigo de 1986. Seu último filme, “Fifi Martingale” (2001), foi estrelado por Jean Lefebvre (“Diabolique”) no papel de um diretor de teatro e escritor de sucesso que reescreve sua nova obra para escapar das garras de uma conspiração com consequências inesperadas. O fim da Nouvelle Vague A morte de Rozier marca o fim de uma era para o cinema francês, como previsto por seu amigo e defensor de longa data, Godard, que faleceu em setembro do ano passado. Citado pela mídia francesa, Godard escreveu em 2019: “Quando Agnès Varda faleceu, pensei: a verdadeira Nouvelle Vague, só restam dois de nós, eu… e Jacques Rozier, que começou um pouco antes de mim”. A Nouvelle Vague foi um momento importante para a estética do cinema francês, que teve início no final da década de 1950 na França. Mostrando uma nova maneira de pensar o audiovisual, o movimento questionava muitos elementos do cinema tradicional, tentando inovar no formato – filmando em ângulos não convencionais e com a câmera na mão – e no conteúdo das produções. Com o passar dos anos, essa atitude influenciou artistas do mundo todo.
Jean-Luc Godard será homenageado em Cannes com trailer de filme inédito
O Festival de Cannes prestará homenagem ao diretor francês Jean-Luc Godard, que faleceu aos 91 anos em setembro de 2022, com a exibição de três filmes do artista – incluindo na lista o trailer de um projeto inédito. Intitulado “Drôles de Guerres”, a produção de 20 minutos seria a prévia de um filme que Godard morreu sem realizar. Pela duração, virou um curta-metragem. “Jean-Luc Godard frequentemente transformava suas sinopses em filmes estéticos. ‘Drôles de Guerres’ segue essa tradição e permanecerá como sua ação final no cinema”, disse o festival. O festival de cinema de Cannes divulgou o texto que acompanha o curta-metragem, que indica qual era a intenção do diretor com o projeto. “Não confiar mais nos bilhões de ditados do alfabeto para devolver a liberdade às metamorfoses incessantes e às metáforas de uma verdadeira linguagem, voltando aos lugares de filmagens passadas e levando em consideração as histórias presentes”, diz o texto. O filme será exibido na presença do colaborador de longa data de Godard, o cineasta Fabrice Aragno, que trabalhou com o diretor em “Nossa Música” (2004), “Film Socialisme” (2010), “Os Três Desastres” (2013) e “Adeus à Linguagem” (2014). Godard recorreu ao suicídio assistido na Suíça, onde vivia desde os anos 1970, no dia 13 de setembro. Fontes próximas ao diretor falaram que “ele não estava doente, estava simplesmente exausto” e, por conta disso, decidiu dar fim à sua vida. O diretor deixou um legado imensurável para a história do cinema, tendo dirigido filmes importantíssimos que ajudaram a revolucionar o cinema francês, como “Acossado” (1960), “Viver a Vida” (1962) e “O Demônio das Onze Horas” (1965). A homenagem de Cannes também contará com a exibição de uma restauração em 4K de uma de suas obras mais icônicas, “O Desprezo”, em comemoração aos 60 anos do clássico estrelado por Brigitte Bardot em 1963, além do documentário “Godard par Godard”. As homenagens farão parte da seção de Cannes Clássicos, dedicada à preservação e apresentação de filmes clássicos, restaurados ou redescobertos, com o objetivo de destacar a importância da preservação da história do cinema. A categoria sempre exibe uma seleção de filmes notáveis, muitas vezes com cópias restauradas, além de documentários sobre o cinema e homenagens a diretores e personalidades importantes da indústria cinematográfica.
Michel Piccoli (1925 – 2020)
Michel Piccoli, um dos atores mais importantes do cinema da França, morreu na semana passada (1/5), aos 94 anos de idade. A notícia só se tornou pública nesta segunda-feira (18/5), em comunicado da família à imprensa. Responsável por papéis inesquecíveis em dezenas de clássicos, Piccoli morreu de um acidente vascular cerebral, segundo declaração da família. Também produtor, diretor e roteirista, Michel Piccoli deixou uma obra com mais de 200 títulos em uma carreira que abrangeu sete décadas de cinema, além de papéis na televisão e teatro, ao longo das quais colaborou com mestres da estatura de Alfred Hitchcock, Henri-Georges Clouzot, Jacques Rivette, Costa-Gavras, Luis Buñuel, Jean Renoir, René Clément, Jean-Luc Godard, Alain Resnais, Agnès Varda, Jacques Demy, Marco Ferreri, Mario Bava, Manoel de Oliveira, Theodoros Angelopoulos, Nani Moretti, Marco Bellocchio e Louis Malle. O reconhecimento a seu talento foi atestado por uma profusão de prêmios, incluindo o de Melhor Ator no Festival de Cannes – pela atuação em “Salto no Escuro” (1980), de Bellocchio. Nascido em Paris em 27 de dezembro de 1925, ele era filho de músicos – a mãe era pianista e o pai um violinista suíço. Mas apesar de estrear nas telas aos 20 anos, em uma breve figuração em “Sortilégios” (1945), de Christian-Jaque, sua carreira demorou para engatar, o que só aconteceu depois de uma década, em filmes como “French Can Can” (1955), de Renoir, e “O Calvário de uma Rainha” (1956), de Jean Delannoy. Mas o que o tirou dos papéis de coadjuvantes foi sua amizade com Buñuel. “Escrevi para esse diretor famoso pedindo que ele viesse me ver em uma peça. Eu, um ator obscuro! Era a ousadia da juventude. Ele veio e nos tornamos amigos”, Piccoli contou, em uma entrevista antiga. O ator apareceu em seis filmes de Buñuel, geralmente representando uma figura autoritária. A primeira parceria se manifestou em 1956, como um padre fraco e comprometido, que viajava pelas florestas brasileiras em “A Morte no Jardim”. Em “O Diário de uma Camareira” (1964), viveu o preguiçoso e lascivo monsieur Monteil, obcecado sexualmente por Jeanne Moreau, intérprete da empregada do título. E num de seus principais desempenhos, deu vida a Louche, o cavalheiro burguês responsável pela transformação de Catherine Deneuve em “A Bela da Tarde” (1967). No filme, a atriz vivia a esposa de um médico respeitável que era convencida por Louche a passar as tardes trabalhando em um bordel de alta classe com clientes excêntricos. Piccoli reprisou o papel quase 40 anos depois, em “Sempre Bela” (2006), de Manoel de Oliveira. Para Buñuel, ainda encarnou um versão charmosa do Marquês de Sade em “Via Láctea” (1969), foi sutilmente dominador como secretário do Interior em “O Discreto Charme da Burguesia” (1972) e sinistro como chefe da polícia no penúltimo filme do diretor, “O Fantasma da Liberdade” (1974). Durante esse período, Piccoli fez parte da cena dos cafés filosóficos de Paris, que incluía os escritores Boris Vian, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, além da cantora Juliette Gréco, com quem se casou em 1966 – separaram-se em 1977. Ele também se tornou um membro ativo do partido comunista francês. Os anos 1960 foram sua década mais criativa e variada, em que se juntou à novelle vague, atuando em obras memoráveis. Seu primeiro papel de protagonista no movimento que revolucionou o cinema francês foi como o marido de Brigitte Bardot em “O Desprezo” (1963), de Godard. No filme, ele interpreta um roteirista disposto a vender a própria esposa a um produtor (Jack Palance) para que seu roteiro saísse do papel e virasse filme dirigido por Fritz Lang (interpretado pelo próprio). Entre suas performances em clássicos da nouvelle vague ainda se destacam “A Guerra Acabou” (1966), de Alain Resnais, e “As Criaturas” (1966), de Agnès Varda. Mas Piccoli se projetou mais com sucessos de público, como “O Perigoso Jogo do Amor” (1966), de Roger Vadim, na qual contracenou com a americana Jane Fonda, o filme de guerra de René Clement “Paris Está em Chamas?” (1966), e principalmente o clássico musical “Duas Garotas Românticas” (1967), de Jacques Demy. A carreira do astro francês se internacionalizou após o filme de Demy, que chegou a ser indicado ao Oscar. Em 1968, ele estrelou a cultuada adaptação de quadrinhos italianos “Perigo: Diabolik” (1968), de Mario Bava, como o policial que tenta prender o criminoso do título. E no ano seguinte começou sua parceria de sete filmes com outro mestre italiano, Marco Ferreri – iniciada por “Dillinger Morreu” – , sem esquecer sua estreia em produções de língua inglesa, no suspense “Topázio”, de ninguém menos que Alfred Hitchcock. A consagração continuou nos anos 1970, marcada pelo principal e mais escandaloso filme de Ferreri, “A Comilança” (1973), e por uma das melhores obras de Chabrol, o noir “Amantes Inseparáveis” (1973). Com a fama adquirida, ele aproveitou para começar a produzir – a partir de “Não Toque na Mulher Branca” (1974), outra parceria com Ferreri. Piccoli também integrou a produção norte-americana de Louis Malle, “Atlantic City” (1980), estrelado por Burt Lancaster e Susan Sarandon, fez “Paixão” (1982), de Godard, e trabalhou com Marco Belocchio (em “Salto no Escuro” e “Olhos na Boca”) e Jerzy Skolimowski (“O Sucesso É a Melhor Vingança”), antes de viver o vilão que ajudou a lançar um dos principais nomes da geração de cineastas dos anos 1980. Premiado no Festival de Berlim, “Sangue Ruim” (1986) deslanchou a carreira de Leos Carax (então em seu segundo longa) e popularizou mundialmente a atriz Juliette Binoche. A lista de papéis clássicos não diminuiu com o tempo, rendendo “Loucuras de uma Primavera” (1990), de Malle, e “A Bela Intrigante” (1991), de Jacques Rivette, em que pintou – e consagrou – a nudez de Emmanuelle Béart. Sua trajetória teve muitas outras realizações, novas parcerias com Rivette, filmes com Édouard Molinaro, Jean-Claude Brisseau, Raoul Ruiz, Bertrand Blier, mais Manoel de Oliveira, dezenas mais. Tanta experiência o levou a escrever e dirigir. Ele assinou três longas, um segmento de antologia e um curta, mas apenas um repercutiu entre a crítica – “Alors Voilà” (1997). Como intérprete, porém, não lhe faltou consagração, incluindo o David di Donatello (o Oscar italiano) de Melhor Ator por um de seus últimos papéis, como papa em “Temos Papa” (2011), de Nani Moretti. Outros desempenhos importantes no final de sua carreira incluem o último longa do grego Theodoros Angelopoulos, “Trilogia II: A Poeira do Tempo” (2008). E após ser homenageado pela Academia Europeia de Cinema com um troféu pela carreira, ainda emplacou três lançamentos premiados em 2012: “Vocês Ainda Não Viram Nada!”, de Resnais, “Holy Motors”, de Carax, e “Linhas de Wellington” (2012), de Valeria Sarmiento. A despedida das telas se deu logo em seguida, com “Le Goût des Myrtilles” (2014), de Thomas De Thier. Ele deixa sua terceira esposa, a roteirista Ludivine Clerc, com quem se casou em 1978, e sua única filha, Anne-Cordélia, fruto de seu primeiro casamento com Eléonore Hirt.
Cena de O Desprezo, clássico de Jean-Luc Godard, ilustra o cartaz do Festival de Cannes
Os organizadores do Festival de Cannes divulgaram o cartaz oficial de sua 69ª edição, que acontece entre os dias 11 e 22 de maio. A imagem que vai representar o festival saiu do filme “O Desprezo” (1963), do mestre da nouvelle vague Jean-Luc Godard e mostra o ator Michel Piccoli subindo uma longa escada no meio do Mediterrâneo. O festival também anunciou que Piccoli (“Habemus Papam”) vai abrir o tapete vermelho desta edição. “É uma escolha simbólica, uma vez que este filme sobre a realização de um filme – considerado por muitos como um dos melhores de todos os tempos em CinemaScope – teve um impacto tão considerável sobre a história do cinema e da cinefilia”. O longa também marcou o encontro da nouvelle vague com Brigitte Bardot (“E Deus Criou a Mulher”). Na trama, Piccoli é um roteirista contratado para escrever uma versão cinematográfica de “A Odisséia”, Bardot é sua esposa entediada, Jack Palance (“Os Brutos Também Amam”) vive o produtor e ninguém menos que o genial Fritz Lang (“Metrópolis”) interpretava o diretor do filme dentro do filme.





